Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
Em um planeta com quase oito bilhões de pessoas, o paradoxo entre desmatar florestas e conservar o ambiente deve ser equacionado. Não é novidade que as mudanças climáticas — causadas por um modelo de desenvolvimento que depende exclusivamente do capital econômico — põem em risco a segurança alimentar, hídrica e energética.
O Brasil deve demonstrar ao mundo como equilibrar os capitais econômicos, sociais e ambientais validando o modelo de desenvolvimento sustentável adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização para o Comércio e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Temos capacidade para isso: o país já se destacou, no início do século 21, ao propor planos e ações para a sustentabilidade.
Entre 1996 e 2005, 19.500 km² de floresta foram desmatados por ano. A solução teve foco no desmatamento, que contribui, atualmente, com mais de 40% das emissões de gases de efeito estufa (GEE): foram criados o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (2004) e o Plano Nacional sobre Mudanças do Clima (2009).
Em 2015, ao assinar o Acordo de Paris, o Brasil se voluntariou a reduzir 43% (em relação a 2005) das emissões de GEE até 2030. Esse conjunto de ações se mostrou efetivo. Entre 2004 e 2012, o desmatamento foi reduzido em mais de 75%, quando atingimos 4.500 km² em áreas desmatadas por ano. Os esforços garantiram a doação voluntária de 1,3 bilhões de dólares, que compuseram o Fundo Amazônia.
Hoje, no entanto, os dados mostram um cenário preocupante. O desmatamento acelera na Amazônia, com taxas superiores a 10.000 km2/ano desde 2019, os maiores números registrados desde 2008. Cada área aberta causa a formação de bordas florestais permanentes, matando árvores. O chamado “efeito de borda” aumenta em até 37% as emissões de carbono por desmatamento. Além disso, essas bordas facilitam a entrada de fogo nas florestas, causando incêndios (e somando outros 30% às emissões). Esses efeitos ainda causam a perda da biodiversidade, comprometendo a bioeconomia nacional. Estima-se que causem também uma redução de até 40% da chuva da Amazônia, a mesma que irriga a agricultura no centro-oeste.
Esse contexto não tem impactos negativos apenas para o meio ambiente, mas afeta a economia. Enquanto o desmatamento impossibilita a captação de bilhões de dólares, ele também favorece o descontrole das queimadas – para se ter uma ideia, as queimadas que ocorreram no Acre entre 2008 e 2012 geraram perdas superiores a 300 milhões de dólares. O desmatamento e a redução de chuvas têm consequências drásticas ao agronegócio — atividade que sustenta mais de 40% das exportações brasileiras, o equivalente a 86 bilhões de dólares anuais (2010-2019) segundo o Ministério da Economia.
A resposta nacional, contudo, parece-me antagônica. Nosso atual discurso internacional preza a sustentabilidade e os investimentos na área ambiental, mas não converge com o que vemos na prática. Projetos de lei controversos, buscando a descriminalização da ocupação ilegal de terras públicas e a flexibilização do licenciamento ambiental, adicionados a uma drástica redução dos orçamentos, esgotam as maiores reservas de biodiversidade do planeta, aceleram as mudanças climáticas e comprometem o desenvolvimento nacional.
Um país com 750.000 km² de áreas degradadas, o dobro da área de soja plantada hoje, não tem justificativa para desmatar. A produção agrícola não depende de mais terras, mas de uma gestão sustentável e tecnologias que promovam o aumento de produtividade. Acordar para as prioridades do século 21 é condição inegociável para desenvolver o gigante pela própria natureza.
Sobre o autor | Luiz Aragão é pesquisador e chefe da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
(Fonte: Agência Bori)
O Setembro Azul, movimento de visibilidade da Comunidade Brasileira de Surdos, será celebrado na programação educativa do Instituto Inhotim com atividades gratuitas e acessíveis em libras.
No dia 22 de setembro, quarta-feira, o museu promove em seu perfil do Instagram (@inhotim) o Mediação Minuto, com interpretação em libras da mediadora Selena Leal. A obra exibida nesta edição será Narcissus Garden Inhotim (2009), da artista japonesa Yayoi Kusama, instalação criada em referência ao mito de Narciso, que se encanta pela própria imagem refletida na água. A obra reúne 750 esferas de aço inoxidável sobre um espelho d’água no terraço do Centro de Educação e Cultura Burle Marx e, nas palavras da artista, se comporta como “um tapete cinético”, dada a ação do vento, que cria diferentes agrupamentos das esferas em meio à vegetação aquática.
