Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Museu Judaico de São Paulo será inaugurado no dia 5 de dezembro

São Paulo, por Kleber Patricio

Museu Judaico de São Paulo. Fotos: Fernando Siqueira.

A partir do dia 5 de dezembro de 2021, abre para visitação o Museu Judaico de São Paulo (MUJ), espaço que será inaugurado após vinte anos de planejamento, fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também terão acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que servirá comidas judaicas.

Localizado no antigo prédio do templo Beth-EL – uma das sinagogas mais antigas da cidade – o espaço fica na Rua Martinho Prado, 128, no bairro da Bela Vista, e passou por um processo de restauração, modernização e a construção de um prédio contemporâneo anexo para finalmente receber o público.

Com quatro exposições simultâneas – duas de longa duração, sendo elas A vida Judaica, sobre os rituais e ciclo de vida judaico e Judeus no Brasil: histórias trançadas, que expõe as várias correntes migratórias dos judeus para o Brasil, do início da colonização ao Brasil republicano; e duas temporárias: Inquisição e cristãos-novos no Brasil: 300 anos de resistência, sobre a luta dos cristãos-novos para reconstruir suas vidas no país durante os 300 anos de vigência da Inquisição, e Da Letra à Palavra, que explora a relação entre a arte e a escrita, a imagem e a palavra, a partir da reunião de 32 artistas basilares da arte contemporânea brasileira. Estão à frente do projeto o presidente Sergio Simon, o diretor executivo Felipe Arruda e, na curadoria, a pesquisadora e crítica Ilana Feldman, além do grupo de voluntários que construiu a instituição.

Foto: Fernando Siqueira.

A programação expositiva do museu tem por objetivo cultivar e manter vivas as diversas expressões, histórias, memórias, tradições e valores da cultura judaica, tecendo também um diálogo com o contexto brasileiro, com o tempo presente e com as aspirações de seus diferentes públicos, criando assim uma matriz baseada em princípios de diversidade, resistência e atualidade. “Concebemos o Museu Judaico de São Paulo como um espaço de visões plurais sobre o judaísmo, apresentado como um complexo sistema cultural e identitário que está sempre se reinventando. A partir da experiência judaica, o MUJ reflete sobre o tempo presente e cria tranças com a diversidade cultural do contexto brasileiro, acionando debates sobre preconceito, intolerância e outras questões sociais e políticas urgentes”, afirma Felipe Arruda.

Diversidade e contemporaneidade | Com presença em solo brasileiro desde o século XVI, as narrativas judaicas no Brasil são extremamente diversas, fazendo parte, de forma capilar, da formação do país e apresentando histórias únicas de resistência e senso de comunidade. A história de um povo com uma trajetória milenar liga-se à força da comunidade judaica em Recife e ao judaísmo amazônico, exemplos de reverberações locais que, por mais que se diferenciem em alguns pontos, compartilham as mesmas narrativas originais.

O MUJ aborda a história e a memória como fenômenos vivos, que costuram passado, presente e futuro, mas também se dedica a incentivar as produções artísticas contemporâneas, promovendo um diálogo profícuo entre as narrativas e expressões judaicas, a cultura brasileira e a arte contemporânea. Sendo um museu conectado a seu tempo, o MUJ integra a narrativa memorial de seu acervo histórico – como um talit com mais de 150 anos e talheres vindos de um campo de concentração, além de numerosos documentos e objetos – às produções atuais que elaboram a experiência judaica. Segundo a curadora do MUJ, Ilana Feldman, o museu “não é apenas lugar de preservação e difusão, mas de produção de conhecimento e experiências, em conexão com o tempo presente”.

Anna Bella Geiger – Rolo com oval de porcelana branca.

Exposições | As exposições materializam um rigoroso trabalho curatorial e museológico, fruto do esforço da instituição para estabelecer pontes de diálogos tanto dentro da comunidade quanto para o público não-judeu. A partir de obras multimídia, objetos históricos, documentos e fotografias, o museu apresenta quatro exposições.

