Tratamento minimamente invasivo tem sido estudado há anos e foi detalhadamente abordado na revista Epilepsia, uma das principais publicações na área
São Paulo
Reunindo pinturas de paisagens, tema recorrente em seus trabalhos que não se baseiam em fotografias, nem em lugares reais, mesclando, assim, fantasia e memória, Felipe Góes abre a exposição individual “Ciclo Circadiano” na Galeria Kogan Amaro a partir de 2 de abril. A individual apresenta oito trabalhos inéditos do artista. Com curadoria de Regina Teixeira de Barros, a exposição é simultânea e também um desdobramento a “Zirkadianer Rhythmus”, individual que o artista acaba de abrir na Kogan Amaro de Zurique, na Suíça, e que integrou a programação da Zurich Art Weekend.
“Para mim, é uma honra realizar esse projeto junto com a galeria Kogan Amaro; ele marca minha estreia na Europa, participando também do Zurich Art Weekend, que ocorreu no início de março, e uma individual em São Paulo, na mesma semana da SP-Arte, onde também haverá obras minhas”, afirma o artista.
Com cores e traços marcantes, as obras reunidas na individual apresentam um desdobramento de “Ocaso” (2016) e “Bennu” (2018), trabalhos anteriores do artista. “Minhas intenções com imagens de paisagem e cosmos não são apenas visuais. Toda paisagem carrega informações biológicas e geológicas e também a possibilidade de interpretações históricas, filosóficas e espirituais. O cosmos pode ser interpretado apenas como uma perspectiva diferente; outro ponto de vista dos mesmos fenômenos”, continua Felipe.
“O ciclo circadiano é um dos ritmos naturais que governam a vida na Terra. Nesse caso específico, é o dia e a noite, o ciclo de 24 horas que rege as plantas, os fungos e os animais, inclusive a espécie humana. É algo que conecta nossa vida diária com a rotação da Terra em seu próprio eixo. Ou se pudermos pensar mais conceitualmente, ele conecta nossa existência com os movimentos dos planetas, galáxias e a infinitude do Universo. De forma sutil, o título da exposição ajuda na compreensão dos meus objetivos como artista, mas não explica demais – é aberto o suficiente para encorajar as pessoas a terem suas próprias ideias sobre as pinturas. Portanto, espero que esta exposição possa promover discussões sobre nossa existência no planeta Terra, bem como reflexões sobre arte, ciência, espiritualidade e o Universo”, conclui o artista.
“Nesta nova série de pinturas de Felipe Góes a matéria se adensou, as pinceladas se ouriçaram, as cores vibraram em confrontos violentos: as águas se incendiaram em variantes de magenta, laranja e vermelho; os verdes estridentes tomaram o horizonte, anunciando auroras misteriosas; a lava dos vulcões em erupção contaminou os céus a ponto de transformá-los em reflexos da terra e não o inverso. O cosmos parece aspirar a força da gravidade, encrespando a natureza ou o que dela resta”, avalia Regina Teixeira de Barros, no texto de apresentação da exposição.
Sobre o artista | Felipe Góes (1983) é formado em arquitetura. Trabalha com pintura e busca discutir a produção e a percepção de imagens na contemporaneidade. Realizou exposições individuais em espaços como Instituto Moreira Salles (Poços de Caldas, 2017), Phoenix Institute of Contemporary Art (Arizona, EUA, 2014), Museu de Arte de Goiânia (Goiânia, 2012) e Usina do Gasômetro (Porto Alegre, 2012). Sua obra já esteve em coletivas como “Utopia de colecionar o pluralismo da arte” (Fundação Marcos Amaro, Itu, 2019), “Mapping Spaces” (Kentler International Drawing Space, New York, EUA, 2016) e 2ª Bienal Internacional de Asunción (Assunção, Paraguai, 2017). O artista ainda participou de residências artísticas em SVA (School of Visual Arts) Online Artist Residency, (Nova York, EUA, 2021), Phoenix Institute of Contemporary Art (Arizona, EUA, 2014) e Instituto Sacatar (Itaparica, BA, 2012).
