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Coalizão da América Latina e Caribe lança visão de economia circular para a região

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

A Coalizão de Economia Circular da América Latina e do Caribe lançou no dia 24 de fevereiro a publicação “Economia circular na América Latina e no Caribe: uma visão compartilhada”. O documento apresenta uma visão de como deve ser uma economia circular na região e tem a intenção de criar alinhamento e cooperação entre os países e governos, bem como orientar projetos futuros.

O documento é um marco importante da Coalizão, que foi lançada em 2021 visando implementar uma abordagem de economia circular por meio do trabalho colaborativo entre governos, empresas e a sociedade como um todo. No processo de construção dessa visão, dezenas de funcionários do governo da região, bem como uma ampla gama de representantes de instituições internacionais relevantes, empresas e do meio acadêmico foram consultados para projetar coletivamente o futuro da região com base em uma economia circular funcionando em escala.

“Ter um entendimento comum do que é economia circular e como deve ser uma economia circular na América Latina e no Caribe é essencial para que empresas e governos realizem essa transição. Esta visão inspiradora ajudará todos os atores a cooperar, a aproveitar todas as oportunidades e a impulsionar uma nova onda de desenvolvimento com base em um modelo de economia circular, que beneficia a sociedade, as empresas e o meio ambiente”, afirma Luisa Santiago, líder para América Latina da Fundação Ellen MacArthur.

“Há uma forte relação entre o modelo de economia circular, nossos compromissos climáticos em nível internacional e a recuperação econômica. A economia circular pode nos ajudar a reduzir as nossas emissões de carbono e o impacto nos recursos naturais, bem como gerar empregos qualificados. Vemos um grande potencial para a região implementar a economia circular se trabalharmos juntos, e esta visão apresenta a direção para a qual todos os países da região deve apontar”, acrescenta Rolando Castro-Córdoba, vice-ministro da Energia e Qualidade Ambiental da Costa Rica.

Segundo o documento, a América Latina e o Caribe devem ter uma economia circular desenvolvida pela e para a região – uma economia circular que seja adaptada às suas características e desafios para promover uma recuperação resiliente após a pandemia de Covid-19. A próxima era de desenvolvimento deve se afastar dos modelos econômicos lineares e extrativistas que causaram degradação ambiental maciça, focar em ser inclusivo para seu povo e aproveitar as características e culturas únicas da região.

Alguns números da região mostram a dimensão dos problemas e também das oportunidades. Na América Latina e no Caribe, 127 milhões de toneladas de alimentos (mais de um terço do que é produzido) são perdidos e desperdiçados todos os anos, enquanto cerca de 47 milhões de pessoas sofrem de fome na região. Quando olhamos para a biodiversidade da América Latina e do Caribe, vemos que é uma das mais ricas do mundo, representando 40% da biodiversidade da Terra e 60% da vida terrestre global. No entanto, observou-se um declínio de 94% dessa biodiversidade desde 1975, que é maior do que em qualquer outro do mundo. A região também possui 9 das 24 frentes globais de desmatamento, que são impulsionadas principalmente pela agricultura, pecuária, mineração, infraestrutura de transporte e queimadas.

A economia circular baseia-se em três princípios orientados pelo design: eliminar resíduos e poluição, circular produtos e materiais em grande escala e regenerar a natureza. Essa estrutura apresenta uma maneira de proporcionar prosperidade a longo prazo, ao mesmo tempo em que aborda alguns dos maiores desafios enfrentados por nossa sociedade, como mudanças climáticas e perda de biodiversidade. É, portanto, uma oportunidade para a região se posicionar como um ator-chave e se tornar líder na transição global para uma economia de baixo carbono e alinhada aos ODS.

Agora é a hora de dar vida a essa visão com a ajuda de todos os atores. A Coalizão reconhece que é impossível para qualquer ator efetuar uma transição por conta própria e todos os atores têm um papel a desempenhar: de empresas de todos os tamanhos a governos e formuladores de políticas, cidadãos, clientes e instituições financeiras. Com a ajuda dessa visão, eles poderão entender seu papel, trabalhar de forma colaborativa além-fronteiras e buscar os mesmos resultados.