Como aponta Sergio Daniel Simon, presidente do Museu, “tanto a presença quanto a perseguição contra o seu povo no Brasil acontecem há séculos”. Fugindo dos usuais estereótipos históricos que se concentram apenas no brutal antissemitismo disseminado durante a Segunda Guerra Mundial, Simon destaca a perseguição dos criptojudeus ibéricos flagelados pela Inquisição. São, portanto, cinco séculos de resistência e força, materializados nas programações do MUJ. Seguem abaixo informações sobre cada uma das exposições:

Exposição A Vida Judaica | A primeira exposição de longa duração, A vida judaica, apresenta os costumes e rituais pelos quais o judaísmo se conecta com o sagrado, demarca o tempo, estuda seus textos, festeja valores, elege seus alimentos típicos e vivencia coletivamente cada etapa da vida. Aborda, portanto, os acontecimentos cotidianos da vida judaica, entendendo-os não somente sob o prisma religioso, mas também como fenômeno cultural.

Anna Bella Geiger – Rolo ocidental com mapinhas pintado à mão e moedas romanas de chumbo n.2.

Exposição Judeus no Brasil: Histórias Trançadas | Nesta exposição, o objetivo é tecer uma complexa narrativa da pluralidade da presença judaica no Brasil a partir dos diversos fluxos migratórios ao longo de 500 anos. A mostra analisa ainda a pluralidade resultante dos diversos polos de implantação das comunidades judaicas no Brasil e de que formas os costumes que pautam a vida judaica se comportam em suas dinâmicas intergeracionais, sejam elas a partir de vivências individuais ou coletivas. A exposição mostra também como a comunidade judaica brasileira apresenta inúmeras interseções e confluências na contemporaneidade, embora tenham diferentes matrizes culturais e geográficas.

Alguns objetos apresentados na mostra remetem aos vínculos de Dom Pedro II com o judaísmo no Brasil Império. Ela inclui, por exemplo, um fac-símile de um fragmento de uma Torá que pertenceu ao imperador, encontrada na Quinta da Boa Vista, antiga residência imperial desde a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, hoje no acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Exposição Inquisição e Cristãos Novos no Brasil: 300 Anos de Resistência | Partindo igualmente de uma matriz histórico-documental, a exposição temporária revela o funcionamento do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição e a luta dos cristãos-novos para reconstruir suas vidas no Brasil durante os 300 anos de vigência da Inquisição. Sobretudo sobre a vida dos judeus ibéricos, a Inquisição marcou o povo judeu por fortes discriminações e perseguições.

Hilal Sami Hilal – Livro Socorro 1.

Muitos judeus foram obrigados a migrarem e a converterem-se publicamente ao cristianismo, mas mantendo clandestinamente as práticas e crenças judaicas em espaços privados, como em suas residências. A mostra, repleta de documentos, mostra as reverberações desses intercâmbios culturais frutos de uma onda de resistência judaica nos aspectos históricos e sociológicos do Brasil.

Exposição Da Letra à Palavra | Essa mostra investiga as relações, na arte contemporânea, entre a escrita e as artes plásticas, entre imagem e texto, entre a escrita como desenho e a presença das palavras nas pinturas. A exposição tem curadoria de dois artistas plásticos – Lena Bergstein e Sergio Fingermann – e reúne 32 artistas plásticos contemporâneos, propondo uma grande diversidade poética e indagações plásticas e teóricas que fomentam a livre reflexão.

A pluralidade de enfoques da questão central da exposição reúne obras muito diferentes entre si, com pactos poéticos distintos. Há obras de Artur Bispo do Rosário, Beatriz Milhazes, Carmela Gross, Anna Maria Maiolino, Anna Bella Geiger, Arnaldo Antunes, Arthur Lescher, Carlos Vergara, Denilson Baniwa, Shirley Paes Leme e Paulo Pasta, entre outros.

Foto: Fernando Siqueira.

Segundo os curadores, Da Letra à Palavra aponta a importância da construção de significados através dos espaços entre as letras, entre as palavras, dos vazios, dos brancos entre as linhas e entre as frases. Nesses intervalos, nesses espaçamentos, os desenhos e os textos ganham significados e tecem novas interpretações. As obras expostas levam aos rolos da escrita e trazem uma relação com o pergaminho, monotipias sobre lenços, pinturas com sobreposições de escritas e alguns trabalhos onde a escrita se mostra legível e poética, sempre duplicando as possibilidades de leituras.