Sobre a Galeria Kogan Amaro | Localizada nas cidades mais populosas do Brasil e da Suíça, as unidades da galeria Kogan Amaro no bairro dos Jardins, em São Paulo, e na Rämistrasse, coração cultural de Zurique, têm como norte a diversidade de curadoria e público: com portfólio composto por artistas de carreira sólida, consagrados internacionalmente, e também emergentes que já se posicionam no mercado de arte como promessas do amanhã. Sob gestão da pianista clássica Ksenia Kogan Amaro e do empresário, mecenas e artista visual Marcos Amaro, a galeria joga luz à arte contemporânea com esmero ímpar e integra as principais feiras de arte do mundo.
Serviço:
Felipe Góes | “Ciclo Circadiano”
Curadoria: Regina Teixeira de Barros
Local: Galeria Kogan Amaro
Abertura: sábado, 2 de abril de 2022, com o horário especial de abertura, das 11h às 17h
Local: Galeria Kogan Amaro
Período expositivo: 2 de abril a 14 de maio
Horário: segunda à sexta, das 11h às 19h e aos sábados, das 11h às 15h
Endereço: Alameda Franca, 1054 – Jardim Paulista – São Paulo/SP
Informações para o público: (11) 3045-0755/0944 ou atendimento@galeriakoganamaro.com
(Fonte: a4&holofote comunicação)
A deposição do presidente João Goulart por meio do golpe militar que instaurou a ditadura no país do Carnaval foi o que determinou 21 anos de desespero à democracia. E, pela primeira vez, ouvimos a versão feminina dos acontecimentos dentro de um dos maiores presídios políticos do país, que torturou, matou e sumiu com muitas pessoas ao decorrer deste tempo.
‘Não estavam à espera de um príncipe em seu cavalo branco para salvá-las’, é o que Ana Maria Ramos Estevão alega quando ela e suas companheiras de cela renomearam a Torre das Donzelas, do Presídio Tiradentes, para Torre das Guerreiras.
Ana Maria, nos tempos mais obscuros do Brasil, era estudante de Serviço Social envolvida com o movimento estudantil e a organização Ação Libertadora Nacional (ALN). E para que as pessoas jamais esqueçam o que houve na ditadura, principalmente, com as mulheres, escreve a sua história que se entrelaça com tantas outras como a da ex-presidente Dilma Rousseff, prefaciadora de “Torre das Guerreiras e outras memórias”, livro publicado pela pelo selo 106 Memórias (Editora 106), em colaboração com a Fundação Rosa Luxemburgo.
Muitas pessoas devem perguntar: o que a Ditadura Militar queria? Em tese, evitar o avanço das organizações populares do governo de João Goulart, acusado de comunista, e a derrubada do trabalhismo. O que a ditadura conseguiu? A cessão da democracia e o fim da escolha da população pelos seus governantes, além de tortura e muita morte, como relata Ana Maria em sua obra.
Capturada pelos órgãos de repressão da ditadura brasileira, a autora foi torturada e interrogada por sua trajetória como militante. Ela mistura na obra as suas memórias com histórias vistas e ouvidas, destaca e valoriza episódios de que só a grandeza humana é capaz, como quando todas as militantes ficavam em silêncio para Tânia, uma das prisioneiras, cantar perto de uma pequena janela para ser ouvida por seu companheiro, Gabriel, que, com câncer, estava preso no mesmo local, em uma cela distante. Além de todos os sentimentos embutidos, relata as torturas, pessoas com papéis importantes do lado da resiliência como também do lado dos carrascos, bem como os fascistas voluntários.
“Torre das Guerreiras e outras memórias” é uma obra para que aquele fatídico 31 de março de 1964 jamais seja esquecido.
