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Orquestra Ouro Preto realiza concerto em homenagem aos Rolling Stones

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/OOP.

A Orquestra Ouro Preto estreia novo repertório em homenagem a uma das maiores bandas de rock de todos os tempos: The Rolling Stones. A vitalidade e a rebeldia características do rock dos Stones ganharão releituras que unem violinos e violoncelos aos potentes e famosos riffs de guitarra. O concerto de estreia será dia 8 de agosto, domingo, às 18h30, com transmissão ao vivo e gratuita, no canal da Orquestra no YouTube. A apresentação integra a programação da 8ª edição do Festival do Patrimônio Cultural de Paracatu, que este ano será realizado em formato digital.

O novo repertório integra a Temporada OOP 2021 “Experience”, que propõe uma viagem sonora por diferentes gêneros da música, que vão do clássico de Mozart e Haydn, ao jazz de Duke Ellington, passando pelo pop do A-Ha e agora chega ao rock dos Stones. Sucessos como Satisfaction, Start me up e Miss You estão no setlist, com arranjos assinados por Fred Natalino. Criada em 1962, a banda britânica comandada por Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood está prestes a completar 60 anos de atividades com números astronômicos de vendas e títulos. O Maestro Rodrigo Toffolo destaca a importância dos Stones para a história da música contemporânea. “The Rolling Stones é uma banda icônica, gigante, que transformou a música da segunda metade do século XX influenciando gerações. É um grupo que toca há 60 anos juntos e ainda está em atividade, arrastando fãs no mundo todo em uma trajetória única e muito interessante. É um repertório alegre, pulsante e estamos muito felizes em estreá-lo no Festival do Patrimônio Cultural de Paracatu”, completa.

Festival do Patrimônio Cultural de Paracatu 2021 | O Festival do Patrimônio Cultural de Paracatu chega à sua oitava edição e será realizado em formato digital neste ano devido à pandemia. Este é o maior festival cultural do noroeste de Minas Gerais, que tradicionalmente traz para a região diversas apresentações musicais, gastronômicas e artísticas. O concerto será transmitido do SESC Palladium, em Belo Horizonte, seguindo rigoroso protocolo de segurança sanitária para os músicos e equipe de produção. Em função das restrições da pandemia, não haverá presença de público.

Serviço:

Concerto Orquestra Ouro Preto – The Rolling Stones

Dia: domingo, 8 de agosto de 2021

Horário: 18h30

Link: https://www.youtube.com/orquestraouropreto

Classificação: livre para todas as idades

Informações: https://www.orquestraouropreto.com.br.

Dia dos Pais gera boas expectativas no setor de gastronomia

Indaiatuba, por Kleber Patricio

O Medalhão de filé mignon com crosta de nozes, nhoque de mandioca ao perfume de trufas e molho de funghi porcini – sugestão do Le Triskell Bistrô para o almoço deste Dia dos Pais. Foto: Carlos Cabiró.

Após o longo período de semi-hibernação por conta de toda essa tragédia que estamos vivenciando, o Dia dos Pais alimenta grande expectativa por parte de restaurantes, bufês, rotisserias e demais segmentos da gastronomia em Indaiatuba, com praticamente 100% deles voltados a menus criados especialmente para a data.

O Le Triskell Bistrô caprichou na variedade e oferece um menu completo no valor de R$134,50 por pessoa que tem como opções duas entradas, seis pratos principais e duas sobremesas, além do menu à la carte. As entradas são Blinis de trigo sarraceno coberto de pétalas de salmão defumado com sour cream ou Mix de folhas nobres com pera confitada, presunto cru, nozes e sorvete de Roquefort.

Já os pratos principais de dividem entre Filé de pescada Cambucu grelhado ao molho de gengibre com risoto de manga ou Medalhão de filé mignon com crosta de nozes, nhoque de mandioca ao perfume de trufas e molho de funghi porcini ou Gran fusilli ao molho pesto com shiitake e mini tomates salteados ou Picanha de cordeiro de leite e gratin e batatas com funghi porcini (acréscimo de R$10) ou Camarões grelhados com manteiga, alho e salsinha acompanhados de risoto de arroz negro (acréscimo de R$20) ou Lombo de bacalhau gadus morhua ao azeite, batatas à lionesa e molho Triskell (acréscimo de R$24).

