Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A Big Band da Orquestra Jovem Tom Jobim, grupo ligado à Emesp Tom Jobim apresenta um concerto especial em homenagem a Rita Lee no dia 20 de outubro, às 11h, na Sala São Paulo. O show de celebração a uma das artistas mais influentes do Brasil terá regência de Nelson Ayres e Tiago Costa e será gratuito. No repertório, obras como Mutante, Nem luxo nem lixo, Agora só falta você, Ovelha Negra e Lança Perfume, entre outras composições.
A Big Band é um desdobramento da Orquestra Jovem Tom Jobim. O grupo foi criado em 2019 com o objetivo de explorar obras de grandes nomes da cena jazzística e da música brasileira e expandir as experiências artísticas dos bolsistas. Assim como na Orquestra, os maestros Nelson Ayres e Tiago Costa se revezam na regência da Big Band.
A temporada da Orquestra Jovem Tom Jobim conta com patrocínio do Bank of America, Crédit Agricole e Cultura Inglesa por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com apoio cultural da Cipatex, e é uma realização da Santa Marcelina Cultura, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, Governo do Estado de São Paulo, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Serviço:
Big Band da Orquestra Jovem Tom Jobim visita Rita Lee
Big Band da Orquestra Jovem Tom Jobim
Nelson Ayres e Tiago Costa, regência
RITA LEE/ROBERTO DE CARVALHO
Mutante [arr. Tiago Costa]
RITA LEE
Nem luxo nem lixo [arr. Bruno Santos]
RITA LEE/ROBERTO DE CARVALHO
Baila Comigo [arr. Nelson Ayres]
RITA LEE/LUIS CARLINI
Agora só falta você [arr. Tiago Costa]
RITA LEE
Ovelha negra [arr. Nelson Ayres]
RITA LEE/ROBERTO DE CARVALHO
Caso sério [arr. Rafael Rocha]
RITA LEE/ROBERTO DE CARVALHO
Lança Perfume [arr. Paulo Malheiros]
ED MOTTA/RITA LEE
Colombina [arr. Diego Garbin]
Data: 20 de outubro, domingo | Horário: 11h
Local: Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo/SP)
Entrada franca: Retirada de ingressos aqui
Nelson Ayres, regência
Iniciou seus estudos musicais com Paul Urbach entre os anos de 1959 e 1962. Foi aluno ainda de Luís Schiavo (1963-1965) e Conrad Bernhard (1966-1967). Sendo professor e diretor do Centro de Desenvolvimento Artístico, de São Paulo, de 1966 a 1969. No mesmo ano, fez o curso de regência com Diogo Pacheco e viajou para os EUA para estudar na Berklee School of Music (Boston), sendo o primeiro brasileiro a receber bolsa para a renomada escola de música. Ainda nos Estados Unidos, estudou piano com Margareth Chaloff e composição com John Adams. Em 1985, foi co-realizador do ‘Projeto Prisma’ (disco e show) com César Camargo Mariano, realizando turnês de dois anos pelo Brasil. Em 1985, a convite de César Camargo Mariano, participou do projeto Prisma. Sete anos depois, o pianista assumiu a regência e a direção artística da Orquestra Jazz Sinfônica, função que ocupou por nove anos.
Tiago Costa, regência
Pianista, compositor e arranjador vêm transitando entre a música instrumental, a canção e a música orquestral. Ganhou destaque como arranjador e teve suas peças gravadas dentro e fora do Brasil com obras registradas pela Osesp e Orquestra Jazz Sinfônica. Trabalhou ao lado de inúmeros artistas de primeira grandeza da música brasileira como Maria Rita, Zizi Possi, Chico Pinheiro, Gilberto Gil, Ivan Lins e Monica Salmaso, tendo já se apresentado nos cinco continentes.
ORQUESTRA JOVEM TOM JOBIM
Dedicada especialmente à música popular brasileira orquestral, a Orquestra Jovem Tom Jobim tem uma sonoridade particular. Ao mesmo tempo em que se insere na tradição das orquestras de rádio e TV, também tem características muito peculiares e recentes. Além do jogo de cintura e polivalência dos grupos de antigamente, a Tom Jobim tem uma face contemporânea, fruto de um repertório formado majoritariamente por arranjos concebidos especialmente para o grupo. No palco, alia-se a potência e expressividade de uma orquestra sinfônica (com naipes de cordas, madeiras e metais), à força e energia da seção rítmica (piano, contrabaixo elétrico, guitarra, bateria e percussão). Dessa união, carregada de vitalidade, resulta um som distinto, uma pronúncia tipicamente brasileira da música de concerto. Criado em 2001, durante o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o grupo de difusão e formação musical da Emesp Tom Jobim, instituição da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerida pela organização social Santa Marcelina Cultura, possibilita vivência orquestral erudita e popular aos bolsistas por meio do resgate de obras tradicionais de grandes compositores nacionais com especial dedicação à obra de Tom Jobim, além de pesquisa e experimentação musical. Toda sua programação, da escolha de repertório à dinâmica de ensaios, é realizada pensando na formação dos bolsistas. Os jovens músicos ensaiam e se apresentam com os solistas convidados e usufruem de um rico intercâmbio de conhecimentos e vivências. A experiência completa – ensaios de alta intensidade, aulas com convidados que são referência em sua área e exploração de um repertório versátil e inovador – proporcionam aos jovens músicos não apenas um aprimoramento técnico e estilístico, mas um conhecimento profundo do fazer musical.
