Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
Luiz Melodia, um dos maiores nomes da música brasileira, será homenageado pelo cantor e compositor Pedro Luís na próxima edição do Inhotim em Cena, programação cultural patrocinada pelo Instituto Cultural Vale. Acompanhado por sua banda e pela Orquestra de Câmara Inhotim sob regência do maestro César Timóteo, o artista apresenta novos arranjos para canções do álbum Vale Quanto Pesa – Pérolas de Luiz Melodia (Deck/2018), em show gravado na cobertura da Cosmococa – galeria que abriga obras do artista Hélio Oiticica –, com transmissão em 14 de agosto, às 11h, no site e mídias sociais do Inhotim: Instagram (@inhotim), Facebook (/ inhotim) e no canal do instituto no YouTube (/ InstitutoInhotim) .
Pedro Luís (voz e a guitarra) toca com Élcio Cáfaro (bateria), Miguel Dias (baixo) e Pedro Fonseca (teclados). Para ele, a experiência foi uma das mais memoráveis de sua carreira. “Em um momento de extremas restrições e pouquíssimas oportunidades para a arte e a cultura se darem de forma plena, gravar minha homenagem a Luiz Melodia ampliada pela grandeza de uma orquestra jovem e formada no Inhotim é pra virar medalha no quadro de mega desejos realizados. Sabe aquela história: plantar uma árvore, escrever um livro? Pois é! Já cantei as canções de Luiz Melodia com minha banda parceira e a Orquestra de Câmara Inhotim, sobre a Cosmococa de Oiticica e Neville. Tudo devidamente gravado em áudio e vídeo, num entardecer deslumbrante”, comemora o cantor e compositor.
Entre os destaques do repertório está Feto, Poeta do Morro (Luiz Melodia). Originalmente criada para o disco Pérola Negra (1973), a música foi censurada pela ditadura e só foi liberada em 2020 pela esposa de Melodia, Jane Reis, para que Pedro tivesse a honra de gravá-la. Feto, Poeta do Morro traça paralelos entre o Rio de Janeiro no qual o Luiz Melodia cresceu e as peculiaridades do Brasil setentista.
O Inhotim em Cena 2021 tem sido uma importante ferramenta de fomento da produção de artistas durante a pandemia. Já passaram pela programação nomes emblemáticos da música brasileira, como Arnaldo Antunes e Otto. Ambos os shows estão disponíveis no canal do Inhotim no YouTube.
Sobre Pedro Luís | Músico, compositor e produtor, Pedro Luís é um artista multifacetado. Foi roqueiro no Urge nos anos 1980 e deu forma musical ao funk poético do Boato nos 1990. Na década seguinte, tornou-se, e é até hoje, argamassa da usina musical chamada A Parede, com quem formou o Monobloco, que desde o ano 2000 arrasta multidões no carnaval. Compõe canções para a MPB com parceiros variados e produz discos de diversos talentos da música nacional. Faz, ainda, trilhas para cinema, TV e teatro, e dirige espetáculos de música e teatro.
Sobre a Orquestra de Câmara Inhotim | Promover a cultura em distritos, comunidades quilombolas e zonas rurais com pouco acesso à arte – este é o objetivo da Escola de Música Inhotim, programa realizado com patrocínio do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura que abriga a Orquestra de Câmara de Inhotim e mais dois projetos relacionados à música – Escola de Cordas e Canto Coral.
Após a passagem pela Escola de Cordas, aos 18 anos, os jovens da região de Brumadinho podem integrar a Orquestra de Câmara. O grupo também é aberto a estudantes de música de Minas Gerais, anualmente selecionados por meio de edital. Composta por 25 estudantes de música, habilitados em violino, viola, violoncelo e contrabaixo, a Orquestra traz em seu repertório obras do cânone erudito, música popular brasileira, folclórica e contemporânea.
Serviço:
Inhotim em Cena com Pedro Luís e Orquestra de Câmara Inhotim
Sábado, 14 de agosto, às 11h
Transmissão: no site e mídias sociais do Inhotim: Instagram (@inhotim), Facebook (/inhotim) e no canal do instituto no YouTube (/InstitutoInhotim).