“Esta visão compartilhada de uma economia circular para a América Latina e o Caribe reconhece a importância de alavancar a biodiversidade na região e abordar a inclusão social. Ambos os aspectos são muito específicos da região e muito necessários numa nova era de desenvolvimento econômico”, conclui Milagros de Camps, ministra-adjunta da República Dominicana.

Sobre a Coalizão de Economia Circular da América Latina e Caribe

A Coalizão de Economia Circular da América Latina e do Caribe foi formada em 2021 para servir como plataforma de intercâmbio das melhores práticas de economia circular e promover a cooperação entre governos, empresas e sociedade da região. É coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), liderado por um comitê diretor composto por quatro representantes governamentais de alto nível de forma rotativa, começando pela Colômbia, Costa Rica, República Dominicana e Peru para o período 2021-2022, e reúne oito parceiros estratégicos: Climate Technology Center & Network (CTCN), Ellen MacArthur Foundation, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundação Konrad Adenauer (KAS), Plataforma para Aceleração da Economia Circular (PACE), a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), o Fórum Econômico Mundial (FEM) e o PNUMA.

Para mais informações: https://www.coalicioneconomiacircular.org/.

(Fonte: Sherlock Communications)

Manter rotina e alguns cuidados diários podem contribuir para o bem-estar dos pacientes com doença de Alzheimer

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Considerada uma das doenças mais comuns na terceira idade, o Alzheimer é a forma mais frequente de demência (condição caracterizada pela morte de células cerebrais) e alteração neurodegenernativa. Ele atinge o sistema nervoso e leva à perda evolutiva de memória e de outras capacidades intelectuais, como dificuldades de atenção, pensamento, fala e mudanças do comportamento. Após os 65 anos de idade, os riscos de desenvolver a doença dobram a cada cinco anos – antes desse período, ela é considerada rara. No entanto, fatores como histórico de traumas cranianos e hipertensão arterial podem aumentar a probabilidade.

A doença de Alzheimer é responsável por 60% a 80% dos casos de demência. Acomete aproximadamente 11% dos indivíduos com 65 anos ou mais e um terço daqueles com idade acima de 85 anos. Entretanto, existem diversos tipos de demência; entre eles, a demência vascular, que ocorre por redução do fluxo de sangue para algumas regiões do cérebro, e a demência associada à doença de Parkinson.

Os pacientes com a doença de Alzheimer podem demorar anos para saberem que têm a doença, pois alguns de seus sintomas, como a perda de memória e o raciocínio lento, geralmente começam de forma discreta e podem ser interpretados pelos parentes ou cuidadores como consequências normais do envelhecimento. A doença é lentamente progressiva e apresenta três estágios: leve (inicial), moderado e avançado. Essas fases não são claras e, na prática, os eventos de cada estágio podem se sobrepor.

Cuidados importantes para o bem-estar dos pacientes com a doença de Alzheimer

O impedimento na comunicação é um dos principais desafios apresentados por quem cuida de idosos portadores da doença, pois, além de amor, carinho e paciência, é preciso criar estratégias para lidar com situações do dia a dia, manter uma rotina diária e tomar alguns cuidados para o bem-estar dos pacientes.

– Manter a chave, celular e carteira sempre no mesmo local;

– Deixar a casa em ordem, sem itens soltos no chão, sem tapetes e sem excesso de móveis;

– Colocar fotos e outros objetos com significados espalhados pela casa;

– Ter corrimão no banheiro e nas escadas;

– Diminuir o número de espelhos (eles podem confundir ou assustar os pacientes);

– O calçado deve ser confortável e não escorregadio;

– Manter pulseiras de identificação;

– O celular deve estar sempre em modo capaz de compartilhar a localização;

– Agendar consultas ou outras atividades sempre no mesmo dia e horário.