ESCOLA DE MÚSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – EMESP TOM JOBIM
Referência no ensino brasileiro de música, a Emesp Tom Jobim é uma escola do Governo do Estado de São Paulo gerida pela Santa Marcelina Cultura, Organização Social parceira da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Atende gratuitamente cerca de 2.000 alunas e alunos em seus cursos e habilitações em música popular e erudita, da teoria à prática musical. Em 2024, a Emesp Tom Jobim comemora 35 anos de atuação. A Escola tem como objetivo a formação dos futuros profissionais da música erudita e popular. Com um corpo docente altamente qualificado, a Emesp Tom Jobim vem construindo um projeto pedagógico inovador com foco no ensino de instrumento, no convívio dos alunos com grandes mestres e nas práticas coletivas (música de câmara e prática de conjunto), além de disciplinas teóricas de apoio. Em constante diálogo com as principais instituições de formação musical do Brasil e do mundo, a Emesp Tom Jobim oferece a cada ano centenas de shows, concertos, workshops e master classes. A Emesp Tom Jobim mantém um eixo de difusão artística complementar às atividades de formação com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de seus alunos e criar uma ponte entre o aprendizado e a profissionalização, além de fomentar a formação de público e a difusão da música em todas as modalidades. A Escola mantém os grupos artísticos: Banda Sinfônica Jovem do Estado, Coral Jovem do Estado, Orquestra Jovem do Estado e Orquestra Jovem Tom Jobim que oferecem bolsas para as alunas e os alunos da Escola.
(Fonte: Com Julian Schumacher/Santa Marcelina Cultura)
A MTV divulgou a lista dos indicados para a edição deste ano do MTV European Music Awards (EMA), uma das maiores premiações da música. A cantora Pabllo Vittar concorre na categoria Melhor Artista Brasileiro. Os ganhadores serão definidos por meio de votação popular no site oficial da premiação. A cerimônia do prêmio será em 10 de novembro, em Manchester, na Inglaterra, com transmissão ao vivo pela MTV Brasil.
A artista está em turnê com o Batidão Tropical Vol. 2, álbum lançado em abril deste ano e que é uma continuação do projeto iniciado em 2021. A segunda edição do álbum conta com 14 faixas e participações especiais como Gaby Amarantos, Nattan, Taty Girl e Mara Pavanelly, entre outros nomes. São Amores, Pede Pra Eu Ficar, Rubi, Me Usa, Nas Ondas do Rádio e Ai Ai Ai Mega Príncipe são algumas canções do volume 2.
Neste ano, a artista emplacou dois hits que romperam as barreiras do Brasil: São Amores e Alibi, este último, um feat com a iraniana Sevdaliza e a francesa Yseult. No momento, a cantora se prepara para mais uma edição do Halloween da Pabllo. O evento será realizado em 1º de novembro na Vibra São Paulo e celebra o aniversário de Pabllo.
(Fonte: Com Igor Basilio/Lupa Comunicação)
Nos dias 13 e 20 de outubro, a Trupe DuNavô apresenta Refugo Urbano no Sesc Pinheiros, um espetáculo infantil que, a partir da palhaçaria, reforça de forma criativa a importância do senso de humanidade e propõe a desconstrução de estereótipos que promovam a ideia de que a vida se limita apenas a finais felizes. O espetáculo Refugo Urbano recebeu duas indicações para o Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (antigo Prêmio FEMSA), nas categorias Melhor Atriz (Gabi Zanola) e Prêmio Sustentabilidade. Em uma votação especial, organizada para escolher os melhores do ano, o espetáculo foi eleito pelos leitores do Guia Folha como Melhor Espetáculo Infantil do Ano de 2015.
Com um cenário construído a partir de objetos descartados, Refugo Urbano retrata o universo de uma mulher catadora em situação de rua e um coletor, que se esbarram em um beco esquecido da cidade. Em meio a encontros e desencontros, a palhaça Pamplona e o palhaço Claudius terão que lidar com suas diferentes personalidades, trajetórias de vida e sonhos, para quem sabe viver uma possível história de amor.
O espetáculo foi criado a partir de uma vivência da Trupe DuNavô que, ao longo de dois anos, realizou intervenções urbanas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo colhendo histórias, sentimentos, aflições e sonhos de tantas pessoas ditas invisíveis na cidade com as quais cada um de nós esbarra diariamente. O espetáculo, que se desenvolve sem palavras, instiga no adulto a ampliação de um olhar mais sensível em relação às pessoas em situação de rua.
A montagem também propõe uma reflexão sobre como os mais diversos sentimentos podem ser levados para o universo infantil, não subestimando a capacidade de uma escuta sensível por parte da criança. “Abordar temas conflituosos do cotidiano de forma poética e bem-humorada permite que a criança crie uma conexão saudável com uma ampla gama de sentimentos, contribuindo para sua compreensão e habilidade de lidar com desafios futuros”, comenta o grupo.
Sinopse | Claudius é organizado, comedido e cuidadoso. Pamplona é vibrante, emocional e guarda consigo um universo único debaixo de seus sacos plásticos e papelões. Em um encontro improvável entre dois mundos, o caos e a ordem se entrelaçam para dar vida a uma fábula urbana. Dois seres que, ao se esbarrar em um beco esquecido da cidade, embarcam juntos em uma jornada que revela a magia escondida na crueza das ruas. O encontro de uma mulher catadora em situação de rua e um coletor que deságua em uma história rica em sentimentos, humanidade, sonhos, amor e, é claro, palhaçaria.
