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Música, literatura e gastronomia são atrações nas Fábricas de Cultura em janeiro

São Paulo, por Kleber Patricio

Espetáculo “Quem Prospera Sempre Alcança” será realizado na Fábrica de Cultura Brasilândia. Foto: João Caldas.

As Fábricas de Cultura – programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo gerenciado pela Poiesis – começam o ano de 2022 com uma programação animada e com atividades tanto no virtual como no presencial nas unidades da Zona Norte e Sul da cidade de São Paulo, além de Diadema. Todas as atividades são gratuitas.

Na Fábrica de Cultura Brasilândia, teatro e gastronomia são os destaques da programação. No dia 21 de janeiro, das 15h às 16h, o público poderá acompanhar presencialmente o espetáculo teatral Quem Prospera Sempre Alcança, realizado pela Próspera Trupe de Teatro. A produção une música, texto e encenação com uma linguagem de circo-teatro envolvendo a plateia em situações engraçadas sobre como alcançar os próprios objetivos e informações sobre empreendedorismo e planejamento financeiro.

Já no dia 28 de janeiro, a partir das 18h, o campeão do MasterChef 2020 Hailton Arruda realiza a atividade Gastronomia Quilombola, em que ensinará ao público do Facebook das Fábricas de Cultura a receita de um prato típico quilombola: um cozido de grão de bico e carne com especiarias utilizadas no continente africano.

Exibição de curta: “Brincadeirantes”. Foto: Jefferson Costa

A zona norte continua em destaque com as atividades da Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoerinha, que fará exibições presenciais de curtas-metragens. No dia 19 de janeiro, às 15h, será exibido o curta Brincadeirantes, dirigido por Paulo Henrique Machado, que apresenta um dia vivido por crianças cadeirantes que vivem juntas. Além do cinema, a Fábrica também terá atividades voltadas para a música. Em comemoração ao Aniversário da cidade de São Paulo, no dia 20 de janeiro, às 15h, será realizado o show presencial da banda Sete Chakras, em formato voz e violão, e do Trio Café.

Na Fábrica de Cultura Jaçanã, o foco das atividades será a produção cultural em regiões periféricas. Por meio da oficina Elaboração de Editais, coletivos e artistas independentes das periferias aprenderão a como escrever seus projetos para editais e equipamentos de cultura. A formação será dividida em dois encontros – nos dias 18 e 20 de janeiro, das 19h às 20h30 – que serão ministrados por Natália Santos. A oficina presencial recebe inscrições de 11 a 18 de janeiro.

Para quem ainda quer entender melhor o papel da cultura na cidade, o bate-papo Giro Cultural em SP, com o Coletivo Estética Urbana, é uma ótima oportunidade. No dia 27 de janeiro, a partir das 19h30, o coletivo convida o público para uma conversa sobre a constituição histórica da cidade de São Paulo, bem como seus principais pontos de cultura, gastronomia, lazer e turismo.

Gastronomia Quilombola, com Hailton Arruda. Foto: Carlos Reinis.

No dia 25 de janeiro, a Fábrica de Cultura Jardim São Luís recebe o encontro anual de dança na Zona Sul de SP. O evento presencial Da Ponte pra cá, nós dança – cujo nome refere-se ao título da popular música Da Ponte pra Cá, do grupo de RAP Racionais MC’s – tem como proposta reunir os grupos das periferias da zona sul para um grande evento de trocas e atividades, workshops e bate-papos e batalhas de dança nos estilos Hip-Hop Dance e suas vertentes.

Reabrindo seus palcos para novos artistas, a Fábrica de Cultura Jardim São Luís apresenta no dia 29 de janeiro, às 16h, shows de Rafael Duaity e Fernanda Coimbra. Cantor e compositor, Rafael Duaity faz parte do time de compositores das gravadoras Som Livre e DeckDisc; já Fernanda Coimbra apresenta músicas autorais que vão do brega ao jazz e traz em sua voz musicalidade e interpretação.

Ainda na Zona Sul, a Fábrica de Cultura Capão Redondo abre no dia 18 de janeiro a visitação para exposição Meios Antropofágicos, do artista Evandro Jeronimus, mais conhecido como “Meio Herói”. Influenciado pelos cem anos da Semana de Arte Moderna de 1922, o artista “Meio Herói” compartilha, por meio de uma exposição de quadros, suas pesquisas como professor-artista, os seus desdobramentos estéticos, a busca pela experimentação, a liberdade de criação e a inovação.