O Carré de Cordeiro na manteiga de ervas doces é o destaque do almoço especial de Dia dos Pais no Simetria. Foto: divulgação/Grupo Royal Palm.

As sobremesas preparadas para o menu especial são Torta de mirtilos à base de farinha de amêndoas com sorvete de creme ou Bolo mousse de chocolate recheado de creme de maracujá. Informações e reservas pelos telefones (19) 3934-6408 e 3816-8353 (@letriskellbistro).

O Simetria Restaurante, do Royal Palm Tower Indaiatuba, preparou um almoço especial em que, além do buffet de grelhados preparado especialmente para a data, vai oferecer aos visitantes, sem custo adicional, a possibilidade de harmonizar os pratos com um chopp artesanal Pilsen Puro Malte da Fabrica ICB, uma cervejaria de Indaiatuba que é braço do Instituto da Cerveja, especializada na formação profissional na área de cervejas.

Além da novidade, os visitantes vão poder desfrutar dos pratos do buffet de entrada, que conta com couvert, tábuas de frios, tábua de queijos, azeite, vinagre, cesta de pães diversos, guarnições, bouquet de folhas verdes, mix de folhas, Caesar Salad, tomate, palmito, strüdel de bacalhau fresco, pera glaciada com mel servida com gorgonzola, tartar de mignon com torrada melba, quiche de brócolis e queijo fresco e remoulade de pupunha com camarão.

Espaguete com Camarões ao Pesto Tailandês (massa salteada com camarões ao molho pesto de manjericão sweet thai, gengibre, pimenta dedo de moça e limão kaffir) – destaque do menu do Amadeu disponível para o Dia dos Pais. Foto: divulgação/Amadeu Restaurante.

O destaque do buffet de grelhados vai para o Carré de cordeiro na manteiga de ervas doces, que é o prato especial do menu. Fora isso, também será possível degustar a Picanha grelhada, a Linguiça toscana, a Costelinha barbecue, o Feijão tropeiro e o cebolete ou vinagrete.

Os grelhados podem ser combinados com o buffet de pratos principais, que oferece arroz, Risoto com parmesão e redução de balsâmico, Medalhão de mignon com crosta de ervas servido com redução de whisky, Batata rústica com cheddar, Legumes assados na manteiga, Bacalhau fresco sobre purê de ervilha à amalfitana, Tortelli de queijo ao creme de cogumelos e Crème du Barry.

Após o almoço, a mesa de sobremesa aguarda a todos com os tradicionais pudins e quindins do Royal, as Fatias de pistache, o Naked cake trufado com whisky, o Verrine tropical, o Crème brulée e as frutas da estação.

O Entrecote Saltoral com geleia de cebola roxa, fritas com flor de sal e molho especial, uma das propostas da Saltoral para a data. Foto: divulgação/Saltoral.

Os interessados podem precisam fazer a reserva com antecedência pelo número (19) 2117-6600. O almoço especial do Dia dos Pais do Simetria Restaurante custa R$80 por pessoa e inclui todos os pratos citados e o chopp artesanal Pilsen Puro Malte (@simetriarestaurante).

O Amadeu Restaurante foi prático e lançou esta semana seu menu à la carte totalmente reformulado – ou seja, mais opções, impossível. Destacamos três: Espaguete com Camarões ao Pesto Tailandês (massa salteada com camarões ao molho pesto de manjericão sweet thai, gengibre, pimenta dedo de moça e limão kaffir), Escalopes de Mignon ao Molho de Trufas Negras (escalopes de filé mignon finalizado com molho de trufas negras, fetuccine ao creme de milho com bacon e pipoca caramelizada com dendê e pimenta) e Cordeiro ao Molho de Vinho com Menta (pernil de cordeiro assado lentamente finalizado com molho de vinho tinto e menta acompanhado de batatas bolinhas confitadas, champignon, guanciale artesanal e ervilhas). Você pode consultar o menu na íntegra em https://amadeurestaurante.com.br/. Reservas somente pelo telefone (19) 3875-6061 e WhatsApp (19) 99488-0580.

