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“Quadrilátero” estreia no CCBB São Paulo reunindo músicos sob curadoria de Leo Gandelman

São Paulo, por Kleber Patricio

Leo Gandelman (ao centro) com o Quadrilátero Percussão. Foto: DuHarte Fotografia.

Quatro dias de apresentações, quatro encontros de artistas, quatro famílias de instrumentos — essa é a essência de Quadrilátero, projeto que nasceu em 2012 e retorna aos palcos do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) em quatro cidades e chega a São Paulo em 12 de agosto, depois de passar com sucesso pelo Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Idealizado por Léo Gandelman com apoio do produtor cultural Pablo Castellar, o projeto reúne, a cada dia, quartetos de feras da música brasileira em encontros singulares.

A cada apresentação – 12 a 15 de agosto, quinta-feira e sexta-feira às 19h e sábado e domingo, às 17h –, quartetos de diferentes famílias de instrumentos ganham destaque. Os convidados são Pretinho da Serrinha, Robertinho Silva, Marcos Suzano e Marcelo Costa, na percussão (dia 12/8); Leo Gandelman, Nivaldo Ornelas, Mauro Senise e Zé Carlos Bigorna no sax e instrumentos de sopro (dia 13/8); Henrique Cases, Rogério Caetano, Luis Barcelos e João Camarero nas cordas dedilhadas (dia 14/8) e, fechando o circuito (dia 15/8), Janaina Salles, Joanna Bello, Inah Kurrels e Jocelynne Huiliñir Cárdenas nas cordas.

Leo Gandelman. Foto: Cafi.

O público terá a oportunidade de conferir o talento individual de cada artista e participar do encontro do quarteto, todos tocando juntos. Leo Gandelman atua como anfitrião e faz participações especiais em todos os espetáculos, marcados para 19h de quinta-feira e sexta-feira e, aos sábados e domingos, às 17h. Ao final do espetáculo dedicado a Cordas Dedilhadas, no dia 14 de agosto, haverá uma conversa de meia-hora com o público para aprofundar o debate sobre a carreira dos músicos e falar sobre a intrínseca relação do artista com a música. Também dentro da programação, o idealizador e curador do Quadrilátero, o músico Léo Gandelman, fará uma masterclass com duração de uma hora aberta ao público, no dia 15 de agosto, às 15 h.

“Desde o começo da pandemia, tenho tocado sozinho, em casa, compondo, treinando. Acordo todo dia motivado pela ideia de aprender mais, do meu encontro diário com o instrumento. Mas sinto muita falta da troca com outros músicos, da troca com o público. Sei que todos os músicos envolvidos no projeto sentem o mesmo. Desde os primeiros ensaios no Rio, temos conversado e a troca tem sido emocionante”, conta Leo Gandelman. “Estamos provocando encontros de músicos que estão tocando juntos pela primeira vez neste projeto. É um encontro de confiança, e confiança é fundamental para a música fluir. Estamos muito felizes de levar esse encontro para o CCBB São Paulo”.

“Estamos seguindo todos os protocolos estabelecidos pelas autoridades locais e a Organização Mundial da Saúde para a convivência nos bastidores e no palco. E o CCBB, que voltou a abraçar o Quadrilátero, é extremamente cuidadoso com o respeito às normas para a plateia. É um grande privilégio poder participar desse retorno aos palcos de artistas dessa grandeza”, explica Pablo Castellar.

Depois de São Paulo, o Quadrilátero segue para o CCBB de Brasília.

O Quarteto de Cordas Dedilhadas. Foto: Cyntia C. Santos.