No dia 22 de janeiro, das 18h às 21h, o Slam Capão realiza a oficina Poesia Marginal, que buscará abordar temas como o porquê de a poesia marginal ter esse nome; a diferença da poesia marginal para a poesia erudita; e quem pode fazer poesia marginal. A oficina ainda contará com um espaço para troca de ideias e produção de poesias autorais.

Exposição “Meios Antropofágicos”. Foto: Evandro Heroi.

A literatura também será pautada na Fábrica de Cultura Diadema com o encontro O Palco é Livre, com Léo Vaz e Pluratis, que reúne dança e intervenções artísticas. Léo Vaz canta poesias juntamente com o violinista Allan Spirandelli e nos intervalos o palco é livre. Serão dois encontros, um no dia 13 de janeiro, das 19h às 21h, e outro no dia 15, das 15h às 17h. Ambos serão realizados em praças na região central de Diadema.

A programação de janeiro ainda conta com atividades virtuais, transmitidas no YouTube e no SoundCloud, promovidas pelas Bibliotecas das Fábricas de Cultura. No dia 12 de janeiro, a partir das 11h, a Equipe de Biblioteca realizará a atividade Literatura Africana de Língua Portuguesa, que apresenta obras de autores de países africanos que têm a língua portuguesa como idioma oficial.

A atividade Negrosia: Poemas e Poesias Negras ocorrerá no dia 17 de janeiro, às 11h, sendo apresentada pelo auxiliar de leitura José Henrique, que conduzirá uma leitura de poemas e poesias de escritoras e escritores negros. No mesmo dia, mas às 14h, a Equipe de Biblioteca promoverá a atividade Afasta de Mim esse Cálice: Canções de Resistência. No formato de podcast, colaboradores da biblioteca conversam e debatem o contexto de algumas músicas brasileiras compostas e cantadas na época da ditadura.

Já no dia 18 de janeiro, às 11h, será disponibilizado um podcast em que a Equipe de Biblioteca realiza a leitura do conto O que queima, que faz parte do livro Doramar ou a Odisseia (2021), de Itamar Vieira Junior.

Serviço:

Fábrica de Cultura Brasilândia

Quem Prospera Sempre Alcança

21/1 – sexta-feira – 15h às 16h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Expectativa de Público: 100

Duração: 45 minutos

Local: Fábrica de Cultura Brasilândia – Av. General Penha Brasil, 2508 – São Paulo/SP

*Protocolos de controle da Pandemia de Covid-19 seguem praticados.

Gastronomia Quilombola com Hailton Arruda – Campeão do Masterchef 2020.

28/1 – sexta-feira – 18h às 19h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Plataforma: Facebook

Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha

Exibição de Curta: Brincadeirantes | Direção: Paulo Henrique Machado

19/1 – quarta-feira – 15h às 15h30

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Expectativa de Público: 20

Local: Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha – Rua Franklin do Amaral, 1575 – Vila Nova Cachoeirinha – São Paulo/SP

*Protocolos de controle da Pandemia de Covid-19 seguem praticados.

Show de Aniversário de São Paulo

Com Sete Chakras e Trio Café

20/1 – quinta-feira – 15h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Para participar, basta comparecer na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha no dia e horário previsto para o show.

Expectativa de Público: 15

Protocolos de controle da Pandemia de Covid-19 seguem praticados.

Local: Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha – Rua Franklin do Amaral, 1575 – Vila Nova Cachoeirinha – São Paulo/SP

Fábrica de Cultura Jaçanã

Elaboração de Editais – Com Natália Santos

18/1 – terça-feira – 19h às 20h30

20/1 – quinta-feira – 19h às 20h30

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Inscrição Individual

Descrição do Público: Adulto

Informações sobre inscrições: Fábrica de Cultura Jaçanã: (11) 2249-8010

Inscrições: 11 a 18/1

Seleção: Por ordem de Inscrição

Vagas: 20

Local: Fábrica de Cultura Jaçanã – Rua Raimundo Eduardo da Silva, 138 – Conjunto Habitacional Jova Rural – São Paulo/SP

*Protocolos de controle da Pandemia de Covid-19 seguem praticados.