Sobre a Trupe DuNavô
Formada por Gabi Zanola, Gis Pereira, Renato Ribeiro e Vinicius Ramos, em 2024 a Trupe DuNavô comemora quatorze anos de pesquisa com a arte da palhaçaria, utilizando o espaço urbano e a interação que se estabelece entre palhaços, palhaças e as pessoas nesse contexto, como matéria prima de seus processos de criação. Em agosto de 2023, o grupo inaugurou sua sede, o espaço cultural Casa DuNavô, localizado na Rua Guaicurus, 368, na Água Branca, São Paulo – SP e, ao longo dos últimos anos, também atuou no universo digital disponibilizando muitas de suas criações e reflexões sobre a arte da palhaçaria em seu canal do Youtube.
Ficha Técnica
Direção: Suzana Aragão
Assistente de direção: Gis Pereira
Dramaturgia: Nereu Afonso
Direção musical: André Grynwask
Preparação corporal: Ronaldo Aguiar
Preparação de bonecos: Rani Guerra
Cenário e adereços: Bira Nogueira
Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini
Operação bonecos de sombra: Cia. Mevitevendo
Operação de luz: Rafael Araujo
Operação de som: Vinicius Ramos.
Serviço:
Refugo Urbano, com Trupe Dunavô
Dia 20 de outubro, domingo, às 15h e às 17h
Duração: 60 minutos
Local: Auditório
Classificação: Livre
Ingressos: R$40 (inteira); R$20 (meia) e R$12 (credencial plena)
Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195
Estacionamento com manobrista: terça a sexta, das 7h às 21h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h.
(Fonte: Com Gleiceane Nascimento/Assessoria de imprensa Sesc Pinheiros)
Depois do enorme sucesso e casa lotada, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro será palco, mais uma vez, de um show inesquecível: Série Joias da MPB/Ivan Lins & Orquestra MPB Jazz. Com apresentação única no dia 29 de outubro, terça-feira, às 19h, Ivan vai mostrar os maiores sucessos de sua carreira que marcaram gerações, como Madalena, Vitoriosa, Lembra de mim, Vieste, Começar de Novo, Dinorah Dinorah e Novo Tempo, entre outros. O cantor, pianista e compositor estará acompanhado da Orquestra MPB Jazz, sob a regência do maestro Renato Coelho. Os ingressos já estão disponíveis pelo site www.theatromunicipal.rj.gov.br ou na bilheteria do Theatro.
Ivan acaba de fazer uma turnê pela Europa e nesse momento, está em São Paulo preparando um álbum de músicas inéditas. A gravação do novo trabalho está sendo captada e vai se transformar em um documentário sobre a trajetória do artista previsto para ser lançado em 2025, ano em que ele completará 80 anos de vida e 60 de carreira.
“Esse encontro com o Ivan Lins foi inusitado. Nós tínhamos uma programação para realizar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e íamos fazer um tributo a Frank Sinatra com um cantor de Los Angeles. Porém, teve um imprevisto de data, não deu pra conciliar. Então, mexendo no Spotify, o primeiro artista que apareceu pra mim foi o Ivan Lins. Pensei: Caramba, será que conseguimos fazer um show com o Ivan? Descobri o contato dele, tinha data disponível e começaram as negociações. Não havia arranjo nenhum para essa orquestra e resolvemos fazer tudo inédito em relação aos arranjos (do Jessé Sadok e do Rafael Rocha). E agora, o projeto da orquestra deu certo, chama-se MPB Jazz, que trabalha com os principais artistas da MPB, usando elementos do Jazz”, conta o maestro e produtor do show, Renato Coelho.
Sobre Ivan Lins
Nascido em 1945, no Rio de Janeiro, Ivan Lins tornou-se conhecido do grande público no início dos anos 1970, despontando então como um dos principais talentos de uma nova geração da música popular brasileira. Experimentou enorme e explosivo sucesso após ter sido segundo colocado no 5° Festival Internacional da Canção (1970), da Rede Globo, com a canção O Amor é o Meu País (Ivan Lins/Ronaldo Monteiro de Souza). No mesmo ano, Elis Regina lançava Madalena (Ivan Lins/Ronaldo Monteiro de Souza), canção que marcaria toda sua carreira. Embora sua produção inicial tivesse uma relação íntima com estilos da música pop rock norte-americana, ao longo dos anos 70 Lins se apropriou, cada vez com maior intensidade, de estilos nacionais e regionais, como samba, bossa nova, baião, xote e moda de viola. Nessa fase, sua parceria com o letrista Vítor Martins foi determinante para o aprimoramento de seu estilo, quando os dois criaram verdadeiros clássicos da música brasileira. Foi quando Ivan Lins se firmou como uma das vozes mais ativas da canção popular, apresentando um rico repertório que falava de amor, relações humanas, sociedade e política. Durante o regime militar no Brasil, sua música trouxe alento, crítica e esperança de liberdade e justiça social. Na década de 1980, começou a ter seu talento reconhecido em âmbito internacional. Tornou-se um dos compositores brasileiros mais gravados no exterior. Suas canções foram interpretadas por artistas de grande renome internacional, como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, George Benson, Michel Legrand, Sting, Diana Krall e seu grande amigo Quincy Jones. Ainda nos anos 80, fundou com Vítor Martins a gravadora Velas visando lançar artistas de grande qualidade e com dificuldade de acesso às grandes empresas fonográficas. Vencedor de inúmeros prêmios internacionais, em 2005 recebeu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum do Ano, sendo o primeiro e único cantor/compositor de língua portuguesa a conseguir tal feito até os dias atuais.
