Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
Museus subaquáticos estão presentes em cada vez mais destinos em todo o mundo. A ideia de criar instalações artísticas submersas vai além do turismo e passa pela preservação do meio ambiente. Esse tipo de atração não só estimula a conscientização ambiental, com obras que propõem aos visitantes momentos de reflexão e tratam de questões atuais, como também possibilita uma integração única da arte humana com a natureza. Conheça alguns museus subaquáticos que são destaque pelo mundo:
Museu Subaquático de Bonito – Bonito (MS), Brasil | Na Nascente Azul, famoso complexo de ecoturismo, o Museu Subaquático de Bonito deve ser inaugurado até o final de outubro e será o único do mundo em um ambiente de água doce. Na primeira exposição, as estátuas submersas, criadas por artistas locais, vão tratar de temas como a sustentabilidade e a preservação ambiental. O museu será instalado em um lago com cerca de 4 metros de profundidade, com águas correntes vindas direto da nascente e uma rica biodiversidade. Com alta concentração de calcário, essas águas vão aos poucos transformar as obras de arte do museu, que serão por fim resultado de um trabalho feito em conjunto pelo ser humano e pela natureza. As peças em exposição vão se integrar ao próprio habitat dos peixes.
Museu Subaquático de Arte – Cancún, México | Entre a costa de Cancún e a Isla Mujeres, o Museu Subaquático de Arte (MUSA) é uma das atrações mais populares do destino desde sua inauguração em 2009. São mais de 500 esculturas submersas criadas em sua maioria por Jason deCaires Taylor, artista britânico que foi o precursor dessas grandes instalações artísticas no fundo do mar. As estátuas são de cimento com pH neutro, oferecendo uma plataforma segura para o crescimento de corais. É possível admirar as obras durante o mergulho, o snorkeling ou ainda em passeios de barco com fundo transparente. O museu é dividido em dois salões: Manchones (8 metros de profundidade) e Punta Nizuc (4 metros).
Parque de Esculturas Subaquáticas de Granada – Granada | Criado em 2006 também por Jason deCaires Taylor, o parque é considerado o primeiro museu de arte subaquática do mundo. Localizado na costa oeste de Granada, pequeno país do Caribe, conta com 75 obras espalhadas em 800 m², em profundidades que variam entre 5 e 8 metros. Depois de ser muito danificada com a passagem do furacão Ivan em 2004, essa área foi transformada com a instalação do Parque de Esculturas, que ajudou a proliferar novos corais e a afastar os turistas dos frágeis recifes que conseguiram sobreviver.
Museu Atlântico – Ilha de Lanzarote, Espanha | Localizado no arquipélago das Ilhas Canárias, este é o primeiro museu subaquático da Europa, instalado em 2016. São 300 esculturas criadas por Jason deCaires Taylor, a uma profundidade média de 14 metros na Baía de Las Coloradas. Além de abrigar corais, o museu costuma atrair também tubarões, arraias, polvos, cardumes de barracudas e outras espécies. As obras trazem mensagens atuais impactantes, como a que representa os refugiados que cruzam o Mar Mediterrâneo em busca de uma vida melhor na Europa.
Museu Subaquático de Cannes – Cannes, França | Inaugurado em fevereiro de 2021, o museu é a primeira instalação de arte de Jason deCaires Taylor no Mediterrâneo. Fica junto à ilha de Sainte-Marguerite, a uma curta distância da costa de Cannes. Ali há seis enormes retratos tridimensionais, cada um com 2 metros de altura, esculpidos a partir de rostos reais de moradores da região. Por estar em águas mais rasas e cristalinas, o museu é ideal para ser visitado com equipamento de snorkel.
Museu de Escultura Subaquática Ayia Napa – Ayia Napa, Chipre | Também no Mediterrâneo, o Museu de Escultura Subaquática Ayia Napa (MUSAN) é ainda mais recente – foi inaugurado em agosto deste ano. Com 93 obras, muitas delas em formato de grandes árvores, o local mais parece uma densa floresta submersa. Entre as árvores, há estátuas de crianças, que representam a necessidade de criar um futuro em que a humanidade viva em harmonia com a natureza. O museu pode ser visitado por mergulhadores ou praticantes de snorkeling.