Por último, a Saltoral Gastronomia criou dois pratos para a data, além do menu à la carte: Entrecote Saltoral com geleia de cebola roxa, fritas com flor de sal e molho especial e Cupim assado com mini batatas e cebolas glaciadas + vinagrete. Os pratos principais saem a partir de R$89,00. O telefone para reservas é (19) (19) 98211-8619 (@saltoralgastronomia).

Serviço:

Le Triskell Bistrô – Av. Engº Fábio Roberto Barnabé, 723 – Parque Ecológico – Indaiatuba/SP

Simetria Restaurante – Av. Francisco de Paula Leite, 3027 – Campestre Joia – Indaiatuba/SP

Amadeu Restaurante – R. Pedro Virillo, 467 – Indaiatuba/SP

Saltoral Gastronomia – R. Armando Salles de Oliveira, 1321 – Cidade Nova I, Indaiatuba/SP.

Grupo Meio amplia estudo sobre corpo-paisagem em série de videos “180”

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação/Grupo Meio.

Estudar a relação entre o corpo e a cidade e como ele se insere na paisagem sem estabelecer uma relação hegemônica, buscando uma dança que não é feita para se destacar do espaço público, mas talvez brote dele e o questione – essa tem sido a linha de pesquisa do Grupo Meio, que desenvolveu o projeto Corpos-paisagens: corpos que atravessam os fluxos da cidade, com diversas ações performativas, formativas e de investigação em dança. Nesse próximo sábado, dia 7 de agosto, às 12 horas o grupo estreia a série de vídeo 180, que irá lançar também o site onde esse e outros projetos de pesquisa estarão disponíveis para serem acessados.

Em 180, os artistas partem de diferentes pontos da cidade e da ideia do que se pode ser revelado da sua casa e do entorno, como um olhar sobre/do espaço público. Quando fala em território, o grupo abre para que ele seja explorado como um território sonoro, visual, virtual, de evocação de memórias, embates políticos, identitários, raciais, de gênero, cosmovisões, especulação imobiliária etc. “A cidade onde estamos, São Paulo, tal qual todo o mundo, continua vivendo um momento atravessado pela pandemia da Covid-19. Essa é a cidade que estamos usando como objeto e vemos que ela está em um momento muito agudo, pois sua própria identidade enquanto uma das cidades mais populosas do mundo e conhecida pelo seu fluxo financeiro, de mercadorias e pessoas teve seu modo de existir abalado. Sendo assim, o que seria uma intervenção urbana nessa São Paulo de hoje? Também buscamos nesse trabalho refletir sobre a importância de estar em um projeto financiado por dinheiro municipal e sabendo da crise econômica que acometeu a todes que vivem de eventos culturais, primeiras ações a serem canceladas pelo caráter perigoso, agora não só pelo cunho político e social que as manifestações culturais promovem, mas pelo simples fato de gerar aglomerações. Sendo assim, em 180, a gente não só remodela a ideia de intervenção como também busca financiar artistas de várias regiões para que pudessem estar com o grupo e contar com apoio financeiro”, explica Carolina Canteli.

O processo de participação de outros artistas se deu por meio de um chamamento aberto pelo Grupo Meio. Nele, foram escolhidos 20 artistas não só de diferentes regiões de São Paulo, como também de outras regiões do Brasil. Esses artistas criaram a partir do que foi orientado pelo Meio e Nina Giovelli, compartilhando suas presenças e experiências em suas localidades durante duas semanas de residência e co-criação. Os artistas que fazem parte da performance se colocaram de agasalhos coloridos e utilizando máscaras de grama artificial em lugares movimentados, com grande passagem de pedestres. Essas captações geraram os vídeos que compõem 180.