O Mediação Minuto é uma parceria entre as equipes do Educativo e da Comunicação do Inhotim em que os educadores e educadoras assumem as redes sociais do Instituto por um dia para dialogar com o público e mediar a obra em pauta.
Nos dias 24, 25 e 26 de setembro, sexta a domingo, o museu promove visitas mediadas com a comunidade surda de instituições da região: Associação dos Surdos de Minas Gerais, Sociedade dos Surdos de Belo Horizonte e Pastoral dos Surdos da Arquidiocese de Belo Horizonte.
O público surdo que quiser visitar o Instituto nos dias 23 e 26 de setembro terá entrada gratuita por meio do Inhotim para Todxs, projeto que contempla o Setembro Azul e é apoiado pela Localiza e Instituto Unimed através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Serviço:
Setembro Azul no Instituto Inhotim
22 de setembro – Mediação Minuto no Instagram do Instituto (@inhotim)
24, 25 e 26 de setembro – Visitas mediadas no museu
Visitação: de quinta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30 e, aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30
Ingressos: R$22 (meia) e R$44 (inteira) no Sympla
Entrada gratuita na última sexta-feira de cada mês, exceto feriados, mediante retirada prévia através do Sympla. Excepcionalmente nos dias 24, 25 e 26 de setembro, o público surdo terá entrada gratuita por meio do Inhotim para Todxs.
***Moradores de Brumadinho cadastrados no programa Nosso Inhotim e Amigos do Inhotim também possuem entrada franca.
Localização | O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR-381 – sentido BH/SP.
Pode-se chegar ao Inhotim também pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na altura da entrada para o Retiro do Chalé.
Opções de transporte regular:
Transfer – a Belvitur, agência oficial de turismo e eventos do Inhotim, oferece transporte aos sábados, domingos e feriados, partindo do Hotel Holiday Inn Savassi (Rua Professor Moraes, 600). O horário de saída é às 8h30 com retorno às 17h30. O transporte até o Parque custa R$66 (ida e volta) ou R$35 (só volta). O pagamento é feito com o motorista em dinheiro ou no cartão. O serviço também pode ser reservado de terça a sexta-feira, mas necessita de lotação mínima de quatro pessoas. Contatos: (31) 3290-9180 / inhotim@belvitur.com.br.
Ônibus Saritur – saída da Rodoviária de Belo Horizonte de terça a domingo, às 8h15 e retorno às 16h30 durante a semana e 17h30 aos fins de semana e feriados. R$41,50 (ida) e R$37,15 (volta).
(Fonte: Assessoria de Imprensa do Instituto Inhotim)
Intitulada Volta ao Mundo: Coreia do Sul, a nova edição do Festival Petra Belas Artes À La Carte (plataforma de streaming do cinema Belas Artes), chega com grandes sucessos do cinema sul coreano. A mostra vai contar com sete longas-metragens renomados mostrando diferentes décadas do país e seu desenvolvimento cultural ao longo dos anos. Os títulos escolhidos são produções realizadas de 1961, mostrando a época do pós-guerra das Coreias, até 2016, apontando uma realidade cultural mais moderna. Os longas de destaque que estarão disponíveis na plataforma serão Bala Sem Rumo (1961), de Yoo Hyun-mok; O Caminho para Sampo (1975), de Lee Man-hee; Amora (Classificação indicativa: + 18) (1985), de Lee Doo-young; Atrizes (2009), de Lee Jae-young; Paju (2009), de Park Chan-ok; A Empregada (2010), da Im Sang-soo e Canola (2016), de Yoon Hong-seung.
O intuito do Centro Cultural Coreano no Brasil com o festival é celebrar o cinema coreano e colocar opções de longas-metragens aclamados pela crítica e inéditos no Brasil. Um dos destaques da mostra fica por conta dos filmes estrelados por grandes atrizes da atualidade, como Youn Yuh-Jung (longas Atrizes, A Empregada e Canola), primeira atriz sul coreana a ganhar um Oscar.
Para participar do festival, os interessados deverão inserir o código do voucher exclusivo (culturacoreiacccbmes), que posteriormente deverá ser colocado no aplicativo À La Carte, para os usuários terem acesso exclusivo e gratuito aos filmes durante a mostra cultural.
Serviço:
Volta ao Mundo: Coreia do Sul
Onde assistir: https://www.belasartesalacarte.com.br/ (Baixe o aplicativo Bela Artes À La Carte na Google Play ou App Store)
Data: Até 30/9
Evento gratuito (cupom: culturacoreiacccbmes)
Disponível para Android, Android TV, Iphone, Apple TV e Roku.