Sobre a temporada no CCBB São Paulo | O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo funciona todos os dias, das 9h às 18h, exceto às terças. O CCBB está adaptado às novas medidas de segurança sanitária: entrada apenas com agendamento online (eventim.com.br), controle da quantidade de pessoas no prédio, fluxo único de circulação, aferição de temperatura, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e sinalizadores no piso para o distanciamento, o serviço de guarda-volumes está suspenso. São disponibilizados apenas 2 ingressos por CPF para o dia e horário agendado. No teatro, a capacidade foi reduzida e não há previsão de fila de espera por desistência. Os ingressos devem ser comprados com antecedência on-line ou na bilheteria do CCBB. Antes e entre cada apresentação, há higienização completa do espaço.

Serviço:

Quadrilátero 2021

Dia 12 de agosto, às 19h – Percussão: Pretinho da Serrinha, Marcos Suzano, Marcelo Costa e Robertinho Silva. Tema: Da África às Américas

Dia 13 de agosto, às 19h – Sax – Leo Gandelman, Mauro Senise, Zé Carlos Bigorna, Nivaldo Ornelas. Tema: Ary Barroso e Moacyr Santos

Dia 14 de agosto, às 17h – Cordas dedilhadas: Rogério Caetano, Luis Barcelos, João Camarero, Henrique Cases. Tema: Choro e Afro Sambas

Dia 15 de agosto, às 15h – Masterclass com Leo Gandelman

Dia 15 de agosto, às 17h – Cordas: Janaina Salles, Joanna Bello, Inah Kurrels, Jocelynne Huiliñir Cárdenas. Tema: Radamés Gnattali, Astor Piazzolla e Villa-Lobos.

Onde: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo-SP

Aberto todos os dias, das 9h às 18h, exceto às terças

Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô

Informações: (11) 4297-0600

Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228 (R$14 por seis horas, necessário validar ticket na bilheteria). Uma van faz o traslado gratuito entre o estacionamento e o CCBB. No trajeto de volta, tem parada no Metrô República.

ccbbsp@bb.com.br | ccbb.com.br | twitter.com/ccbb_sp | facebook.com/ccbbsp | instagram.com/ccbbsp

Entrada:

R$30,00 (inteira) / R$15,00 (meia)

A venda de ingressos ocorre através do site da Eventim

Teatro trabalhando com lotação limitada, máximo de 45 pessoas presenciais.

Exposição “OSGEMEOS: Segredos” segue da Pinacoteca de São Paulo para o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba

Curitiba, por Kleber Patricio

Os gêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo. Foto: divulgação.

A Pinacoteca de São Paulo anunciou na sexta-feira (6) que a exposição OSGEMEOS: Segredos seguirá para Curitiba e poderá ser visitada no Museu Oscar Niemeyer (MON) a partir de setembro de 2021.

Na capital Paulista, OSGEMEOS: Segredos, com curadoria do diretor-geral da Pinacoteca, Jochen Volz, impactou mais de 511 mil pessoas, contando as ações online e as visitas presenciais. A mostra liderou o interesse pelas atividades culturais em São Paulo desde seu início, em 15 de outubro de 2020. Os ingressos esgotavam minutos após serem disponibilizados e a programação segue “sold out” até 9 de agosto de 2021, último dia da exibição na Pina. Durante todo o período, a Pinacoteca operou com restrições de atendimento e seguiu todos os protocolos de higiene e segurança do Plano São Paulo de combate à Covid-19, o que limitou a capacidade de atendimento. Mesmo assim, mais de 179 mil visitantes passaram pelos espaços da mostra e puderam apreciar o trabalho dos irmãos presencialmente.

Exposição “OSGEMEOS: Segredos”. Foto: Isabella Matheus.

Por conta do êxito da exposição, OSGEMEOS: Segredos foi prorrogada duas vezes e um tour virtual foi lançado para que o público de outros países e estados pudesse ter acesso à trajetória e aos trabalhos da dupla de artistas. O número de acessos à experiência virtual em 360º da mega exposição já supera os 122 mil. Clique aqui e veja.