Grupo Meio

Direção artística: Carolina Canteli, Everton Ferreira e Iolanda Sinatra

Direção audiovisual: Lucas Reitano

Orientação da performance audiovisual: Carolina Canteli, Everton Ferreira, Iolanda Sinatra, Lucas Reitano, Maria Basulto e Nina Giovelli

Produção: Tetembua Dandara

Design Gráfico: João Brito

Compartilham presenças: Augusto Borges, Cássia Nunes, David Nery, Fabricio Enzo, Fe Menino, Felipe Santana, Florydo Fogo, Gabriel Villas, Karina Zichelle, Larissa Cavalcante da Silva, Manuel Victor dos Santos Pereira, Marlon de Paula, OEFEHÁ, Paulo Carpino, Quebrantxy, Felipe Teixeira, Stéphane Marçal Sabino, TaySonPio, Theuse Luz de Pavuna e Xan Marçall.

Sobre 180 | 180 é uma intervenção de dança em que es performers vestides/as/os de agasalhos coloridos e utilizando máscaras de grama artificial, se colocam em um local de grande fluxo de pedestres da cidade. Essas criaturas não identificáveis geram um ponto de destaque visual em meio ao cenário urbano já tão diverso e controverso e reforçam um contraponto em relação a mobilidade dos centros urbanos, uma vez que o fazer/estar destes não está implicado nas ações de correr, falar, vender, comprar, passar por, mas sim, permanecer num único ponto realizando um giro de 180º em torno de si próprio em um período de 30 minutos.

Serviço:

180 – Série de vídeos online que estreia no dia 7 de agosto, às 12 horas. https://www.grupo-meio.com/.

LONA Galeria apresenta exposição inédita “Cadernos de Artista”

São Paulo, por Kleber Patricio

Caderno de Liliana Alves. Fotos: divulgação/LONA Galeria.

Cadernos de artista é uma exposição coletiva de 23 artistas e a partir de 28 de agosto, sábado, estará aberta ao público no anexo LONA Galeria, localizada no Centro de São Paulo, com visitação presencial em horários agendados, seguindo os protocolos de medidas sanitárias. Terá também visitação virtual 3D com acesso liberado dias depois da inauguração presencial.

O projeto surgiu da necessidade de explorar outros suportes para a expressão artística. Desta forma, a galeria encomendou cadernos em branco e entregou para 23 artistas, podendo assim assumir distintas finalidades: suporte para teste de materiais e técnicas, bloco de notas e diário visual, entre outras. O caderno é um recurso que possibilita o artista acompanhar seu próprio processo, observando e refletindo sobre sua prática e pode ser também um recurso de sua formação.

A ideia de um projeto com cadernos de artistas partiu do responsável pela LONA Galeria, Duilio Ferronato, mas só se concretizou a partir de um encontro com o curador e editor Eder Ribeiro, que trabalha na orientação de diversos artistas e se juntou à exposição assumindo a curadoria. “Eu já tinha essa fixação por cadernos de artistas. Sempre quando vou a ateliês eu olho os cadernos, os rabiscos. Cadernos de artistas é uma expressão de arte muito interessante e quando conheci o Eder eu pensei que ele era o cara que estava me faltando para dar o primeiro passo e iniciar este projeto, pelo contato e conhecimento dele no cotidiano de criação de tantos artistas”, explica Duilio.

Caderno de Gabriel Pessoto.

Eder esclarece que as obras possuem temas livres, mas são conectadas com as pesquisas visuais de seus autores. Segundo ele, também houve a possibilidade de convidar os artistas para expor alguns cadernos que eles fizeram ao longo da carreira. “Nós vamos fazer uma seleção e vai entrar junto com esses cadernos produzidos para o projeto”.

Para os artistas, o material comporta grande importância em seus processos. Eles revelam caminhos, considerando que eles buscam as questões de suas pesquisas produzindo e indagando sobre suas próprias produções. “Uma artista, por exemplo, fez uma série só de gravuras, é um conjunto de imagens a partir de uma técnica. Outros fazem livremente desenhos, rabiscos ou teste de materiais. Tem alguns que colam tecidos porque estão fazendo pesquisas sobre materiais. Mas no final, todos eles são cadernos de artistas e são objetos artísticos mostrando momentos, conceitos e criações de cada um”, explica Eder, com exemplos do que está por vir na exposição.