Sobre o Centro Cultural Coreano no Brasil | Desde 2013 o Centro Cultural Coreano no Brasil tem como objetivo apoiar o intercâmbio cultural entre os países, trazendo para o público brasileiro informações concisas, cursos de língua coreana, aulas de Taekwondo e culinária, eventos musicais e exposições sobre diversos temas relacionados à Coreia do Sul. Em suas redes sociais, especialmente no Youtube, no canal do Centro Cultural Coreano, atualmente com quase 47 mil inscritos, é possível acessar conteúdos didáticos e divertidos sobre cultura e muito mais.
Sobre o À La Carte | O À La Carte é um streaming de filmes pensado para quem ama cinema de verdade. Em seu catálogo, que já conta com cerca de 500 títulos e inclui filmes de todos os cantos do mundo e de todas as épocas – contemporâneos, clássicos, cult, obras de grandes diretores, super premiados e principalmente aqueles que merecem ser revistos e que tocam o coração dos cinéfilos –, além de pelo menos quatro novos filmes que entram semanalmente no catálogo, há também a possibilidade do aluguel unitário, que são os super lançamentos – um espaço para filmes que estreiam antes dos cinemas, simultâneos ao cinema e filmes inéditos no Brasil, entre outras modalidades. Outro diferencial são as mostras de cinema – recentemente o À La Carte trouxe especiais dedicados à cinematografia francesa, italiana, coreana, espanhola, britânica e suíça. O À La Carte foi criado no final de 2019 e integra o Belas Artes Grupo, que inclui também a Pandora Filmes e o Cine Petra Belas Artes, um dos mais tradicionais e queridos cinemas de rua de São Paulo.
(Com Mayara Carlis)
Ainda em comemoração aos 99 anos do edifício da antiga Bolsa Oficial de Café, celebrado em 7 de setembro, o Museu do Café, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, realizou uma cerimônia especial de entrega da fachada após a conclusão das obras de conservação e manutenção que tiveram início há um ano. O evento aconteceu na manhã da última terça-feira (14) e contou ainda com a inauguração do novo auditório da instituição.
O secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, visitou o Palácio do Café para conhecer as instalações e exposições atualmente em cartaz no Museu. Em seu percurso, passou também pelo auditório, uma novidade que agregará ainda mais valor ao patrimônio, ampliando o leque das programações culturais e possibilitando o crescimento da captação de recursos por meio de locações. “Estamos devolvendo a glória original para este museu que é tão importante para a história do Brasil”, afirmou o secretário durante o evento.
Para marcar o momento, o coral do Grupo Tirolli apresentou um musical na varanda do prédio, um dos muitos locais contemplados nas intervenções.
As obras | Os serviços de recuperação foram aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), órgãos pelos quais o edifício é protegido. O investimento total foi de R$2.868.690,23, com recursos provenientes do Ministério Público do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
As intervenções ocorreram por meio da empresa Estúdio Sarasá Conservação e Restauração, selecionada por meio de chamamento público, e contemplaram todas as fachadas do edifício (Ruas XV de Novembro, Frei Gaspar e Tuiuti), além da Torre do Relógio.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa)
O SESC São Paulo promove, de 1º a 10 de outubro de 2021, a Mostra de Cinemas Africanos, que exibe 30 títulos de ficção e documentário de 16 países, a maioria inéditos no Brasil. O ciclo online e gratuito apresenta 12 sessões (dez longas e dois programas de curtas), legendados em português, além de curso e catálogo digital. Entre os destaques da programação estão exemplos recentes do cinema de gênero da África do Sul, Nigéria e Uganda e curtas dirigidos por mulheres, com uma mostra competitiva simultânea com o Benin e uma seleção de produções árabes do norte da África. As exibições acontecem na plataforma SESC Digital e contam com o apoio da Embaixada da França no Brasil e do Institut Français. Mais informações em mostradecinemasafricanos.com.
Dos dez longas da mostra, oito são inéditos no Brasil. O principal foco curatorial deste ano é o cinema de gênero. O filme de abertura é Juju Stories (2021), do coletivo nigeriano Surreal 16, com três histórias de bruxaria dirigidas por C.J. Obasi, Abba Makama e Michael Omonua. “Em geral, se vincula a ideia de cinema africano a filmes de arte ou político e sempre queremos quebrar esses estereótipos”, explica Ana Camila Esteves, que divide a curadoria com Beatriz Leal Riesco. Da África do Sul vêm o road movie feminista Flatland (2019), de Jenna Bass, e o policial ambientado no mundo do boxe Knuckle City (2019), de Jahmil X.T. Qubeka. “Os gêneros cinematográficos africanos são comuns e bem particulares. Não seguem a lógica de Hollywood, por exemplo”, conclui Ana Camila. Um curso gratuito ministrado por Jusciele Oliveira, que lança luz sobre este tema, integra o evento.