Sobre o regente Renato Coelho
Natural do Rio de Janeiro, Renato Coelho iniciou seus estudos musicais aos 9 anos de idade e aos 10 teve o primeiro contato com a clarineta. Foi aluno do clarinetista Moisés Santos e recebeu orientações de muitos clarinetistas brasileiros, bem como de renomados professores internacionais. Colabora como músico convidado nas principais orquestras do Rio de Janeiro, como a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal e a Orquestra Sinfônica Nacional. Participou também como músico multi-instrumentista dos principais musicais realizados no Rio. Tem atuado em gravações sinfônicas e camerísticas ao lado de renomados artistas da MPB. É Bacharel em Clarineta pela UFRJ, sob orientação dos Professores Cristiano Alves e José Batista Junior. Em 2023, funda a MPB Jazz Produções Artísticas para desenvolver projetos que promovem a cultura e a música brasileira.
Sobre o Projeto Joias da MPB
O projeto Joias da MPB foi criado pelo regente e saxofonista Renato Coelho e tem como foco produzir espetáculos com grandes nomes da música popular brasileira. No intuito de trazer ao palco artistas de ponta, além de abrir espaço para a formação musical inusitada, o projeto tem como objetivo principal promover e celebrar a música brasileira com seus mais variados gêneros. Mesclando o Jazz e a MPB, a proposta visa elaborar novos sons, estilos e formações orquestrais tendo como base o Jazz. A orquestração é formada por uma Big Band e instrumentos sinfônicos.
Série MPB Jazz in Concert
Na primeira edição da Série MPB JAZZ in Concert, realizada em 2023, foram apresentados dois concertos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, palco de maior prestígio da cidade: Ivan Lins e João Bosco acompanhados da Orquestra MPB Jazz sob a regência, direção musical e curadoria de Renato Coelho com arranjos originais para orquestra e voz. A união desta formação orquestral com cantores consagrados da MPB oferece ao público uma releitura das músicas e a riqueza das big bands, garantindo assim concertos de alta qualidade para entreter o público. Os dois primeiros concertos lotaram a casa de 2.200 lugares. A MPB Jazz Produções Artísticas Ltda. segue trabalhando para dar seguimento a série e oferecer novos concertos em 2024-25.
Serviço:
Série Joias da MPB/Ivan Lins & Orquestra MPB Jazz
Data: 29 de outubro 2024 – (terça-feira)
Horário: 19h – Não será permitida a entrada após o início do espetáculo
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Endereço: Praça Floriano s/nº – Centro
Classificação: Livre
Abertura do local às 18h
Os ingressos estão à venda pelo site theatromunicipal.rj.gov.br ou na bilheteria do Theatro
Ingressos
Frisa ou Camarote: R$350,00 (individual)
Plateia: R$350,00
Balcão Nobre: R$300,00
Balcão Superior: R$250,00
Balcão Superior Lateral: R$220,00
Galeria: R$200,00
Galeria Lateral: R$180,00
Duração: 2h
Classificação: Livre
Abertura do local às 18h.
(Fonte: Com Claudia Tisato)
A Fundação Osesp e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresentam na Sala São Paulo a Temporada Osesp 2025 a partir de 27 de fevereiro (concertos da pré-Temporada) e de 13 de março (início da Temporada oficial de concertos).
Desde 2020, o suíço Thierry Fischer é o diretor musical e regente titular da Osesp, cuja sede, inaugurada em 1999, é a Sala São Paulo, um dos espaços culturais mais amados de São Paulo – merecidamente considerada uma das melhores casas de música das Américas.
A Temporada Osesp 2025 terá 27 programas sinfônicos das séries de assinatura na Sala São Paulo, cada um com três concertos por semana. Contando as apresentações na pré-Temporada e os projetos especiais, a Osesp subirá ao palco 108 vezes. A esses números são acrescidos cinco programas do Coro da Osesp a capella ou com acompanhamento, sete recitais solo e seis concertos de câmara com integrantes da Orquestra e do Coro, somando nada menos do que 124 apresentações ao longo de 2025.
Antes da abertura oficial da Temporada, no final de fevereiro, os primeiros concertos do ano irão promover o encontro inédito da Osesp com a Companhia de Dança Deborah Colker, uma das mais premiadas e prestigiadas do país, se apresentando pela primeira vez com uma orquestra. O grupo leva ao público Sagração, um espetáculo cuja música – temas do balé A sagração da primavera, de Igor Stravinsky – dialoga com um Brasil ancestral de florestas, danças e músicas de nossos povos originários, mesclando ritmos brasileiros à Rússia pagã. A regência será do maestro Claudio Cruz, que por duas décadas foi spalla da Osesp e hoje dirige a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo – Ojesp.
Thierry Fischer comanda 11 programas, o que significa 34 concertos da Osesp, incluindo as séries Concertos Matinais e Osesp duas e trinta. A maratona musical tem início no dia 13 de março com a peça sacra Crucifixus, de Antonio Lotti, seguida por As quatro últimas canções, de Richard Strauss (com a soprano sul-africana Masabane Cecilia Rangwanasha), e terminando com a apaixonante Quinta Sinfonia de Gustav Mahler, com Osesp e Coro.
