Em setembro, mês em que comemora seus 113 anos, o Theatro Municipal de São Paulo celebra a data com uma programação repleta de eventos marcantes. O destaque vai para Nabucco, de Giuseppe Verdi, com direção de Christiane Jatahy. A diretora cênica chega a São Paulo com remontagem da obra, que foi aclamada em Genebra. A ópera será apresentada nos dias 27, 28, 29/9 e 1, 2, 4 e 5/10.
Nabucco segue a difícil situação dos judeus exilados de sua terra natal pelo rei babilônico Nabucodonosor II. Com libreto de Temistocle Solera e baseada em passagens bíblicas do Antigo Testamento, esta ópera é uma complexa trama de amor, política e religião. Os ingressos custam de R$31 a R$200 e o espetáculo tem duração de 160 minutos. O espetáculo é realizado em parceria com o Istituto Italiano di Cultura San Paolo.
Já no dia 25, quarta-feira, às 17h, no Salão Nobre, o público terá a oportunidade de imergir na visão da diretora Christiane Jatahy, no evento Conversa de Bastidor de Nabucco, que terá mediação de Ruthe Pocebon e a participação de Roberto Minczuk, diretor musical. A participação é gratuita, os ingressos serão liberados por ordem de chegada e sujeitos a lotação máxima, classificação de 12 anos, com duração de 60 minutos.
No primeiro domingo do mês, dia 1º, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Wagner Polistchuk e participação da soprano Caroline de Comi, apresenta Dança e Máscaras, que no repertório terá obras como Romeu e Julieta – Suite, de Sergei Prokofiev, Concerto para Soprano Coloratura e Orquestra, Op. 82 de Reinhold Gliére e O Pássaro de Fogo – Suite, de Igor Stravinsky. Realizado na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal, os ingressos vão de R$12 a R$33, com classificação livre e duração de 60 minutos.
Na quinta-feira, 5, às 20h, dentro da série Grandes Quartetos, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo se apresenta com Fernando Tomimura, piano, na Sala do Conservatório, na Praça das Artes. O repertório trará o Quinteto Op. 51, de Anton Arensky, e o Quinteto Op. 57, de Dmitri Shostakovich. Os ingressos custam R$33, classificação livre e duração de 60 minutos.
Já na sexta-feira, 6, às 20h, a escadaria interna do Theatro Municipal será palco para Um Furo em Godot – Como Comemorar As Centenárias Cacilda Becker e Maria Callas no Século XXI, uma metaperformance (uma peça dentro de outra), remontagem semiótica do teatro do absurdo do irlandês Samuel Beckett. A apresentação tem como protagonistas duas artistas mulheres relevantes e centenárias no cenário artístico mundial, a atriz Cacilda Becker e a cantora lírica Maria Callas.
A produção conta com Morgana Olívia Manfrin, direção, atriz e dramaturga; Max Ruan de Souza Peruzzo, assistente de direção, cenógrafa; Adriana Magalhães, soprano lírica, e Daniel Carrera, trombonista. No elenco, estão Adriana Magalhães, André Wey-Martz, Daniel Carrera, Morgana Manfrin e Max Peruzzo. Os ingressos são gratuitos, a classificação é de 12 anos e a duração de 70 minutos.
No dia 13 de setembro, sexta-feira, 18h30 no Vão Livre da Praça das Artes, o Samba de Sexta fica com o núcleo Inimigos do Batente. A abertura fica por conta do DJ Fred Lima, que atua há mais de 20 anos na arte da discotecagem. O núcleo surgiu nas mesas do já desaparecido Bar do Bilú, no Butantã, marcado por uma maneira própria de conduzir a roda de samba, além da informalidade e o improviso. Os ingressos são gratuitos, a classificação livre e duração é de 180 minutos.
Nos dias 14 e 15 de setembro, às 10h30, o Theatro Municipal realiza o fórum Abram Alas: A Batalha por Equidade na Indústria Musical no Salão Nobre, um evento dedicado a explorar e promover práticas que aumentem a equidade na indústria musical. Reunindo especialistas, artistas e líderes do setor, serão discutidas estratégias para enfrentar desigualdades e criar oportunidades, visando um futuro musical mais inclusivo e diversificado. Uma colaboração entre o Theatro Municipal de São Paulo, a Fundação Donne, Mulheres na Música e a jornalista Camila Fresca.
Sábado, dia 14, às 10h30 abertura com Camila Fresca, Gabriella Di Laccio, Elodie Bouny e Andrea Caruso. Mesa 1 (10h45–12h) As mulheres e a indústria musical: atualidades
Nesta mesa, serão apresentadas pesquisas recentes mapeiam a participação das mulheres na indústria musical. Com Gabriella Di Laccio apresentando os resultados da pesquisa anual com as orquestras e a indústria de filmes realizada pela Fundação Donne e Angela Johansen tratando da última edição da pesquisa Por elas que fazem a música, promovida pela UBC (União Brasileira de Compositores).
Concerto 1 (12h–13h) Mulheres na música: compositoras através dos tempos
Participam Marília Vargas (soprano), Liuba Klevtsova (harpa) e Camila Fresca (comentários).
Mesa 2 (14h às 15h), com Gabriella Di Laccio e Elodie Bouny: Carreira artística no exterior – com perguntas e respostas.