Outros trabalhos têm um significado semântico explícito – avisos, indagações, palavras chaves, levando tanto a uma poética da letra, do escrito, na sua função semântica, mas também vistos na sua função de imagem – cartas, escritos e fotos que levam à busca de uma memória desejada e perdida. Já outros artistas trabalham com signos, traços, riscos e cicatrizes, lembrando as primeiras escritas. Esta exposição, embora mantenha fortes vínculos históricos, tem caráter principalmente artístico, inserindo o MUJ em um importante circuito de arte contemporânea brasileira em São Paulo.

O Centro de Memória do MUJ | O Centro de Memória do MUJ é oriundo do espólio do antigo Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, coletando e catalogando documentos raros sobre a comunidade judaica no Brasil. Uma das principais iniciativas da instituição é revitalizar esse acervo documental, tanto no seu aspecto físico, de restauração, conservação e catalogação, quanto no âmbito narrativo, proporcionando o acesso atual a documentos que ajudam pessoas a compreenderem suas relações genealógicas com as dinâmicas históricas judaicas. São mais de 20 mil livros (8 mil em íidiche), 100 mil fotos, 400 depoimentos de história oral, um milhão de documentos, periódicos e outros registros que versam sobre os imigrantes, as instituições, a cultura e a contribuição à sociedade brasileira. Tal gesto possibilita uma história viva que redescobre, na atualidade, gerações e elos até então perdidos.

Ações educativas | Educação e Participação é o programa de mediação cultural do Museu Judaico de São Paulo voltado à produção de experiências compartilhadas e à construção de conhecimento por meio do diálogo, da troca e do debate. Comprometidas com seus diferentes públicos, as ações de Educação e Participação do MUJ compreendem, como parte de sua programação fixa, visitas mediadas com grupos agendados e espontâneos, oficinas de atividades, contação de histórias, mediação de leituras, encontros com professores, cursos, palestras e ações territoriais.

Patrocínio | O MUJ conta com patrocínio da Fundação Arymax, Antonietta e Leon Feffer, Sergio Zimerman, Banco Itaú, Banco Safra, Instituto Cultural Vale, Lilian e Luis Stuhlberger | Verde Asset Management e Hapvida, entre outros apoiadores essenciais para a realização.

(Fonte: a4&holofote comunicação)

Theatro São Pedro estreia ópera “O Senhor Bruschino”, de Gioachino Rossini

São Paulo, por Kleber Patricio

[Imagem:Teatro São Pedro, SP, 01.jpg|thumb|180px|Legenda]/Dornicke.

O Theatro São Pedro encerra a temporada lírica com a estreia em dezembro da ópera O Senhor Bruschino, de Gioachino Rossini (1792-1868) e libreto de Giuseppe Maria Foppa (1760-1845). A récita do dia 9 de dezembro, quinta-feira, será transmitida ao vivo pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro. Com encenação e iluminação de Caetano Vilela, a montagem terá direção musical de Cláudio Cruz, que vai comandar a Orquestra do Theatro São Pedro, corpo artístico do Governo do Estado de São Paulo. O figurino é de Gabriel Villela, que assina também o visagismo e a cenografia de Duda Arruk.

Saulo Javan interpreta Bruschino (pai) e Savio Sperandio é Gaudenzio. Completam o elenco Lina Mendes (Sofia), Daniel Umbelino, Florville (amante de Sofia). Fernanda Nagashima, Mariana (criada), Gustavo Lassen, Filiberto (hospedeiro), Fellipe Oliveira, delegado de polícia e Eduardo Gutiérrez, Bruschino (filho).

O Senhor Bruschino | Chamada de farsa lúdica em um ato, O Senhor Bruschino estreou em 27 de janeiro de 1813, em Veneza, e foi a última de cinco óperas cômicas que o compositor italiano escreveu para o Teatro de San Moisè. Quebrando com o estereótipo da ópera italiana, O Senhor Bruschino abandonou o disfarce e a argumentação e usou música e técnicas interessantes para descrever a realidade em que as pessoas alternam entre a angústia e a alegria. A abertura causou escândalo na estreia, pois Rossini pede que os segundos violinos batam com o arco nas estantes de partitura. Na Itália, a ópera foi reapresentada apenas uma vez no século XIX. E, em 1857, conheceu algum sucesso numa adaptação de Jacques Offenbach no Théâtre des Bouffes Parisiens, em Paris.

