Tratamento minimamente invasivo tem sido estudado há anos e foi detalhadamente abordado na revista Epilepsia, uma das principais publicações na área
São Paulo
Em 2022, o Circo Teatro Palombar, grupo que nasceu no bairro Cidade Tiradentes, comemora dez anos. Para celebrar a data, a trupe circense inicia uma grande mostra de repertório que começa com apresentações exatamente no bairro onde foi criado e bairros próximos na Zona Leste de São Paulo.
O primeiro espetáculo da mostra é “Esquadrão Bombelhaço”, que foi apresentado na Praça Lino Rojas gratuitamente no dia 12 de março de 2022 e será apresentado no dia 24 de março (quinta-feira), às 10h00, na EMEF Escola Maurício Goulart e no dia 26 de março (sábado), às 16h00, na Comunidade Jardim Maravilha.
Baseado em desenhos animados, “Esquadrão Bombelhaço” não possui falas e abusa de elementos cômicos, como cascatas, quedas, tombos, pontapés e tropeções, além de malabarismos e manipulação de objetos, em técnicas de acrobacias cômicas e aéreas por meio do equipamento pizza.
Com 10 anos de trajetória, o Circo Teatro Palombar já passou por diversas praças, parques, ruas, lonas e teatros se apresentando e difundindo seu fazer artístico dentro e fora do Brasil, valorizando o trabalho coletivo continuado, a multiplicidade de linguagens e a criação de poética periférica.
O coletivo ocupa o Centro Cultural Arte em Construção, no bairro Cidade Tiradentes, extremo leste da capital, onde realiza aulas de circo e teatro para crianças e jovens, e promove apresentações de grupos parceiros, buscando difundir a arte circense na comunidade de forma gratuita.
Em suas criações, o Circo Teatro Palombar diversifica sua pesquisa usando técnicas e linguagens variadas como: Artes Cênicas de Rua, Circo-Teatro, Melodrama, Palhaço Excêntrico Musical e Comicidade Física, unidas a músicas autorais e banda ao vivo, o que resulta em espetáculos diferentes e inusitados.
As ações fazem parte do projeto “Palombar 10 Anos – Circomunidade Circomuns”, contemplado no edital 17/2021/SMC/CFOC/SFA – Edital de Apoio a Projetos Artísticos Culturais Descentralizados de Múltiplas Linguagens.
Mais informações: www.facebook.com/Circo.Palombar e www.instagram.com/circopalombar.
Ficha técnica: Coordenação geral e Direção: Adriano Mauriz | Cenário: Grupo Circo Teatro Palombar | Ilustração: Rafael Marquetto | Figurino: Aaron Kawai | Produção geral: Grupo Circo Teatro Palombar | Artistas: David William, Giuseppe Farina, Guilherme Torres, Henrique Nobre, Leonardo Galdino, Marcelo Nobre, Paulo Santos, Rafael Garcia, Vinicius Mauricio | Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini.
Serviço:
Temporada “Esquadrão Bombelhaço” com Circo Teatro Palombar
Sinopse: Um batalhão de bombeiros composto por palhaços corre para o salvamento de um gatinho que ficou preso em cima de um muro. Um carro entra em alta velocidade com o esquadrão e seus equipamentos de combate ao fogo. A tropa atrapalhada inicia seus procedimentos de salvamento entre trombadas, tropeços, saltos na pizza e bofetões.
Duração: 60 minutos
Classificação Livre
Grátis
Quando: 24 de março de 2022 (quinta-feira) – Horário: 10h00
Onde: EMEF Escola Maurício Goulart – Endereço: R. René de Toledo, 700 – Cidade Tiradentes, Zona Leste, São Paulo – SP, Telefone: (11) 2282-0040
Quando: 26 de março de 2022 (sábado) – Horário: 16h00
Onde: Comunidade Jardim Maravilha – Endereço: Rua Apóstolo Simão Pedro, 236 – Cidade Tiradentes, Zona Leste, São Paulo – SP.
