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Sambistas paulistas são imortalizados na Academia Brasileira de Artes Carnavalescas

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

O Carnavalesco e Presidente da ABAC – Milton Cunha ao lado da vice Célia Domingues. Foto: Ricardo Almeida/Divulgação.

Uma noite de muito samba e emoção marcou, no dia 1º de outubro, a inauguração da Academia Brasileira de Artes Carnavalescas (ABAC), na Travessa do Ouvidor, no Centro do Rio de Janeiro. O evento, idealizado pelo carnavalesco Milton Cunha e pela empreendedora social Celia Domingues, presidente e vice-presidente da ABAC, respectivamente, celebrou a criação de uma galeria de ‘notórios eternos’, reunindo personalidades icônicas do samba e do carnaval brasileiro.

Inspirada no modelo da Academia Brasileira de Letras, a ABAC oferecerá assentos vitalícios para 200 notáveis de todas as regiões do Brasil com o objetivo de valorizar o patrimônio cultural afro-brasileiro e suas expressões em diferentes cantos do país. Mais de 100 fotos de figuras ilustres já decoram as paredes da academia, incluindo nomes de peso, como Mestre Dionísio, Maria Augusta, Carlinhos de Jesus, Leonardo Bruno, e Kellymar de Jesus Ferreira. De São Paulo, quatro sambistas foram imortalizados na galeria: a jornalista e pesquisadora Claudia Alexandre, o jornalista e pesquisador Odirley Isidoro, o embaixador do samba Fernando Penteado e Solange Bichara, presidente da Escola de Samba Mocidade Alegre.

Durante a cerimônia, Milton Cunha, com sua característica energia, ressaltou o papel da academia de reunir os maiores representantes do carnaval em um espaço de respeito e memória. “Já convidamos 120 notórios saberes; eles estão na parede, estão aqui. E vamos chegar a duzentos. Todos os carnavais do Brasil – blocos, coretos, bailes, escolas de samba, tudo junto. É o saber carnavalesco de todo o Brasil”, afirmou o carnavalesco.

Foto: Divulgação.

A importância da diversidade dos saberes também foi destacada por Maria Augusta, uma das maiores especialistas em carnaval do Brasil. “A origem das escolas de samba vem das comunidades negras. Uma academia que reconhece isso, que traz esse saber popular, é fundamental. Estou vendo compositores e carnavalescos que não têm formação acadêmica, mas que são a essência do nosso carnaval. Isso é o respeito ao saber popular”, afirmou emocionada.

A ABAC promete se consolidar como um espaço de preservação e promoção da arte carnavalesca reunindo notáveis do carnaval de todo o Brasil com o compromisso de perpetuar o legado cultural de suas comunidades. A noite de inauguração foi só o início de uma trajetória que promete eternizar a história e os saberes de um dos maiores símbolos culturais do país.

(Fonte: Com Diney Isidoro/Prefeitura de São Paulo)