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Profissão Papai Noel: mais que um personagem, um papel que exige dedicação, empatia e amor

São Paulo, por Kleber Patricio

Ruben Monteiro, Papai Noel do Shopping Ibirapuera. Fotos: Divulgação.

Na época mais esperada do ano, um personagem icônico ganha destaque nos espaços públicos de todo o mundo: o Papai Noel. Por trás da barba branca, do traje vermelho, símbolos natalinos, estão profissionais que se dedicam a levar magia, emoção e muita alegria às crianças e aos adultos.

Ser Papai Noel exige mais do que vestir o uniforme. É necessário incorporar a essência do personagem, demonstrar empatia, transmitir bondade, paciência e estar em sintonia com o público. “A gente tem que esquecer os problemas, deixar tudo de lado e focar nas pessoas, explica Ruben Monteiro, Papai Noel do Shopping Ibirapuera e que atua na profissão há 10 anos.

A rotina de um Papai Noel costuma ser intensa, com longas jornadas de trabalho.  Além dos abraços calorosos e dos pedidos para as tradicionais fotos, faz parte do dia a dia desses profissionais ouvir muitas histórias e até pedidos inusitados, a exemplo de algumas mulheres: “Papai Noel me arruma um marido bonzinho, que seja educado, de presente de Natal?”, revela Rubens.

Mas há também relatos emocionantes das pessoas, momentos marcantes e passagens que ficam registradas na memória dos Papais Noéis. “Certa vez, tirei foto com uma criança que estava numa cadeira de rodas e com muitos hematomas pelo corpo. Chamou a atenção porque a criança estava com uma pomada amarela em várias partes. A mãe não pediu para tirar foto, mas eu insisti. Após cinco anos, ela retornou com a criança andando e bem melhor em relação à doença de pele. Foi uma alegria revê-la. A gente nunca esquece”, afirma o Papai Noel do Shopping Ibirapuera.

Preparação e caracterização

Para muitos, ser Papai Noel não é apenas um trabalho sazonal, mas uma arte. Atualmente, existem cursos que ensinam desde técnicas de atuação até formas de lidar como o público em geral – desde as perguntas mais difíceis até as reações mais inesperadas. Rubens explica que recebeu preparação especial para atuar como Papai Noel em um curso numa agência especializada. “Aprendemos tudo o que pode ser feito ou não. O jeito de lidar com as pessoas, simpatia, educação e sorriso no rosto sempre. É preciso tomar cuidado com os gestos, nada que afete as crianças”, explica.

Normalmente esses cursos abordam cuidados com a voz, estratégias para interagir com públicos diversos, incluindo pessoas com deficiências ou crianças que necessitam de atenção especial. Com o passar dos anos, a formação de Papai Noel está cada vez mais focada no atendimento que promova a inclusão social.

No caso das crianças autistas, por exemplo, há um cuidado todo especial. “Dependendo do caso, a gente não pode se aproximar muito. Geralmente, os pais sinalizam o nível de autismo da criança. Então, a gente tem que saber como abordar”, revela Rubens.

Ser Papai Noel é mais do que um emprego temporário; é uma vocação que exige dedicação, preparação e amor. Esses profissionais desempenham uma função essencial na criação de momentos mágicos e inesquecíveis, o que colabora com a tradição natalina, encantando gerações.

Shopping Ibirapuera

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(Com Sheila Santos/PatWork Assessoria de Imprensa)