Ainda por conta da exposição, outros projetos foram desdobrados para atingir novos públicos, tudo transmitido de forma online. Dentre as ações, está a série audiovisual Segredos, idealizada pelos artistas OSGEMEOS, sobre a essência e perspectivas do hip hop paulista, com mais de 126 mil visualizações no YouTube do museu. A produção conta com 4 episódios de aproximadamente 20 minutos cada. Os vídeos aproximam os telespectadores do universo criativo dos irmãos e têm a intenção de incentivar outros jovens brasileiros a conhecerem e se aproximarem das manifestações artísticas de rua e seguir na busca de sua própria identidade, podendo até mesmo transformar a sua realidade. Assista a série completa.

Devido à pandemia, as visitas educativas das escolas a Pinacoteca organizadas pelo NAE (Núcleo de Ação Educativa) ficaram suspensas. Para suprir esse viés educativo, um vídeo com OSGEMEOS apresentando a mostra foi produzido e disponibilizado no canal do Youtube do museu e já alcança a marca de 73 mil visualizações. O material é voltado para professores e alunos, mas todos podem assistir. Confira aqui.

Foto: Isabella Matheus.

Já as lives, com a participação do curador Jochen Volz e dos artistas Gustavo e Otávio Pandolfo, tiveram uma audiência de cerca de 11 mil pessoas.

OSGEMEOS: Segredos na Pina | Na Pinacoteca de São Paulo, a exposição contou com mais de 1000 itens do rico imaginário d’OSGEMEOS. O duo apresentou pinturas, instalações imersivas e sonoras, esculturas, intervenções site specific, desenhos e cadernos de anotações. O corpo de obras ocupou as sete salas de exposições temporárias do primeiro andar, um dos pátios e o hall, além de uma instalação concebida especialmente para o Octógono do museu.

Catálogos | Dois catálogos bilíngues, em português e em inglês, foram produzidos. O primeiro inclui apresentação do diretor-geral da Pinacoteca, Jochen Volz, textos inéditos de Julia Flamingo e de Paulo Portella, além de imagens de obras da exposição e de outros projetos. O segundo apresenta vistas da mostra na Pinacoteca de São Paulo. Os dois estão à venda na loja presencial e virtual do museu que pode ser acessada em Pina loja. As publicações são os produtos mais solicitados da coleção d’OSGEMEOS superando mais de 9 mil unidades vendidas.

Serviço:

OSGEMEOS: Segredos

Curadoria: Jochen Volz

A partir de setembro de 2021 no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, Paraná

Pinacoteca de São Paulo

De 15/10/2020 a 9/8/2021

Ingressos esgotados

Mais de 511 mil pessoas impactadas.

Sobre OSGEMEOS | Projetos recentes da dupla incluem exposições individuais em: Frost Art Museum (Nashville, 2019), Hamburger Bahnhof (em colaboração com Flying Steps) (Berlim, 2019), Mattress Factory (Pittsburgh, 2018), Pirelli HangarBicocca (Milão, 2016), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro, 2015) e ICA – The Institute of Contemporary Art (Boston, 2012). Suas obras integram coleções importantes ao redor do mundo, como: MOT (Tóquio), Franks-Suss Collection (Londres), MAM-SP (São Paulo), Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro).

#EmCasaComSESC apresenta Camilo Carrara Quarteto em “Microcosmo SP”

São Paulo, por Kleber Patricio

Crédito das fotos: Tiago Sormani.

Terça-feira é dia de música instrumental na programação Música #EmCasaComSesc e do Instrumental SESC Brasil. No dia 10/8, o Teatro Anchieta, no SESC Consolação, recebe o show Camilo Carrara Quarteto – Microcosmo SP. Acompanhado pelos músicos Luca Raele (clarinete e piano), Nath Calan (bateria, percussão e vibrafone) e Tiago Sormani (flauta, sax e teclado), o violonista Camilo Carrara (violão de nylon e de aço) sobe ao palco para mostrar Microcosmo SP, seu projeto em homenagem à diversidade sonora e cultural de São Paulo.