Em continuidade à Temporada 2021 com os espetáculos presenciais abertos ao público, o Theatro Municipal de São Paulo apresenta neste mês de agosto mais três programas sinfônicos de seus corpos artísticos. Entre os dias 13 e 19, tem a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório e Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Serão quatro concertos no período e os ingressos devem ser adquiridos no site do Municipal.
Nos dias 13 e 14 de agosto, sobe ao palco a Orquestra Sinfônica Municipal (OSM) sob a batuta de seu regente titular Roberto Minczuk, em um concerto especial que homenageia a longa trajetória de 25 anos de Alexandre Ficarelli no grupo. No repertório clássico-romântico, tem a Abertura da ópera Bodas de Fígaro, de Mozart, e a Sinfonia nº 3 Op. 90 em Fá maior, de Johannes Brahms. Em formação reduzida por conta dos protocolos, o grupo também interpreta o Concertino para Oboé e Cordas, de Brenno Blauth (1931-), importante nome da música sinfônica brasileira que ao longo de sua carreira incorporou diferentes elementos em sua escrita musical, como referências do folclore e recursos dodecafônicos, atonais e politonais. Os solos de oboé ficam a cargo do próprio Ficarelli, que é chefe de naipe da Orquestra. Na sexta-feira o concerto ocorre às 19h e no sábado, mais cedo, às 17h. Os ingressos custam de R$10 a R$60.
Já no domingo, dia 15, às 11h, é a vez de a Orquestra Experimental de Repertório apresentar o seu programa do mês. Sob a regência de Alessandro Sangiorgi, que é regente assistente da OSM, e solos do violinista Alejandro Aldana, chefe de naipe e spalla da OSM, o grupo abre o programa com Capricho Sinfônico, de Giacomo Puccini e fecha com Concerto para Violino e Orquestra Op. 77 em Ré maior, de Johannes Brahms. Ingressos variam de R$10 a R$30.
Na quinta-feira seguinte, 19 de agosto, tem o Quarteto de Cordas da Cidade na Sala do Conservatório, na Praça das Artes. O ensemble de cordas do Municipal recebe o contrabaixista Thiago Hessel para interpretar um programa todo dedicado à música sinfônica brasileira, como a Suíte Antiga Op. 11, de Alberto Nepomuceno, Suíte Bumba meu bom, de Liduino Pitombeira (1962-) e Três Peças Nordestinas, de Clóvis Pereira (1932-). Os ingressos custam de R$10 a R$20.
As apresentações presenciais no Complexo Theatro Municipal de São Paulo, abertas ao público, estão sendo realizadas com capacidade reduzida de até 30% da casa como medida de garantir a segurança das pessoas com o distanciamento entre os assentos. O Theatro também está seguindo todas as diretrizes das orientações do Plano São Paulo e da Prefeitura Municipal de São Paulo. Para assistir às apresentações dos grupos artísticos do Theatro Municipal de São Paulo, é necessário seguir os protocolos de segurança estipulados no Manual do Espectador, disponível no site da instituição.
PROGRAMAS
Orquestra Sinfônica Municipal apresenta Mozart, Blauth e Brahms
13/8, sexta-feira, 19h
14/8, sábado, 17h
Sala de Espetáculos, Theatro Municipal de São Paulo
Roberto Minczuk, regência
Alexandre Ficarelli, oboé
WOLFGANG A. MOZART
Abertura da ópera Bodas de Fígaro
BRENNO BLAUTH
Concertino Oboé e Cordas
JOHANNES BRAHMS
Sinfonia nº 3 Op. 90 em Fá maior
Ingressos: R$60 a R$10
Classificação Livre
Duração total: 58 minutos, aproximadamente
Orquestra Experimental de Repertório apresenta Puccini e Brahms
15/8, domingo, 11h
Sala de Espetáculos, Theatro Municipal de São Paulo
Alessandro Sangiorgi, regência
Alejandro Aldana, violino
GIACOMO PUCCINI
Capricho Sinfônico
JOHANNES BRAHMS
Concerto para Violino e Orquestra Op. 77 em Ré maior
Ingressos: R$30 a R$10
Classificação Livre
Duração total: 55 minutos, aproximadamente
Quarteto da Cidade apresenta Nepomuceno, Pitombeira e Pereira
19/8, quinta-feira, 19h
Sala do Conservatório, Praça das Artes
Thiago Hessel, contrabaixo
ALBERTO NEPOMUCENO
Suíte Antiga Op. 11
I – Prelude (arranjo Matheus Bitondi)
II – Menuet
III – Air
IV – Rigaudon
LIDUINO PITOMBEIRA
Suíte Bumba meu bom
I – Enfieira
II – Bendito
III – Baiano da Imburana
CLÓVIS PEREIRA
Três Peças Nordestinas
I – No Reino da Pedra Verde
II – Aboio
III – Galope
Ingressos: R$20 e R$10 (meia)
Classificação Livre
Duração total: 27 minutos, aproximadamente
Serviço:
Bilheteria: em função da pandemia de Covid-19, a bilheteria do Theatro Municipal de São Paulo está fechada por tempo indeterminado. Venda de ingressos exclusiva no site do Theatro Municipal de São Paulo.