Resistência Periférica apresenta: Giro Cultural em SP

27/1 – quinta-feira às 19h30

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Descrição do Público: Jovens e adultos

Expectativa de Público: 50

Local: Fábrica de Cultura Jaçanã – Rua Raimundo Eduardo da Silva, 138 – Conjunto Habitacional Jova Rural – São Paulo/SP

*Protocolos de controle da Pandemia de Covid-19 seguem praticados.

Fábrica de Cultura Jardim São Luís

Da Ponte Pra Cá, Nós Dança

25/1 – domingo – 14h às 20h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Expectativa de Público: 60

Atividade presencial.

Local: Fábrica de Cultura Jardim São Luís – Rua Antônio Ramos Rosa, 651 – Parque Santo Antônio – São Paulo/SP

*Protocolos de controle da Pandemia de Covid-19 seguem praticados.

Show com Rafael Duaity e Fernanda Coimbra

29/1 – sábado – 16h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Expectativa de Público: 15

Local: Fábrica de Cultura Jardim São Luís – Rua Antônio Ramos Rosa, 651 – Parque Santo Antônio – São Paulo/SP

*Protocolos de controle da Pandemia de Covid-19 seguem praticados.

Fábrica de Cultura Capão Redondo

Oficina de Poesia Marginal com Slam Capão

22/1 – sábado – 18h às 21h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Necessárias inscrições

15 vagas. Para informações sobre inscrições, entrar em contato com: @slamcapao

Expectativa de Público: 50

Local: Fábrica de Cultura Capão Redondo – Rua Bacia de São Francisco, s/n – Conjunto Habitacional Jardim São Bento – São Paulo/SP

Exposição: Meios Antropofágicos

18/1 a 30/1 – de terça a domingo – 10h às 17h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Expectativa de Público: 150

Local: Fábrica de Cultura Capão Redondo – Rua Bacia de São Francisco, s/n – Conjunto Habitacional Jardim São Bento – São Paulo/SP

*Protocolos de controle da Pandemia de Covid-19 seguem praticados.

Fábrica de Cultura Diadema

O Palco É Livre

Com: Léo Vaz e Pluratis

13/1 – quinta-feira – 19h às 21h

15/1 – sábado – 15h às 17h

Local: Praça Lauro Michels – s/n – Centro – Diadema/SP

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Expectativa de Público: 100

Bibliotecas das Fábricas de Cultura (Virtual)

Literatura Africana de Língua Portuguesa

Com: Equipe de Biblioteca

12/1 – quarta-feira – 11h às 12h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Plataforma: Youtube

Negrosia: Poemas e Poesias Negras

Com: Equipe de Biblioteca

17/1 – segunda-feira – 11h às 12h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Plataforma: Youtube

Afasta de Mim esse Cálice: Canções de Resistência

Com: Equipe de Biblioteca

17/1 – segunda-feira – 14h às 15h

Faixa Etária: maiores de 12 anos

Plataforma: Youtube

Leitura do conto O Que Queima do escritor Itamar Vieira Junior

Com: Equipe de Biblioteca

18/1 – terça-feira – 11h às 12h

Faixa Etária: Atividade Livre

Participação: Aberta ao Público

Plataforma: SoundCloud

Fábrica de Cultura Brasilândia

Avenida General Penha Brasil, 2508 | Telefone: (11) 3859-2300

Fábrica de Cultura Capão Redondo

Rua Bacia de São Francisco, s/n | Telefone: (11) 5822-5240

Fábrica de Cultura Diadema

Rua Vereador Gustavo Sonnewend Netto, 135 – Centro – Diadema/SP | Telefone: (11) 4061-3180

Fábrica de Cultura Jaçanã

Entrada 1: Rua Raimundo Eduardo da Silva, 138 | Entrada 2: Rua Albuquerque de Almeida, 360 | Telefone: (11) 2249-8010

Fábrica de Cultura Jardim São Luís

Rua Antônio Ramos Rosa, 651 | Telefone: (11) 5510-5530

Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha

Rua Franklin do Amaral, 1575 | Telefone: (11) 2233-9270

Funcionamento das unidades (Bibliotecas e atendimento ao público para demais serviços): Terça-feira a sexta-feira, das 9h às 19h. Finais de semana e feriados, das 12h às 17h. Para mais informações, consulte a unidade de interesse.

