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Documentário “Infância em Caixa” investiga universo de pequenos influenciadores

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Imagens: divulgação.

Com milhões de visualizações, vendas de produtos e publicidades, as crianças e adolescentes influencers representam um mercado muito lucrativo, o que gera dificuldade em relação à privacidade e, sobretudo, combate a publicidade infantil, quando o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) atestou que pessoas de até 12 anos de idade sequer conseguem diferenciar o que é entretenimento do que é publicidade. Idealizado, produzido e dirigido pela jornalista Nathália Braga, o documentário “Infância na Caixa” mostra o mundo por trás dos influenciadores infantis, que, para além de memes e brincadeiras, viraram trabalhos distribuídos em redes sociais como YouTube, TikTok e Instagram. A pré-estreia aconteceu no último dia 21 de outubro no Instituto de Arquitetos do Brasil (Rua do Pinheiro 10, Flamengo).

Sobre o documentário

O filme “Infância em Caixa” investiga o impacto e os riscos da indústria de influencers mirins a partir dos relatos de três famílias que se deparam com uma indústria feroz e exploradora. A jornalista apresenta o histórico da publicidade infantil irregular liderada por big-techs e o mercado publicitário, que dificultam políticas de privacidade no Brasil.

“Ser influenciador é uma profissão relativamente recente que entrou para a lista de desejos das crianças. Porém, como muitas carreiras artísticas, se tornar criador de conteúdo na internet é uma atividade que pode se iniciar muito antes dos 18 anos de idade, mas estamos falando de crianças. Elas não podem trabalhar (nem de brincadeira) e, desde 2014, não podem ser público-alvo de conteúdos publicitários. O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) atestou que pessoas de até 12 anos de idade sequer conseguem diferenciar o que é entretenimento do que é publicidade. Isso significa estar vulnerável. O lucro sobre a presença infantil na internet tem muitos caminhos diferentes. O rastreio de hábitos de consumo com venda de dados sensíveis é um deles. As mesmas redes sociais onde as crianças mantêm e assistem canais de conteúdo infantil, já coletaram esses dados e venderam de forma imoral. Além disso, já foi comprovado que algoritmos identificam momentos de baixa autoestima em meninas e oferecem publicidade baseada neste estado emocional”, aponta Nathalia.

Sobre Nathália Braga

Formada em Comunicação Social pela UFRJ, a jornalista e criadora de conteúdo Nath Braga começou a carreira como repórter televisiva no canal MultiRio, onde fez cobertura de eventos e entrevistas com especialistas e estudantes, além de realizar locuções para a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.

Com fluência em inglês, trabalhou como apresentadora e repórter no The Intercept Brasil. Tem ampla experiência em entrevistas, apresentações, transmissões ao vivo, locuções, palestras e mediações. Além disso, é cofundadora do Influência Negra, onde dirigiu e apresentou o podcast da plataforma, vencedor do prêmio Sim à Igualdade Racial.

Em 2022, foi reconhecida pelo LinkedIn como Top Voice enquanto parte da jovem geração que promove debates inovadores no país. No mesmo ano, foi selecionada para o programa de aceleração Black Voices Fund, do YouTube, do qual é fellow. Também é TEDx Speaker, atua como mestre de cerimônias e ministra palestras sobre comunicação, empreendedorismo e sexualidade, além de apresentações inspiracionais.

Nas redes sociais, Nath Braga publica conteúdos que mesclam informação acessível com leveza para mais de 57 mil seguidores. Entre as pautas abordadas pela pós-graduanda em Sexualidade Humana estão comportamento adulto, educação, viagens, vivências pessoais e os bastidores do jornalismo.

Para ficar por dentro do documentário:

Instagram da casa: https://www.instagram.com/casanaara/

Instagram do projeto: https://www.instagram.com/infanciaemcaixa/

Instagram da idealizadora: https://www.instagram.com/nathbragap/.

(Fonte: Agência Is)