Museu de Arte Subaquática – Townsville, Austrália | Primeiro museu subaquático do hemisfério sul, o MOUA fica em um local particularmente especial: a Grande Barreira de Corais. A primeira instalação submersa do museu está no recife John Brewer, a cerca de 80 km da costa de Queensland, e é chamada de The Coral Greenhouse (“A Estufa de Coral”). Criada por Jason deCaires Taylor, é uma enorme estrutura de cimento com pH neutro e aço inoxidável resistente à corrosão, na forma de uma estufa de plantas, que aos poucos será ocupada pela biodiversidade marinha. O objetivo do MOUA é conscientizar sobre a importância da conservação dos recifes.
Museu de Arte Subaquática – Walton County (Flórida), Estados Unidos | Os Estados Unidos têm seu próprio museu subaquático desde 2018, o UMA, localizado nas águas esmeraldas do Golfo do México. Fica a pouco mais de 1 km do Grayton Beach State Park, e agências levam os mergulhadores até o local em passeios de barco. Assinadas por artistas de todo o mundo, novas obras são adicionadas à coleção a cada ano e instaladas a uma profundidade de quase 18 metros. Os materiais utilizados não contêm toxinas ou poluentes e ajudam no desenvolvimento de um novo recife.
(Fonte: Assimptur)
No dia 1º de outubro de 2021, o bairro do Bixiga completa 143 anos. Em comemoração a essa data e também ao Dia Mundial dos Rios, celebrado em 26 de setembro, a Trupe Baião de 2 – grupo circense de pernaltas formado por Rachel Monteiro e Guilherme Awazu no Bairro do Bixiga –, realiza o lançamento do vídeo arte Caminho da Saracura.
As apresentações serão realizadas no Facebook do CAQLC – Centro de Apoio à Qualificação da Linguagem Circense e da Trupe Baião de 2 nos dias 2 e 3 de Outubro, às 12h e 20h.
O projeto audiovisual foi gravado na estreia de Caminhos da Saracura, espetáculo de rua com elenco formado por Aipim, Alex Bingó, Guilherme Awazu, Karen Nashiro, Lemon Yce e Rachel Monteiro que passa por espaços emblemáticos do Bixiga convidando a população para conhecer ou relembrar a história do bairro e do Vale do Saracura, um dos rios mais importantes da cidade que foi escondido abaixo da Avenida 9 de Julho, quando a cidade se transformou com o processo de urbanização. “Assim como o apagamento da memória dos povos originários, a violenta arquitetura aqui consolidada levou também ao apagamento dos rios. Buscamos desenterrar o Rio Saracura, sua memória e a memória dos povos que foram invisibilizados com ele, entendendo que tornar invisível um rio torna também invisível a contação da história de um povo”, explica a Trupe.
Preparando o público para o lançamento, uma série de lives será realizada no Instagram e Youtube com a equipe de criação de Caminho da Saracura.
No dia 27 de setembro (segunda-feira), às 15h00, acontece uma live de bate-papo com o tema Direção e Processo de Criação, com participação de Mafalda Pequenino, que assina a direção do espetáculo. Mafalda é atriz e assistente de direção da Grande Cia Brasileira de Mystérios e Novidades” coordenadora, coreógrafa e diretora artística dos Pernaltas do Orun, do grupo afro Ilú Obá de Min, diretora do Núcleo Catappum de Palhaçaria Preta e apresentadora do programa infantil Quintal da Cultura, dirigido por Bete Rodrigues e exibido na TV Cultura.
No dia 28 de setembro (terça-feira), às 12h00, o tema é Acrobacia em grupo e acrobacia em grupo nas pernas de pau, com a convidada Rubia Neiva, artista e professora circense, produtora e diretora artística com trinta anos de atuação, incluindo passagens internacionais e fundadora da Troupe Guezá. A artista realizou a preparação acrobática deste projeto.
