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Museu Judaico de São Paulo apresenta “Artistas do Papel: Obras colecionadas por Ruth Tarasantchi para o acervo do MUJ”

São Paulo, por Kleber Patricio

[Conjunto Paisagens] Guita Charifker. Vila Olinda, 1989. Aquarela sobre papel, 55,5 x 85,5. Acervo MuJ.

O Museu Judaico de São Paulo apresenta, a partir do dia 6 de maio, a exposição “Artistas do Papel: Obras colecionadas por Ruth Tarasantchi para o acervo do MUJ”, que reúne 32 obras de artistas mulheres judias feitas em papel em variadas técnicas visando destacar a importância da presença de mulheres no núcleo artístico.

É a primeira mostra composta exclusivamente por obras do acervo do Museu. As peças foram coletadas por Ruth Sprung Tarasantchi, curadora e uma das fundadoras do Museu Judaico de São Paulo, que as recebeu como doações das próprias artistas ou de seus familiares e trazidas à exposição em curadoria conjunta de Felipe Chaimovich.

[Conjunto Cidades] Alice Brill. Relógio II, 1972. Guache e acrílico sobre papel, 75 x 88,5. Acervo MUJ.

Os conjuntos das obras tiveram sua organização pensada a partir de categorias de arte acadêmica, tais como retratos, cidades e paisagens, passando ainda por abstrações e também por um conjunto sobre temas da judeidade.

Felipe Chaimovich conclui: “A relevância das mulheres na formação deste acervo inaugural de arte indica a atenção do Museu para com uma história da arte plural e inclusiva e que aproxime artistas menos conhecidas de autoras consagradas”.

Uma das artistas homenageadas no painel de abertura da exposição é a imigrante francesa Bertha Worms, cuja trajetória artística como primeira mulher a ser professora profissional de pintura em São Paulo no século XX foi estudada por Ruth. Além de Bertha, a exposição traz obras de Fayga Ostrower (doadas por sua filha, Noni), de Hannah Brandt, Clara Pechansky, Miriam Tolpolar, Nara Sirotsky, Paulina Eizirik, Gisela Leirner, Gerda Brentani, Renina Katz, Agi Strauss e várias outras.

[Conjunto Retratos] Clara Pechansky. Antes, 2017. Gravura em metal, 20 x 27. Acervo MUJ.

Ruth, além de curadora e uma das fundadoras do MUJ, é também pioneira no tratamento de lacunas em exposições quanto a questões de gênero. Na mostra “Mulheres Pintoras”, em 2004 na Pinacoteca, evidenciou, no papel de curadora, a sub-representação de artistas mulheres nas coleções museológicas brasileiras.

Sobre o Museu Judaico de São Paulo (MUJ) | Inaugurado após vinte anos de planejamento, o Museu Judaico de São Paulo é fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2023, o MUJ conta com o Banco Alfa e Itaú como patrocinadores e a CSN, Leal Equipamentos de Proteção, Banco Daycoval, Porto Seguro, Deutsche Bank, Cescon Barrieu, Drogasil, BMA Advogados, Credit Suisse e Verde Asset Management como apoiadores.

Serviço:

Museu Judaico de São Paulo (MUJ)

Período expositivo: de 6 de maio a 13 de agosto

Local: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP

Funcionamento: terça a domingo, das 10 horas às 19 horas (última entrada às 18h30)

Ingresso: R$20 inteira; R$10 meia – sábados gratuitos

Classificação indicativa: Livre

Acesso para pessoas com mobilidade reduzida.

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)