Por não ter cura, fechar um diagnóstico em seus primeiros estágios é importante para uma melhor qualidade de vida do paciente. Para fazer essa análise, os médicos se baseiam na história clínica, no exame físico e na exclusão de outras possíveis causas de demência. Até o momento, não existe nenhum exame específico que indique a presença da doença de Alzheimer. Os cuidados e tratamento têm como objetivo diminuir a progressão dos sintomas, perda cognitiva e do declínio físico que são associados à doença.

De acordo com o médico neurologista Dr. Willians Lorenzatto, nem todo paciente com alteração da memória tem ou vai evoluir com doença de Alzheimer. Mas a avaliação inicial com o médico e acompanhamento são importantes para identificar os casos, orientar pacientes e familiares e iniciar o tratamento precocemente.

Com o intuito de esclarecer todas as informações sobre a doença de Alzheimer, desde tratamento, prevenção, sintomas e causas, o Portal Fale Abertamente, no ar desde 2018, atua como um grande aliado no enfrentamento da doença. A página traz também importantes conteúdos que auxiliam os familiares e cuidadores a manter o bem-estar dos pacientes. A plataforma pode ser acessada por meio do site ou pelo Instagram.

(Fonte: Way Comunicações)

Luiza Tomé apresenta “Louca para amar” no Teatro Oficina do Estudante Iguatemi

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Anderson Macedo.

A atriz Luiza Tomé estará em Campinas neste fim de semana, no Teatro Oficina do Estudante Iguatemi Campinas, no sábado, dia 26, às 21h, e no domingo, 27, às 19h, com o espetáculo “Louca para Amar”. Neste primeiro solo em mais 43 anos de carreira, Luiza Tomé protagoniza a história de Graça, uma mulher que a cada paixão surge com uma nova personalidade: com um namorado, por exemplo, virou especialista em sexo tântrico; com outro, se despiu dos bens materiais; com um terceiro, conheceu o misticismo e, também, já virou fumante, judia ortodoxa, obsessiva por limpeza, nacionalista, boêmia e esportista. Algumas vezes, até acumula mais de uma personalidade.

Por conta de sua ansiedade de ser amada, independente de com quem quer que seja – amores, amigos, família –, Graça passa a incorporar os desejos, os gostos, as características e os enganos dos outros. A peça, um texto inédito de Claudia Tajes, é inspirada no best-seller “Louca por Homem”, também de sua autoria. A classificação etária é de 14 anos. Os ingressos custam R$80,00 (inteira) e R$40,00 (meia entrada). As compras antecipadas dos ingressos podem ser feitas no site www.ingressodigital.com e na bilheteria no Teatro. Informações pelo telefone (19) 3294-3166. O Teatro Oficina do Estudante Iguatemi Campinas fica no 3º piso do Shopping Iguatemi Campinas (Av. Iguatemi, 777, Vila Brandina).

Sobre a peça

“Graça mostra os bastidores das paixões arrebatadoras pelos olhos de uma mulher que é uma verdadeira camaleoa. Além de trocar de personalidade como quem troca de roupa, Graça nunca está 100% satisfeita com a sua escolha e comete uma gafe atrás da outra na tentativa de conquistar alguém”, conta a atriz.

Solteiras, casadas, enroladas, enfim, todas as mulheres se identificam com as estripulias de Graça, baseadas nas loucuras das que já se apaixonaram pelo menos uma vez na vida. É uma jornada para descobrir que a melhor relação que ela precisa ter na vida é com ela mesma.

A peça conta com uma trilha sonora sofisticada, composta especialmente e executada ao vivo pelo Maestro Miguel Briamonte, em participação especial. O destaque são os ritmos alegres e intensos entre temas românticos e músicas incidentais. A direção é de Rogério Fabiano.

Serviço:

Teatro Oficina do Estudante Iguatemi Campinas

Local: 3º Piso do Shopping Iguatemi Campinas (Av. Iguatemi, 777, Vila Brandina), em Campinas

Vendas: Bilheterias do Teatro e no site www.ingressodigital.com

Informações pelo telefone (19) 3294-3166.