Mesa 3 (15h15 às 16h30): Palcos para artistas independentes
Em tempos de streaming e álbuns digitais, a performance torna-se o espaço privilegiado para o artista independente garantir a sobrevivência. As instituições enxergam seus espaços como arenas democráticas, que devem abarcar o maior número de artistas possível? Como garantir a diversidade e a igualdade de gênero? Com Priscila Rahal, do Sesc-SP; Anna Patrícia Lopes Araújo, da Santa Marcelina Cultura/Theatro São Pedro-SP; e Ligiana Costa, pesquisadora e artista de projetos independentes.
Concerto 2 (16h30–17h15): Em definição.
Domingo, dia 15:
Mesa 4 (10h30–11h45) Passado e futuro: os estudos sobre gênero e seu reflexo na vida musical atual
A partir de quando a discussão sobre desigualdade de gênero na música realmente se colocou? E como isso se reflete 1. na geração que está se formando hoje? 2. nas disputas em torno das decisões artísticas? Com Camila Fresca, jornalista e pesquisadora; Juliana Starling, cantora do Coro Lírico e professora da Unesp; e Maíra Ferreira, regente titular do Coral Paulistano.
Mesa 5 (12h–13h) Possibilidades e desafios: a música e o universo das artes
Gabriella Di Laccio conversa com Anna Toledo (https://annatoledo.com.br/). Atriz, cantora, compositora, escritora e roteirista, a artista compartilha suas experiências e dificuldades como autora e compositora no universo do teatro musical. Anna também discutirá a importância de se criar um portfólio diversificado, englobando múltiplas disciplinas artísticas, bem como estratégias para se criar e aproveitar oportunidades na indústria. O encontro visa oferecer alternativas para artistas que buscam expandir suas carreiras de forma inovadora e colaborativa.
Mesa 6 (14h15 às 15h40) Publicar, gravar e sobreviver
Como editar e publicar suas próprias obras? Como sobreviver de direitos autorais em tempos de streaming? Com Elodie Bouny, artista que é sua própria editora; Catarina Domenici, professora, pianista e compositora; Bárbara Leu, representante da gravadora Azul Music; e Cleuza Lopes, representante da Tratore, distribuidora de música independente.
Concerto 3 (16h–17h) Encerramento: Concerto com Gabriella Di Laccio (soprano), Elodie Bouny (violonista) e Catarina Domenici (pianista).
Entre os dias 15 e 20 de setembro, a Cúpula do Theatro Municipal recebe Marta Soares e Cia., que apresentam o espetáculo Les Poupées. Concebido, dirigido e interpretado por Marta Soares, o solo de dança tem como ponto de partida as fotografias de bonecas realizadas pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer, que foi influenciado pelos contos de E.T.A. Hoffman, em especial pelo conto O Homem de Areia, que deu origem ao ballet Copélia, pelos movimentos dadaísta e surrealista e pelos experimentos psicanalíticos realizados no início do século XX por Charcot e Freud com pacientes histéricas.
O núcleo Marta Soares e Cia. atua na cidade de São Paulo desde 1995 e vem realizando pesquisa de vanguarda em dança. As questões relacionadas ao feminino são abordadas, na obra de Marta Soares, a partir da fricção e do embate entre as esferas micro e macro políticas. Les Poupées recebeu o Prêmio APCA 1997 e foi concebido, dirigido e interpretado por Marta Soares, tendo como ponto de partida as fotografias de bonecas realizadas pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer, que foi influenciado pelos contos de E.T.A. Os ingressos custam R$33, a classificação livre e duração de 40 minutos.
No dia 17, terça-feira, às 13h, acontece no Salão Nobre a Homenagem ao maestro Roberto Casemiro, o primeiro maestro negro do Theatro Municipal de São Paulo, como regente do Coro Paulistano e cantando junto ao coro lírico, como baixo, instituição em que se aposentou. O repertório terá Cântigo de Ogun, tradicional Iorubá, e Nkosi Sikelele’iAfrika ‘Deus abençoe a África’, de Enoch Sontonga, entre outras. Os ingressos são gratuitos, classificação livre e duração de 60 minutos.
Entre os dias 19 e 20 de setembro, a Sala da Exposições da Praça das Artes recebe a performance e vídeo-dança Medo. Compreendendo o medo como este afeto que emerge no limite entre a proteção e a ameaça, entre a mudança e a permanência, entre o presente e o futuro, que coloca o humano a pisar em ovos, o intérprete Odu Ofá se posiciona em tal fronteira com seu corpo desamparado, num ninho radicalmente ameaçado em sua integridade pelo desejo de mover-se em direção ao devir. Como fazer com que pisar em ovos não signifique a paralisia ou excesso de cautela, mas movimento? Um movimento em direção ao que há de mais inexorável na relação do humano com o desejo: estar desamparado e sem garantias. Os ingressos são gratuitos, distribuídos por ordem de chegada, a classificação etária é de 18 anos.
Por fim, no dia 26, quinta-feira, na Sala do Conservatório, às 20h, o Quarteto de Cordas da Cidade convida Beto Villares para uma apresentação de suas composições com arranjo para o Quarteto. Os ingressos custam R$33, classificação livre e duração de 60 minutos.
Mais informações disponíveis no site.
(Fonte: Com André Santa Rosa/Assessoria de imprensa TMSP)