Indaiatuba acaba de confirmar mais uma participação nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. É a atleta Geisa Rodrigues Vieira, da equipe Gaadin/Secretaria Municipal de Esportes que, ao lado da colega Lia Maria Soares Martins, integrará a Seleção Brasileira de basquete sobre rodas na competição, agendada para 7 a 18 de setembro no Rio de Janeiro. De acordo com a dirigente da equipe Gaadin/Secretaria Municipal de Esportes, Graciele Silva, embora seja bastante nova, Geisa já possui uma bagagem expressiva na modalidade. “Além de já ter participado das Paralimpíadas de 2012 em Londres, já disputou também dois campeonatos mundiais e um sulamericano”, conta. “Também se destacou no Campeonato Nacional Feminino, em setembro do ano passado, onde foi a segunda maior pontuadora, ficando atrás apenas da Lia, que também foi convocada e é hoje a melhor jogadora da América Latina, sendo a maior pontuadora dos Campeonatos Nacionais Femininos desde 2010, além de sobressair nas competições masculinas, que são mistas”, diz Graciele. “Nesta modalidade, embora não se busquem índices, a escolha do time é realizada com base no olhar clínico do técnico da Seleção para identificar as mais habilidosas e precisas nos fundamentos necessários nas partidas”, completa a dirigente, acrescentando que Geisa é classe funcional 4.0 e Lia, que está na seleção desde 2007, classe funcional 4.5. Até o momento, a cidade já conta com cinco competidores classificados para as Paralimpíadas, com Cecília Kethlen e Raquel Viel da equipe de natação PCD ADI/Secretaria Municipal de Esportes e Evânio Rodrigues, da equipe de Supino.
Seleção Brasileira de Basquete sobre rodas – Paralimpíadas 2016
Ana Aurélia Mendes Rosa
Andreia Cristina Santa Rosa Farias
Geisa Rodrigues Vieira
Geisiane de Souza Maia Brito
Ivanilde Cândida da Silva
Jéssica da Silva Santana
Lia Maria Soares Martins
Lucicleia da Costa e Costa
Paola Klokler
Perla dos Santos Assunção
Rosália Ramos da Silva
Vileide Brito de Almeida
Comissão técnica
Francilidio de Andrade Soares – auxiliar técnico
Kilber Fernando Guimarães Alves – supervisor
Marcelo Ferreira Romão – mecânico
Maria de Fátima Fernandes Barbosa – coordenadora técnica
Martoni Moreira Sampaio – técnico
Rafael Corrêa Piancenti – fisioterapeuta
Sobre o basquete sobre rodas
Praticado inicialmente por ex-soldados norte-americanos que haviam saído feridos da 2ª Guerra Mundial, o basquete em cadeira de rodas fez parte de todas as edições já realizadas dos Jogos Paraolímpicos. As mulheres passaram a disputar a modalidade em 1968, nos Jogos de Tel Aviv. No Brasil, o basquete em cadeira de rodas também tem forte presença na história do movimento paralímpico, sendo a primeira modalidade praticada aqui, a partir de 1958, introduzida por Sérgio Del Grande e Robson Sampaio. Depois de ficar de fora das Paralimpíadas por 16 anos, a seleção brasileira voltou à disputa ao conquistar a vaga para Atenas-2004 durante os Jogos Parapan-Americanos de Mar Del Plata. Apesar da popularidade no país, o Brasil ainda não conquistou medalhas na modalidade em Jogos Paraolímpicos. As cadeiras de rodas utilizadas por homens e mulheres são adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). O jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e a altura da cesta seguem o padrão do basquete olímpico. Na classificação funcional, os atletas são avaliados conforme o comprometimento físico-motor em uma escala de 1 a 4,5. Quanto maior a deficiência, menor a classe. A soma desses números na equipe de cinco pessoas não pode ultrapassar 14. São disputados quatro quartos de 10 minutos cada. Para assegurar a competitividade, os atletas precisam usar cadeiras de rodas padronizadas. É obrigatório obedecer até mesmo o diâmetro máximo dos pneus e a altura máxima do assento e do apoio para os pés em relação ao chão. Se o jogador optar por usar uma almofada no assento, ela não poderá ter mais de 10 cm de espessura, exceto nas classes 3.5, 4.0 e 4.5 (menor comprometimento). Nesses casos, a espessura máxima é de 5 cm. É permitido usar faixas para prender as pernas juntas ou fixar o atleta na cadeira. Todas as normas são conferidas pelos árbitros no início da partida.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro.