No último dia 4 de março, representantes da OSC Gabriel e Rotary Club de Avaré – Jurumirim estiveram em Brasília/DF por meio do movimento Doe Órgãos Salve Vidas para apresentação do projeto Aliança pela Vida ao Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde.
As duas organizações são detentoras do selo ‘Organização Parceira do Transplante’, concedido pelo Ministério da Saúde no ano de 2010. Estavam presentes na reunião Valeska Gameira, Taciana Ribeiro e Fernanda Bordalo do SNT, Rita e Wilson Roesener, do Rotary Club de Avaré – Jurumirim, Renato Incau e Nelson Incau, do movimento Doe Órgãos Salve Vidas e Maria Inês e Valdir de Carvalho, da OSC Gabriel.
O projeto tem por objetivo criar aliança formada por organizações do terceiro setor, apoiada pela ABTO – Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e Ministério da Saúde, capaz de fortalecer a causa e melhorar o número de doações de órgãos e tecidos no país.
Milhares de pessoas aguardam todos os anos por um transplante de órgãos ou tecidos. Dois terços da fila não irão conseguir realizar o transplante por falta de doadores. Enquanto o país possui um dos melhores sistemas públicos de transplantes do mundo, estamos aquém quando o assunto é doação. Entre os motivos, destaca-se a falta de conhecimento da população sobre o processo de doação/transplante e a inexistência de políticas públicas eficazes direcionadas à captação.
Os diretores da OSC Gabriel, Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho (segunda da direita para a esquerda na foto) e Valdir de Carvalho, idealizadores da aliança, acreditam que somente por meio do envolvimento da sociedade civil organizada é possível melhorar essa situação. A ideia é contribuir para o equilíbrio da relação Doação/Transplante, aproveitando a expertise de cada organização envolvida na formação da aliança para construir um plano de ação a favor da causa.
Outro aspecto importante é a falta de envolvimento dos municípios nessa relação, pois os pacientes em fila de espera são relacionados aos Estados a que pertencem ou estão inscritos. Isso tira do paciente a sua identidade local, fazendo com que o município, por desconhecimento, não contribua no processo de captação.
Esses são alguns dos muitos pontos levantados durante a reunião e que fazem parte das discussões que foram iniciadas nesse dia. O intuito é unir esforços para melhorar a situação de milhares de vidas que esperam pela oportunidade de realizar um transplante. Trata-se efetivamente de uma aliança em prol da vida.
Várias organizações também deram sua contribuição enviando sugestões para o projeto, como a Adote – Aliança pela Doação de Órgãos e Tecidos e Pró-Medula, ambas do Rio de Janeiro, e Grupo de Doação de Sangue e Medula de Itatiba-SP, entre outras.
A Aliança está aberta para a adesão de mais organizações e movimentos que querem contribuir para a melhoria do processo de Doação/Transplantes de órgãos e tecidos no Brasil.
Mais informações: (19) 3801-2047.