O trabalho é formado por composições autorais que retratam o universo musical do artista – marcado pelas andanças por salas de concertos, serestas, rodas de samba e choro, bares de jazz, baladas eletrônicas e forrós, entre outras paisagens sonoras da cidade. Além da variedade de linguagem das composições, apresenta o violão em algumas de suas múltiplas possibilidades: com os diferentes timbres das cordas de nylon e aço, como instrumento solista ou acompanhante, com efeitos eletrônicos ou como instrumento de percussão.

O repertório do show reúne músicas do recente projeto de Carrara, além de composições de trabalhos anteriores, a exemplo de Suíte Canção do Sol Nascente (Momiji/Sakura/Furusato), Matutina, ValsaWabi Sabi e Sampa_Toquio_Viena.

Camilo Carrara é violonista, multi-instrumentista, arranjador, compositor, professor, consultor de sound branding e tecnologia musical, diretor e produtor musical. Transita no cenário musical entre os universos da música erudita e popular. Atualmente é professor da graduação da Faculdade Cantareira, da Pós-Graduação da Faculdade Santa Marcelina e consultor Artístico-Pedagógico da Sustenidos – Organização Social de Cultura, em São Paulo. Também é artista em residência e professor de violão do Nacional Music Festival, em Chestertown, Maryland (Estados Unidos). Atua como músico convidado e solista junto à Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Orquestra Municipal de São Paulo (OSM), Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e Het Spectra Ensemble (grupo belga de música contemporânea), entre outros. Participou de gravações, shows e concertos no Brasil e exterior, ao lado de nomes como Akira Inoue, Alaíde Costa, Carmina Juarez, Cida Moreira, Eugénia Melo e Castro, Johnny Alf, José Miguel Wisnik, Masako Kawamura, Mônica Salmaso, Sue Metthewse e Zizi Possi. Sua discografia consiste em mais de 80 CDs, entre colaborações e trabalhos solos. Na área da criação, destacam-se suas trilhas para dança, TV, cinema, teatro e publicidade.

No ar desde abril de 2020, o #EmCasaComSesc segue em 2021 com uma programação diversificada de espetáculos ao vivo na internet. São shows, apresentações de teatro e dança, e espetáculos para crianças e famílias, sempre mesclando artistas e companhias consagrados no cenário brasileiro com novos talentos. As transmissões acontecem de terça a domingo, às 19h, no Instagram SESC Ao Vivo e no YouTube SESC São Paulo, exceto a apresentação para crianças, aos sábados, que ocorre às 15h.

As transmissões são majoritariamente realizadas diretamente das unidades do SESC São Paulo, sem presença do público no local e seguindo todos os protocolos de segurança de prevenção à Covid-19. Além dos palcos, alguns trabalhos são transmitidos a partir da casa ou do estúdio dos artistas. Tudo em conformidade com as medidas estipuladas pelo Plano São Paulo.

Nuno Ramos apresenta releitura cênica de “Iracema, uma Transa Amazônica” no SESC Avenida Paulista

São Paulo, por Kleber Patricio

“Iracema Fala”. Foto: Ricardo Ferreira.

Entre os dias 13 e 15 de agosto, o SESC Avenida Paulista será palco da estreia de Iracema Fala, performance que integra o projeto A Extinção É Para Sempre, de Nuno Ramos — trabalho multilinguagem idealizado pelo artista e realizado pelo SESC São Paulo com apoio do Goethe-Institut. O público poderá acompanhar a performance ao vivo de forma virtual por meio dos canais do Instagram do SESC Ao Vivo e YouTube do SESC SP (sexta) e canais do SESC Avenida Paulista (sábado e domingo).

O trabalho é uma releitura cênica de Iracema: Uma Transa Amazônica, filme de 1976 de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, que agora inverte os papéis. Quem comanda a cena é a atriz Edna de Cássia, que interpretou a protagonista do longa — a personagem é uma indígena que se esquece de suas origens e segue num percurso de prostituição, abusos e decadência.