Acessibilidade: as Fábricas de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, Brasilândia, Jaçanã, Capão Redondo, Jardim São Luís e Diadema oferecem rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, elevador, sanitários acessíveis, piso tátil, equipamentos que permitem a leitura para pessoas com deficiência visual e motora, impressoras braille, leitor de audiobooks e acervo com mais de 110 exemplares em braille (livros e audiobooks).

Para os contatos de e-mail clique aqui.

Devido à pandemia da Covid-19, a programação cultural vem ocorrendo de forma on-line. Todas as atividades são gratuitas. Saiba mais no hotsite +Cultura e no site das Fábricas de Cultura.

*Sujeito às mudanças mediante orientações dos órgãos responsáveis.

Sobre as Fábricas de Cultura | As Fábricas de Cultura são espaços de acesso gratuito que promovem diversas atividades artísticas. Criadas com o objetivo de ampliar o conhecimento cultural por meio da interação com a comunidade, as Fábricas oferecem uma programação cultural diversificada. Nas unidades, você encontrará cursos, atividades, bibliotecas e estúdios de gravação. Em 2020 e 2021, o Programa Fábricas de Cultura – instituições da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Poiesis – conta com o patrocínio do Instituto Center Norte por meio da Lei Rouanet. O apoio contribui para a realização de atividades de formação e difusão cultural.

(Fonte: Assessoria de Imprensa | Poiesis)

Obras de Alvim Corrêa dialogam com a arte contemporânea para refletir sobre colonialismo, guerra, violência, medo e desejo em exposição na Pinacoteca

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de Alex Cerveny que faz parte da mostra. Imagens: divulgação.

A Pinacoteca de São Paulo inaugura a exposição Ninguém teria acreditado: Alvim Corrêa e 10 artistas contemporâneos. A mostra explora temáticas comuns às obras de ficção científica, como invasão alienígena, ao exibir as ilustrações de Corrêa para o célebre livro A Guerra dos Mundos, de Herbert George Wells, que influenciou radicalmente a imaginação de todos em relação à figura do extraterrestre e da guerra entre humanos e alienígenas. A seleção dos trabalhos propõe um paralelo entre as visões fantásticas e sombrias de Corrêa e o imaginário da arte contemporânea e amplia a discussão para aspectos que atravessam a história, como colonialismo, guerra, violência, preconceito, medo e desejo.

A curadoria é de Fernanda Pitta e Laurens Dhaenens, um desdobramento da parceria da Pinacoteca com a Netwerk Aalst, da Bélgica. A seleção de 43 obras de Alvim Corrêa, Alex Cerveny, Cabelo, Denilson Baniwa, Fernando Gutiérrez Huanchaco, Guerreiro do Divino Amor, Ilê Sartuzi, Luiz Roque, Rivane Neuenschwander, Runo Lagomarsino e Wendy Morris evidencia a complexa relação entre humanidade, novas tecnologias e natureza. Importante ressaltar que a obra Sem Título (2012), do artista Cabelo, feita de neon e veludo, que está na mostra, é uma das 16 aquisições realizadas pela Pinacoteca de São Paulo em novembro deste ano por meio do Programa de Patronos.

Alvim Corrêa (Rio de Janeiro, 1876–Bruxelas, 1910) teve uma carreira breve, morreu jovem e a maior parte dos seus trabalhos se perdeu em um naufrágio. O ápice de sua trajetória foram as ilustrações da famosa edição em francês, de 1906, do livro A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, que narra uma invasão de marcianos na terra. Não se sabe ao certo como Alvim Corrêa conheceu a obra, mas segundo relatos do próprio Wells, Alvim, fascinado pela história, realizou uma série de ilustrações e foi até a Inglaterra visitá-lo para mostrar os desenhos. A iniciativa do brasileiro deu certo e resultou numa edição de luxo de 500 exemplares com 32 ilustrações em papel couché amarelo e 105 ilustrações, 42 delas publicadas como gravuras destacáveis no livro. Na mostra, o visitante poderá conferir um exemplar dessa publicação em francês, edições brasileiras recentes, de 2016 e 2017, além de uma projeção das gravuras que explicita o seu caráter precursor de um imaginário cinematográfico.

Obra de Luiz Roque que faz parte da exposição.