Sobre Duilio Ferronato | Duilio Ferronato nasceu em Avaré em 1963, interior de SP, aos seis anos foi para São Paulo e estudou no colégio dos padres Agostinianos. Aos 19 anos foi para Londres estudar Artes Visuais no London College e, terminando o curso, voltou para São Paulo. Trabalhou na Tok Stok e diversas lojas pelo mundo. Formado também em Arquitetura, passou a escrever para as revistas TPM, TRIP e GMagazine e jornal Folha de São Paulo e depois foi estudar cinema em Cuba. Escreveu roteiros e fez programas de TV. Trabalhou de cozinheiro num navio, viajou pelo mundo cozinhando. Foi estudar na Cordon Bleu em Paris. Voltou para São Paulo e foi sócio de um restaurante, mas acabou voltando para as artes. Agora escreve, faz curadorias e tem uma galeria com o marido, a LONA galeria.

Caderno de Gustavo Aragoni.

Sobre Eder Ribeiro |Eder Ribeiro é curador e editor brasileiro, baseado em São Paulo. Possui mestrado em Arquitetura (Ecole National Superièure d’Architecture Paris Malaquais) e Artes visuais/Fotografia (Université Paris 8). Tem como principais eixos de pesquisa a fotografia vernacular/anônima, a fotografia contemporânea e o fotolivro. Colaborou com as galerias Le Douches la Galerie (Paris) e RocioSantaCruz (Barcelona), com a ABACT (Associção Brasileira de Arte Contemporânea) e com a Feira de publicações ArtsLibris, (Barcelona). Em 2017 criou o projeto esquina de pesquisa curatorial (Fotografia e além – 2017, A ilusão da casa – 2018), do qual foi curador e produtor. Coordena dois Grupos de Estudos ligados à narrativa fotográfica e o foto livro, na Casa Contemporânea em São Paulo e em Ribeirão Preto, além de ministrar curso de linguagem fotográfica e publicação na Escola Portfolio de Curitiba (PR). Produziu e fez a curadoria da exposição de publicações Foto-Texto (foto livros, livro de artista e fanzines), e When we left to the moon de Vitor Bossa, ambas em 2020, na Casa Contemporânea/São Paulo. Foi um dos coordenadores do Festival IMAGINÁRIA (2021), dedicado ao foto livro. Atualmente se dedica principalmente à edição de foto livros e livros de artista, prestando assessoria a diferentes artistas por meio da Alter Edições, casa de edições independente.

Sobre a LONA Galeria | A LONA Galeria abriu suas portas na Barra Funda em março de 2019, em uma parceria entre o curador Duílio Ferronato e o artista Higo Joseph. Com foco em artistas que estão iniciando a carreira e em ascensão com potencial artístico e de mercado, a galeria apresenta exposições individuais e coletivas produzidas por meio de curadores parceiros. Conta com dois espaços: a galeria, em um sobrado no bairro da barra funda, e o anexo, localizado no primeiro andar de um edifício histórico no centro de São Paulo. Tem como missão a inserção de artistas emergentes no circuito e um primeiro contato com o mercado e instituições de arte, como também o incentivo a novos colecionadores.

Serviço:

Curadoria: Eder Ribeiro

Coordenação: Duilio Ferronato

Abertura: sábado, 28 de agosto 2021

Encerramento: sábado, 9 de outubro 2021

Local: Anexo LONA

Rua São Bento, 181 – 1º. andar – Centro, São Paulo/SP

Contato: (11) 99403-0023

Entrada gratuita

Visitação: das 13h às 18h, com horário agendado, presencial e on-line em 3D

Número de obras: 50 cadernos

Técnicas: desenhos, pinturas, colagens, aquarelas, recortes

Preços: de R$2.000,00 a R$23.000,00

Site: http://www.lonagaleria.com

Instagram: https://www.instagram.com/lonagaleria/

Facebook: https://www.facebook.com/lonagaleria.

CCBB RJ antecipa comemorações do centenário da Semana de 22 com mostra inédita

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

“Pameri Yukese”, 2020, Daiara Tukano –
Acrílica sobre tela – 170 x 700 cm – acervo da artista.

Celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e lançar luz aos traços, remanescências e conquistas que o movimento trouxe, no decorrer dos últimos 100 anos, às artes plásticas do Brasil e refletir, a partir da atualidade, sobre um processo de rever e reparar este contexto – este é o objetivo de Brasilidade Pós-Modernismo, mostra que será apresentada entre 1 de setembro e 22 de novembro no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, com patrocínio do Banco do Brasil e realização por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo e Governo Federal.

Com curadoria de Tereza de Arruda, a mostra chama atenção para as diversas características da arte contemporânea brasileira da atualidade cuja existência se deve, em parte, ao legado da ousadia artística cultural proposta pelo Modernismo. Nuances que o público poderá conferir nas obras dos 51 artistas de diversas gerações que compõem o corpo da exposição, entre os quais Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, Arnaldo Antunes, Cildo Meireles, Daniel Lie, Ernesto Neto, Ge Viana, Jaider Esbell, Rosana Paulino e Tunga.

“Voluta e Cercadura”, 2013, Adriana Varejão – óleo e gesso sobre tela – 150 x 150 cm – coleção da artista – Foto: Jaime Acioli.

“Esta exposição não é idealizada com o olhar histórico, mas sim, focada na atualidade com obras produzidas a partir de meados da década de 1960 até o dia de hoje, sendo algumas inéditas; ou seja, já com um distanciamento histórico dos primórdios da modernidade brasileira”, explica Tereza de Arruda. “Não é uma mostra elaborada como um ponto final, mas sim, como um ponto de partida, assim como foi a Semana de Arte Moderna de 1922 para uma discussão inovadora a atender a demanda de nosso tempo conscientes do percurso futuro guiados por protagonistas criadores”, completa a curadora.

Organizada em seis núcleos temáticos – Liberdade, Futuro, Identidade, Natureza, Estética e Poesia –, a mostra apresenta pinturas, fotografias, desenhos, esculturas, instalações e novas mídias. Segundo Tereza de Arruda, por meio deste conjunto plural de obras, “a Brasilidade se mostra diversificada e miscigenada, regional e cosmopolita, popular e erudita, folclórica e urbana”.

LIBERDADE | Abrindo a exposição, o núcleo Liberdade reflete sobre as inquietações e questionamentos remanescentes do colonialismo brasileiro do período de 1530 a 1822, além de suas consequências e legado histórico. São fatores decisivos para a formação das características do contexto sociopolítico-cultural nacional, que se tornaram temas recorrentes em grande parcela da produção cultural brasileira.

“Meu Matuto Predileto”, 2013, Fábio Baroli – Óleo e carvão sobre tela – 150 x 260 x 5 cm  – (tríptico medida total) – Acervo Sérgio Carvalho.

Em 1922, os modernistas buscavam a ruptura dos padrões eurocentristas na cultura brasileira e, hoje, os contemporâneos que integram esse núcleo – Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, José Rufino, Rosana Paulino, Farnese de Andrade, Tunga, Ge Viana e José De Quadros – buscam a revisão da história como ponto de partida de um diálogo horizontal, enfatizando a diversidade, a visibilidade e inclusão.

FUTURO | O grupo da vanguarda modernista brasileiro buscava o novo, o inovador, desconhecido, de ordem construtiva e não destrutiva. E um exemplo de futuro construtor é Brasília, a capital concebida com uma ideia utópica e considerada um dos maiores êxitos do Modernismo do Brasil. “Sua concepção, idealização e realização são uma das provas maiores da concretização de uma ideia futurista”, comenta Tereza de Arruda. Com foco em Brasília como exemplo de utopia futurista, este núcleo reúne esboços e desenhos dos arquitetos Lina Bo Bardi, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, obra da artista Márcia Xavier e registros captados pelo fotógrafo Joaquim Paiva e o cineasta Jorge Bodanzky.