(Fonte: Ateliê da Notícia)

Projeto gratuito ‘Improvisos no Canto Coral’ abre vagas para músicos de cinco cidades

São Paulo, por Kleber Patricio

Regente Dani Mattos e seu grupo vocal Poucas & Boas. Foto: Guilherme Krol.

Estão abertas as inscrições para o projeto “Improvisos no Canto Coral”, que reunirá músicos, educadores, instrumentistas e coralistas para uma oficina com a regente Dani Mattos e seu grupo vocal Poucas & Boas. São oferecidas 125 vagas, sendo 25 para cada cidade, e as inscrições gratuitas podem ser realizadas nas secretarias de Cultura e Turismo de cada cidade ou no site  http://danimattos.com.br/consciencia-vocal-e-auditiva-improvisos-no-canto-coral/.

Durante quatro encontros virtuais por meio da plataforma Zoom, a regente Dani Mattos , acompanhada de integrantes de seu grupo vocal, vai compartilhar sua criativa experiência musical no período de pandemia. A experiência vai aproximar profissionais de diferentes cidades do estado. “O projeto propõe realizar, de maneira lúdica, exercícios de consciência corporal, vocal e auditiva. Os exercícios vocais foram criados a partir de canções da MPB e tornam natural o caminho para a improvisação”, explica a regente.

Apresentação artística | Ao final, os profissionais vão gravar em vídeo as canções “Adalgisa”, de Dorival Caymmi ou “Tristeza do Jeca”, de Angelino de Oliveira, com arranjos da regente. As músicas, assim como as oficinas, ficarão disponíveis no Canal da regente, ampliando a experiência para o público em geral. Todos os participantes também receberão certificados. É possível conhecer alguns trabalhos realizados pela regente em seu Canal do Youtube:  https://www.youtube.com/watch?v=5wB3Xw8IpIE&list=PLKAPL-Ns-nOqatsOUUAIWd2HsJfJgEXAS&index=2.

Sobre Dani Mattos

A cantora, regente e pesquisadora paulistana Dani Mattos está à frente de três grupos musicais para os quais escreve projetos e arranjos: Toque de Bambas, Dani Mattos Trio e o grupo vocal Poucas & Boas. Com eles, ela realiza diversos espetáculos como “Cronistas da Cidade” (que deu nome ao seu primeiro EP); “A Época de Ouro da MPB no Rádio, uma visão feminina”; “Le Savoir Vivre Francês e Brasileiro Une Enchantement Mutuel” (Noite Francesa); “Caymmi, as várias personas de um artista brasileiro”, “Vinícius, o poeta amador” e “Villa-Lobos para Todos”.

Dani Mattos. Foto: Jaiel Prado.

Com o seu grupo vocal Poucas & Boas, do qual é regente há dezoito anos, Dani Mattos também realiza diversas atividades formativas com educadores, alunos, poetas e músicos. Devido a pandemia, os encontros presenciais passaram a ser virtuais, agregando profissionais de diversos estados brasileiros e até do exterior.

Dani Mattos é formada em regência e Educação Artística pela Faculdade de Música Santa Marcelina, estudou na Escola Municipal de Música, no Conservatório Musical Brooklin Paulista e na escola experimental do SESC.

O projeto Consciência Vocal e Auditiva e Improvisos no Canto Coral tem apoio do ProAC Expresso LAB Nº 41/2021, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Serviço:

Oficina “Consciência Vocal e Auditiva e Improvisos no Canto Coral”, com Dani Mattos e Grupo Vocal Poucas& Boas

Datas: São Luis do Paraitinga: 7, 14, 21 e 28 de março; Campinas: 9, 16, 23 e 30 de março; Guararapes: 4, 11, 18 e 25 de abril; Votuporanga: 6, 13, 20 e 27 de abril; Ilhabela: 7, 14, 28 de abril e 5 de maio – Horários : 18h às 19h (Campinas) e 18h30 às 19h30 demais cidades.