(Fonte: Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini)
“Encantado” é o título da nova criação da Lia Rodrigues Companhia de Danças que se inicia no contexto da crise sanitária provocada pelo Covid-19. A escolha desse título nasceu do desejo de usar a magia e a encantação como guias para conduzir o processo criativo que acontece nesse momento dramático em que vivemos no Brasil. Além dessa obra, também será apresentado, no SESC Pinheiros, o espetáculo “Fúria”, que fez temporada nacional em 2019. “Encantado” faz temporada de 17 de março a 10 de abril; já “Fúria” fica em cartaz nos dias 14, 16 e 17 de abril.
Sobre “Encantado”
A palavra “encantado”, do latim “incantatus”, designa algo que é ou foi objeto de encantamento ou de feitiço mágico. “Encantado” é também sinônimo de maravilhado, deslumbrado ou fascinado e também uma expressão de cumprimento social.
No Brasil, a palavra ‘encantado’ tem ainda outros sentidos. O termo se refere às entidades que pertencem a modos de percepção de mundo afro-ameríndios. Os ‘encantados’, animados por forças desconhecidas, transitam entre céu e terra, nas selvas, nas pedras, em águas doces e salgadas, nas dunas, nas plantas, transformando-os em locais sagrados.
Como encantar nossos medos e nos colocarmos no coletivo, próximos uns dos outros? Como encantar o que nos cerca, imagens , danças e paisagens e transformá-las em nossos corpos e ideias? Como entrar em encantamento e nos acoplarmos, nós e o ambiente, em arranjos variados e ir ao encontro dos seres viventes em toda a sua diversidade?
São seres que atravessam o tempo e se transmutam em diferentes expressões da natureza. Não experimentaram a morte, mas seguiram em outro plano, ganhando atribuições mágicas de proteção e de cura. Deste modo, as ações predatórias que ameaçam a vida na Terra, a destruição sistemática das florestas, dos rios e do mar impactam também a existência dos Encantados. Não há como separar os encantados da natureza ou a natureza desses seres.
Sobre “Fúria”
Em “Fúria”, um mundo povoado de imagens de dor, beleza, violência, opressão e liberdade se constrói e se desmancha sem trégua, diante dos olhos do público. Os corpos dos intérpretes da companhia se destacam e se perdem em meio às roupas, sacos plásticos e rejeitos, em uma mistura de cores, formas e texturas. Um trecho de uma música tradicional dos povos indígenas Kanak, da Nova Caledônia, repetido infinitamente, acompanha grande parte da performance.
“Como espiar o tempo em um mundo dominado por uma infinidade de imagens contrastantes – medonhas e belas, sombrias e luminosas – atravessadas por uma infinidade de perguntas não respondidas e perpassadas por contradições e paradoxos? Como espiar o tempo em um mundo de fúria? Como dar visibilidade e voz ao que está invisível e silenciado?”. Esses são alguns dos questionamentos que Lia destaca como desencadeadores da obra.
Sobre as ações sanitárias da Lia Rodrigues Cia. de Danças durante a Covid-19
“Encantado” foi criado entre abril e novembro de 2021, em plena crise sanitária. Como todos os projetos da Companhia desde 2004, essa peça foi criada no Centro de Artes da Maré, no Rio de Janeiro, instituição criada e dirigida pela Redes da Maré e pela Lia Rodrigues Cia. de Danças em 2009.
Durante esse período, a companhia se alinhou à campanha “A Maré diz não ao Coronavírus”, da Redes da Maré, que durante 2020 e 2021 colocou em prática ações contra o coronavírus na região. O Centro de Artes tornou-se centro dessas ações – ele funciona como local de armazenamento e distribuição de alimentos, garrafas de água, produtos de higiene e limpeza e Equipamentos de Proteção Individual para 17 mil famílias da região que vivem em extrema pobreza. O Centro de Artes também foi o centro da organização da vacinação de mais de 30.000 moradores da Maré em três dias.