Também serão expostos raros estudos do artista pertencentes à coleção Alexandre Eulálio, do CEDAE Unicamp, crítico literário e grande responsável pela divulgação do trabalho do artista no Brasil, juntamente com José Roberto Teixeira Leite e Pietro Maria Bardi. Convites de mostras organizadas por Eulálio e por Bardi e um cartaz do anúncio do livro A Guerra dos Mundos, além de fotos de Corrêa completam a seleção documental. A reunião dos trabalhos inclui também 11 desenhos eróticos da série Visions Érotiques, que Corrêa publicou no início do século 20 sob o pseudônimo Henri Lemort.

Na mostra, a visão dos dez artistas contemporâneos é colocada em diálogo com os desenhos, pinturas e ilustrações de Alvim Corrêa. As obras de Corrêa levam a reflexão sobre a exploração e as lutas, sobre o medo e o desejo para o campo do ficcional e do fantástico, de seres humanos contra os marcianos ou contra seres monstruosos advindos de nossa própria imaginação. Os trabalhos contemporâneos também exploram, por meio de diferentes abordagens da ficção, da fantasia e da imaginação, questões que estão no pano de fundo da história de Wells.

Sartuzi, Neuenschwander e Lagomarsino, por exemplo, apresentam em seus trabalhos figuras incomuns com o objetivo de explorar o sentimento humano de repulsa e atração pelo diferente, além da violência, medo e preconceito. Cabelo, por sua vez, apresenta desenhos e um neon onde trabalha narrativas e imagens de seres fantásticos que povoam a sua imaginação. Cerveny também explora seres imaginários e os astros siderais, em ilustrações feitas para poemas do livro Vejam como eu sei escrever, de José Paulo Paes, pertencentes ao acervo da Pinacoteca. Cópias da Bíblia Manual para falar com Deus (2018-2021), que se acredita ter sido transmitida por seres-extraterrestres aos latino-americanos, transcrita e ilustrada pelo artista peruano Fernando Gutierrez Huanchaco, estarão disponíveis para o público na exposição.

Obra de Denilson Baniwa que faz parte da mostra.

A exposição ainda traz o vídeo Zero (2019), de Luiz Roque, que apresenta uma distopia em um roteiro que considera a extinção e um mundo pós-humano. Faz parte também da curadoria o trabalho da artista Wendy Morris, natural da Namíbia, que apresenta uma instalação inédita realizada a partir de sua pesquisa sobre a relação entre colonialismo, escravização, feminismo e resistência. A curadoria também inclui dois trabalhos em vídeo inéditos: Kopheneue (2021), de Denilson Baniwa, e Estudo para um diagrama superficcional: Suíça vs Amazônia, uma guerra supernutricional (2021), de Guerreiro do Divino Amor. As produções trazem visões sobre uma guerra total e apocalíptica mais do que presente, o da destruição do meio-ambiente e das culturas tradicionais que o preservam.

Catálogo | A exposição Ninguém teria acreditado: Alvim Corrêa e 10 artistas contemporâneos conta com catálogo ricamente ilustrado, com texto dos curadores Fernanda Pitta e Laurens Dhaenens, um ensaio de Dhaenens e textos dos artistas contemporâneos Denilson Baniwa e Wendy Morris, que também possuem trabalhos na mostra. A publicação possui 80 páginas e estará disponível na loja física e online do museu.

Lais Myrrha | Ainda na mesma data, 4/12/2021, a instalação O condensador de futuros, da artista Lais Myrrha (Belo Horizonte, 1974), será inaugurada. A obra é construída a partir da redução da cúpula do Senado Federal, que vai aparecer como se estivesse “presa” no octógono, a 1,30m de altura. A intervenção terá um significado indefinido entre abrigo/esconderijo e armadilha, e o público, se assim desejar, poderá atravessar ou adentrar o espaço. O trabalho de Lais Myrrha é marcado por reflexões sobre os territórios, a história, a memória e a política.

Serviço:

Ninguém teria acreditado: Alvim Corrêa e 10 artistas contemporâneos

Curadoria: Fernanda Pitta e Laurens Dhaenens

Artistas: Alvim Corrêa , Alex Cerveny, Cabelo, Denilson Baniwa, Fernando Gutiérrez Huanchaco, Guerreiro do Divino Amor, Ilê Sartuzi, Luiz Roque, Rivane Neuenschwander, Runo Lagomarsino e Wendy Morris.