Serão mais de 50 artistas convidados se apresentando, entre brasileiros (tais como os pianistas Sonia Rubinsky e Cristian Budu, e a violinista Elisa Fukuda celebrando 50 anos de carreira) e estrangeiros (os regentes Vasily Petrenko, Masaaki Suzuki, Ruth Reinhardt e Pierre Bleuse, entre outros). Grandes solistas, como Augustin Hadelich (violino), Colin Currie (percussão), Martin Fröst (clarinete) e os pianistas Simon Trpceski, Estefan Iatcekiw, Javier Perianes, Bertrand Chamayou e Marc-André Hamelin, fazem parte da programação. Dando continuidade ao ciclo bienal de óperas semi-encenadas que começou em 2023 com A danação de Fausto, de Berlioz, haverá a impactante Wozzeck, do compositor austríaco Alban Berg. Os músicos se apresentarão também em oito sextas-feiras da Temporada 2025, sempre às 14h30, com ingressos a preço único de R$42.
Num dos principais eixos temáticos do ano, o Ciclo Tchaikovsky, poderemos ver e ouvir todas as seis Sinfonias deste romântico, além de balés inesquecíveis e um Concerto para piano, formando um amplo panorama da música orquestral de um dos compositores mais amados pelo público. Já o ciclo Richard Strauss em foco apresenta uma seleção de poemas sinfônicos e obras tardias deste alemão que é considerado um dos maiores compositores do final do século XIX e primeira metade do século XX.
A música francesa em sua riqueza de contrastes, na qual se pode trabalhar com profundidade a técnica de conjunto e o refinamento sonoro de um grupo orquestral, é outro eixo artístico da Temporada. Em Um certo olhar: França, será abordada a produção de nomes fundamentais da música francesa – Hector Berlioz, Lili Boulanger, Claude Debussy, Gabriel Fauré e Maurice Ravel –, além de desvendada a obra da romântica Louise Farrenc. Em 2025, com Sonia Rubinsky, será iniciada também a gravação dos Concertos para piano de Heitor Villa-Lobos. Artista reconhecida e premiada por suas gravações de peças do maior compositor brasileiro, Rubinsky abre o projeto com o Concerto para piano nº 5. “Contrastes nos permitem afirmar quem realmente somos, ainda que, às vezes, isso seja difícil de aceitar. Eles nos moldam e nos confrontam ao mesmo tempo em que nos ajudam a navegar em um mundo por vezes complexo e incerto”, revela o diretor musical e regente titular da Osesp, Thierry Fischer.
O jovem pianista Tom Borrow conclui seu período como Artista em Residência da Temporada: se em 2024 ele fez três programas junto à Osesp tocando Beethoven e um recital, agora ele retorna para interpretar os dois últimos dois concertos do gênio de Bonn e apresentar-se novamente com músicos convidados da Orquestra. Jovem talento que tem tudo para se tornar uma referência em seu instrumento nas próximas décadas, em maio de 2023 Borrow conquistou o Terence Judd-Hallé Award, da Rádio BBC 3.
O Coro da Osesp será prestigiado em um emocionante programa de Páscoa com a Paixão segundo São João, de Johann Sebastian Bach, sob regência da norte-americana Kathy Romey. O conjunto também fará programas com os maestros Joseph Bastian (com obras de Wagner, Mozart e da compositora Emilie Mayer, cuja obra tem sido recuperada nos últimos anos) e Barlow Bradford (peças voltadas à espiritualidade), e outro com o Coral Paulistano e sua atual regente, Maíra Ferreira (em tributo à maestra fundadora do Coro da Osesp, Naomi Munakata, falecida em 2020). O Coro sobe ao palco da Sala em outros oito programas ao lado da Osesp durante o ano.
A intimidade da música de câmara estará presente em sete recitais, com uma variedade de pianistas (Marc-André Hamelin, Sonia Rubinsky, Simon Trpceski, Javier Perianes, Bertrand Chamayou e Tom Borrow) e o violinista Augustin Hadelich para encerrar a Temporada, em dezembro.
E, assim como em 2024, os próprios músicos da Orquestra e Coro criaram seis programas camerísticos para o ano, que trazem de peças de Wagner a Villa-Lobos nos repertórios, passando por Bernstein, Glière, Tchaikovsky e Stravinsky. Concertos com poesias de Luís de Camões vocalizadas e com obras de Alban Berg também se destacam.
Programas especiais que promovem o encontro de expressões artísticas, fora das séries de Assinaturas, trarão novo colorido ao ano. Além de Sagração, o encontro da Cia. de Dança Deborah Colker com a Osesp na pré-Temporada, o palco da Sala São Paulo receberá um espetáculo que há alguns anos encanta plateias mundo afora: The silence of sound, da maestra Alondra de la Parra com a artista e performer Gabriela Muñoz Chula. Com a São Paulo Companhia de Dança e regência da grega Zoe Zeniodi, a Osesp apresentará um programa encantador no Festival da Criança, em outubro – mês em que também veremos a Sinfonia Mágica, com concertos inteiramente dedicados à música de Harry Potter, escrita pelo mago das trilhas sonoras John William.
“Com mais uma Temporada, vamos aos poucos fazendo com que São Paulo, com sua Orquestra, floresça como um centro da música clássica. Importante para o mundo e mais ainda para cada um de nós”, afirma o diretor executivo da Fundação Osesp, Marcelo Lopes.
“Ao olhar em retrospectiva, sinto enormes alegria e orgulho por tudo que realizamos. A Orquestra toca em um nível magnífico e há um excelente estado de espírito entre os músicos, sempre dispostos a oferecer a melhor performance. É nesse espírito que apresentamos a vocês a Temporada 2025 da Osesp”, completa o maestro Thierry Fischer.