Através da Redes da Maré, a Companhia foi orientada nos protocolos de testagem através do projeto Conexão Saúde – De olho na Covid, uma parceria de instituições Centro Comunitário Manguinhos, Cruz Vermelha, Dados do Bem, Estáter, Fiocruz, Redes da Maré, SAS Brasil, Todos Pela Saúde e União Rio, e do aplicativo Dados do Bem, parceria da Redes da Maré com a Fiocruz.
O Centro de Artes da Maré, um lugar para as artes que tem dois palcos magníficos, ocupou esses espaços com cestas básicas que foram distribuídas por muitas pessoas, unindo dessa forma arte, cultura e sociedade. “A sociedade civil se organiza no Brasil, assumindo o papel que o Estado se recusa a cumprir. A Redes da Maré tem feito isso de uma forma muito eficiente e bonita”, diz Lia Rodrigues.
“E, como conseguimos recursos para trocar o telhado do Centro de Artes e instalar energia solar, essa obra também aconteceu no nosso período de criação. Por conta das chuvas dentro do espaço, precisamos refazer o nosso palco de madeira algumas vezes. Tudo isso fez e faz parte do nosso dia a dia de ensaio”, complementa a coreógrafa, ressaltando também os protocolos de proteção adotados pela companhia, como uso de máscara, distanciamento, todos os artistas se locomovendo de Uber ou táxi para evitar a possibilidade de contaminação no transporte público, além de uma pessoa encarregada da higienização do palco, banheiro e espaço de alimentação que trabalhou durante todo o período de ensaios. Para finalizar, testes de Covid-19 eram realizados todas as semanas.
“Organizar esse funcionamento exigiu muito trabalho e, é claro, muito investimento. Foi um longo processo para fazer “Encantado” acontecer. Já no final de 2019 comecei a elaborar um possível caminho para uma nova criação com leituras, encontros e pesquisas. Um processo bastante solitário para preparar o encontro com os artistas posteriormente para os ensaios presenciais. No início de 2020 comecei a levantar os recursos financeiros necessários para levar adiante um projeto de quase 9 meses de ensaio envolvendo artistas, colaboradores artísticos, administração, espaço para ensaio , tempo para pesquisa, equipe técnica etc.”, conta Lia.
Ela reforça que isso só foi possível graças ao apoio concreto de várias instituições europeias, parcerias conquistadas ao longo do tempo. A companhia tem 32 anos e Lia começou a se apresentar na Europa em 1994. “É uma construção de confiança, troca; muitas atividades não somente artísticas, mas também de formação de público, aulas, palestras e encontros. Assim é sempre necessário persistência e, claro, muito muito trabalho. Uma diferença grande é que na Europa eles acompanham realmente o que faço desde então, eles conhecem e reconhecem o meu trabalho e sabem que o mais importante é acompanhar um artista e suas atividades ao longo de sua carreira”, diz Lia.
Nos últimos anos, as únicas fontes brasileiras de investimento no seu trabalho têm sido o SESC de São Paulo (parceiro de muitas décadas), a Bienal de Dança de Fortaleza e o Festival de Curitiba, além da importantíssima parceria com a Redes da Maré nos projetos que desenvolvem juntas, como, por exemplo, o Centro de Artes da Maré que também é sede da Companhia.