Manual do Espectador e Informações sobre os protocolos sanitários do Complexo Theatro Municipal: veja os protocolos de segurança do Theatro Municipal no site.
Theatro Municipal de São Paulo: Praça Ramos de Azevedo, s/nº, Sé – próximo à estação de metrô Anhangabaú.
Sobre o complexo Theatro Municipal de São Paulo | O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo e ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado e intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras). Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado.
Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebida para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
Por Kamila Jessie Sammarro Silva
Em 2020 e 2021, a população do Rio de Janeiro recebeu água com forte cheiro e gosto, atribuídos a uma molécula chamada geosmina. Essa substância é produzida por microrganismos que têm seu crescimento favorecido quando há alta concentração de matéria orgânica na água, em geral associada à contaminação. No caso do Rio Guandu, que abastece a cidade, há relatos de despejo de esgoto doméstico e industrial, o que pode comprometer a qualidade de água dos mananciais de captação.
Essa situação elucida um problema que não se concentra apenas na eficiência do sistema de tratamento de água, mas no cenário de poluição dos mananciais abastecedores do Rio de Janeiro. O lançamento de esgoto – muitas vezes bruto, ou seja, sem tratamento -, sobrecarrega as estações de tratamento, a princípio concebidas para entregar uma água de uma qualidade supostamente melhor para a população.
Ainda que não envolva risco direto à saúde, a presença de geosmina pode causar cor e turbidez na água consumida pela população, incompatíveis com a qualidade de água preconizada pelo Ministério da Saúde. Nesta situação, há uma falha em atender os pré-requisitos de controle e vigilância da qualidade da água para o consumo humano estabelecido pelo MS na Portaria nº 5/2017 (alterada pela Portaria GM/MS nº 888/2021).
De acordo com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), em fevereiro de 2021, amostras de água coletadas em alguns pontos indicaram a chegada de água com qualidade para os consumidores, mas, como se trata de um sistema dinâmico, as condições encontradas podem variar em função do momento das análises. Por isso, do ponto de vista técnico, a vigilância deve ser mais incisiva, visando a evitar má qualidade na água distribuída. Além disso, a companhia abastecedora deve monitorar a qualidade da água na saída da estação de tratamento e em pontos estratégicos na rede. A partir dessa coleta de dados, é igualmente fundamental que haja transparência e comunicação entre a companhia de saneamento, autoridades e consumidores.
Quanto ao tratamento, dentre as medidas que podem ser tomadas a curto prazo, é possível implementar tecnologias mais robustas como plano de contingenciamento; isto é, adicionar módulos de tratamento para emergências. Exemplo disso seria incorporar uma etapa opcional de tratamento por processo oxidativo avançado ao fim do sistema que a CEDAE utiliza atualmente. Tratamentos avançados são amplamente conhecidos pelo setor e poderiam ser implementados para corrigir problemas ocasionais.
A médio e longo prazo, deve haver investimento em outros setores do saneamento, em especial no que tange à coleta e tratamento de esgoto no município e na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Belford Roxo e São João de Meriti, por exemplo, ocuparam as piores posições do Ranking do Saneamento realizado pelo Instituto Trata Brasil com dados do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento, que abarca o país todo.