“Torre das Guerreiras e outras memórias”
Ana Maria Ramos Estevão
Prefácio de Dilma Rousseff
Selo: 106 Memórias/Fundação Rosa Luxemburgo
Páginas: 192
Formato: brochura, 14 x 21 x 1,1cm
Peso: 275 g
Preços: R$52,90 (versão impressa); R$37,00 (ebook)
Gênero: Memórias, História, Política, Ditadura.
Sobre a autora | Ana Maria Ramos Estevão nasceu em Maceió (AL) em 1948. Mudou-se para a cidade de São Paulo em 1953. Quando iniciou o curso de Serviço Social, em 1969, aproximou-se da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização de esquerda que enfrentou a ditadura civil-militar brasileira. Durante o regime, Ramos foi presa três vezes e, em 1974, ficou exilada em Paris. É professora livre-docente aposentada da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É membra do Sindicato dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
(Fonte: Enxame Coletivo de Comunicação)
Os sistemas integrados de produção agropecuária, que conciliam a pecuária bovina e a criação de grãos na mesma terra, possuem potencial de incrementar a matéria orgânica e isso é refletido em altos teores de carbono e nitrogênio no solo. É o que apontam pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Meio Norte) em estudo publicado na quarta (30) na revista “Ciência Rural”. Os resultados demonstram que o sistema de manejo lavoura-pecuária tem maiores teores de carbono e nitrogênio do que o sistema de plantio direto e, por isso, captura gases de efeito estufa da atmosfera, como o carbono, de forma eficiente.
Os pesquisadores avaliaram o acúmulo de estoques de carbono e nitrogênio total em solos sob os sistemas de plantio direto e integração lavoura-pecuária na Fazenda Barbosa, localizada no bioma Cerrado, no estado do Maranhão. Para análise, foram selecionadas cinco áreas: uma com sistema de plantio direto em sucessão há 14 anos e três áreas com diferentes históricos de sucessão com a adoção do sistema de integração lavoura-pecuária, além de uma área de Cerrado nativo. “Foram realizados inicialmente o estudo de histórico de manejo das áreas e posteriormente a identificação das áreas com manejos distintos para avaliação do estoque e conteúdo de carbono e nitrogênio atribuído pelo uso agrícola”, explica o cientista Leovânio Barbosa, um dos autores da pesquisa. As análises foram realizadas no laboratório de solos da Embrapa Meio Norte em parceira com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Os maiores índices de carbono e nitrogênio foram encontrados nos solos manejados com o sistema lavoura-pecuária, em que o produtor concilia pecuária bovina e produção de grãos na mesma terra. “Os índices podem ser relacionados com o uso de gramíneas e o tempo de adoção e manejo em sistema de integração lavoura-pecuária”, destaca Barbosa. O estudo, que foi motivado pelo desejo dos pesquisadores de estudar as áreas de fronteira agrícola que estão em expansão, preenche uma lacuna importante por analisar o Argissolo do Cerrado. “Os trabalhos nesta região do leste maranhense são escassos. A nossa pesquisa traz resultados importantes ao quantificar os teores e estoques de carbono e nitrogênio da região, além de avaliar a qualidade química e física destes compostos”, acrescenta o pesquisador.
A pesquisa também revela a tendência para o futuro: exploração agropecuária voltada para o ganho de produção, segurança alimentar, qualidade do solo e preservação do meio ambiente. “O mundo vem buscando o uso eficiente dos recursos naturais e diminuição das degradações do solo causadas pelo uso inadequado do mesmo. Por isso, estudos que avaliam a eficiência de novos modelos de exploração do solo com foco na sustentabilidade ambiental revelam o futuro da exploração agropecuária”, conclui.
(Fonte: Agência Bori)
A programação do SescTV recebe Abril Indígena, com conteúdo especial de 2 a 30 de abril. Os destaques ficam por conta da exibição do documentário “Educação Escolar Indígena”, do Cine Kurumin – Festival Internacional de Cinema Indígena, e a série “Amazônia, Arqueologia da Floresta”.