Ficha Técnica – “Encantado”
Criação: Lia Rodrigues
Dançado e criado em estreita colaboração com Leonardo Nunes, Carolina Repetto, Valentina Fittipaldi, Andrey Da Silva, Larissa Lima, Ricardo Xavier, Joana Lima, David Abreu, Matheus Macena, Tiago Oliveira, Raquel Alexandre
Assistente de criação: Amália Lima
Dramaturgia: Silvia Soter
Colaboração artística e imagens: Sammi Landweer
Criação de luz: Nicolas Boudier com assistência técnica de Baptistine Méral e Magali Foubert
Operação de luz: Jimmy Wong
Trilha sonora/mixagem: Alexandre Seabra (a partir de trechos de músicas do povo Guarani MBYA/aldeia de Kalipety da T.I. Tenondé Porã, cantadas e tocadas durante a marcha de povos indígenas em Brasília em agosto e setembro de 2021 contra o ‘marco temporal ‘, uma medida inconstitucional, que prejudica o presente e o futuro de todas as gerações dos povos indígenas).
Produção e difusão: Colette de Turville com assistência de Astrid Toledo
Administração França: Jacques Segueilla
Produção Brasil: Gabi Gonçalves / Corpo Rastreado
Produção e idealização do projeto Goethe Instituto: Claudia Oliveira
Secretária: Glória Laureano
Professores: Amalia Lima, Sylvia Barretto, Valentina Fittipaldi
Uma coprodução de Scène nationale Carré-Colonnes; Le TAP – Théâtre Auditorium de Poitiers; Scène nationale du Sud-Aquitain; La Coursive – Scène nationale de La Rochelle; L’empreinte, Scène nationale Brive-Tulle; Théâtre d’Angoulême Scène Nationale; Le Moulin du Roc, Scène nationale à Niort; La Scène Nationale d’Aubusson; Kunstenfestivaldesarts (Brussels); Brussels, Theaterfestival (Basel); HAU Hebbel am Ufer (Berlin); Festival Oriente Occidente (Rovereto); Theater Freiburg; l’OARA – Office Artistique de la Région Nouvelle Aquitaine; Julidans (Amsterdam); Teatro Municipal do Porto; Festival DDD, dias de dança; Chaillot – Théâtre national de la Danse (Paris); Le Centquatre-Paris; e Festival d’Automne à Paris.
Com apoio de Fondoc (Occitanie)/França; Fundo internacional de ajuda para as organizações de cultura e educação 2021 do ministério federal alemão de Affaires étrangères, do Goethe-Institut e de outros parceiros; Fondation d’entrepriseHermès/França, com a parceria de France Culture.
Lia Rodrigues é artista associada do Théâtre national de la Danse (Paris); Le Centquatre-Paris.
Uma produção da Lia Rodrigues Companhia de Danças com apoio da Redes da Maré (Campanha “A Maré diz não ao Coronavírus – projeto Conexão Saúde”’) e do Centro de Artes da Maré .
Agradecimentos: Thérèse Barbanel, Antoine Manologlou, Maguy Marin, Eliana Souza Silva, equipe do Centro de Artes da Maré.
“Encantado” é dedicado para Olivier.
Ficha técnica – “Fúria”
Criação: Lia Rodrigues
Assistente de criação: Amália Lima
Dançado e criado em estreita colaboração com: Leonardo Nunes, Carolina Repetto, Valentina Fittipaldi, Andrey Silva, Larissa Lima, Ricardo Xavier, Joana Lima, David Abreu, Matheus Macena, Tiago Oliveira, Raquel Alexandre
Também criado por: Felipe Vian, Clara Cavalcante, Karoll Silva
Dramaturgia: Silvia Soter
Colaboração artística e imagens: Sammi Landweer
Criação de Luz: Nicolas Boudier
Operação de Luz: Jimmy Wong
Produção e difusão internacional: Colette de Turville
Produção e difusão Brasil: Gabi Gonçalves/ Corpo Rastreado
Secretária/administração: Glória Laureano
Professoras: Amália Lima, Sylvia Barreto
Coprodução: Chaillot – Théâtre national de la Danse, Centquatre-Paris, Fondation d’entreprise Hermès dans le cadre de son programme New Settings, Festival d’Automne de Paris, MA scène- nationale, Pays de Montbéliard, Les Hivernales – CDNC (França); Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt am Main, Festival Frankfurter Position 2019 – BHF-Bank-Stiftung, Theater Freiburg, Muffatwerk/Munique (Alemanha); Kunstenfestivaldesarts, Bruxelas (Bélgica); Teatro Municipal do Porto, Festival DDD – dias de dança (Portugal).
