Em sua terceira edição, a Cinemateca Brasileira realiza, entre os dias 19 e 29 de setembro, a mostra ‘1974 – 50 anos depois’. Com curadoria do cineasta Paulo Sacramento, é celebrado o aniversário de 52 filmes lançados em 1974, entre longas e curtas-metragens, sendo 28 títulos estrangeiros e 24 brasileiros. Neste ano, a iniciativa conta com recursos aprovados em edital da Lei Paulo Gustavo pela Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo e Spcine.
A abertura da mostra será no dia 19 de setembro, às 18h30, com uma sessão ao ar livre do filme ‘O Jovem Frankenstein’, de Mel Brooks. Como em edições anteriores, a experiência das sessões é complementada com exibição de trailers e cinejornais da época. A programação também traz a distribuição gratuita e limitada de um catálogo, além de exposição de cartazes no foyer da Sala Grande Otelo.
Dividida em 2 programas, a curadoria de filmes reúne obras da cinematografia nacional e estrangeira que melhor expressam a diversidade filmográfica corrente em 1974. Além dos gêneros cinematográficos, as abordagens estéticas dos filmes exibidos, que variam das mais ousadas às mais clássicas, buscam atrair públicos de diferentes interesses.
A Mostra Brasil traz uma seleção de 15 longas-metragens e 9 curtas, em um trabalho conjunto dos diversos setores da Cinemateca, desde a pesquisa e prospecção de filmes e documentos até o processamento das cópias. Entre os títulos, ‘O Signo de Escorpião’, de Carlos Coimbra, ganhou uma remasterização 4k especialmente produzida para a mostra. Outros dois filmes vão ter exibição com acessibilidade em Libras, audiodescrição e legendas descritivas: ‘Exorcismo Negro’, de José Mojica Marins, e ‘Guerra Conjugal’, de Joaquim Pedro de Andrade.
A seleção de filmes nacionais também conta com novas cópias em película 35mm que foram fotoquimicamente duplicadas para a mostra. São os casos de ‘Caçada Sangrenta’, de Ozualdo Candeias, e ‘Adultério – As Regras do Jogo’, de Ody Fraga.
A Mostra Internacional selecionou diferentes gêneros e estilos com filmes de grande visibilidade na época e relevância para a história do cinema. Entre eles, ‘O Poderoso Chefão 2’, de Francis Ford Coppola; ‘Corações e Mentes’, de Peter Davis; ‘Cenas de um Casamento’, de Ingmar Bergman; ‘O Massacre da Serra Elétrica’, de Tobe Hooper; ‘O Enigma de Kaspar Hauser’, de Werner Herzog; e ‘Chinatown’, de Roman Polanski. Alguns dos longas vão ser exibidos em versões restauradas, como ‘Perfume de Mulher’, de Dino Risi; e ‘O Porteiro da Noite’, de Liliana Cavani.
Novidade neste ano, a mostra conta ainda com a Sessão 100 Anos Depois, comemorando o centenário de dois filmes: ‘Entreato’, de René Clair, e ‘A Última Gargalhada’, de F.W. Murnau.
A programação também é complementada com uma conversa com o cineasta, fotógrafo e roteirista Jorge Bodanzky no dia 28 de setembro, com acessibilidade em Libras e transmissão ao vivo pelo canal da Cinemateca no YouTube.
A programação é gratuita, com retirada de ingressos uma hora antes de cada sessão. Para a área externa, não há distribuição de ingressos e está sujeita à lotação do espaço.
Mais informações no site da Cinemateca Brasileira.
Cinemateca Brasileira
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivos de Filme – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956 sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962 e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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(Fonte: Trombone Comunicação)