Realizado desde 2019, o Abril Indígena foi idealizado pela área “Povos Indígenas”, do Programa Diversidade Cultural do SESC SP, que tem por objetivo valorizar e difundir a diversidade cultural desses povos no Brasil, especialmente por meio de atividades que suscitam espaços de protagonismo para indígenas – provenientes tanto de aldeias, comunidades e Terras Indígenas, quanto de contextos urbanos. “Essa ação em rede pretende colaborar para a desconstrução da ideia estereotipada do indígena selvagem e isolado, que vive em terras distantes incrustadas nas florestas, revelando a atualidade e a dimensão local de suas existências, resistências, demandas, saberes e fazeres”, explica Tatiana Amaral, assistente da Gerência de Estudos e Programas Sociais do SESC São Paulo.
Abrindo o Abril Indígena no dia 2 de abril, o SescTV exibe o filme “Educação Escolar Indígena”, dirigido por Camilo Tavares, sob consultoria da educadora Nieta Monte, especializada em educação indígena e consultora do MEC para a elaboração dos Parâmetros Curriculares da Educação Indígena. O documentário aborda os parâmetros e desafios para a educação escolar indígena no Brasil considerando tradições, história da etnia e confecção de artesanato na formação de crianças e jovens.
Já entre os dias 9 e 23 de abril serão exibidos os filmes que integram o Cine – Kurumin, que conta com 8 obras entre curtas e longas-metragens. Com curadoria da antropóloga Thais Britto, o festival tem como objetivo principal apoiar processos criativos dos povos nativos e promover a circulação das produções audiovisuais realizadas e produzidas por diretores e diretoras indígenas.
A animação “Mitos Indígenas em Travessia” abre a programação no dia 9, às 22h. O curta aborda seis histórias indígenas dos tempos antigos das etnias Kuikuro (Aldeia Afukuri, Terra Índígena Parque do Xingu, MG), Javaé (Aldeia São João, Terra Indígena Parque do Araguaia, Ilha do Bananal, TO) e Kadiwéu (Aldeia São João, Terra Indígena Kadiwéu, MG do Sul). Na sequência, será exibido o filme “As Hiper Mulheres”, que apresenta o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), em um momento de dor na comunidade.
No dia 16, o primeiro curta é “Kaapora, o Chamado das Matas”, em que a própria Kaapora e outros personagens espirituais conduzem a narrativa sobre a ligação dos Povos Indígenas com a Terra e sua Espiritualidade. Em seguida, às 22h20, o documentário “A Gente Luta mas Come Fruta” expõe o manejo agroflorestal realizado pelos Ashaninka da aldeia APIWTXA no rio Amônia, localizado no estado do Acre. “Nguné Elü, O dia em Que a Lua Menstruou” finaliza a programação deste dia, mostrando os acontecimentos na Aldeia Kuikuro, no Alto Xingu, durante um eclipse.
O curta “Agahü: o Sal do Xingu”, que retrata a importância do sal como uma ligação com o sagrado para a cosmologia dos povos do Xingu, abre o terceiro e último dia do Cine-Kurumin, 23 de abril, às 22h. Na sequência, é exibido o documentário “Pi’õnhitsi – Mulheres Xavante sem Nome”, sobre as dificuldades da realização do ritual de iniciação feminino na comunidade Xavante. Encerrando o festival, às 23h, “Má É Dami-Xina – Já me Transformei em Imagem” narra história de perda e renovação do povo Hunikui por meio das experiências compartilhadas pelos membros da comunidade.
A série “Amazônia, Arquiteturas da Floresta” – última atração do Abril Indígena – estreia no canal no dia 30 de abril. Com direção de Tatiana Toffoli e condução do arqueólogo Eduardo Góes Neves, a série, dividida em 4 episódios, acompanha as pesquisas realizadas no sítio arqueológico Monte Castelo, em Rondônia. Em parceria com os moradores da aldeia Palhau, da etnia Tupari, as escavações encontraram vestígios preservados por milênios entre camadas de conchas e terra. São restos de fauna, sementes de plantas, cerâmicas e ossos humanos, indícios de como viviam os povos da Amazônia há 4.000 anos.
