O Brasil caminha a passos largos para se tornar um país de população predominantemente idosa. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2030 o número de idosos de 60 anos ou mais será superior ao grupo de crianças com até 14 anos. Apesar disso, o preconceito contra o idoso é visto com frequência em nossa sociedade.
De acordo com a geriatra do Lar dos Velhinhos de Campinas, Manuela Nassim Santos, é necessário neutralizar os estereótipos negativos relacionados à velhice e transmitir uma imagem de pessoa experiente, que colabora para a sociedade. “Para conseguirmos um envelhecimento com qualidade, precisamos olhar o processo como uma caminhada que será construída ao longo dos anos e de diferentes maneiras. Dessa forma, não existe um único fenótipo de idoso, não são todos doentes, não são todos que usam bengala e têm cabelo branco. A diversidade da sociedade se perpetua até o envelhecimento; entender este processo, que é individual, é fundamental para garantir um envelhecimento saudável e com qualidade, deixando de lado estereótipos e preconceitos sobre o idoso”, afirma.
Depois de viver de forma dedicada, principalmente aos filhos e netos, ela pontua essa fase da vida como o momento de receber o reconhecimento das gerações mais novas. “O idoso colabora com a sociedade com suas experiências, sabedorias e fortes princípios de família, respeito, gratidão e amor. A principal esfera de influência dos benefícios de contato com os idosos e suas colaborações reside no núcleo familiar e nas escolas. Ambos ambientes são naturalmente o elo entre as gerações”, comenta Manuela.
A geriatra diz que o contato entre diferentes gerações colabora para um envelhecimento com qualidade. “Ajuda a compreender o processo de envelhecimento, aumenta a empatia entre jovens e idosos, cria harmonia e bem-estar dentro da família, fortalece vínculos e princípios familiares”, afirma. Além disso, as relações entre jovens e idosos trazem diversos benefícios para ambos. Para o idoso, esse laço proporciona uma elevação na autoestima afastando-o do isolamento, depressão e proporciona um sentimento de utilidade. Já para os jovens, diminui o risco de violência e agressividade e fortalece princípios de respeito, empatia e gratidão. “A valorização da velhice e quebra de preconceitos, e as reflexões sobre o próprio processo de envelhecimento”, ressalta.
Lar dos Velhinhos
Promover o envelhecimento saudável e exercer o cumprimento dos direitos na integridade social do Idoso – é esse o Trabalho que o LVC há 112 anos vem desenvolvendo e divulgando.
O Brasil possui hoje 20 milhões de idosos. Em 2050 esse número poderá chegar a 64 milhões. Colaborar com o Lar dos Velhinhos é investir numa instituição séria, competente e reconhecida – é investir no futuro.
Para fazer doação pontual (dinheiro, alimentos ou roupas), por meio da Nota Fiscal Paulista ou ser voluntário do Lar dos Velhinhos de Campinas, basta entrar em contato pelo telefone da (19) 3743-4300. Seja um colaborador.
Endereço: Rua Irmã Maria Santa Paula Terrier, 300, Vila Proost de Souza, Campinas/SP
Telefones: (19) 3743-4300 | (19) 3743-4330.