Bilheteria: os ingressos custam R$80 a R$10 (meia) e devem ser adquiridos exclusivamente pelo site.

Serviço:

O Senhor Bruschino

De Gioachino Rossini 

Libreto de Giuseppe Maria Foppa

ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO 

Cláudio Cruz, direção musical

Caetano Vilela, encenação e iluminação

Duda Arruk, cenografia

Gabriel Villela, figurino e visagismo

Elenco:

Saulo Javan, Bruschino (pai)

Savio Sperandio, Gaudenzio (tutor)

Lina Mendes, Sofia

Daniel Umbelino, Florville (amante de Sofia)

Fernanda Nagashima, Mariana (criada)

Gustavo Lassen, Filiberto (hospedeiro)

Fellipe Oliveira, Delegado de Polícia

Eduardo Gutiérrez, Bruschino (filho)

Ensaio aberto: 2 de dezembro, quinta-feira, 19h

Entrada gratuita

Retirada duas antes do início do espetáculo na bilheteria digital

Récitas: 3, 4, 5, 8, 9, 10, 11 e 12 de dezembro

Quarta a sábado às 20h, domingo às 17h

Local: Theatro São Pedro

Endereço: Rua Barra Funda, 171 – Barra Funda, São Paulo/SP

Ingressos: R$80 (inteira) a R$10 (meia)

Plateia: R$80/ R$40 (meia)

1º Balcão: R$50/ R$25 (meia)

2º Balcão: R$20/R$10 (meia)

Site

Classificação Indicativa: Livre.

(Fonte: Assessoria de imprensa | Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de SP)

Documentário sobre Leila Diniz abre 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Brasília, por Kleber Patricio

Ana e Leila: As Bandidas. Foto: divulgação.

Já que ninguém me tira para dançar é um longa inédito, realizado originalmente em U-Matic, e depois restaurado. Entrevistas e gravações novas juntaram-se às originais, de 1982, digitalizadas recentemente. Finalizado em HDTV, o filme resgata a participação de Leila Diniz na cultura moderna, artista que se posicionou pela liberdade das mulheres durante os anos mais duros da ditadura militar. Realizado pela diretora e atriz Ana Maria Magalhães, que foi amiga de Leila, Já que ninguém me tira para dançar é o registro de um período e mostra imagens de filmes, fotos e cenas ficcionais vividos pela atriz Leila Diniz, revelando seu modo libertário de ser e agir numa época que inspirou avanços culturais e comportamentais no mundo inteiro. A famosa entrevista de Leila ao Pasquim, em 1969, despertou indignação dos militares e o desprezo das feministas, que a achavam apenas vulgar.

Autêntica e espontânea, Leila Diniz foi porta-voz de uma geração censurada. Conquistou corações e mentes sob o signo do amor e ao mesmo tempo gerou hostilidade dos defensores da moral e dos bons costumes, principalmente após posar de biquíni para uma revista aos oito meses de gravidez. Leila falava abertamente sobre tudo, incluindo sua sexualidade. Como as rebeldes Janis Joplin e Amy Winehouse, Leila Diniz morreu aos 27 anos, em um acidente de avião na Índia, quando voltava de um festival de cinema na Austrália, onde recebeu o prêmio de melhor atriz.

Já que ninguém me tira para dançar tem coprodução do Metrópoles e apoio do Instituto Itaú Cultural.

Sinopse | Remasterizado a partir de sua versão original e inédita, o documentário é o registro de uma época e, acima de tudo, faz um resgate da participação na cultura brasileira da revolucionária atriz Leila Diniz (1945-1972), cinquenta anos após o seu desaparecimento.

Ana Maria Magalhães | Nasceu no Rio de Janeiro em 1950. Trabalhou como atriz em mais de 25 filmes, entre eles Como Era Gostoso o Meu Francês (1970), de Nelson Pereira dos Santos, Lucio Flávio, Passageiro da Agonia, de Hector Bavenco, Os Sete Gatinhos, de Neville D’Almeida, O Estranho Caso de Angélica, de Manoel de Oliveira e A Idade da Terra (1980), de Glauber Rocha. Depois de participações na televisão, passou à direção, com os curtas Assaltaram a Gramática (1984), Spray Jet (1985), O Bebê (1987), Mangueira Amanhã (1992) e um segmento do filme Erotique (1994), além dos longas Lara (2002), Reidy, a Construção da Utopia (2009) e Mangueira em 2 Tempos (2020).

