A pandemia e suas consequências mudaram os hábitos das pessoas de uma maneira sem precedentes. O impacto desigual em diferentes camadas da sociedade fez com que houvesse uma maior conscientização das pessoas em diferentes áreas. No turismo, não foi diferente – se por um lado, existe uma multidão sedenta por viagens, por outro, as pessoas não querem viajar da mesma forma que antigamente. Os pacotes de grandes grupos, para destinos massificados, perderam espaço e hoje o viajante tem uma preocupação especial com o impacto da sua viagem no lugar visitado.
Nesse contexto, a Amazônia tem ganhado destaque como um destino importante na retomada do turismo. E não é à toa: nunca se falou tanto da importância da região, que há anos sofre com queimadas e desmatamento. E, curiosamente, a floresta com maior biodiversidade do mundo nunca foi um destino muito procurado por brasileiros, que preferiam conhecer o mundo inteiro antes de visitar seu maior patrimônio natural.
Contudo, este cenário parece estar começando a mudar, com viajantes percebendo que podem realizar dois sonhos de uma só vez: fazer uma viagem de experiência, verdadeiramente autêntica, ao mesmo tempo em que ajudam a manter a floresta em pé, contribuindo com os moradores e a conservação da floresta.
A Poranduba Amazônia tem despontado como alternativa para quem busca uma opção diferente de viagem. Criada em 2019 por moradores da pequena comunidade ribeirinha Tumbira, a 64 quilômetros de Manaus, a agência tem como objetivo fortalecer o turismo da região e trazer novas possibilidades de renda à população local.
A comunidade fica dentro de uma Unidade de Conservação Estadual, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Rio Negro, e o acesso se dá somente por barco, o que acaba por proteger o local do turismo de massa e traz uma sensação de exclusividade ao visitante. Antes de ser uma área protegida, as famílias da região se mantinham com a extração de madeira, principalmente para a construção de barcos.
Entretanto, em 2008, com a criação da reserva, a comercialização de madeira foi proibida e as famílias passaram a buscar outras formas de se manter. Aos poucos, a região foi se preparando para receber visitantes com a construção de pousadas e abertura de trilhas. Com a criação da agência, foi realizado um mapeamento dos potenciais atrativos, que hoje conta com dezessete atividades a serem realizadas pelos visitantes. Uma das experiências oferecidas é o Safari Amazônico, que leva os visitantes em um caminhão que antes era usado para transportar madeira e hoje foi adaptado com sofás, em que se pode apreciar a floresta de um jeito único.
Por ser criada e gerida por moradores, no modelo de turismo sustentável de base comunitária, a Poranduba Amazônia consegue realmente aproximar o visitante do modo de vida ribeirinho por meio de experiências originais, como fazer uma farinhada tradicional junto com uma família ou participar de uma oficina com artesãs locais. Para quem gosta de natureza, não faltam opções. Entre elas, navegar pelo Parque Nacional de Anavilhanas, fazer canoagem pela floresta alagada no período da cheia, curtir uma praia de rio paradisíaca na época da seca e até pernoitar na mata escutando os misteriosos sons dos animais em uma praia no meio da floresta.
Os pacotes oferecidos pela Poranduba duram de três a seis noites e incluem transporte em lancha desde Manaus (o trajeto é feito em 1h15m), hospedagem em suíte, todas as refeições e todos os passeios, que podem ser personalizados. Além disso, existem viagens programadas todo mês, a partir de R$2.390.
Contato: +55 (92) 99457-4497 (WhatsApp).
(Fonte: Kyvo Design-driven Innovation)