Esse cenário revela a necessidade de investimento em infraestrutura de saneamento em várias frentes, em detrimento de soluções paliativas. Caso essas medidas não sejam tomadas, a perspectiva para os próximos anos é que casos de contaminação de água e defasagem no seu sistema de tratamento sejam recorrentes.
Sobre a autora: Kamila Jessie Sammarro Silva é engenheira ambiental e sanitarista e doutoranda em hidráulica e saneamento na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC)/USP.
(Fonte: Agência Bori)
No mês de agosto, a Associação Viva e Deixe Viver (Viva), organização da sociedade civil (OSC) que congrega 1,3 mil voluntários responsáveis por contar histórias em 85 hospitais do País, faz aniversário. Para celebrar seus 24 anos de histórias contadas, a associação preparou uma programação diversa, com direito a palestra online e gratuita do filósofo Mario Sergio Cortella, que falará do tema Leitores do mundo e leitores de livros – como está a formação de nossa sociedade?.
A Viva nasceu em 1997, da união de voluntários motivados pelo desejo comum de alegrar o dia de crianças e adolescentes hospitalizados. Hoje são mais de 2,7 milhões de pessoas impactadas e uma atuação múltipla, que vai além das paredes dos hospitais. Com a pandemia, a Viva se adaptou ao ambiente online e se conectou com pessoas em toda a sociedade, por meio do Viva On, uma sala em plataforma online com duas apresentações diárias, de segunda à sábado, dos voluntários. “Neste momento em que a sociedade se tornou um grande hospital, com todas as pessoas afetadas de alguma forma, descobrimos caminhos para que a contação de histórias fosse um alento para todos. A gentileza, a generosidade e a gratidão são pilares que vão reconstruir a percepção e a realidade que vivemos”, comenta Valdir Cimino, fundador da Viva.
A organização, ao longo dos anos, criou também o Viva Eduque, realizou cursos online, firmou parcerias pela humanização da saúde em todos os ambientes e participou, inclusive, de pesquisas científicas. A principal delas comprovou o efeito positivo da contação de histórias na saúde dos pequenos pacientes hospitalizados. O estudo foi publicado este ano no Proceedings of the National Academy of Sciences, periódico científico da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
“A Associação Viva e Deixe Viver é especialista em criar alcances, abrangências de possibilidades, e mais ainda: relembrar e treinar o potencial humano para o exercício contínuo da empatia e do afeto. Por meio de um trabalho que conta com mais de 16.000 atendimentos/ano, a ONG, que poderia ser considerada uma empresa de grande porte, sabe muito bem – ao longo de seus 24 anos de sucesso – como gerir histórias e valores humanos de modo que cada gesto para o bem-estar saia dos moldes do Era uma vez para dar lugar ao e somos felizes“, celebra Valdir.
Serviço:
24 anos da Associação Viva e Deixe Viver – Programação de aniversário
Viva Persona no Tik Tok
A Viva vai inaugurar seu perfil no Tik Tok com a publicação de vídeos do projeto Viva Personas, que contou com personalidades como Antonio Fagundes, Claudia Raia, Giovanna Antonelli, Emicida, entre muitos outros, além de voluntários da Viva. Serão dois vídeos por semana, com início no dia 17 de agosto.
Super live de aniversário com palestra de Mario Sergio Cortella
Data: 17 de agosto, 18h30.
Programação detalhada da live:
– Abertura com Valdir Cimino, fundador da Associação Viva e Deixe Viver
– Ranking de Livros – apresentação, pela atriz Alexandra Richter dos 24 livros mais lidos pelos voluntários
– Homenagem aos voluntários da Viva e da Volvo, capacitados pela Viva e atuantes na contação de histórias do Viva On
– Apresentação da parceria da Viva com as marcas Degustar e Pimentas do Jamal
– Receita asiática com chef Guga Rocha utilizando a Pimenta do Jamal
– Palestra principal com Mario Sergio Cortella: Leitores do mundo e leitores de livros – como está a formação de nossa sociedade?
– Desafio da Pipoca – brincadeira e interação com o público com William Cury
Transmissão ao vivo: Canais da Associação Viva e Deixe Viver no Youtube e no Facebook.