Na quarta-feira, dia 29 de setembro, às 10h00, a conversa é sobre Música e o Movimento, com o músico, compositor e multi instrumentista Ivan Alves, que assina a direção musical e trilha sonora do projeto e de outros espetáculos de circo, teatro e audiovisual, entre eles Masha e o Urso.
No dia 30 de setembro, às 13h30, a conversa é com Juliana Bertolini, que é designer, Professora e Pesquisadora na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, integrante do Sisterhood Project e responsável pelo figurino de Caminho da Saracura.
Caminho da Saracura é um projeto iniciado em janeiro de 2021 com uma intensa pesquisa sobre as origens do bairro do Bixiga que, apesar de reconhecido pela predominância de imigrantes italianos, possui uma identidade própria relevante e pouco conhecida. Além de ter sido uma grande trilha indígena, no entorno do Vale do Saracura, rio que foi obstruído com tampão se tornando invisível para a cidade, foi construído o primeiro quilombo urbano da cidade.
A intervenção começa em frente à antiga sede da Escola de Samba Vai-Vai, segue em cortejo pelas ruas Dr. Lourenço Granato, Alameda Marques de Leão, Conselheiro Carrão e Santo Antônio e finaliza na escadaria da Rua Almirante Marques de Leão, transitando simbolicamente como um rio.
Com elementos acrobáticos, teatro físico, música e comicidade, as cenas constroem uma narrativa de lembranças destes territórios e faz referência também ao pássaro Saracura, ave de pernas longas e finas, tão abundante naquela região por volta de 1920, que tornou-se o nome do rio.
As ações fazem parte do projeto Caminho da Saracura, contemplado no edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc nº 49/2020, Premiação Circo No Estado de São Paulo.
FICHA TÉCNICA: Intérprete Criadores – Aipim, Alex Bingó, Guilherme Awazu, Karen Nashiro, Lemon Yce e Rachel Monteiro | Direção Geral e Roteiro – Mafalda Pequenino | Preparação Acrobática – Troupe Gueza com Rubia Neiva | Figurinos – Juliana Bertolini | Costureiras: Francisca Lima e Alecrim Marques | Direção Musical e Trilha Sonora – Ivan Alves | Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini | Assistente de Produção: Jeronimo Ali | Produção Executiva: Linha 3 Produções com Gisele Tressi | Equipe de filmagem: Daniela Gonçalves, Michel Igielka e Gabriel Azevedo | Fotografias: Nirely Araujo | Arte gráfica: Lohann Kundro | Equipe de Apoio: Antonio Carneiro e Jéssica Amorim | Segurança: Rodrigo Bandeira | Realização: Trupe Baião de 2.
Serviço:
Temporada Caminho da Saracura com Trupe Baião de 2 e artistas convidados
Grátis – Classificação Livre
Temporada de lives Processo de Criação Caminho da Saracura
Onde assistir: Instagram Caminho da Saracura (www.instagram.com/caminhodasaracura) e Youtube da Trupe Baião de 2 (YouTube.com/trupebaiaode2)
Quando: 27 de setembro (segunda-feira) – Horário: 15h00 – Tema: Direção e Processo de Criação – Com: Mafalda Pequenino
Quando: 28 de setembro (terça-feira) – Horário: 12h00 – Tema: Acrobacia em grupo e Acrobacia em grupo nas pernas de pau – Com: Rubia Neiva
Quando: 29 de setembro (quarta-feira) – Horário: 10h00 – Tema: Música e o Movimento – Com: Ivan Alves
Quando: 30 de setembro (quinta-feira) – Horário: 13h30 – Tema: Acrobacia em grupo e Acrobacia em grupo nas pernas de pau – Com: Rubia Neiva
Lançamento do vídeo arte Caminho da Saracura
Quando: 2 de outubro de 2021 (sábado) – Horários: 12h00 e 20h00 (duas sessões)
Onde assistir: Facebook do CAQLC – Centro de Apoio à Qualificação da Linguagem Circense – Link: www.facebook.com/caqlcsp
Quando: 3 de outubro de 2021 (domingo) – Horário: 12h00 e 20h00 (duas sessões)
Onde assistir: Facebook da Trupe Baião de 2 -Link: www.facebook.com/TrupeBaiaoDe2.