Depoimento da diretora Ana Maria Magalhães | “Dez anos após o desaparecimento de Leila fui convidada a dirigir um documentário sobre ela, a minha melhor amiga. Relutei porque não tinha o distanciamento necessário. Por outro lado, tinha consciência da importância de transmitir o legado de Leila, sabia que seus amigos poderiam expor cada uma de suas facetas, e aceitei a missão porque eu conhecia muito bem o seu modo de pensar, agir e se relacionar. E até aqui, este é o único documentário que existe sobre ela.

Foto: Orlando Brito.

Os depoimentos foram colhidos quando a lembrança de Leila ainda estava fresca na memória dos diretores de cinema, atores, jornalistas e familiares. Entretanto, assim que iniciamos as filmagens, o Centro Cultural Cândido Mendes, que idealizou o projeto para ser exibido na Mostra Leila Diniz – Dez anos depois, desistiu de produzi-lo porque o seu plano de investimento não funcionou como esperava. Havia apenas um investidor: a atriz Sonia Braga.

Mas as filmagens iam bem e eu decidi produzi-lo com meus próprios recursos. A instituição concordou em nos repassar o saldo do valor do investimento que obtivera. Contei com a ajuda de Walter Salles, que emprestou a câmera para o fotógrafo José Guerra – o Guerrinha –, e de Marcelo Machado e Fernando Meirelles, que montaram o documentário em sua produtora Olhar Eletrônico, em São Paulo.

O filme mostra o modo de ser e viver dos artistas e das jovens brasileiras nos anos 60, plenos de entusiasmo e ingenuidade. As novas gerações não sabem quem foi Leila, atriz que valorizou a verdade, a liberdade e o amor porque acreditava que as pessoas podem realizar as suas melhores potencialidades e não as piores.

Foto: divulgação.

O Brasil vive hoje tamanho retrocesso em relação às liberdades femininas, que as mulheres têm saído às ruas das principais cidades para protestar. E não é um revival dos anos 60. Mas a assombrosa perspectiva do fundamentalismo evangélico dos anos 2000, com o apoio de setores do Congresso e de parte da sociedade brasileira.

Leila esteve à frente das mudanças sociais do seu tempo e a preservação de sua memória e divulgação de seu pensamento e ações são fundamentais para a manutenção dos avanços que fizemos graças a ela, uma atriz de cinema”.

Coordenação de Restauro – Fábio Fraccarolli | Ao tempo em que trabalhou na principal instituição oficial brasileira de preservação de filmes, a Cinemateca Brasileira, ele viu o documentário e procurou a diretora Ana Maria Magalhães para conversar sobre o que poderia ser feito.

Fabio restaurou filmes como O Bandido da Luz Vermelha, Os trabalhos de Mauricio de Sousa, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Terra em Transe e A Idade da Terra.

Já que ninguém me tira para dançar

Depoimentos: Albino Pinheiro * Betty Faria * Carlos Leite* Chico Nelson * Claudio Marzo * Domingos de Oliveira * Eli Diniz * Hugo Carvana * José Carlos De Oliveira * Luciana De Moraes * Luiz Carlos Lacerda * Luiz Eduardo Prado * Marcelo Cerqueira * Marieta Severo * Maria Gladys * Martha Alencar * Nelson Sargento * Nelson Pereira dos Santos * Paulo Cezar Saraceni * Paulo José * Tarso De Castro.