Uma realização da Lia Rodrigues Companhia de Danças com o apoio da Redes da Maré e do Centro de Artes da Maré.
Lia Rodrigues é uma artista associada ao Chaillot-Théâtre national de la Danse e ao Centquatre, França.
Agradecimentos: Zeca Assumpção, Inês Assumpção, Alexandre Seabra, Mendel Landweer, Jacques Segueilla , equipe do Centro de Artes da Maré e da Redes da Maré.
Serviço:
“Fúria” e “Encantado” | Lia Rodrigues Companhia de Danças
Local: Teatro Paulo Autran (1010 lugares) – R. Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo – SP
“Encantado”
De 17 de março a 10 de abril de 2022.
Quinta a sábado, às 21h. Domingos, às 18h.
Ingressos: R$40 (inteira), R$20 (credencial plena/meia)
Duração: 60 minutos
Classificação: 16 anos .
“Fúria”
Dias 14, 16 e 17 de abril de 2022
Quinta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h.
Ingressos: R$40 (inteira), R$20 (credencial plena/meia)
Duração: 70 minutos
Classificação: 16 anos.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
Em outubro de 2021, o Museu do Café promoveu a sua primeira exposição internacional: “Viaggio nella terra del caffè”. A mostra ficou em cartaz por um mês na Embaixada do Brasil em Roma. Devido ao sucesso, o conteúdo itinerante será exposto em uma nova instituição italiana, a Accademia del Caffè Espresso, localizada em Fiesole, na região da Toscana. A inauguração acontecerá em 18 de março, às 14h (horário internacional).
A curadoria tem como fio condutor a relação histórica e contemporânea entre Itália e Brasil, possuindo como ponto de partida o café e as suas diversas perspectivas. Afinal, foi com o grão deste País que os italianos transformaram a torra e o preparo da bebida em arte, tornando a nação referência mundial do produto. De maneira idêntica, o agronegócio nacional não seria o mesmo sem os originários da Itália que migraram para cá entre 1870 e 1920. Nesse período, cerca de 1,4 milhão de imigrantes italianos vieram para trabalhar nas fazendas paulistas.
Por meio de textos e imagens selecionados, assim como peças de acervo, será possível conhecer a trajetória dos imigrantes ao desembarcarem em terras brasileiras; os desdobramentos entre o campo e a cidade; as influências italianas que moldaram diversos aspectos da cultura no Brasil e, por fim, as conexões criadas a partir dos modos de preparo da bebida.
O Museu também apresenta a estruturação da rede de pesquisa brasileira, que serve como um balizador para as ações de incremento de produtividade, proteção das áreas nativas e diversificação de culturas. Para encerrar, o visitante tem acesso às iniciativas de sustentabilidade adotadas no Brasil pelo setor, envolvendo as áreas social, econômica e ambiental.
Em cartaz por dois meses, a mostra, possivelmente, terá novos pontos de exibição em outros espaços culturais do país.
Seminário Brazilian Coffee Day
Para marcar o início do novo ciclo da exposição na Itália, será promovido o seminário Brazilian Coffee Day, explorando temáticas relacionadas ao café, à imigração e à sustentabilidade.
A primeira palestra, “A importância do Museu para a preservação da história e reflexões da sociedade civil”, terá início às 14h30, com a participação da diretora-executiva do Museu do Café, Alessandra Almeida. O restante do cronograma contará com os seguintes encontros:
Palestra “A imigração italiana para o Brasil” – 14h40
Com pesquisadores do Museu da Imigração do Estado de São Paulo (Henrique Trindade) e do Museo Nazionale dell’Emigrazione Italiana (Pierangelo Campodonico).