(Fonte: Luciana Gandelini/Assessoria de Imprensa)
Construídas de forma colaborativa e coletiva, as lideranças das favelas lembram muito pouco a imagem de liderança de um único indivíduo que se coloca como um representante de determinado grupo. Em capítulo de livro publicado na quarta (29) pela Emerald, pesquisadores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP), discutem as peculiaridades das lideranças de comunidades e mostram que essa forma de organização é eficiente em gerar impacto local, transformando a realidade de vulnerabilidade social e econômica de suas comunidades.
O capítulo, resultado de um estudo qualitativo, traz depoimentos de líderes e residentes de três favelas pesquisadas em São Paulo. Essa publicação mostra as formas como as comunidades se esforçam em reduzir as vulnerabilidades sociais e econômicas locais por meio de práticas de liderança. Segundo os pesquisadores, ficou evidente que as lideranças se formam como uma resposta para necessidades bastante locais e geralmente estão associadas a um propósito compartilhado por aquela comunidade. “O que mais nos impactou foi perceber a transformação gerada pelas lideranças e residentes diante de um estado ausente e da falta de políticas públicas”, relata Renato Souza, da FGV EAESP, um dos autores do capítulo. “A ação coletiva tem sido a solução prática que consegue reduzir a vulnerabilidade dessas localidades”, ressalta o pesquisador.
Apesar da capacidade de coordenar a realização de atividades e ações de maneira eficiente e com impacto local, as lideranças que emergem podem não se reconhecer ou se chamar de líderes, principalmente por entenderem que estão “ecoando” uma necessidade local. Dessa forma, é como se os líderes comunitários nas favelas fossem tanto líderes de um grupo quanto “liderados” pelos desejos e necessidades daquele coletivo, e as dinâmicas das relações que se estabelecem torna complexo determinar, em muitos casos, quem lidera e quem é liderado.
A ausência de hierarquia ou de posições formais de autoridade não impede que cada coletivo trabalhe para criar as condições de transformação social necessárias. Muitas vezes, a pluralidade é inclusive benéfica, porque nenhum indivíduo da favela consegue, de maneira solitária, “fazer a ponte” com influenciadores ou legitimadores que possam ajudar a avançar questões sociais de difícil solução. “A multiplicidade e a pluralidade de residentes que são reconhecidos como lideranças e que surgem para endereçar diversos problemas locais (como educação, habitação e violência) ampliam o impacto e o potencial de transformação dessas ações e a sua abrangência nas comunidades”, explica Souza.
No correr do capítulo, uma das principais provocações dos pesquisadores é que, quando se fala sobre o desenvolvimento de lideranças, muitas vezes o significado é muito voltado a uma questão individualista, pensando em desenvolver líderes. O que a favela traz é uma nova dinâmica, que exige pensar a perspectiva da liderança coletiva, na qual líderes e liderados constroem juntos a liderança e os seus resultados. “É preciso repensar o desenvolvimento da liderança para que as ações não fiquem restritas aos indivíduos em posição formal de autoridade, mas que coloque mais ênfase nos aspectos relacionais e coletivos de um grupo, equipe ou organização”, sugere o pesquisador.
(Fonte: Agência Bori)
A redução de sódio — nutriente muito relacionado ao sal — em alimentos industrializados em um período de 20 anos pode evitar mais de 180 mil novos casos de hipertensão arterial e mais de 2 mil mortes por doenças cardiovasculares. A previsão é de um estudo da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Liverpool, no Reino Unido, publicado na revista “BMC Medicine” na terça (28).
A análise partiu do acordo de redução voluntária de sódio firmado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, que incentivou, entre 2011 e 2017, a redução de 8 a 34% da quantidade média do nutriente em alimentos processados e ultraprocessados. O trabalho incluiu o desenvolvimento de um modelo de simulação do impacto da redução de sódio até 2032, comparando-o com um cenário no qual não há esforços para a redução. A previsão foi baseada nas reduções voluntárias em alimentos industrializados registradas em pesquisas nacionais de rotulagem de 2013 e 2017, em inquéritos nacionais de saúde e consumo alimentar e em dados de sistemas de informação em saúde do SUS.
