A Robo.Art, agrupamento multimídia sediado em São José do Rio Preto (SP), apresenta em Campinas neste final de semana – 22 e 23 de março, às 20h – o espetáculo CORPOMÁQUINA, experiência visual e sonora que mescla dança, artes visuais, performance e tecnologia. As apresentações são gratuitas e acontecem na Sala dos Toninhos – Estação Cultura (Rua Francisco Teodoro, s/nº, Vila Industrial). Os ingressos podem ser retirados a partir de uma hora antes do início das sessões. O espetáculo tem duração de 45 minutos e conta com recurso de audiodescrição. Após a apresentação do primeiro dia, será realizado um bate-papo com interpretação em Libras entre os artistas e a plateia. No domingo, haverá um workshop das 14h às 17h, também gratuito. As inscrições podem ser realizadas em www.robo.art.br/inscricoes.
Corpo e máquina
CORPOMÁQUINA foi vencedor do Prêmio Denilto Gomes de Dança 2022 na categoria Intermédia Performática em Dança e indicado em duas categorias (Prêmio Técnico e Intérprete) no Prêmio APCA de Dança 2023.
O elenco de CORPOMÁQUINA é formado por quatro artistas: Vinicius Paquitinho Francês (direção coreográfica e performance), Vinicius Dall’Acqua (direção geral e operação de som), Gustavo Arão (técnico mecatrônica, operação de luz e contrarregragem) e Elissa Pomponio (operação de videomapping e design gráfico).
Em cena, dispositivos anexados aos corpos dos performers transformam a tensão e distensão muscular em sons e imagens videomapeadas e projetadas em tempo real sobre os próprios corpos dos integrantes. O performer Vinicius Francês explica que, com o avanço das tecnologias, a automatização e a digitalização da vida, o espetáculo se propõe a questionar qual o futuro possível dessa fusão entre o ser humano e a máquina.
“Durante o processo criativo, levantamos as seguintes questões: como distinguir o que é humano e o que é máquina? Com o avanço protético, artificial e científico-tecnológico em interação com nossas vidas, qual futuro nos aguarda? A partir desses questionamentos, desenvolvemos um sistema próprio de tradução de movimentos baseado em sensores e microcontroladores para realizar a leitura da tensão e distensão muscular do bailarino que, ao se movimentar, produz a sonoridade da obra através desse dispositivo”, detalha Francês.
As apresentações e atividade formativa integram o projeto CorpoMáquina – Redes Rizomáticas, contemplado pelo Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Governo Federal do Ministério da Cultura por meio da Lei Paulo Gustavo – 2023.
Serviço:
CORPOMÁQUINA com o Robo.Art
Campinas
Quando: às 20h nos dias 22 (sábado) e 23 (domingo) de março
Onde: Sala dos Toninhos – Estação Cultura – Rua Francisco Teodoro, s/nº, Vila Industrial, Campinas
45 minutos | 10 anos | Gratuito (ingressos podem ser retirados a partir de 1h antes do início)
50 lugares (sujeito a lotação)
Bate-papo após apresentação do dia 22 de março
Workshop gratuito das 14h às 17h do dia 23 de março. Inscrições www.robo.art.br/inscricoes
Ideia original, direção geral, criação e operação de som: Vinicius Dall’Acqua @vinicius_acqua
Direção coreográfica e performer: Vinicius Paquitinho Francês @vinicius.frances
Operação de video mapping, mídias sociais e design: Elissa Pomponio @elisacomdoiss
Técnico mecatrônico, contrarregragem e operação de luz: Gustavo Arão @guga.tres3
Provocação e trilha sonora original: Eric Barbosa @ericdsbarbosa
Produção local e audiodescrição: Fabiana Pezzoti @pezzotti_pzt
Assessoria acessibilidade artística: Daniela Honório @daniela.honorio.980
Realização e produção executiva e administrativa: Agrupamento Robo.Art (São José do Rio Preto) robo.art.br.
Breve histórico Robo.Art
O agrupamento Robo.Art, sediado em São José do Rio Preto (SP), foi oficializado em 2018 e atualmente é composto por artistas multidisciplinares que propõem investigar, produzir e difundir obras que dialoguem sobre o cruzamento entre artes e tecnologia, com o viés de explorar as fronteiras de linguagem na produção artística.
O cerne da pesquisa do agrupamento é estabelecido nas abordagens não tradicionais do fazer artístico, na fusão entre artes visuais, plásticas, audiovisuais, do corpo e do movimento. A trajetória do agrupamento começou com a obra interativa Pira_MIDI. Lançou o Museu Virtual Silva sem Fronteiras, um museu online e interativo apresentado como acervo digital do Museu de Arte Primitivista “José Antônio da Silva”, realizado com a técnica de fotogrametria para produção de um acervo 3D em alta qualidade. Também produz as exposições do projeto Influente: cartografias subjetivas, série de seis obras multimídias que buscam expor uma visão não cartesiana subjetiva de diferentes cidades do estado de São Paulo.
Também realizou o Mosaic_Art (mosaico e pintura), Loop (aplicativo galeria para visualização de videoartes) e a vídeo instalação interativa Afluências (vídeo instalação interativa), entre outros. Entre desenhos, mosaicos, videoinstalações, videoartes, cinema, corpo, dispositivos e prototipagens, o agrupamento se dedica à pesquisa interdisciplinar e à investigação de novas possibilidades tecnológicas e artesanais nas artes cênicas e visuais.
(Com Maria Finetto/Prefeitura de Campinas)