Elenco: Lídia Brondi, Louise Cardoso e Ligia Diniz como Leila

Participação Especial: Nina de Pádua, Antonio Pitanga * Lita Cerqueira * Neném * Cristina Aché * Beatriz Moura Costa * Pardal * Juanita Dias Costa * Gilda Guilhon * Daniela * Luiz Sergio Lima e Silva

Locução depoimento Chico Nelson: Hugo Carvana

Equipe da Remasterização | 2021

Roteiro, Produção e Direção: Ana Maria Magalhães

Produtor Associado: Lino Meireles

Restauração de Imagens de Vídeo: Fabio Fraccarolli

Direção de fotografia: Jacques Cheuiche, abc

Texto e Locução Ana Maria Magalhães

Pesquisa: Garimpo/Rita Marques e Ana Maria Magalhães

Montagem: Paula Sancier

Música: Fernando Moura

Produção de finalização Ade Muri

Edição de som e Mixagem Vânius Marques

Equipe Original | 1982

Roteiro, Produção e Direção: Ana Maria Magalhães

Fotografia e Câmera: José Guerra (In Memoriam)

Som: Jorge Saldanha

Assistente de Direção: Juanita Dias Costa

Assistente de Produção: Neném

Pesquisa: Ana Maria Magalhães/ Neném

Trailer: acesse aqui

54ª Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – Abertura 7 de dezembro, às 20h, pelo Canal InnSaei TV (acesse aqui).

(Fonte: Trombone Comunica)

Palácio das Mangabeiras recebe Cidade de Natal

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Foto: BS Fotografias.

Especialista em megaproduções e eventos, o grupo naSala inaugura, em dezembro, a Cidade de Natal, com patrocínio da Cemig. A partir de 4/12, o Palácio das Mangabeiras se tornará um novo ponto turístico em BH, encantando milhares de visitantes com a magia do Natal. Entre as atrações confirmadas estão a Orquestra de Câmara Inhotim, com participação do Maestro João Carlos Martins, e uma programação acessível a todas as famílias.

O circuito com atividades artísticas terá tudo que o Natal tem direito: Papai e Mamãe Noel, fotos, música, trenzinho, comida gostosa e muitas luzes. A programação fixa conta com oficinas de arte e reciclagem Casa Ideia, Casa do Papai Noel, Fábrica de Brinquedos, espaço kids, lojinhas Verde que te Quero Verde e Hogar, doces de Natal da Douce Enfance, carrinhos de pipoca, algodão doce e churros e restaurante O Italiano.

Foto: http://www.otubaraomartelo.com.

Já a agenda de atrações terá Orquestra de Câmara Inhotim com maestro João Carlos Martins e um repertório especial de Natal, contação de histórias com o Circo Marcos Frota, O Tubarão Martelo e os Habitantes do Fundo do Mar e muito mais.

Segundo Kiko Gravatá, diretor da naSala, além de fomentar o turismo e a cultura em BH, a Cidade de Natal terá atividades interativas focadas na experiência de um convívio social e familiar saudável. “As pessoas estão precisando, mais do que nunca, de um contato com mais afeto, alegria e que desperte novamente a luz dentro de cada um. E nada melhor do que a magia do Natal para reunir esse sentimento de esperança e renovação”, afirma.

A organização do evento prevê receber cerca de 40 mil pessoas até o dia 23/12. A visitação acontece de quarta a domingo e é gratuita às quartas, exceto feriados. De quinta a domingo, as entradas custam R$25 (meia) e R$50 (inteira). Os ingressos podem ser adquiridos pela Sympla.

Orquestra de Câmara Inhotim se apresentará no evento. Foto: Acervo Inhotim.

Viés social | Além das quartas-feiras com entrada gratuita, a Cidade de Natal conta com parcerias com entidades sem fins lucrativos. O objetivo é tornar a atração acessível a crianças assistidas por projetos socioeducativos.

Protocolo contra Covid-19 | As ações estão sendo programadas de forma a descentralizar o fluxo de público, evitando aglomerações. A lotação será de mil pessoas simultaneamente. O uso de máscaras de proteção é obrigatório e haverá aferição de temperatura na entrada. O espaço terá totens de álcool em gel, tapetes de sanitização e higienização de ambientes após cada atividade coletiva.

Serviço:

Funcionamento: quarta a sexta, das 14h às 22h. Sábados, domingos e feriados das 11h às 22h

Preços: R$25 (meia) e R$50 (inteira) *Entrada gratuita às quartas-feiras (exceto feriados), com patrocínio da Cemig

Vendas e retiradas gratuitas: Clique aqui

Endereço: Palácio das Mangabeiras – R. Prof. Djalma Guimarães, 157 – Belo Horizonte/MG.