Lançamento da parceria com Degustar e Pimentas do Jamal
Neste mês de agosto, também como parte da celebração de seus 24 anos, a Viva anuncia a parceria com a linha Do Good, da marca Pimentas do Jamal. Trata-se de uma iniciativa inédita para a Viva de licenciamento social de marca, em que parte das vendas dos molhos e pimentas desta linha serão revertidos para a Associação.
A ação é resultado de outra parceria da Viva, com a Degustar, organização que atua, entre outras vertentes, com o licenciamento social de marcas.
Acesse www.pimentadojamal.com.br para conhecer e adquirir os molhos. A Pimentas do Jamal é uma empresa familiar, com mais de dez anos de história, fundada por Jamal Suleiman, um médico sanitarista apaixonado por pimentas.
Sobre a Associação Viva e Deixe Viver | Fundada em 1997 pelo paulistano Valdir Cimino, a Associação Viva e Deixe Viver (https://www.vivaedeixeviver.org.br) é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) pioneira em diversas frentes e políticas públicas. Por meio da arte de contar histórias, forma cidadãos conscientes da importância do acolhimento e de elevar o bem-estar coletivo, a partir de valores humanos como empatia, ética e afeto. A entidade também é referência em educação e cultura, por meio da promoção de atividades de ensino continuado. Nesse sentido, conta com o canal Viva Eduque (https://www.vivaedeixeviver.org.br/o-que-e/), espaço criado para a difusão cultural, educacional e gestão do bem-estar para toda a sociedade. Hoje, além dos 1.357 fazedores e contadores de histórias voluntários, que visitam regularmente 85 hospitais em todo o Brasil, a Associação conta com o apoio das empresas Pfizer, Volvo, Cremer, UOL, Safran, Santa Massa, Instituto Pensi e Instituto Helena Florisbal.
As flexões semânticas são características marcantes no trabalho processual de Carlos Mélo. É a partir delas que o artista articula e ativa determinados assuntos, como a questão do lugar, especificamente o Agreste e o Nordeste, locais investigados pelo artista na exposição Transes, rituais e substâncias, em cartaz na Galeria Kogan Amaro a partir de 14 de agosto.
Pinturas, fotografias, esculturas, desenhos e painel de neon são alguns dos suportes do conjunto de 16 obras inéditas exibidas na mostra. Em comum, elas buscam desfazer a ideia de nordeste, construindo um novo campo simbólico. “Todo meu trabalho artístico em torno das questões do Nordeste tem como objetivo desmontar o seu estereótipo. A minha perspectiva é de uma região contemporânea, industrial e tecnológica, aonde as questões se dão a partir de uma realidade que não depende necessariamente da localização geográfica, mas sim de novos campos simbolistas”, explica o artista.
Três esculturas têxteis da série overlock, apontam para a forte produção da indústria de jeans no Agreste do Pernambuco. As obras são produzidas com diversos tecidos produzidos artesanalmente por uma cooperativa de costureiras que utilizam resíduos de fábricas de confecções. As esculturas criam uma forte referência às golas do maracatu e a mantos cerimoniais e trazem uma reflexão em torno da modelagem e customização (paetês e spikes) das confecções de jeans na indústria no interior do estado.
Durante o período em que se aprofundava sobre a indústria têxtil, Carlos constatou o número crescente de motos com a finalidade de transporte de mercadoria tanto no agreste, como no interior do Brasil, além do grande número de motoboys na cidade devido à pandemia. O resultado é a escultura com capacetes cascos, produzidas com resíduos de capacetes em desuso pelos motoboys de Itu, onde o artista residiu e coletou em cooperação com a Associação de Motoboys da cidade.
A série abismos apresenta três autorretratos que carregam referências ao Nordeste. Em um deles, a figura com cabeça de carranca cria uma forte relação com as mitologias do Rio São Francisco e seus projetos de transposição, representado com a cabeça de uma carranca; em outro desenho, o homem parece flutuar coberto de ossos bovinos carregando entres as mãos um ramalhete de flores e a terceira imagem traz um corpo barroco onde é possível notar um conjunto de ossos, capacete e flores sobre parte do corpo vestido com uma calça jeans.