Classificação etária: 18 anos

Valor: Gratuito

Inscrição: Secretaria de Cultura e Turismo de cada cidade ou no site da regente: http://danimattos.com.br/consciencia-vocal-e-auditiva-improvisos-no-canto-coral/

Plataforma Zoom

Informações:  improvisosdecantocoral@gmail.com

Instagram: @danimmattos   @7melodica

Facebook: https://www.facebook.com/danimmattos/

Canal do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC4fVQMjMYxI5ACJJpLrsETQ.

(Fonte: Mídia Brazil)

Supermercados dão acesso a alimentos frescos, mas podem induzir consumidores à compra de ultraprocessados

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Tania Rego/Agência Brasil.

Estabelecimentos que concentram metade das aquisições de alimentos no Brasil, os supermercados ou hipermercados têm potencial ambíguo de influência nas compras de consumidores brasileiros: ampliam o acesso a alimentos frescos, mas, em contrapartida, podem facilitar a escolha por alimentos ultraprocessados. A conclusão é de um estudo da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) publicado na revista “Cadernos de Saúde Pública” na quarta (23).

A análise levou em conta 650 comércios varejistas do município de Jundiaí, no interior de São Paulo. Por meio da ferramenta de auditoria Auditnova, as autoras do estudo coletaram diversos dados sobre os estabelecimentos, como a disponibilidade de produtos, ações promocionais e localização de alimentos nas lojas, entre outros quesitos. A metodologia é baseada na classificação Nova, que separa os alimentos segundo o grau de processamento (in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários, alimentos processados e alimentos ultraprocessados).

Os resultados possibilitaram a identificação de três perfis de estabelecimentos. O primeiro reúne as lojas que apresentam mais barreiras, e o segundo agrega os comércios que apresentam mais facilitadores para escolhas alimentares saudáveis. Já o terceiro perfil mescla os dois anteriores: nessa categoria, os estabelecimentos têm, ao mesmo tempo, barreiras e facilitadores da alimentação saudável. A disponibilidade de frutas e verduras na entrada do estabelecimento ou promoções de preços de alimentos frescos, por exemplo, são considerados facilitadores, enquanto preços promocionais para a compra ou presença de ultraprocessados nos caixas são considerados barreiras.

Os supermercados foram o único tipo de estabelecimento que mostrou relação com os três perfis. Enquanto se caracterizam como espaços com oferta de alimentos in natura ou minimamente processados, essas lojas também disponibilizam alimentos ultraprocessados, frequentemente com o uso de técnicas sofisticadas de marketing, como a presença de publicidade dentro do estabelecimento e o posicionamento estratégico de determinados produtos para chamar a atenção do consumidor e incentivar as escolhas alimentares por alimentos nem sempre saudáveis. “Nossos dados sugerem que a simples disponibilidade física de alimentos saudáveis nos supermercados não deve ser o único fator avaliado quando falamos da saudabilidade do ambiente alimentar e de seu potencial de impactar as escolhas de alimentos saudáveis entre os consumidores. Isso porque fatores complementares – como preço, publicidade e informações disponibilizadas por indústrias de alimentos ou pelo próprio comércio – podem interferir nas aquisições”, afirma Camila Borges, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo.

O artigo mostra, ainda, que estabelecimentos do tipo sacolão ou hortifruti – sejam eles públicos ou privados – apresentam mais modificações físicas que promovem a venda de alimentos in natura ou minimamente processados, além de terem maior disponibilidade dessas opções. As padarias, no entanto, registraram venda prioritária de alimentos ultraprocessados.

A identificação dos perfis de estabelecimentos varejistas pode auxiliar no embasamento de futuras políticas públicas que regulem o setor varejista, promovendo ambientes alimentares mais saudáveis. “Considerar o grau de processamento dos itens à venda é essencial para promover a saúde, principalmente no contexto atual, quando vemos um aumento no consumo de ultraprocessados em substituição aos alimentos tradicionais da dieta brasileira”, diz Borges.

(Fonte: Agência Bori)