Episódio 1 – A Terra dos Povos | Monte Castelo é um sambaqui fluvial, uma ilha artificial que foi construída e ocupada há pelo menos 6 mil anos. Localizado na bacia do rio Guaporé, em Rondônia, esse sítio foi escavado pela primeira vez pelo arqueólogo Eurico Miller na década de 80. Trinta anos mais tarde, foi relocalizado por uma equipe de arqueólogos e as escavações foram retomadas, dando início a uma nova etapa de descobertas surpreendentes.
Episódio 2 – As Conchas e os Ossos | Há 4 mil anos o clima da região mudou e novas camadas de conchas e terra foram adicionadas ao sítio. A equipe encontra muitos vestígios de um cemitério datado dessa época. Adornos e uma galhada de veado são encontrados junto aos ossos humanos. Os arqueólogos acompanham os Tupari até a antiga aldeia do Laranjal, local em que viviam e do qual tiveram que sair por causa da criação da Reserva Biológica do Guaporé, em 1983.
Episódio 3 – O Tabaco e a Cerveja | O sudoeste da Amazônia é uma região de grande diversidade natural e, talvez por essa razão, foi também um importante centro de domesticação de plantas. Os vestígios desse processo de domesticação e cultivo de plantas são encontrados nos sítios arqueológicos da região. Quando os Tupari abriram a aldeia Palhau, que está localizada sobre um sítio arqueológico, a mandioca dos antigos, usada para fazer chicha, brotou no solo. Muitas espécies aparecem espontaneamente na roça. O milho, por exemplo, cultivado há 6 mil anos, até hoje é plantado pelos Tupari numa demonstração de que o passado e o presente estão profundamente conectados na região.
Episódio 4 – Cemitério Bacabal | Neste episódio, novos sepultamentos são encontrados. A composição química das conchas que formam o sambaqui Monte Castelo ajudou a preservação de ossos e sementes. Através desses vestígios, é possível saber o que os antigos comiam e bebiam. Os ossos e os dentes humanos, as amostras de solo, as cerâmicas e objetos de pedra nos ajudam a contar a história de ocupação dessa região.
Serviço:
ABRIL INDÍGENA
Sábados, 22h
“Educação Escolar Indígena”
Direção: Camilo Tavares
Brasil, 2003, 52 min.
Sábado, 2/4, 22h
Sob demanda: 2/4
Classificação Indicativa: Livre.
Cine Kurumin – Festival Internacional de Cinema Indígena
Sob demanda: 9/4
Filmes:
“Mitos Indígenas em Travessia”
Dir.: Julia Vellutini & Wesley Rodrigues
Brasil, 2019, 21 min., animação
Sábado, 9/4, 22h
Classificação Indicativa: 10 anos.
“As Hiper Mulheres”
Dir.: Arlos Fausto, Leonardo Setted
Brasil, 2011, 80 min., documentário
Sábado, 9/4, 22h20
Classificação Indicativa: 10 anos.
“Kaapora, o Chamado das Matas”
Dir.: Olinda Muniz Wanderley – Yawar
Brasil, 2020, 20 min, docuficção
Sábado, 16/4, 22h
Classificação Indicativa: 12 anos.
“A Gente Luta mas Come Fruta”
Dir.: Wewito Piyõko
Brasil, 2006, 40 min, Documentário
Sábado, 16/4, 22h20
Classificação Indicativa: Livre.
“Nguné Elü, O Dia em que a Lua Menstruou”
Dir.: Maricá Kuikuro, Takumá Kuikuro
Brasil, 27 min., 2004, Documentário
Sábado, 16/4, 23h
Classificação Indicativa: Livre.
“Agahü: o Sal do Xingu”
Dir.: Takumã Kuikuro
Brasil, 2 min, 2020
Sábado, 23/4, 22h
Classificação Indicativa: Livre.
“Pi’õnhitsi – Mulheres Xavante sem Nome”
Dir.: Divino Tserewahú e Tiago Campos Torres
Brasil, 2009, 53 min, Documentário
Sábado, 23/4, 22h
Classificação Indicativa: Livre.