O estudo é relevante principalmente para um país como o Brasil, onde o consumo diário de sódio é aproximadamente o dobro dos dois gramas recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “O consumo excessivo de sódio deve ser tratado como prioridade na agenda de saúde e a redução desse consumo tem impacto em todas as idades, independentemente de serem pessoas hipertensas ou não”, diz Eduardo Nilson, cientista responsável pela pesquisa.
Para além dos impactos positivos na saúde da população, a análise aponta que a redução de sódio é benéfica para a economia: pode poupar cerca de 220 milhões de dólares em custos em tratamento médico no Sistema Único de Saúde e mais de 70 milhões de dólares em custos informais com as doenças pela população. “Mais casos de hipertensão e mortes podem ser evitados se o Brasil adotar políticas obrigatórias, e não apenas voluntárias, de redução de sódio em alimentos industrializados, envolvendo mais categorias e limites ainda menores. Além disso, considerando as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e de sal de mesa também são medidas importantes para atingir as recomendações da OMS”, comenta o cientista.
(Fonte: Agência Bori)
Uma agenda dupla de recitais, entre quinta-feira (30/9) e sábado (2/10), encerra o mês de setembro e dá início à programação de outubro na Sala São Paulo, com apresentações do quarteto brasileiro Escualo Ensemble, dedicado a uma mescla de tango e jazz, e da pianista francesa Lise de la Salle, ela também fluente em diferentes estilos musicais. Os concertos fazem parte da Temporada Osesp, com especial ênfase na apresentação do Escualo, do ciclo dedicado ao centenário de Astor Piazzolla. As duas performances da sexta-feira (1/10), às 18h30 e às 20h, serão transmitidas ao vivo direto da Sala São Paulo, no YouTube da Osesp.
Amanda Martins (violino), Daniel Grajew (piano), Cláudio Torezan (contrabaixo) e Rúben Zúñiga (vibrafone), um chileno e três brasileiros, tocam música argentina sob uma ótica contemporânea. A instrumentação do Escualo Ensemble faz um aceno à formação original dos primeiros conjuntos de tango, nascidos nos subúrbios de Buenos Aires: violino, flauta e guitarra, esta mais tarde substituída pelo piano nos salões. Posteriormente ficaram violino e piano e a flauta deu lugar ao contrabaixo — no Escualo, temos a inusitada participação do vibrafone. Nesse desenho já se adivinha também o cruzamento com a música de concerto contemporânea e com o jazz, duas linguagens que este quarteto adiciona à sua mistura com fluência original e liberdade brasileira.
A jovem pianista Lise de la Salle, por sua vez, transita com naturalidade entre a música clássica, o jazz e o tango, entre outros gêneros – como mostra o programa de seus três recitais na Sala, formado por obras de Piazzolla, de jazzistas como Fats Waller e Art Tatum, além de nomes canônicos da cena erudita como Ravel e Rachmaninov. Figura constante nas maiores casas de concerto do mundo, Lise começou a tocar piano aos quatro anos e, aos 13, já se apresentava em diversos palcos de sua França natal. As apresentações de Lise substituem as do pianista argentino radicado na Europa Nelson Goerner, que teve que cancelar sua vinda ao Brasil e à Sala São Paulo por motivos de saúde (não relacionados à Covid-19).
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp | Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina. Desde 2020, tem o suíço Thierry Fischer como diretor musical e regente titular, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, pela norte-americana Marin Alsop, que agora é regente de honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.
Escualo Ensemble | Por meio de arranjos sofisticados, Rubén Zúñiga (vibrafone), Amanda Martins (violino), Cláudio Torezan (contrabaixo) e Daniel Grajew (piano) encontram no tango uma linguagem em comum, formando o Escualo Ensemble. Na Argentina, a palavra “escualo” vem do italiano “squalo”, que significa tubarão e é título de uma importante obra de Astor Piazzolla, que costumava pescar tubarões em Punta del Este. O grupo se uniu para viajar às origens do tango e tem como objetivo tocar aquilo que era comum nos bares, cafés e casas noturnas. Seus integrantes procuram um constante aprimoramento em busca de novas texturas que transmitam os ruídos noturnos das cidades grandes, a sensualidade da dança e a intensidade do tango. Em 2018 lançaram o seu primeiro disco, Novos Ares (independente).
