A Prefeitura de Indaiatuba, por meio do Programa Municipal de Controle da Dengue, iniciou no dia 11 de janeiro de 2018 a Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que consiste na identificação dos níveis de infestação do Aedes Aegypti em todo o município.
Todos os 35 agentes de controle da dengue da cidade se empenharam na avaliação, que vistoriou mais de três mil imóveis em todas as regiões da cidade. A atividade foi concluída na quinta-feira passada (25). A pesquisa é realizada no início de cada trimestre e os resultados são utilizados como base para as próximas estratégias de controle deste vetor de graves doenças, como Dengue, Zica e Chikungunya, que podem levar à morte ou trazer graves consequências.
O índice Breteau, que é a relação entre o número de recipientes positivos e o número de imóveis pesquisados, corrigido de forma que o resultado seja expresso para 100 imóveis, apresentou na primeira avaliação deste ano o resultado de 0,6 em todo o município. Segundo os indicadores desses índices, definidos pelo Ministério da Saúde, aponta a probabilidade do risco do município e/ou determinada região a ter surto de dengue devido à infestação do mosquito, sendo inferiores a 1% estão em condições satisfatórias, de 1% a 3,9% estão em situação de alerta e superior a 4% há risco de surto de dengue.
Foram 107 quarteirões percorridos e 3.153 imóveis trabalhados, com 15 coletas positivas para larvas do mosquito. Alguns bairros demonstraram um risco maior pela coleta de larvas, sendo todos eles nas áreas 1, 2 e 3 do mapa da dengue. Os bairros são: Jardim Esplanada, com três coletas de larvas, Jardim Jequitibás, Residencial Santa Clara, Condomínio Paradiso e Cidade Nova, com duas coletas cada e Chácaras Areal, Jardim Pau Preto, Jardim Rêmulo Zoppi, Jardim Santa Rita, Mosteiro e Terras de Itaici com uma coleta de larva.
Para o coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti, o índice está satisfatório, mas isso não é um indicador para se comemorar. “Uma vez que muitas pessoas ainda deixam a água ficar acumulada em suas residências ou em comércios e indústrias, como também executam o descarte irregular de entulhos e lixos em terrenos baldios, lembrando que o ciclo do mosquito ocorre em sete dias em condições favoráveis de temperatura e alimento e eles se reproduzem muito rapidamente, considerando que ainda estamos no início do período de verão. Este cenário epidemiológico pode mudar a qualquer momento; portanto, vale a atenção redobrada de toda a população em vistoriar seu imóvel 10 minutos por semana. É um tempo gasto relativamente curto e importante, pois poderá evitar grandes problemas de saúde da população pelos agravos da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus. Neste período de proliferação de mosquitos que começam a aparecer e crescer os casos destas doenças”, comentou ele.
As ações de prevenção, controle e conscientização nos bairros com maiores infestações apontados pela avaliação de densidade larvária serão intensificadas. “Mas as pessoas precisam ter em mente que a sua atitude de prevenção semanal em seus imóveis contribuirá de forma considerável em conjunto com as ações executadas pelo Centro de Operações Contra a Dengue para não termos casos das doenças na nossa cidade”, finalizou Bernardinetti.
Este ano, o município não registrou nenhum caso de Dengue, Zika ou Chikungunya. Existem 10 casos notificados aguardando o resultado do Instituto Adolfo Lutz (IAL) Campinas; destes, nove são suspeitos de Dengue e um de Chikungunya.