DESTAQUES DA TEMPORADA 2025
CICLO TCHAIKOVSKY
Piotr Ilitch Tchaikovsky [1840–1893] é um nome fundamental da música romântica. Para o maestro Thierry Fischer, o compositor também pode ser uma ferramenta importante para que a Osesp aprimore sua unidade sonora. Por isso, suas sinfonias marcam presença na Temporada 2025.
Na segunda metade do século XIX, diversos compositores se empenhavam em criar um ‘som russo’, isto é, uma música identificada com a cultura local, a partir da utilização de canções populares, hinos religiosos e peças sinfônicas baseadas no folclore. Mussorgsky, Rimsky-Korsakov e Borodin (integrantes do ‘Grupo dos Cinco’) foram alguns dos autores que, em busca de uma música nacional, levaram suas partituras para além das fronteiras russas.
Tchaikovsky, nesse contexto, era considerado ‘europeizado’ por seus pares. Isto não significa, no entanto, que ele também não tenha mergulhado no folclore de sua terra natal. Para aqueles fora da Rússia, ele logo representaria o melhor que o país tinha a oferecer. Após se formar, ele concentrou forças na criação da primeira obra de um importante gênero. Iniciada em 1866, a Sinfonia nº 1 levou quase três anos para ser concluída, refletindo as inseguranças do compositor à época. Mas o resultado foi uma peça de melodias cativantes, subintitulada ‘Sonhos de Inverno’.
Em seguida, vieram obras de clara influência folclórica: a Sinfonia nº 2, ‘Pequena Russa’ (apelido popular para a Ucrânia), que foi um sucesso desde sua estreia, em 1873; e a Sinfonia nº 3, apresentada pela primeira vez em 1875. A obra obteve rápido reconhecimento internacional, sendo interpretada pela Filarmônica de Nova York em 1879. A terceira sinfonia recebeu o apelido de ‘Polonesa’ por conta de seu último movimento, com ritmos oriundos desse país (‘Tempo di polacca’).
Embora essas três sinfonias possuam características admiráveis, Tchaikovsky alcançaria patamares ainda superiores no trio seguinte. A escrita da quarta coincide com o início do apoio que recebe de sua mecenas Nadezhda von Meck. Numa reminiscência a Beethoven, a obra inicia-se com um poderoso ‘motivo do destino’ soando ameaçadoramente nos metais. A Sinfonia nº 5, com um tema recorrente que perpassa todos os movimentos, é hoje uma de suas peças mais populares. Finalmente, a Sinfonia nº 6, ‘Patética’, possui um final tranquilo que costuma deixar o público desconcertado e é comumente associado à trágica morte do compositor, que se deu alguns dias após a estreia da obra.
Juntas, as últimas sinfonias de Tchaikovsky servem como pináculos do repertório musical romântico do final do século XIX e revelam toda a maestria de sua escrita. A estas partituras notáveis somam-se ainda aberturas sinfônicas, concertos e balés inesquecíveis. Parte dessas obras também entra nesta Temporada, formando um amplo panorama da música orquestral de um dos compositores mais amados pelo público.
UM CERTO OLHAR: FRANÇA
Desde pelo menos o século XII, o repertório francês é basilar ao desenvolvimento da linguagem musical do Ocidente. Nas primeiras décadas do século XIX, um músico inovador seria o responsável por inaugurar a linguagem romântica no país: Hector Berlioz [1803–1869]. De personalidade naturalmente sensível, Berlioz se interessava por literatura, música e artes plásticas, e se notabilizou como compositor de dramas, diluindo fronteiras entre gêneros musicais em obras como Sinfonia fantástica [1830], Romeu e Julieta [1839] e A danação de Fausto [1846]. Explorando a sonoridade, as nuances timbrísticas e a densidade emocional que a música é capaz de transmitir, Berlioz construiu uma obra revolucionária que iluminou o caminho das gerações que o sucederiam.
Algumas décadas depois, numa fervilhante Paris do final do século XIX e dos primeiros anos do século XX, o jovem Claude Debussy [1862–1918] frequentava os meios literários e dessa forma tomou contato com o Simbolismo, que abria caminho para a representação do sonho e do inconsciente. Esse ambiente foi inspiração para diversas obras, como o célebre Prelúdio que nasceu a partir do poema A tarde de um fauno, de Stéphane Mallarmé. Para o musicólogo Paul Griffiths, a melodia para flauta que abre o Prelúdio para a tarde de um fauno é nada menos do que o ponto de partida da música moderna. Com Debussy, além do abandono da tonalidade tradicional, entram em cena o desenvolvimento de uma nova complexidade rítmica, a delicadeza das nuances orquestrais e a utilização sistemática da instrumentação como elemento inerente ao ato de compor. Em Debussy, o instrumento e o conjunto orquestral não são apenas meios que servem para comunicar ideias musicais, mas partes indissolúveis dessa ideia.
Debussy pertencia a uma geração intermediária entre Gabriel Fauré [1845–1924] e Maurice Ravel [1875–1937]. Fauré, importante professor que influenciou gerações de artistas, foi um compositor cuja música refinada impactou o curso da música francesa moderna. Uma das características mais marcantes de seu estilo era a predileção por progressões harmônicas ousadas e modulações repentinas. Maurice Ravel, por sua vez, foi aluno de Fauré e admirador de Debussy. Este discreto músico francês deixou um dos mais ricos e importantes conjuntos de obra da primeira metade do século XX. A personalidade musical de Ravel reside essencialmente na flexibilidade da melodia e na riqueza da harmonia. Ele contribuiu amplamente, a seu modo, para libertar a música da tirania tonal, sendo um compositor ao mesmo tempo exigente e cheio de fantasia. Desse artista, que foi ainda um brilhante orquestrador, comemoramos em 2025 os 150 anos de nascimento.