Período: 4/12/2021 a 11/4/2022

De quarta a segunda, das 10h às 18h

Ingressos com horário marcado e vendas pelo site da Pinacoteca

Aos sábados, a entrada é gratuita, mas deve ser reservada com antecedência pelo site.

Edifício Pina Luz

Praça da Luz, 2, São Paulo, SP.

(Fonte: Assessoria de Imprensa | Pinacoteca de São Paulo)

Milton Nascimento e Orquestra Ouro Preto celebram Clube da Esquina em parceria inédita

Juiz de Fora, por Kleber Patricio

Milton Nascimento e maestro Rodrigo Toffolo durante gravação do concerto. Foto: Íris Zanetti.

Há 50 anos, surgia um dos mais importantes discos da música brasileira: o Clube da Esquina. E para celebrar esse marco, Milton Nascimento, sua banda e a Orquestra Ouro Preto realizam uma apresentação histórica no palco do Cine-Theatro Central, de Juiz de Fora (MG). Ela será transmitida, gratuitamente, dia 29 de dezembro, quarta-feira, às 20h30, no canal da Orquestra no YouTube.

O concerto traz no repertório sucessos que marcaram época em composições assinadas por Milton, Lô Borges, Brant e Ronaldo Bastos e outros. Sob a regência do Maestro Rodrigo Toffolo, direção musical assinada por Wilson Lopes e direção geral e artística de Augusto Nascimento, o público de casa vai cantar junto e se emocionar com canções como Maria, Maria, Nada será como antes, Paisagem na Janela e muito mais.

Milton comemora o surgimento dessa parceria inédita. “Sempre fui um admirador da Orquestra Ouro Preto – não só da parte musical, mas também de todo o trabalho social que eles fazem pelos jovens músicos de Minas Gerais. E quando surgiu a oportunidade de fazer esse projeto em comemoração ao Clube da Esquina junto com eles, foi uma realização muito grande para todos nós”, afirma o cantor e compositor.

Após o estrondoso sucesso de Travessia em 1967, Milton Nascimento começou sua premiada carreira internacional e gravou três discos importantes na sequência. O mais revolucionário foi o quarto: o duplo Clube da Esquina, que levou também o nome de Lô Borges na capa. O disco é uma unanimidade em todo mundo e se tornou um marco definitivo na história da música. Lançado em 1972, o álbum consegue até hoje transformar mentes e corações com a mesma força desde o seu surgimento.

Sobre a Orquestra Ouro Preto | Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto completa 21 anos de atividades e se reafirma como uma orquestra de vanguarda. Sob a regência e direção artística do Maestro Rodrigo Toffolo, o grupo se dedica à formação de diferentes públicos, com extensa programação nas principais salas de concerto no Brasil e no mundo, além de se destacar no número de visualizações e ouvintes das plataformas de streaming e redes sociais. Sob os signos da excelência e versatilidade, atua também em projetos sociais e educacionais que vão muito além da música, como o Núcleo de Apoio a Bandas e a Academia Orquestra Ouro Preto. Premiado nacionalmente, o grupo tem 12 trabalhos registrados em CD e 7 DVDs. Foi vencedora do Prêmio da Música Brasileira em 2015, na categoria “Melhor Álbum de MPB”, e indicada ao Grammy Latino 2007, como “Melhor Disco Instrumental”, por Latinidade. Os discos Latinidade – Música para as Américas, Antônio Vivaldi – Concerto para Cordas, The Little Prince e Orquestra Ouro Preto e Desvio – Ritmos Brasileiros têm distribuição mundial pela gravadora Naxos, a mais importante do mundo dedicada à música de concerto.

Serviço:

Milton Nascimento e Orquestra Ouro Preto – Clube da Esquina

Dia: 29 de dezembro de 2021, quarta-feira, às 20h30

Link: YouTube Orquestra Ouro Preto

Classificação: Livre para todas as idades

Informações.

(Fonte: In Press Oficina)

TV Cultura apresenta “Aquecimento Global”, da Medialand, no dia 1º de janeiro

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação.

No sábado (1/1), às 19h30, será exibido pela primeira vez na tela da TV Cultura o documentário Aquecimento Global, produzido pela Medialand, com direção de Carla Albuquerque. Gravada durante a pandemia do coronavírus, iniciada em 2020, a produção conta com a participação de 16 especialistas brasileiros em debate sobre as alterações climáticas e seus efeitos ao redor do globo.