Painel “O café brasileiro e o consumo na Itália” – 15h10
Com Marcos Matos, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), e Gerardo Patacconi, chefe de operações da Organização Internacional do Café (OIC) e representante da Accademia del Caffè Espresso.
Painel “Qualidade e sustentabilidade no Brasil e cafés diferenciados” – 16h
Com os representantes da Exportadora Guaxupé e da Produção de Cafés Especiais do Brasil, Roberto Campanella e Silvio Leite, respectivamente.
Para encerrar a programação, às 16h30, haverá um momento dedicado à degustação de cafés brasileiros ao som de uma apresentação musical.
Essas ações são fruto de uma parceria entre o Museu do Café, a Accademia del Caffè Espresso, a Embaixada do Brasil em Roma, o Cecafé, a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé LTDA (Cooxupé) e a Exportadora de Café Guaxupé.
Museu do Café
Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos/SP
Telefone: (13) 3213-1750
Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 18h (bilheteria encerra às 17h)
R$10,00 e meia-entrada para pessoas com mais de 60 anos, aposentados, estudantes, crianças e jovens entre 8 e 16 anos, professores da rede particular de ensino e jovens de baixa renda entre 15 e 29 anos
Grátis aos sábados
Acessibilidade no local
(Fonte: Museu do Café | Assessoria de Comunicação Institucional)
O projeto Girando Arte, da produtora gaúcha DWR, está chegando ao palco de mais três cidades do Brasil com os já consagrados espetáculos da trupe circense Tholl e do grupo Os Gaudérios. Na agenda estão programadas apresentações nas cidades de Rio Claro (São Paulo), dia 17; de Castro (Paraná), dia 19; e Joinville (Santa Catarina), dia 20. Os três espetáculos têm entrada franca, porém é necessário fazer a confirmação de presença pela plataforma online Sympla e imprimir o ingresso que dará acesso e precisa ser apresentado no dia do espetáculo.
“Tholl, Imagem e Sonho” é um espetáculo que, por onde passa, arrebata corações, ganha novos fãs e desperta, em especial nos jovens, o gosto pela arte circense. Os artistas usam roupagem moderna e arrojada para a arte circense, sendo por isso denominado de “novo circo”, com perucas estilizadas e figurinos de luxo com toque de modernidade, além de iluminação sofisticada e alinhada à dança coreografada, música vibrante e marcada. O grupo incentiva a plateia para que faça sua própria leitura, de forma simples e sincera, transportando-a num mundo de sonho e fantasias. São 75 minutos de alegria e muita magia.
No ano em que são comemorados os 20 anos do espetáculo “Tholl, Imagem e Sonho”, a expectativa é continuar encantando e emocionando espectadores nos palcos do Brasil e exterior. A estreia desta primeira montagem do Tholl foi em novembro de 2002. O grupo tem origem na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, e já se apresentou em mais de 50 cidades para um público de aproximadamente dois milhões de pessoas.
Já Os Gaudérios, grupo cultural de artes nativas, mostra a música e a dança tendo o rico folclore rio-grandense como inspiração artística, enxerga no Girando Arte a oportunidade de levar ao público de outros estados as raízes da cultura gaúcha. O espetáculo é baseado em danças estilizadas, sem descaracterizar o folclore e com o objetivo de perpetuar a cultura do Rio Grande do Sul por meio de participações em diversos eventos pelo país e exterior. “Estamos há 45 anos proporcionando a convivência, respeito e disciplina com nossa história, gerando trabalho e fomento ao tradicionalismo”, diz o coordenador do grupo, Marcelo Menezes.
O projeto Girando Arte é promovido pela DWR Produções Culturais, com patrocínio do ICRH, braço social do Grupo Tigre, e realização da Lei de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial Cultura, Ministério do Turismo.