A música francesa em sua riqueza de contrastes, na qual se pode trabalhar com profundidade a técnica de conjunto e o refinamento sonoro de um grupo orquestral, é outro dos eixos artísticos desta Temporada.
RICHARD STRAUSS EM FOCO
A música de Richard Strauss [1864–1949] é quase uma vocação para a Osesp e acompanha a rotina da Orquestra há muito tempo. Com o regente britânico Frank Shipway, falecido em 2014, o grupo protagonizou memoráveis interpretações da obra do compositor alemão. No ano passado, a Sinfonia alpina foi tocada na Turnê Europa, em que a Osesp se apresentou em algumas das mais tradicionais salas de concerto daquele continente.
Nascido em Munique, Strauss se formou num momento em que entre os maiores compositores vivos do mundo germânico encontravam-se Franz Liszt, Richard Wagner e Johannes Brahms. Ele vivenciou todas as revoluções harmônicas do Romantismo do final do século XIX, mas era igualmente um admirador de Mozart.
Strauss compôs uma série notável de poemas sinfônicos, fundindo a força de sua imaginação musical à adoção de uma música programática. Confessou precisar de uma história para estimular a escrita, mesmo que de obras orquestrais. É verdade que a ideia de poemas sinfônicos remonta a Liszt. Mas os poemas sinfônicos deste compositor, baseados em textos literários, pretendiam evocar sentimentos e ideias específicos, sem chegar ao ponto de criar um teatro musical – sem canto, falas ou cenários, como acontece nas obras de Strauss.
Os poemas sinfônicos de Strauss são altamente inovadores – de Macbeth [1888] à Sinfonia doméstica [1903] – e levaram o gênero a culminâncias extravagantes. Surgiram obras como Assim falou Zaratustra [1896] e Uma vida de herói [1898]. Em Dom Quixote [1897], inspirado pelo clássico romance de Miguel de Cervantes, o próprio cavaleiro De la Mancha é ‘tocado’ pelo violoncelo solo. Com obras como essas, Strauss quase declarava a forma musical tradicional, abstrata, como obsoleta, e acabaria elaborando as expressões musicais centrais da tradição austro-germânica da virada do século.
Embora seus poemas sinfônicos fossem praticamente ‘óperas para orquestra’, no início do século XX Strauss iniciou propriamente a composição de óperas. Com alta carga psicológica, obras como Salomé [1905] e Elektra [1909] avançam até o limiar da atonalidade. Mais tarde, o compositor voltou a uma linguagem musical calcada na tradição, com títulos como O cavaleiro da rosa, de 1911, ou, no ano seguinte, Ariadne em Naxos. Mesmo com linguagens musicais bastante diferentes entre si, todas essas obras tiveram sucesso de público e crítica.
E, como se tudo isso não bastasse, no final da vida, já tendo atravessado duas guerras mundiais, Richard Strauss ainda escreveria joias como Metamorphosen [1945] para orquestra de cordas ou as fascinantes Quatro últimas canções [1948]. Ambas integram a atual Temporada da Osesp ao lado do poema sinfônico Dom Quixote e da Sinfonia doméstica.
O PIANO DE VILLA-LOBOS
Desde o início de suas atividades na Sala São Paulo, a Osesp tem feito gravações de referência da obra de Heitor Villa-Lobos [1887–1959], junto da edição das partituras (em parceria com a Academia Brasileira de Música), ajudando a fortalecer a imagem do compositor fora do Brasil e a difundir sua música. Depois de registrar a integral dos Choros, das Bachianas brasileiras, das Sinfonias e dos Concertos para violoncelo, a orquestra passa a se dedicar, a partir desta Temporada, aos Concertos para piano de Villa-Lobos.
“A Osesp tem a tradição e o compromisso de gravar obras de Heitor Villa-Lobos”, afirma o maestro Thierry Fischer. “Essa prática promove a valorização da identidade cultural brasileira, além de proporcionar reconhecimento internacional (da Orquestra e do compositor), contribuir para a expansão do nosso repertório e diversificar as experiências musicais oferecidas ao público”. Assim, até 2027, o público poderá conferir os cinco concertos para piano do compositor na interpretação de Sonia Rubinsky, artista reconhecida e premiada por suas gravações de peças de Villa-Lobos. Os álbuns serão lançados pela Naxos, em parceria com o Itamaraty, dentro do projeto Brasil em Concerto.
As primeiras sinfonias de Villa-Lobos foram escritas na década de 1910. Depois disso, ele só voltaria ao gênero em 1944. Nesse meio tempo, dedicou-se a duas séries fundamentais: os Choros, na década de 1920, e as Bachianas, entre 1930 e 1945. E é exatamente quando finaliza este último ciclo que Villa-Lobos inicia a composição dos concertos para piano. Eles são fruto de um outro momento na vida do compositor. Agora, ele não precisa mais se provar moderno ou mesmo original. É um artista consagrado, que passa boa parte do tempo fora do Brasil e recebe muitas encomendas.