Lise de la Salle | Nascida em Cherbourg, França, em 1988, Lise de la Salle começou no piano com quatro anos e fez seu primeiro concerto cinco anos depois em uma transmissão ao vivo na Radio France. Ela estudou no Conservatório de Paris e fez sua estreia nos palcos aos 13 anos, em Avignon; sua estreia nos palcos parisienses aconteceu no Louvre, antes de sair em turnê com a Orchestre National d’Île de France, tocando o Concerto em Ré Maior de Haydn. Em 2004 Lise venceu o Young Concert Artists International Auditions, em Nova York. Nesse mesmo ano, a organização promoveu suas estreias em Nova York e Washington. Na Ettlingen International Competition, na Alemanha, Lise ganhou o primeiro prêmio e o Bärenreiter Award.
PROGRAMAS
TEMPORADA OSESP: ESCUALO ENSENBLE
ESCUALO ENSEMBLE
Osvaldo PUGLIESE | Negracha
Diego SCHISSI | Astor de Pibe
Astor PIAZZOLLA
Milonga en Re
Fuga y Misterio
Zum
Soledad
Horacio SALGÁN | A Fuego Lento
Astor PIAZZOLLA | Escualo
Leopoldo FEDERICO | Cabulero
Astor PIAZZOLLA | Oblivion
TEMPORADA OSESP: LISE DE LA SALLE
LISE DE LA SALLE piano
Maurice RAVEL | Valsas Nobres e Sentimentais
Camille SAINT-SAËNS | Estudo em Forma de Valsa, Op. 52 nº 6
Béla BARTÓK | Danças Romenas
Alexander SCRIABIN | Valsa em Lá bemol maior, Op. 38
Sergei RACHMANINOV | Polka Italienne
Astor PIAZZOLLA | Libertango
Alberto GINASTERA | Três Danças Argentinas, Op. 2
Vincent YOUMANS / Irving CAESAR | Tea for Two [Versão de Art Tatum]
Fats WALLER | Viper’s Drag.
Serviço:
30 de setembro, quinta-feira, às 18h30 e às 20h
1º de outubro, sexta-feira, às 18h30 e às 20h – Concertos Digitais
2 de outubro, sábado, às 15h30 e às 17h
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo/SP
Taxa de ocupação limite: 638 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: R$50,00
Bilheteria (INTI): https://osesp.byinti.com/
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: VISA, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.
Importante: Desde o início de setembro, para frequentar a Sala São Paulo é preciso apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 — ao menos da 1ª dose, de acordo com o calendário de imunização da cidade de cada um. Essa medida está de acordo com o Decreto Nº 60.488, publicado em 27 de agosto de 2021 no Diário Oficial do município. A obrigatoriedade é válida para estabelecimentos e serviços do setor de eventos com público superior a 500 pessoas — a lotação máxima da Sala atualmente é de 638 lugares, obedecendo ao Protocolo de Segurança. A comprovação é necessária para todos que frequentam a Sala: público, artistas e funcionários.
Como apresentar o certificado de vacinação:
1 – Levando o comprovante original em papel;
2 – Mostrando o comprovante digital, disponível nas plataformas e-SaúdeSP, ConectSUS e Poupatempo.
Informações úteis:
– Quem se recusar a apresentar o documento não poderá ingressar na Sala São Paulo, uma vez que a instituição fica sujeita a penalidades e interdição.
– Crianças de até 12 anos que ainda não foram contempladas pelo calendário de vacinação podem acessar o espaço normalmente.
– Vacinados fora do país devem apresentar o comprovante original.
– Quem não pode tomar a vacina por alguma diretriz médica deve apresentar documento que ateste essa impossibilidade.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
(Fonte: Fabio Rigobelo/Fundação Osesp)