Outros títulos de ficção da MCA são o drama autoral nigeriano Para Maria (2020), sobre depressão pós-parto, de Damilola Orimogunje; o drama ambientado no universo da diáspora francesa Edifício Gagarine (2020), de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh; o suspense ugandês A Garota do Moletom Amarelo (2020), de Loukman Ali; e o sobrenatural Você morrerá aos 20 (2019), de Amjad Abu Alala, do Sudão.
Os três longas documentais da seleção são produções ligadas à Argélia: Meu Primo Inglês (2019), de Karim Sayad, Rua do Saara, 143 (2019), de Hassen Ferhani, e O Último Refúgio (2021), de Ousmane Samassekou. Todos os filmes da mostra ficam disponíveis apenas em território brasileiro e serão exibidos durante toda a semana do festival, com exceção de Edifício Gagarine, online por 24 horas, e Você morrerá aos 20, com limite de 500 visualizações. O catálogo digital da mostra virá com material inédito que inclui traduções de artigos de pesquisa sobre cinemas africanos, sinopses exclusivas e resenhas dos longas assinadas pelo crítico nigeriano Dika Ofoma.
Com curadorias compartilhadas com dois festivais, os programas de curtas expandem a abrangência dos núcleos de produção africana cobertos pela Mostra. O primeiro é fruto de parceria com a Mostra de Cinema Árabe Feminino (Brasil), que exibe sete filmes com temáticas, gêneros e formatos diversos. A curadoria é de Analu Bambirra e Ana Camila Esteves e abrange Sudão, Tunísia, Marrocos, Egito e Argélia. Já o segundo programa traz 13 títulos do Festival International des Films de Femmes de Cotonou 2021 (Benin), dirigido por Cornélia Glele. Produções de dez países africanos participam desta primeira mostra competitiva da MCA simultaneamente no Brasil e no Benin, com um júri brasileiro formado por Morgana Gama (BA), Bethânia Maia (DF) e Mariana Angelito (RJ).
A programação da Mostra de Cinemas Africanos conta ainda com apoio da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil (www.cinefrance.com.br) e do Institut Français, agência do Ministério das Relações Exteriores e Europeias para a difusão cultural exterior da França, que traz os longas Você morrerá aos 20, Rua do Saara, 143 e Edifício Gagarine, e a sessão de curtas Mostra de Cinema Árabe Feminino.
Mostra de Cinemas Africanos | Ano IV
De 1º a 10 de outubro de 2021 | 10 longas e 20 curtas-metragens
Online | Gratuito | SESC Digital | Site oficial
Esta edição contempla 16 países do continente: África do Sul, Argélia, Benin, Camarões, Egito, Madagascar, Mali, Marrocos, Mauritânia, Nigéria, República Centro-Africana, Ruanda, Senegal, Sudão, Tunísia e Uganda.
Longas
Edifício Gagarine (Gagarine) – Dir. Fanny Liatard, Jérémy Trouilh. França, 2020 | 98 min
Sinopse: Youri, 16 anos, cresceu em Gagarine, enorme conjunto habitacional de tijolos vermelhos em Ivry-sur-Seine, onde sonha se tornar um cosmonauta. Ao tomar conhecimento de que o lugar onde mora está ameaçado de demolição, Youri decide se somar a um movimento de resistência.
Flatland (Dir. Jenna Bass. África do Sul, 2019 | 117 min)
Sinopse: Flatland é um faroeste contemporâneo, uma jornada de autodescoberta para três mulheres diferentes, mas igualmente presas. O filme pinta um retrato vívido e único da feminilidade contra uma terra de fronteira hostil e questiona o que significa ser uma mulher hoje na África do Sul e no mundo em geral.
A Garota do Moletom Amarelo (The Girl in the Yellow Jumper) – Dir. Loukman Ali. Uganda, 2020 | 125 min
Sinopse: À medida que se espalha a notícia de que há um serial killer à solta que continua a cometer assassinatos, um policial fora de serviço deve levar de volta à cidade uma testemunha idosa que mora em uma parte remota de Uganda.