Serviço:
O quê: projeto Girando Arte, com apresentações dos grupos Tholl e Os Gaudérios
Quando:
Dia 17, em Rio Claro (SP), no Ginásio do SESI, às 20h
Dia 19, em Castro (PR), no Ginásio de Esportes Douglas Pereira, às 19h30min
Dia 20, em Joinville (SC), no Ginásio Parque Hansen, às 19h30min
Ingressos: entrada franca com confirmação de presença pela plataforma online Sympla
É necessário imprimir o ingresso e apresentá-lo no dia do espetáculo.
(Fonte: Exata Comunicação e Eventos)
A igualdade de gênero é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas em 2015 para melhorar a vida das pessoas até o ano 2030. O progresso em direção aos objetivos é medido por indicadores. Lamentavelmente, os indicadores de igualdade de gênero têm avançado de forma lenta em todos os países amazônicos. A desigualdade de gênero é particularmente evidente na ciência onde o percentual de mulheres cientistas é reduzido e elas ainda carecem de reconhecimento e apoio, sobretudo na Amazônia. Nas áreas rurais, as mulheres apresentam as menores taxas de escolaridade, alfabetização e menor acesso a empregos formais e salários mais baixos, acabando por se destacar nas atividades de cunho mais extrativistas e ligadas à natureza (ex. extração e beneficiamento de produtos florestais não-madeireiros).
Por exemplo, a representatividade feminina nos empregos ligados na atividade pecuária, o principal uso da terra na Amazônia, é mínima. No caso da mineração, outra atividade relevante na região, os empregos formais em empresas mineradoras ou informais em áreas de garimpo, são quase exclusivamente para homens, refletindo em mudanças socioeconômicas e aumentando a violência de gênero. Madre de Dios, região localizada no meio de Amazônia Peruana, tem uma das maiores taxas de tráfico para a exploração sexual de mulheres e meninas ligadas à mineração ilegal ou informal, com 101,6 denuncias por mil habitantes em 2017.
Além disso, a desigualdade também se reflete no impacto das mudanças climáticas e desastres naturais, sendo mulheres mais propensas a sofrer reassentamento involuntário, bem como perda de acesso aos recursos naturais. Tudo isto num cenário de elevados níveis de violência baseada no gênero em toda a região e com o agravamento das desigualdades pela pandemia do Covid-19. Dados recentes mostram que 39% das mulheres na Amazônia colombiana foram vítimas de violência física. Ao mesmo tempo, mulheres têm estado na linha de frente no combate à pandemia de Covid, representando 70% dos funcionários do setor de saúde nos países amazônicos em 2019.
O futuro sustentável da Amazônia exige liderança feminina. Incentivar a formação de mulheres cientistas da Amazônia e para Amazônia, além de assegurar o acesso das mulheres à educação formal, administração pública e trabalho em geral, são importantes para a formação de lideranças e a construção de propostas mais inclusivas e socioambientalmente mais harmoniosas para a região. O resultado desse processo inclusivo favoreceria a redução da pobreza em termos de renda, atendimento das necessidades básicas, desenvolvimento de capacidades e promoção da cultura democrática.
As mulheres amazônidas, especialmente as Indígenas, são protagonistas das mais diversas atividades produtivas (como pesca, hortas comunitárias, sistemas agroflorestais) e de coleta, processamento e comercialização de produtos florestais não-madeireiros. Na Amazônia brasileira, por exemplo, as mulheres têm um papel de destaque no extrativismo da castanha, que respondeu por quase metade da exportações relacionadas à produção florestal em 2005 e forneceu cerca de 22.000 empregos. Seu trabalho produtivo, entretanto, é muitas vezes invisibilizado devido a seu foco no autoconsumo familiar. Esse trabalho invisibilizado tem sido fundamental para a segurança alimentar de muitas famílias amazônidas, reduzindo pela metade as estimativas de pobreza em populações que têm acesso a rios e florestas saudáveis na região.