Agenda

4/12 – 18h: concerto João Carlos Martins e Orquestra de Câmara Inhotim

5/12 – 18h: concerto João Carlos Martins e Orquestra de Câmara Inhotim

11/12 – 18h: Marcos Frota – O Circo em Busca da Alma do Natal

12/12 – 11h: Marcos Frota – O Circo em Busca da Alma do Natal

18/12 – Tubarão Martelo no Natal

19/12 – Tubarão Martelo no Natal

22/12 – Orquestra de Câmara Inhotim

23/12 – Orquestra de Câmara Inhotim

Programação sujeita a atualizações

Mais informações: (31) 3286-4705 e @cidadenatalbh (Instagram).

(Fonte: Assessoria de Imprensa | NaSala)

Iniciativa busca registrar e difundir histórias de vítimas da AIDS

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

A Casa 1, o Acervo Bajubá, o Museu da Diversidade Sexual, a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, o Grupo de Incentivo à Vida e o Pela Vidda SP lançam o projeto Memorial Incompleto da Epidemia de AIDS, uma iniciativa aberta, coletiva e sem fins lucrativos. O principal objetivo deste primeiro momento é recolher depoimentos que irão compor uma rede de relatos que serão compartilhados publicamente em uma colcha de retalhos inspirada no Projeto Nomes, surgido nos Estados Unidos em meados dos anos 1980. Os depoimentos também serão difundidos no formato de pequenos áudios. Para tanto, o projeto inicia agora uma convocatória pública para que amigas, amigos, familiares e pessoas que queiram compartilhar suas lembranças sobre as vítimas da epidemia da AIDS no Brasil enviem uma proposta de retalho que formará a colcha e também áudios anônimos com duração de 3 a 10 minutos. Ao final do projeto, os áudios e imagens dos retalhos serão disponibilizados anonimamente no site do projeto e a colcha será apresentada nos espaços parceiros em exposições abertas ao público.

Quem pode participar? | Todo mundo pode participar. O memorial tem como propósito celebrar as memórias de pessoas vítimas da epidemia da AIDS e pode ser feita por familiares, amigas e amigos e pessoas que queiram compartilhar essas lembranças.

Como participar? | Os áudios, que serão anônimos, devem conter de 3 a 10 minutos. A ideia é que sejam divulgados sem edição. Para o retalho, é possível criar um rascunho em papel e mandar uma foto para a equipe do projeto, que confeccionará o material conforme o esquema e a disponibilidade de materiais. Quem se interessar também pode fazer e enviar: os tecidos e técnicas podem ser variados, desde que seja mantido o tamanho do retalho (50 x 50 cm). A sugestão é que seja feito em um tecido mais grosso para garantir a durabilidade da colcha na circulação. Também é possível fazer o próprio retalho conforme agendamento prévio no Galpão Casa 1 (Rua Adoniran Barbosa, 151 – Bela Vista).

Para onde enviar? | Os envios, dúvidas, agendamento de coleta de áudios ou criação dos retalhos podem ser feitos pelo e-mail educativo@casaum.org e pelo WhatsApp (11) 91013-6994.

Os pontos de referência do projeto ficam no centro de São Paulo, no Galpão da Casa 1 (Rua Adoniran Barbosa, 151 – Bela Vista) e no Museu da Diversidade Sexual (Estação República do Metrô – R. do Arouche, 24 – República).

O memorial incompleto da epidemia de AIDS busca retomar os objetivos que inspiraram o Projeto Nomes e outras iniciativas desde então, de ilustrar a enormidade da epidemia da AIDS, encorajar uma atitude de compaixão para as pessoas vivendo com o HIV e gerar uma forma criativa e positiva de expressão para aqueles cujas vidas foram de alguma maneira tocadas pela epidemia. Além desses objetivos, a iniciativa celebrará as respostas e ações de solidariedade e registrará as diferentes percepções sobre os impactos da epidemia da AIDS nas últimas quatro décadas no Brasil. O recolhimento de relatos contará com a colaboração, participação e o apoio de diversos grupos e indivíduos ligados ao combate da epidemia de HIV/AIDS no Brasil.

Serviço:

Memorial Incompleto da Epidemia de AIDS

Os depoimentos podem ser enviados para o e-mail educativo@casaum.org e WhatsApp (11) 91013-6994

Mais informações no site do projeto.

(Fonte: Assessoria de imprensa | Casa 1)