Um mergulho na essência do Cerrado, suas águas e biodiversidade. Assim pode ser definido o livro ‘Cerrado: Caixa-d’água do Brasil’, uma obra que transcende o registro documental e convida o leitor a entender a importância de um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta. O livro reúne especialistas e fotógrafos em uma verdadeira jornada ambiental, celebrando as riquezas naturais e refletindo sobre os desafios da conservação.
A caixa-d’água do Brasil
Mais do que paisagens exuberantes, o Cerrado é o coração das principais bacias hidrográficas do país. Seus rios abastecem milhões de pessoas e sustentam a biodiversidade de um bioma que cobre aproximadamente 25% do território nacional. Entretanto, o avanço do desmatamento – que já devastou mais de 712 mil hectares somente em 2024 – torna urgente a conscientização.
“Não é apenas um registro, mas um chamado à ação, forte e urgente”, destaca Atanagildo Brandolt, presidente do Instituto Latinoamerica e coordenador-geral da obra. “Esta publicação tem como objetivo educar e sensibilizar sobre a importância do Cerrado para a sobrevivência das atuais e futuras gerações.”
Uma jornada visual e científica
Organizado por Caco Schmitt, o livro alia ciência, história e sensibilidade ambiental, apresentando análises detalhadas e imagens que encantam e informam. O trabalho de campo percorreu nascentes e áreas emblemáticas do bioma, com o olhar atento dos fotógrafos Luiz Ávila e Cuba Cambará, cujas lentes capturam a essência única do Cerrado.
“As fotos não são apenas registros, mas narrativas que traduzem a alma do bioma”, ressalta Schmitt. Além disso, o livro conta com contribuições de pesquisadores renomados, como Altair Sales Barbosa, José Eloi Guimarães Campos e Braulio Ferreira de Souza Dias, entre outros, que aprofundam a compreensão sobre a riqueza e os desafios do Cerrado.
Um convite à ação
Com apoio da Lei Rouanet e patrocínio do Atacadão Dia a Dia, Cerrado: Caixa-d’água do Brasil é uma obra necessária em tempos de crise climática. Mais do que um livro, é um manifesto pela preservação. “Queremos inspirar práticas sustentáveis que protejam este patrimônio natural inestimável”, afirma Brandolt.
(Com Barbara de Alencar)