As relações das mulheres com seus territórios e com a biodiversidade são muito estreitas. Em geral, elas ocupam um lugar particular nos regimes de conhecimento que se regeneram ancestralmente de mães para filhas e filhos. É hora de fomentar a ‘integração’ desse conhecimento tradicional complementar com o sistema de conhecimento formal. Reconhecer que o conhecimento tradicional é produto de observação deixa claro que as mulheres sempre fizeram ciência. Enquanto as vozes das mulheres não forem ouvidas e seu trabalho e compromisso não forem reconhecidos, esse valioso corpo de conhecimento corre o risco de ser perdido.
Na Amazônia, as mulheres representam aproximadamente metade da população e é essencial empoderá-las e seu valioso conhecimento, trabalho e compromisso, fortelecendo sua voz e organização para a gestão das florestas e rios amazônicos. As organizações de mulheres Indígenas e não Indígenas expandiram-se rapidamente desde a década de 1980. Rompendo com as tradições patriarcais, as mulheres estão se fortalecendo para lutar por seus direitos a recursos e poder e para garantir meios de subsistência sustentáveis. Para tal, elas precisam ter espaço de participação nos debates políticos, nas comunidades e nas organizações de base, além de acesso aos recursos e capacitações para apoiar suas atividades e reforçar a legislação em matéria de gênero.
A Amazônia Viva nos remete a um grande organismo, onde tudo é conectado e interdependente, diverso e balanceado. Nesse sistema, a integridade ecológica é promovida com ações de restauração e conservação (cuidados); por uma economia baseada na natureza diversificada e integrada, incluindo atividades de autoconsumo (nutrição), por estruturas de governança que são equitativas e justas (respeito). Uma visão fundamentada pelo respeito e apoio ao trabalho de mulheres, suas práticas de cuidado e nutrição, seus conhecimentos sobre a natureza e suas propostas de políticas para alcançar uma Amazônia Viva.
Sobre as autoras
Ane Alencar é geográfa e diretora do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Brasil. Ane tem papel pioneiro nas pesquisas de mudanças do clima, desmatamento e incêndios florestais na Amazônia e nas discussões sobre politicas publicas para redução de seus impactos.
Maria Rosa Murmis é pesquisadora associada na Universidad Andina Quito, Equador, em modelos alternativos de desenvolvimento para áreas megadiversas e trabalha como consultora em temas de mudança climática, meio ambiente e bioeconomia sustentável na cooperação multilateral em países da América Latina.
Lilian Painter é ecóloga e diretora da Wildlife Conservation Society na Bolivia. Sua experiência gira em torno da gestão territorial para a conservação na escala de paisagem.
Marianne Schmink é antropóloga e professora emérita da Universidade da Florida, EUA, onde dirigiu o programa Conservação e Desenvolvimento Tropical. Pesquisa mudanças socioambientais e relações de gênero em comunidades amazônicas.
Ane, Maria e Lilian são autoras do capítulo 25 e 26 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021 produzido pelo Painel Científico para a Amazônia. Marianne Schmink é autora dos capítulos 14 e 15.
Sobre o Painel Científico para a Amazônia (PCA) | O Painel Científico para a Amazônia é uma iniciativa inédita convocada pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (SDSN), lançado em 2019 e inspirado no Pacto Leticia pela Amazônia. O PCA é composto por mais de 200 cientistas e pesquisadores proeminentes dos oito países amazônicos e Guiana Francesa, além de parceiros globais que apresentaram em 2021 um relatório inédito com uma abordagem abrangente, objetiva, transparente, sistemática e rigorosa do estado dos diversos ecossistemas da Amazônia e papel crítico dos Povos Indígenas e Comunidades Locais (IPLCs), pressões atuais e suas implicações para o bem-estar das populações e conservação dos ecossistemas da região e de outras partes do mundo, bem como oportunidades e opções de políticas relevantes para a conservação e desenvolvimento sustentável.
(Fonte: Agência Bori)