Vivemos e sentimos de perto as mudanças que estão acontecendo na natureza, mas qual o efeito disso em nossa vivência no mundo? Até onde vai a participação do ser humano no aquecimento global? Existe possibilidade de reverter o caminho que as mudanças climáticas parecem seguir? Essas são algumas das questões debatidas durante a atração, com pouco mais de 70 minutos.

“Quando começamos a gravar o documentário, em janeiro de 2020, um dos entrevistados alertou: o aquecimento global poderia, a qualquer momento, trazer grandes pandemias com novos vírus que colocariam o mundo em estado de atenção. Em seguida, chegou a quarentena, parando toda a gravação presencial”, conta Carla Albuquerque, que assina a produção executiva e a direção-geral do documentário. Ainda assim, a atração teve continuidade e amplo debate sobre as mudanças atuais, dentro das medidas cabíveis dos últimos tempos.

(Fonte: Assessoria de Imprensa | TV Cultura)

Levantamento indica que 83% dos entrevistados pretendem se deslocar mais de bike em 2022

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Sudo/Unsplash.

Um levantamento realizado no início do mês pela Tembici, líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina, com mais de mil pessoas, trouxe dados relevantes que reforçam o aumento do interesse e da aderência das pessoas ao uso da bicicleta. A pesquisa mostrou que 50% dos entrevistados passaram a pedalar mais desde o início da pandemia e 83% querem utilizar ainda mais o modal em 2022. Desde que a vida passou – e vem passando – pela montanha russa da pandemia, as pessoas têm analisado ainda mais seus hábitos. Nesse período, assuntos importantes começaram a ter um foco maior como cuidado com o bem estar, alta dos combustíveis, crise financeira e futuro do planeta. Com isso, a forma de se locomover pelas cidades também ganhou destaque.

Os motivos que levaram as pessoas a pedalarem mais também foram mapeados no estudo: 40% dos respondentes utilizam o sistema de bike compartilhada pelo menos três dias na semana, sendo que 35% deles pedalam para ir ao trabalho ou faculdade. “Apesar do crescimento de adeptos da bike como meio de transporte, ainda enfrentamos uma indústria muito forte e sustentada por uma cultura de uso do automóvel particular. Lançamos recentemente uma ferramenta que calcula e compara o gasto de todos os modais com base nas distâncias – um trajeto diário de 20 km, por exemplo, sai por mais de R$1.200 no mês, quando feito de carro, enquanto no transporte público o gasto é em média R$230 e com a bike compartilhada fica em torno de R$29,90, a depender da cidade”, explica Mauricio Villar, COO e co-fundador da Tembici.

De acordo com o executivo, a ferramenta é um convite para que as pessoas repensem seus hábitos de deslocamento. “A maioria dos trajetos em São Paulo, por exemplo, são de cerca de 5 km, distância perfeitamente ciclável. Precisamos começar a ter noção que não é preciso tirar o carro da garagem para ir à padaria, na casa do parente que mora perto ou à academia. A McKinsey também realizou uma pesquisa nos últimos dias e descobriu que 70% dos entrevistados gostariam de ir e voltar do trabalho pedalando uma bike elétrica. Caminhando, pedalando ou integrando com transporte público, contribuímos para cidades mais sustentáveis e eficientes, com redução de emissão de CO2 e congestionamento”, completa.

Segundo a pesquisa, 32% dos usuários já utilizam a bicicleta para pequenos trajetos do dia a dia e 38% dos entrevistados acreditam que em 2022 a opção será o meio de transporte mais utilizado. No entanto, o investimento em mais infraestrutura cicloviária ainda aparece como item relevante para a decisão de pedalar. Aproximadamente 52% das respostas na pesquisa afirmam que a bike faria mais parte de suas vidas se houvessem mais e melhores ciclovias e ciclofaixas.

Sobre a metodologia | A Tembici realizou a pesquisa entre a penúltima semana de novembro e segunda de dezembro. As respostas foram coletadas de forma online em um questionário enviado a usuários (58% dos respondentes) e não usuários do sistema. No total foram mais de mil respondentes dos estados: RJ, SP, PE, RS, DF, BA e ES.

(Fonte: VCRP Brasil)