“Iracema Fala”. Foto: Ricardo Ferreira.

Edna, que era adolescente quando participou da obra, chegou a vencer o prêmio de atuação no Festival de Brasília, mas nunca mais filmou. Nesta releitura, é a atriz quem dirige, interferindo, paralisando, mandando repetir, comentando — criando, em suma, sua própria versão da história.

Chama | O projeto A Extinção É Para Sempre está com inscrições abertas para o público participar da obra Chama. Criada como um monumento virtual de luto, uma chama eterna e ininterrupta em memória aos mortos que permanecerá acesa durante um ano, a obra agora está aberta a colaborações de pessoas públicas ou anônimas, artistas, coletividades ou instituições do mundo inteiro. Por meio do formulário de inscrição disponível no site SESCsp.org.br/aextincaoeparasempre, o público opta por uma data e horário para transmitir sua chama, que pode ser produzida da forma que preferir e transmitida ao vivo pela plataforma do projeto.

A ideia dessa alternância de chamas é utilizar o fogo como um ritual e também um chamado, uma convocação geral ao luto, à pausa e à dignificação de cada perda. Como explica Nuno Ramos, Chama é um memorial aos mortos”. Há um fogo principal — a “chama-mãe”, criada pelo artista —, que nunca se apaga, instalado no SESC Avenida Paulista. A obra está sendo transmitida ao vivo no site do projeto desde o dia 25 de maio desse ano, no mesmo espaço virtual onde serão veiculadas as demais chamas.

A Extinção É Para Sempre | Trata-se de um projeto que une diversas linguagens artísticas e busca expressar uma resposta urgente às incertezas do presente: o momento político e social e a situação pandêmica que o mundo atravessa. O projeto multilinguagem e inédito é idealizado pelo artista, compositor, diretor e escritor Nuno Ramos e realizado pelo SESC São Paulo com apoio do Goethe-Institut. Organizado em sete episódios e com colaboração de nomes das artes visuais, da dança, do teatro, da música e do cinema, o laboratório teve início em janeiro de 2021 e seguirá com desdobramentos ao longo de um ano.

“Iracema Fala”. Foto: Ricardo Ferreira.

“Estamos vivendo um misto de queda sem fim com ataque por todos os lados. O projeto é uma tentativa de reagir, com balas múltiplas, a um ataque múltiplo, de manter a linguagem viva em vários níveis”, afirma Nuno Ramos. “É também uma forma de fazer arte ‘a quente’, uma produção em movimento que vá contra o atual estado de apatia e responda aos assuntos que percorrem o espaço público hoje — como o luto, a violência, a ameaça às instituições e a relativização da nossa história”, completa.

“Em meio à imprecisão e complexidade do momento atual, realizar tal proposta com apoio do Goethe-Institut é matizar possibilidades para uma travessia coletiva mais acolhedora, abastecida pelas múltiplas camadas que envolvem o fazer artístico-cultural e as descobertas infindas que a arte proporciona”, reflete Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo. Configurado como um laboratório artístico, o projeto tem promovido diálogos sobre as proposições com artistas de diversas origens e linguagens, como a escritora Noemi Jaffe, o cineasta Jorge Bodanzky, a diretora Tarina Quelho, a atriz Edna de Cássia, o coreógrafo Eduardo Fukushima e o encenador Antonio Araújo.

Nuno, que costuma trabalhar com diversos registros, explica que, aqui, o instinto “foi logo ir juntando muita gente. Temos de fazer, na cultura, o que a representação política não tem conseguido fazer, que é uma abertura, uma capacidade de contaminação entre o que pareceria incongruente. Isso tudo tem de somar agora, mostrar a força que as diferenças têm quando pisam num mesmo chão”, ele pontua.

“Iracema Fala”. Foto: Ricardo Ferreira.