“Má É Dami-Xina – Já me Transformei em Imagem”
Dir.: Zezinho Yube.
Brasil, 2008, 32 min. Documentário
Sábado, 23/4, 23h
Classificação Indicativa: Livre.
Série “Amazônia, Arquiteturas da Floresta”
Episódio 1 – “A Terra dos Povos”
Episódio 2 – “As conchas e os ossos”
Episódio 3 – “O tabaco e a cerveja”
Episódio 4 – “Cemitério Bacabal”
Direção: Tatiana Toffoli
Produção: Elástica Filmes
Realização: SescTV
Estreia: 30/4, às 20h
Classificação indicativa: Livre.
Reapresentações: domingo, 1/5, 14h30; segunda, 2/5, 10h; terça, 3/5, 16h; quinta, 5/5, 14h30 e sexta, 6/5, 19h30. Disponível sob demanda no site a partir de 30/4.
Para sintonizar o SescTV: também disponível online
Redes do SescTV:
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Sobre o SescTV | O SescTV é um canal de difusão cultural do SESC em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do SESC para todo o Brasil. Sua programação é constituída por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com variadas expressões da música e da dança contemporânea. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira em conexão com temas universais. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras linguagens artísticas também estão presentes na programação. Conheça o acervo no site.
(Fonte: Agência Lema)
O Museu de Arte Moderna de São Paulo recebe a exposição “ruptura e o grupo: abstração e arte concreta, 70 anos”, a partir do dia 2 de abril. A mostra realiza uma releitura da exposição histórica do grupo Ruptura, que aconteceu no MAM São Paulo em 1952 e teve duração de somente 12 dias. Naquela ocasião, o grupo lançou um manifesto homônimo que defendia novos paradigmas para a arte. O documento e a exposição apontaram diretrizes para a formação da arte concreta brasileira ao longo da década de 1950.
Com curadoria de Heloisa Espada e Yuri Quevedo, a mostra propõe uma revisão crítica do legado da arte construtiva no Brasil. O manifesto Ruptura criticava a figuração e, sem mencionar uma única vez os termos “abstração” ou “arte concreta”, apontava para essas linguagens como sendo “o novo” na arte. Em 2022, o conjunto de obras expostas traz à tona novas reflexões, questionamentos e análises. Para a curadora Heloisa Espada, “Olhar para o grupo Ruptura hoje não significa aderir sem crítica às ideias apresentadas nos anos 1950, mas considerar as circunstâncias de seu aparecimento, assim como as várias contradições entre o que os artistas escreviam e aquilo que eles faziam. Ainda assim, a pesquisa visual desses artistas tinha uma conotação libertária, pois se propunha a imaginar novas formas de organizar o mundo no pós-guerra”.
Os artistas do Ruptura adotaram uma linguagem geométrica de cores vibrantes que não se confundia com as imagens da natureza. A proposta de uma arte não figurativa, que não representasse as aparências do mundo, buscava criar uma relação franca e direta com a realidade. Para eles, na arte, apenas elementos visuais como cores, linhas e formas poderiam ser de fato considerados reais, pois eles não simulavam nenhuma aparência – eram eles mesmos. Além disso, em suas obras, a repetição de formas e a adesão às leis da teoria da percepção conhecida como Gestalt criavam uma forte sensação de movimento e ritmo visual. A ideia de movimento projetava o dinamismo que os artistas do Ruptura desejavam ver na sociedade brasileira.
Em um primeiro momento, “ruptura e o grupo: abstração e arte concreta, 70 anos” aborda a mostra original do grupo Ruptura no MAM, em 1952, por meio de um conjunto de documentos e de obras realizadas pelos artistas no início daquela década. Entre elas, estão duas pinturas que estiveram na exposição histórica: “Desenvolvimento ótico da espiral de Arquimedes” (1952), de Waldemar Cordeiro, e “Vibrações verticais” (1952), de Luiz Sacilotto.
