Rodrigo Bueno (1967) apresenta “Pedrinha Miúda”, exposição individual na Sala 1 da Galeria Marilia Razuk, de 26 de agosto a 7 de outubro de 2023. A mostra conta com pinturas a óleo realizadas em telas, tecidos e, sobretudo, madeira. Este último material está presente em muitos trabalhos do artista, seja como suporte para as criações, seja como elemento principal em esculturas e instalações concebidas por Bueno. A exposição conta também com obras realizadas com materiais recuperados da rua – fragmentos de móveis, metal, cordas, resíduos da cidade –, colhidos e curados por Rodrigo, que, unidos a elementos naturais, criam uma atmosfera de imersão ao território de “Pedrinha Miúda”.
Por falar em território, Rodrigo, em seu processo criativo, pede licença à ancestralidade do lugar. Itaim, que vem do tupi, Itahy, pode ser traduzido como “pedra pequena”, “pedra miúda”. Segundo as palavras da historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, autora do texto de apresentação da exposição: “O que é, portanto, e finalmente, ‘Pedrinha Miúda’? É uma experiência sensível em forma de exposição. Tudo separado e junto. Tudo ao mesmo tempo e tudo a seu tempo”.
“Pedrinha Miúda” provoca uma experiência, evoca nossa ancestralidade, multidimensionalidade, evoca nossos sentidos e percepções, nossa relação com a cidade e com a natureza, nossa relação com o tempo e com o outro. E evoca principalmente nossas raízes, nas tradições indígenas e negras: os “caboclos”, como diz o artista.
Ainda em outro trecho do texto, Pedrinha pequena é pedra grande da nossa sensibilidade, de Lilia Moritz Schwarcz. Ela afirma: “O resultado é essa arte que desperta a valorização da nossa história, das culturas e nosso país, do seu povo e, muito especialmente e de forma comovedora, das pontes que unem a humanidade como parte da natureza. Pois o artista pensa a ecologia de forma ampla, como filosofia, como uma cosmologia artística.”
Sobre Rodrigo Bueno
Rodrigo Bueno vive e trabalha em São Paulo. É graduado em Comunicação Social pela ESPM, ingressou em programas de pós-graduação em Artes Plásticas na School of Visual Arts, em Nova York (EUA) e em Arte e Consciência pela Universidade John F. Kennedy, na Califórnia (EUA). No entanto, deslocou os estudos acadêmicos pela aventura autodidata. É idealizador do ateliê Mata Adentro, nome de uma casa/espaço de trabalho, localizado na Lapa em São Paulo.
Mata Adentro é um convite à sensibilização das dinâmicas do espaço natural, um laboratório de produção de suportes de experimentação de linguagens ocultas no subconsciente, nas multidimensões do entorno e na diversidade de vida contida no legado do mundo natural, fonte de cultivo e resiliência.
Trata-se de um lugar onde materiais recuperados – principalmente madeira, ferro, terra e plantas coletadas do lixo urbano – são transformados em instalações, esculturas, pinturas e ambientes que fomentam as tecnologias do encontro, espécies de jardins que falam da continuidade da vida, do eixo que sustenta o todo, da cultura em constante movimento.
Mata Adentro é um nome escolhido para expandir a autoria de um único artista em ações de processos coletivos, pois somos indivíduos inseridos em ambientes colaborativos.
O estúdio tem mostrado seu trabalho no país e no exterior há mais de vinte anos, com obras em sua maioria tridimensionais, vivas e imersivas que se relacionam com o vínculo da natureza e humanos, sobrepondo narrativas ancestrais e energias fluídas, voltadas à cura vibracional e a experimentação educativa.
Serviço:
Rodrigo Bueno – Pedrinha Miúda
Texto: Lilia Moritz Schwarcz
Abertura: sábado, 26 de agosto de 2023, 11h–16h
Exposição: 26/8/23 – 7/10/23
Local: Galeria Marilia Razuk – Sala 1
Rua Jerônimo da Veiga, 131, Itaim Bibi, São Paulo (SP)
Segunda a sexta, 10h30–19h
Sábado, 11h–16h
Entrada gratuita
https://www.galeriamariliarazuk.com.br | www.instagram.com/galeriamariliarazuk/.
(Fonte: Marmiroli Comunicação)