Em cada um dos sete episódios, a equipe artística é reorganizada. Há participações pontuais e também um núcleo que perpassa todo o projeto. Ele é composto por Tarina Quelho, coreógrafa e diretora Tarina Quelho, o músico Romulo Fróes e os performers Allyson Amaral, Tenca e Leandro Souza. Esse grupo fixo, que nasceu de uma busca por novas parcerias, também irá ajudar a criar um diálogo entre todas as obras. “As ideias são muito diferentes entre si, mas formam um todo, e a gente vai carregando as ideias de um episódio para outro”, explica Nuno.

Os três primeiros episódios, o monumento virtual Chama e as performances Chão-Pão e Os Desastres da Guerra podem ser vistos pelo site do projeto (SESCsp.org.br/aextincaoeparasempre). Já os próximos trabalhos — Monumento, Helióptero e A Extinção É Para Sempre — seguem em desenvolvimento no laboratório artístico e seus desdobramentos públicos estarão sujeitos às possibilidades de interação que as mudanças no contexto da pandemia venham a permitir nos próximos meses.

Ficha técnica – Iracema Fala

Criação e direção: Nuno Ramos

Com: Edna de Cassia, Allyson Amaral, Joy Catharina, Gilda Nomacce, Giovanna Monteiro, Tenca

Sonoplastia ao vivo: Ricardo Chuí

Assistência de direção: Vicente Antunes Ramos

Direção de Arte: Eduardo Climachauska

Direção técnica: André Boll

Desenho e operação de luz: Wagner Pinto

Projeto cenográfico: William Zarella Jr.

Direção de palco: Carolina Bucek

Produção de figurino: Victoria Constantino

Criação de Figurino Edna de Cassia: Angélica Chaves

Sonoplastia e Consultoria audiovisual: Rodrigo Gava e Daniel Maia

Assistente técnica e operação de vídeo: Giovanna Kelly

Direção de filmagem: Pedro Nishi

Steadycam: Daniel Lupo

Execução cenográfica: Pará Movimentos

Assessoria jurídica: José Augusto Vieira de Aquino

Assistência de assessoria jurídica: Paula Malfatti

Produção executiva: Giovanna Monteiro, Luiza Alves e Paulo Gircys

Direção de produção: Marisa Riccitelli Sant’ana e Rachel Brumana

Gestão e Produção: Superfície de Eventos

Realização: SESC SP

Apoio: Goethe-Institut

Trechos de diálogos apresentados neste espetáculo constam originalmente em “Iracema Uma Transa Amazônica”, filme de Jorge Bodanky e Orlando Senna.

Ficha técnica do projeto A Extinção É Para Sempre

Realização: SESC São Paulo

Apoio: Goethe-Institut

Idealização e direção artística: Nuno Ramos

Assistência de direção: Vicente Antunes Ramos

Direção de produção: Rachel Brumana

Gestão e coordenação de produção: Marisa Riccitelli Sant’ana

Assistência de produção: Giovanna Monteiro e Luiza Alves

Direção técnica: André Boll e William Zarella Jr.

Artistas convidados e performers: Romulo Fróes, Tarina Quelho, Noemi Jaffe, Edna de Cássia, Eduardo Fukushima, Antonio Araujo, Allyson Amaral, Tenca.

Serviço:

Performance Iracema Fala

13/8, sexta-feira, às 20h30 nos Instagram @SESCAoVivo e no YouTube do SESCSP

14/8, sábado, às 20h30 nos canais do SESC Avenida Paulista (YouTube e Instagram)

15/8, domingo, 17h nos canais do SESC Avenida Paulista (YouTube e Instagram)

Classificação indicativa: 16 anos.

Guimarães Rosa é tema das comemorações de um ano da Padoca Filosófica

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação/Padoca Filosófica.