Uma série de fotografias e um backlight advindos de uma performance de longa duração compõem a série SAPUKAÎA (ave que grita ou galinha no vocabulário tupi). Nela, o artista aparece vestido com um paletó em meio a uma paisagem com galinhas vivas sobre o seu corpo. “Os meus trabalhos artísticos ocorrem a partir do ritual e do transe. Eles surgem a partir da ativação deste lugar, deste território. No caso, este trabalho ativa novos campos simbolistas em meio ao impacto cultural e ambiental causado pela presença das indústrias na região”, pontua Carlos Mélo.
A Galeria funciona de segunda a sexta-feira, das 11h às 19h e, aos sábados, das 11h às 15h, com número limitado de visitantes e uso obrigatório de máscara, além da disponibilização de álcool em gel e orientação de distanciamento mínimo de 1,5 metro entre clientes e colaboradores.
Sobre Carlos Mélo | Carlos Mélo é um artista plástico brasileiro nascido na província de Pernambuco, uma região formada por uma cultura complexa vista por várias nações africanas, algumas tribos indígenas e europeias de origem moura. Seus trabalhos passam por vídeo, fotografia, desenhos, instalação, escultura e performance, em uma investigação do lugar que o corpo ocupa no mundo. Através de anagramas e ações de performance, o artista aborda imagens e palavras praticando o contorcionismo semântico. Busca convergir o corpo em situações de interação com o ambiente e imagens conceituais que sugerem que seja definido de forma relacional, operando simultaneamente um resgate de aspectos da formação cultural brasileira. Para Suely Rolnik, “a obra de Carlos demarca um território, ou melhor, o estabelece. Como nos animais, isso é feito por meio de dispositivos sempre ritualizados, que são, sobretudo, ritmos. No entanto, diferentemente dos animais, aqui o ritual e seu ritmo mudam constantemente; são inventados a cada vez, dependendo do ambiente em que são feitos e do campo problemático que procuram enfrentar. Para isso, o artista se instala na imanência do mundo, aos pés do real vivo, apenas apreensível pelo carinho”.
Idealizou e realizou a 1ª Bienal do Barro do Brasil, Caruaru (2014). Participou de exposições coletivas como a 3ª Bienal da Bahia, Salvador (2014); No Krannert Art Museum, Universidade de Illinois, Champaign, EUA. (2013); No Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Recife (2010 e 1999); No Itaú Cultural, São Paulo (2008, 2005, 2002 e 1999); entre outras. Exposições individuais foram realizadas na Galeria 3 + 1, Lisboa, Portugal (2010); No Paço das Artes, São Paulo (2004); e na Fundação Joaquim Nabuco (Recife, Brasil, 2000). Foi vencedor do Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça de Artes Plásticas (2006). Vive e trabalha em Recife.
Sobre a Galeria Kogan Amaro | Localizada nas cidades mais populosas do Brasil e da Suíça, as unidades da galeria Kogan Amaro no bairro dos Jardins, em São Paulo, e no centro cultural Löwenbräu-Kunst, de Zurique, têm como norte a diversidade de curadoria e público: com portfólio composto por artistas de carreira sólida, consagrados internacionalmente, e também emergentes que já se posicionam no mercado de arte como promessas do amanhã. Sob gestão da pianista clássica Ksenia Kogan Amaro e do empresário, mecenas e artista visual Marcos Amaro, a galeria joga luz à arte contemporânea com esmero ímpar e integra as principais feiras de arte do mundo.
Serviço:
Transes, rituais e substâncias de Carlos Mélo
Curadoria: Marcos Amaro
Texto crítico: Marcio Harum
Local: Galeria Kogan Amaro
Abertura: 14 de agosto, sábado, das 11h às 17h
Período expositivo: 14 de agosto a 18 de setembro de 2021
Endereço: Alameda Franca, 1054 – Jardim Paulista – São Paulo/SP
Horário: segunda à sexta, das 11h às 19h e aos sábados, das 11h às 15h, com agendamento prévio
Informações: telefone (11) 3045-0755/0944 ou e-mail info@galeriakoganamaro.com
Instagram/GaleriaKoganAmaro | Facebook.com/galeriakoganamaro/ | https://www.galeriakoganamaro.com.