Datado de 1945, o Concerto nº 1 foi escrito no Rio de Janeiro a partir de uma encomenda da pianista canadense Ellen Ballon, a quem a obra foi dedicada. Todos os concertos para piano de Villa-Lobos possuem quatro movimentos, geralmente organizados como os de uma sinfonia: os dois movimentos exteriores são rápidos, enquanto os internos abrigam um movimento lento e um scherzo. O Concerto nº 1 estreou em outubro de 1946 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a orquestra da casa regida pelo compositor e tendo Ellen Ballon como solista.
Escrito três anos depois, o Concerto nº 2 é dedicado a um grande parceiro, o pianista e maestro João de Souza Lima, que foi o solista da estreia, em 1950. Villa-Lobos começou a escrever o Concerto nº 3 em 1952, mas a obra só seria concluída cinco anos depois. Nesse meio tempo, ele atendeu a duas outras encomendas, que deram origem aos Concertos nº 4 e nº 5.
Escrito entre Nova York e Paris, o Concerto nº 4 foi feito a pedido do pianista Bernardo Segall, que fez as primeiras audições em Pittsburg e Los Angeles em 1953. Já o nº 5, de 1954, foi composto a pedido da pianista polonesa (naturalizada brasileira) Felicja Blumental e a ela dedicada. A artista estreou a peça em Londres e Viena em 1955. Só em 1957 Villa-Lobos terminaria o Concerto nº 3, estreado no mesmo ano pela Sinfônica Brasileira sob direção de Eleazar de Carvalho, e tendo como solista Arnaldo Estrella, a quem a peça é dedicada.
Com estas apresentações e gravações, a Osesp leva ao público mais um conjunto fascinante de obras do grande compositor brasileiro.
TOM BORROW – ARTISTA EM RESIDÊNCIA
Este será o segundo ano de Tom Borrow como Artista em Residência da Osesp. Na temporada passada, ele interpretou os três primeiros concertos para piano de Beethoven, além de fazer um programa de câmara com músicos da orquestra. Em 2025, o pianista interpreta os dois últimos concertos de Beethoven e participa de um novo momento camerístico, que inclui o Quinteto para piano de César Franck.
Nascido em Tel Aviv em 2000, Tom Borrow começou a estudar piano aos cinco anos e, depois de se graduar na Universidade de Tel Aviv, foi sido orientado por Murray Perahia, através do programa do Centro de Música de Jerusalém para jovens músicos. Tom ganhou todos os concursos nacionais de piano em Israel e, após o sucesso com a Filarmônica de Israel, tem sido convidado por grandes orquestras ao redor do mundo.
Além da Osesp, compromissos recentes e futuros incluem a Orquestra de Cleveland, a Sinfônica de Baltimore, a Filarmônica de Londres, a Sinfônica da BBC e a Orquestra do Konzerthaus de Berlim. Igualmente requisitado no cenário da música de câmara, apresentou-se no Festival Verbier e em salas como Wigmore Hall, Concertgebouw de Amsterdam e Musikverein de Viena.
Jovem talento que tem tudo para se tornar uma referência de seu instrumento nas próximas décadas, em maio de 2023 Borrow conquistou o Terence Judd-Hallé Award da Rádio BBC 3.
RECITAIS
No palco da Sala – com cadeiras sobre ele, a poucos metros dos artistas –, viveremos a intimidade da música de câmara em sete recitais. O ano começa com o pianista Marc-André Hamelin tocando Haydn, Beethoven, Rachmaninov e Nikolai Medtner, em março. A brasileira Sonia Rubinsky inicia o ciclo dedicado aos Concertos para piano de Villa-Lobos em abril, enquanto Simon Trpceski interpreta Chopin, Grieg, Tchaikovsky e Prokofiev em julho, também ao piano; o israelense Tom Borrow, Artista em Residência, toca ao lado de músicos da Osesp em agosto; Javier Perianes apresenta o programa especial De la mano através de los siglos, todo dedicado a Scarlatti e Albéniz, em setembro; outro pianista, o francês Bertrand Chamayou, se apresenta em novembro; e o violinista Augustin Hadelich encerra os recitais do ano em dezembro, em programa com Bach, Ysaÿe, David Lang e Coleridge-Taylor Perkinson.
CORO DA OSESP
O Coro da Osesp faz cinco concertos em sua própria série de assinaturas. O ano começa com um emocionante programa de Páscoa que terá a Paixão segundo São João, de Johann Sebastian Bach, um oratório sacro apresentado pela primeira vez na Alemanha no dia 7 de abril de 1724, véspera da Sexta-Feira Santa. Os concertos terão solistas brasileiros e a Orquestra Acadêmica da Osesp, sob regência da norte-americana Kathy Saltzman Romey, da Universidade de Minnesota – onde supervisiona o programa de pós-graduação em regência coral e dirige o The Minnesota Chorale. O grupo de cantores também fará programas com os maestros Joseph Bastian (com obras de Wagner, Mozart e da compositora Emilie Mayer, cuja obra tem sido recuperada nos últimos anos) e Barlow Bradford (um repertório voltado à espiritualidade), e outro ao lado do Coral Paulistano e de sua atual regente, Maíra Ferreira (um tributo à fundadora do Coro da Osesp e fundamental maestra Naomi Munakata, falecida em 2020). O Coro também sobe ao palco da Sala São Paulo em outros oito programas ao lado da Osesp, ao longo da Temporada 2025.
Livro completo da Temporada Osesp 2025 em PDF neste link | Fotos dos destaques da Temporada Osesp 2025 neste link.
A Temporada Osesp 2025 é uma realização da Fundação Osesp, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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(Fonte: Com Fabio Rigobelo/Fundação Osesp)