Vamos juntos nesta travessia: “a colheita é comum mas o capinar é sozinho” — este é o mote do aniversário da Padoca Filosófica, localizada em uma vila singela na região de Pinheiros, que completa seu primeiro ano de existência, recheado de boa comida, e arte, o alimento da alma. A casa traz para suas paredes uma nova instalação de azulejos assinados pelos cartunistas Cássio Loredano, Jean Galvão e pelo artista visual Marcos Beccari, e reforça o espírito profundamente cultural da casa.

Os ares filosóficos se expandem para além da decoração. Iniciando este novo ciclo, a casa convida ao mergulho em Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, escritor mineiro membro da Academia Brasileira de Letras, consagrado como um dos maiores escritores da língua portuguesa. Na complexa obra, ao descrever sentimentos universais situados no árido sertão brasileiro, Guimarães imerge o leitor em uma imensa riqueza de reflexões filosóficas. Pensando nisso, a Padoca aproveita sua própria ocasião especial para também celebrar este marco da literatura brasileira que completa 65 anos em 2021 e inicia uma ciranda de leitura de leitura mensal de Guimarães Rosa, a se estender ao longo do próximo ano para a introdução e o aprofundamento da obra do autor.

As discussões acontecerão mensalmente online e contam com a participação de verdadeiras autoridades no tema, que se debruçam e esmiúçam a palavra do autor, como a pesquisadora Walnice Galvão, ensaísta e crítica literária com tese de doutorado dedicada ao estudo de Guimarães, ou o ator e roteirista Odilon Esteves, presente em filmes como Luna e Cada Dia uma Vida Inteira, também sendo um grande admirador do autor.

A parte gastronômica entra na comemoração com a cesta Os Caminhos do Sertão (R$190 + R$45, livro opcional), com um pão de fermentação Natural & Grãos, feito com blend de farinhas francesas; um Queijo Minas Frescal da Padoca, acrescido com zathar e azeite português da região do Alentejo; o Miguilim, doce de Leite da Padoca, produzido artesanalmente com leite fresco e receita gentilmente cedida pela mineira Dona Ana, de Cordisburgo — terra de Guimarães Rosa; a cachaça mineira Caminhos de Rosa e, por fim, o Bolo Diadorim, cremoso de mandioca mansa, queijo de minas e coco fresco, receita para marcar o aniversário da casa. Tudo é embalado em sacola ecológica, feita com fibras naturais. A cesta é acompanhada pelo livro de Guimarães e por um dos azulejos comemorativos.

Sobre a Padoca Filosófica | Um espaço que convida a pensar, sonhar, comer e amar. É assim que a Padoca Filosófica se define, com sua massa de fermentação natural que, assim como a filosofia, exige tempo e demanda paciência, e cujo cardápio se rende às leis da natureza, respeitando a sazonalidade dos insumos e se traduz em uma verdadeira curadoria cultural. Já em funcionamento, abre ao público de segunda a domingo, das 8h às 22h.

Localizada na entrada de uma antiga vila na Rua Ferreira de Araújo, em Pinheiros, a novidade foi criada por Paulo Abbud e sua esposa Cláudia Belintani Abbud — que também são os proprietários do consagrado árabe Farabbud —, em parceria com o empresário Rodrigo Danezi. Possui 38 lugares divididos em dois ambientes, entre uma varanda a céu aberto e um arejado salão com o balcão de pedidas. O cardápio foi pensado para atender a quatro diferentes momentos: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar.

Serviço:

Padoca Filosófica

Endereço: Rua Ferreira de Araújo, 320 – Pinheiros – São Paulo/SP

Telefone: (11) 4305-0320

Capacidade: 38 lugares

Horário de Funcionamento: segunda a domingo, das 8h às 22h

Formas de pagamento: VISA, Master, Alelo, Elo, Amex, Diners, Sodexo

Facebook: /padocafilosoficaoficial

Instagram: @padocafilosofica

Site: www.padocafilosofica.com.br.