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Websérie “Iê acarajé” apresenta retrato histórico sobre uma das maiores heranças culturais da Bahia

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação/Casa Mar.

A Casa Mar — hub de cultura, influência e tecnologias criativas com sede em Salvador e um dos braços de negócios da agência MAP Brasil — se prepara para o lançamento da websérie Iê Acarajé, produção audiovisual que tem como principal objetivo apresentar de forma próxima e emocionante a história de personagens importantes para a cultura do estado: as Baianas de Acarajé. Além da trajetória das profissionais, os episódios, que serão lançados de 25 a 28 de maio no IGTV do Instagram oficial do Casa Mar (@casamar.art), trazem os desafios encontrados na profissão, principalmente frente às incertezas da pandemia.

A produção, dividida em quatro episódios, apresenta um retrato especial sobre a vida e os desafios de cinco mulheres protagonistas em suas comunidades que se dedicam à prática da tradicional venda de acarajé e outras iguarias da culinária afro-baiana. Resgatando importante referência histórica e cultural, a escolha do nome Iê acarajé faz referência à primeira metade do século XX, quando, segundo o ex-diretor do Centro de estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia, Ubiratan Castro, as famílias aguardavam as mulheres do acarajé passarem em uma espécie de cerimônia às 19h, anunciando a venda de “Iê acarajé, Iê abará!”.

O Ofício da Baiana do Acarajé é hoje reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural do Brasil. A prática tem como protagonista o acarajé, elemento simbólico e constituinte da identidade baiana, com forte ligação às religiões de matriz africana, que simboliza uma das mais importantes contribuições africanas à identidade do país, revelando uma cultura afro-brasileira, ancestral e matriarcal.

Com roteiro e direção de Mariana Jaspe e direção de fotografia de Lucas Raion, a websérie conta com trilha sonora do Duo B.A.V.I. e produção de Gordo Calasans. Em seus quatro episódios, a narrativa apresentará o trabalho das baianas Ubaldina, Dinha, Elaine, família Miranda, Taty e Marluce sob diferentes perspectivas, mostrando como essas mulheres se descobriram na profissão junto à herança familiar, acordos coletivos, oportunidade de empreender e contato com a religiosidade que ela pode proporcionar, além de sua importância cultural, gastronômica e histórica para o país.

lê Acarajé é a união de duas paixões: acarajé – não à toa tenho a palavra dendê tatuada no braço -, e a possibilidade de encontrar grandes personagens e dialogar com eles. Por isso, o mais interessante desse processo foi a troca com essas mulheres; ouvi-las sobre suas trajetórias, vivências, dores e delícias de suas vidas e perceber como ser baiana é fundamento para elas serem quem são”, revela a diretora e roteirista, Mariana Jaspe .

FICHA TÉCNICA

Iê acarajé

Episódio 1 – Ubaldina, Dinha, Elaine

Episódio 2 – Família Miranda

Episódio 3 – Taty

Episódio 4 – Marluce

Roteiro e direção – Mariana Jaspe

Roteiro – Filipe Volz

Direção de fotografia – Lucas Raion

Montagem – Yasmin Reis e Mariana Jaspe

Trilha sonora – Duo B.A.V.I.

Produção – Gordo Calasans

Pesquisa – Vagner Rocha

Som direto – Gabriela Palha e Pedro Garcia

Assistente de fotografia – Ema Ribeiro

Assistente de produção – Jonaire Mendonça.