IDENTIDADE | A busca por um perfil, uma identidade, permeia a história da nação brasileira. E é partir desta busca que se forma o conjunto exibido no núcleo Identidade. As obras de Alex Flemming, Berna Reale, Camila Soato, Fábio Baroli, Flávio Cerqueira, Glauco Rodrigues e Maxwell Alexandre apresentam uma brasilidade com diversas facetas da população brasileira.

A Visita dos Ancestrais, 2021, Jaider Esbell
Acrílica e caneta posca sobre tela
111,2 x 225,7 cm
coleção do artista.

“Falamos aqui do ‘Brasil profundo’, enfatizado já em obras literárias emblemáticas e pré-modernistas como o livro Os sertões, de Euclides da Cunha (1866-1909), publicado em 1902. Já neste período, o Brasil estava dividido em duas partes que prevalecem até hoje: o eixo Rio-São Paulo, das elites consequência de uma economia promissora proveniente do desenvolvimento financeiro e intelectual e, consequentemente, berço da Semana de Arte Moderna realizada 20 anos após esta publicação, e o sertão, desconhecido, acometido pela precariedade e desprezo de seu potencial”, reflete Tereza de Arruda.

NATUREZA | O território brasileiro é demarcado por sua vastidão, pluraridade de biomas e importância de caráter global. Neste núcleo, as obras dos artistas Armarinhos Teixeira, Caetano Dias, Gisele Camargo, Luzia Simons, Marlene Almeida, Paulo Nazareth, Rosilene Luduvico e Rodrigo Braga norteiam questões de enaltação, sustentabilidade e alerta quanto à natureza e o relacionamento do ser humano como corpo imerso no legado da “terra brasilis”.

ESTÉTICA | Reunindo trabalhos de Barrão, Beatriz Milhazes, Cildo Meireles, Daniel Lie, Daiara Tukano, Delson Uchôa, Emmanuel Nassar, Ernesto Neto, Francisco de Almeida, Jaider Esbell, Judith Lauand, Luiz Hermano, Mira Schendel e Nelson Leirner, este núcleo surge a partir da reflexão sobre movimentos como o antropofágico, ação fundamental para o entendimento da essência da Brasilidade e um marco na história da arte do Brasil. Foi através dele que a identidade cultural nacional brasileira foi revista e passou a ser reconhecida.

“Atualizações Traumáticas de Debret”, 2019-2021, Ge Viana – colagem digital – 42 x 59,4 cm – coleção da artista.

E, segundo explica a curadora, isso se deu em 1928 com a publicação do Manifesto Antropófago publicado por Oswald de Andrade na Revista de Antropogafia de São Paulo. No texto, o poeta fazia uma associação direta à palavra “antropofagia”, em referência aos rituais de canibalismo nos quais se pregava a crença de que após engolir a carne de uma pessoa seriam concedidos ao canibal todo o poder, conhecimentos e habilidades da pessoa devorada. “A ideia de Oswald de Andrade foi a de se alimentar de técnicas e influências de outros países – neste caso, principalmente a Europa colonizadora – e, a partir daí, fomentar o desenvolvimento de uma nova estética artística brasileira. Na atualidade, como aqui vemos, não está à sombra de uma herança e manifestações europeias, mas sim, autônoma e autêntica miscigenada com elementos que compõem a Brasilidade dominada por cores, ritmos, formas e assimilação do díspar universo de linguagens e meios que a norteiam”, comenta Tereza de Arruda.

POESIA | A Semana de Arte Moderna e o movimento modernista em si pleitearam a independência linguística do português do Brasil do de Portugal. Os modernistas acreditavam que o português brasileiro haveria de ser cultuado e propagado como idioma nacional. Neste núcleo, são exibidas obras de poesia concreta, poesia visual e apoderamento da arte escrita – a escrita como arte independente, a escrita como elemento visual autônomo, a escrita como abstração sonora – dos artistas André Azevedo, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Floriano Romano, Júlio Plaza, Lenora de Barros, Rejane Cantoni e Shirley Paes Leme.