Em seguida, a exposição aborda a produção do grupo ao longo da década de 1950, quando alguns artistas se afastam e novos nomes se aproximam do Ruptura, como Judith Lauand, por exemplo. “Há uma discussão se o grupo Ruptura existiu como tal apenas na exposição de 1952 ou se ele tem uma duração mais longa. Essa dúvida se esclarece quando lemos os depoimentos dos artistas que entraram depois e seguiram se referindo a eles mesmos como parte do Ruptura. Também percebemos a proximidade ao olhar para as obras, porque há entre elas uma coerência de preocupações e uma coincidência dos problemas que enfrentam”, explica Yuri Quevedo.
Durante a década de 1950, os artistas participantes são Anatol Wladyslaw, Geraldo de Barros, Hermelindo Fiaminghi, Judith Lauand, Kazmer Féjer, Leopold Haar, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto, Maurício Nogueira Lima e Waldemar Cordeiro.
A mostra conta com obras raramente vistas de Haar, que estão guardadas em acervo familiar desde que o artista faleceu, em 1954, não tendo sido exibidas em nenhum local desde então. Heloisa Espada aponta que, por existir um limite tênue entre as esculturas que produzia e as maquetes de projetos para vitrines, “Haar é um dos artistas que melhor exemplifica a proposta do Ruptura de que a arte deveria ter uma aplicação prática na vida das pessoas”. Quevedo acrescenta que “O grupo defendia a abstração como projeto de transformação, capaz de permear o cotidiano das pessoas, influenciando a indústria e organizando a vida em suas mais diversas escalas: das artes plásticas ao design, da arquitetura à cidade”.
“Depois de antecipar as discussões sobre o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 no ano passado, a programação do MAM em 2022 reflete sobre uma outra geração de artistas modernos que estão intimamente ligados à história do museu. Trata-se de um grupo que participou ativamente dos primeiros anos do MAM e que tinha um ideal utópico que revela muito do ambiente cultural em que o MAM foi criado”, discorre Cauê Alves, curador-chefe do MAM São Paulo.
“A mostra sobre o grupo Ruptura, além de dar visibilidade a artistas tão importantes na invenção da arte concreta e no abstracionismo geométrico no Brasil, revê um momento fundamental da história da arte e da história do MAM. São poucas as instituições culturais que podem, 70 anos depois, revisitar uma exposição que ela mesma realizou”, diz Elizabeth Machado, presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Artistas: Anatol Wladyslaw, Geraldo de Barros, Hermelindo Fiaminghi, Judith Lauand, Kazmer Féjer, Leopold Haar, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto, Maurício Nogueira Lima e Waldemar Cordeiro.
Sobre o grupo Ruptura
O grupo Ruptura foi um conjunto de artistas que marcou o início do movimento de arte concreta em São Paulo, no Brasil. Criado em 1952, era liderado por Waldemar Cordeiro (também seu principal teórico) e composto, inicialmente, por Geraldo de Barros, Luiz Sacilotto, Lothar Charoux, Kazmer Féjer, Anatol Wladyslaw e Leopold Haar. Depois da primeira exposição, Maurício Nogueira Lima, Hermelindo Fiaminghi e Judith Lauand passaram a integrar o grupo. Em seu manifesto, é proposta a “renovação dos valores essenciais da arte visual” por meio de pesquisas geométricas, aproximando arte e indústria, e combatendo o abstracionismo lírico entendido como expressão individual inadequada para o contexto da arte daquele momento.
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu integram-se visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com deficiência.
Serviço:
“ruptura e o grupo: abstração e arte concreta, 70 anos”
Período expositivo: 2 de abril a 3 de julho de 2022
Local: MAM São Paulo
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Telefone: (11) 5085-1300
Ingresso: R$25,00. Gratuidade aos domingos. Agendamento prévio necessário. Ingressos disponibilizados online no link.
Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.
Acesso para pessoas com deficiência
Restaurante/café
Ar-condicionado.
(Fonte: a4&holofote comunicação)