Juju Stories (Dir. Surreal 16. Nigéria, 2021 | 84 min)
Sinopse: Um filme antológico de três partes que explora as histórias de juju (mágica) modernas enraizadas no folclore nigeriano e na lenda urbana, escrito e dirigido pelo novo coletivo de cinema nigeriano conhecido como Surreal 16.
Knuckle City (Dir. Jahmil X.T. Qubeka. África do Sul, 2019 | 124 min)
Sinopse: Um boxeador profissional mulherengo e decadente tenta recuperar a academia de seu falecido pai com a ajuda de seu irmão, um gângster imprudente. Para isso, eles devem enfrentar o submundo que cerca o boxe.
Meu Primo Inglês (My English Cousin) – Dir. Karim Sayad. Argélia, 2019 | 82 min
Sinopse: Depois de viver na Inglaterra por quase duas décadas, o imigrante argelino (e primo do cineasta Karim Sayad) Fahed planeja retornar ao seu país natal e escapar de sua rotina agitada e monótona com dois empregos e ninguém para esperar por ele em casa. Ao mesmo tempo, deseja cuidar de sua mãe e acompanhá-la na velhice.
Para Maria (For Maria/Ebun Pataki) – Dir. Damilola Orimogunje. Nigéria, 2020 | 75 min
Sinopse: Depois de um parto complicado que resultou na perda de seu útero, Derin tem dificuldade de se conectar com sua filha recém-nascida Maria. Isso faz com que Derin se desconecte cada vez mais do mundo ao seu redor, incluindo seu relacionamento com o marido Afolabi.
Rua do Saara, 143 (143 Rue du Désert) – Dir. Hassen Ferhani. Argélia, 2019 | 100 min
Sinopse: No meio do deserto do Saara, um reino particular é governado por uma rainha misteriosa e solitária. Embora desconfiada e cautelosa, Malika sempre recebe de braços abertos os viajantes que decidem parar em seu castelo transformado em cafeteria em busca de algo para beber, comer ou mesmo um conselho.
O Último Refúgio (Le Dernier Refuge) – Dir. Ousmane Samassekou. Mali, 2021 | 85 min
Sinopse: No extremo sul do deserto do Saara fica a Casa dos Migrantes: um refúgio seguro para aqueles que estão a caminho da Europa ou para os que voltam para casa. Aqui, eles se reconciliam com suas histórias de migração individuais.
Você morrerá aos 20 (Tu Morras à 20 ans) – Dir. Amjad Abu Alala. Sudão, 2019 | 105 min
Sinopse: Depois que um xeque previu para sua mãe, logo após seu nascimento, que ele morreria aos 20 e poucos anos, Muzamil, de 19 anos, deve lidar com todos os eventos e mudanças usuais da transição de jovem para adulto.
Curtas
Programa 1: Sessão Cinema Árabe Africano Feminino
Em parceria com a Mostra de Cinema Árabe Feminino, a sessão apresenta sete curtas-metragens de jovens diretoras do Sudão, Tunísia, Marrocos, Egito e Argélia.
Programa 2: Festival International des Films de Femmes (FIFF) de Cotonou | Competitiva
Em parceria com o FIFF, a sessão apresenta 13 curtas-metragens de realizadoras africanas de países como Madagascar, Ruanda, República Centro-Africana, Senegal, Tunísia, Mauritânia, Camarões, Benin e Mali.
* Disponível apenas para o Brasil;
* Todos os filmes da mostra serão exibidos durante toda a semana do festival, com exceção de Gagarine’, que ficará disponível por 24 horas, e Você morrerá aos 20, com limite de 500 visualizações.
Sobre a Mostra de Cinemas Africanos | A Mostra de Cinemas Africanos foi idealizada em 2018 por Ana Camila Esteves (Brasil) e Beatriz Leal Riesco (Espanha) e já exibiu mais de uma centena de curtas e longas-metragens de diversas vertentes do cinema africano. O recorte curatorial atende à demanda do público brasileiro por filmes recentes produzidos na África e sua diáspora e promoção desta cinematografia ainda muito invisibilizada. A Mostra já circulou pelo Brasil, em cidades como São Paulo (SP), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Aracaju (SE) e Poços de Caldas (MG), além de contar com três edições online com filmes dirigidos por cineastas de todas as regiões do continente africano. As curadoras acompanham as trajetórias dos filmes africanos nos mais importantes festivais de cinema do mundo. Esta é a segunda edição da Mostra de Cinemas Africanos em parceria com o SESC São Paulo.
(Com Isidoro Guggiana)