Lista completa de artistas

Adriana Varejão, Alex Flemming, André Azevedo, Anna Bella Geiger, Armarinhos Teixeira, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos/Júlio Plaza, Barrão, Berna Reale, Beatriz Milhazes, Camila Soato, Caetano Dias, Cildo Meireles, Daiara Tukano, Daniel Lie, Delson Uchôa, Ernesto Neto, Emmanuel Nassar, Fábio Baroli, Farnese de Andrade, Flávio Cerqueira, Floriano Romano, Francisco de Almeida, Ge Viana, Glauco Rodrigues, Gisele Camargo, Jaider Esbell, Joaquim Paiva, Jorge Bodanzky, José De Quadros, José Rufino, Judith Lauand, Júlio Plaza, Lenora de Barros, Lina Bo Bardi, Lúcio Costa, Luiz Hermano, Luzia Simons, Márcia Xavier, Marlene Almeida, Maxwell Alexandre, Mira Schendel, Nelson Leirner, Oscar Niemeyer, Paulo Nazareth, Rejane Cantoni, Rodrigo Braga, Rosana Paulino, Rosilene Luduvico, Shirley Paes Leme e Tunga.

Visitação | O CCBB-Rio de Janeiro funciona de quarta a segunda (fecha terça), das 9h às 19h aos domingos, segundas e quartas e das 9h às 20h às quintas, sextas e sábados. A entrada do público é permitida apenas com agendamento online (eventim.com.br), o que possibilita manter um controle rígido da quantidade de pessoas no prédio. Ainda conta com fluxo único de circulação, medição de temperatura, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e sinalizadores no piso para o distanciamento.

Sobre a curadora | Tereza de Arruda é mestre em História da Arte, formada pela Universidade Livre de Berlim. Vive desde 1989 entre São Paulo e Berlim. Em 2021, foi bolsista da Fundação Anna Polke em Colônia para pesquisa da obra de Sigmar Polke. Como curadora, colabora internacionalmente com diversas instituições e museus na realização de mostras coletivas ou monográficas, entre outras, em 2021, Art Sense Over Walls Away, Fundação Reinbeckhallen Berlin; Sergei Tchoban Futuristic Utopia or Reality, Kunsthalle Rostock; em 2019/2021, Chiharu Shiota linhas da vida, CCBB RJ-DF-SP; Chiharu Shiota linhas internas, Japan House; em 2018/2019, 50 anos de realismo – do fotorrealismo à realidade virtual, CCBB RJ-DF-SP; em 2018, Ilya e Emilia Kabakov Two Times, Kunsthalle Rostock; em 2017, Chiharu Shiota Under The Skin, Kunsthalle Rostock; Sigmar Polke Die Editionen, me collectors Room Berlin; Contraponto Acervo Sergio Carvalho, Museu da República DF; em 2015, InterAktion-Brasilien, Castelo Sacrow/Potsdam; Bill Viola na Bienal de Curitiba; Chiharu Shiota em busca do destino, SESC Pinheiros; em 2014, A arte que permanece, Acervo Chagas Freitas, Museu dos Correios DF-RJ; China Arte Brasil, OCA; em 2011, Sigmar Polke realismo capitalista e outras histórias ilustradas, MASP; India lado a lado, CCBB RJ-DF-SP e SESC; em 2010, Se não neste tempo, pintura contemporânea alemã 1989-2010, MASP. Desde 2016 é curadora associada da Kunsthalle Rostock. Curadora convidada e conselheira da Bienal de Havana desde 1997 e cocuradora da Bienal Internacional de Curitiba desde 2009. (https://www.p-arte.com).

Serviço:

Mostra coletiva Brasilidade Pós-Modernismo

Curadoria: Tereza de Arruda

Período expositivo: 1º de setembro a 22 de novembro

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB Rio de Janeiro

Endereço: R. Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro – RJ

Funcionamento: quarta a segunda (fecha terça), das 9h às 19h aos domingos, segundas e quartas e das 9h às 20h às quintas, sextas e sábados.

*É necessário realizar agendamento prévio no site eventim.com.br

Site: bb.com.br/cultura

Redes Sociais: Facebbok: facebook.com/ccbb.rj | Instagram:@ccbbrj

Entrada gratuita, mediante a retirada de ingressos na bilheteria

Classificação: Livre.