Hoje, 27 de janeiro, celebra-se o Dia Internacional do Vinho do Porto, um dos produtos mais icônicos de Portugal, conhecido por sua história, tradição e sabor inconfundível. Produzido exclusivamente na região do Douro, este vinho fortificado é amplamente apreciado no mundo inteiro por suas características únicas, incluindo aromas ricos, paladar marcante e versatilidade gastronômica. Produzido exclusivamente na Região Demarcada do Douro, nas caves de Vila Nova de Gaia, a bebida adquiriu este nome por ter sido exportada para o mundo a partir da cidade de Porto desde o século XVII.
Na ocasião, os comerciantes adicionavam aguardente vínica ao vinho para preservá-lo durante longas viagens marítimas. O processo interrompia a fermentação da bebida, preservando uma grande quantidade de açúcar residual, tornando-a naturalmente doce e com maior teor alcoólico.
O vinho do Porto é resultado de um processo de produção que envolve a fermentação parcial do sumo de uvas frescas, seguida pela adição de aguardente vínica, o que preserva seus açúcares naturais. As variedades de vinho do Porto – como Ruby, Tawny e Branco – oferecem uma diversidade de sabores e estilos, ideais para combinações com pratos e sobremesas. O teor alcoólico varia entre 19% e 22%.
Harmonizações
O Vinho do Porto é versátil. Suas harmonizações clássicas do incluem queijos fortes, sobremesas à base de chocolate ou frutas secas, e até pratos sofisticados como carnes de caça. Ele pode apresentar diferenças nas cores, na riqueza e intensidade de aromas e sabores, no teor alcoólico e até na doçura.
O Ruby é um tipo de vinho do Porto com característica avermelhada intensa e aroma frutado. Esse tipo de vinho combina muito bem com queijos salgados, como os do tipo gorgonzola e parmesão. Também fica ótimo com sobremesas feitas de chocolate.
O vinho do Porto Tawny tem doçura e concentração alcoólica igual ao Ruby e pode ser mantido por até oito anos em recipientes de madeira, tornando sua cor, aroma e sabor mais evoluídos. A harmonização perfeita pode contar com queijos maturados, mix de castanhas, sementes e frutas, ou sobremesas à base de castanhas.
Já o vinho do Porto Branco é uma excelente opção para preparar drinks e também é bastante versátil. Sua combinação ideal é com frutas secas, como figo, tâmara e damasco, mas também se dá bem no paladar quando combinado com nozes e queijos do tipo gorgonzola ou roquefort.
Garantia de qualidade
O processo de importação da bebida conta com rigoroso controle dos auditores fiscais federais agropecuários, responsáveis por garantir que ela atenda às normas de segurança e qualidade, protegendo a saúde dos consumidores e a integridade do mercado brasileiro.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), a entrada do vinho do Porto no Brasil, bem como de outros produtos de origem vegetal e animal importados, passa pelo controle de qualidade realizado pelos profissionais da carreira. Primeiro, eles verificam a conformidade documental, garantindo que o produto esteja devidamente certificado e que sua denominação de origem seja legítima.
Segundo o auditor fiscal federal agropecuário, José Antonio Simon, os controles exigidos são comuns para todos os vinhos, de todos os países. Além dos documentos aduaneiros, são exigidos Certificado de Origem de Bebidas e Certificado de Análise emitido por laboratório estrangeiro reconhecido Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), além da comprovação de tipicidade. O produto deve atender a padrões de segurança e, para isto, ele passa por uma análise de resíduos e contaminantes. “Não pode ter metais pesados como cobre e arsênico, nem metanol ou algum produto derivado das madeiras que foram usadas. Em relação às garantias que tem que apresentar, estão o padrão e a tipicidade de Vinho do Porto, que são descritas em manuais”, explicou o auditor fiscal federal agropecuário.
Além desse controle da importação, existe a fiscalização no mercado interno. Neste caso, são verificadas informações referentes ao produto, à rotulagem, e eventualmente há a coleta para análises, com o objetivo de impedir fraudes. “São diversos controles bem rigorosos, que dão uma segurança para consumidor e mesmo para o país de origem. Com eles, temos a garantia de que é respeitada aquela denominação de origem de que se trata de produto legítimo”, explicou Simon.
(Com Fernanda Balbino Okubo – FSB Comunicação e Jimena Carro – Hercog Comunicação)