Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Sala Palma de Ouro recebe espetáculo musical “Chicago” em agosto

Salto, por Kleber Patricio

História é uma sátira à corrupção criminal que ocorria nos anos 20 em Chicago e celebridades criminais. 

No dia 28 de agosto, o grupo de teatro Yara Produções Artísticas apresentará o espetáculo musical Chicago, que será realizado em parceria com a Bravo Cultural Produção Local, na Sala Palma de Ouro, em Salto, às 20h00. O espetáculo tem classificação indicativa de 16 anos.

A história é uma sátira à corrupção criminal que ocorria nos anos 20 em Chicago e celebridades criminais. Velma Kelly, famosa vedete, assassinou sua irmã e seu marido e acabou na prisão Cook. Roxie Hart mata seu amante e vai para a mesma prisão, onde Mama Morton é a carcereira. Entre sonhos e devaneios de Roxie dentro do presídio, conhece, para representá-la no tribunal, o advogado Billy Flynn, que nunca perdeu uma causa. O advogado orquestra toda a história com muita malandragem e convence o marido de Roxie, Amos Hart, de que ela é realmente inocente. Cheio de música e dança, Chicago, O Musical traz personagens para divertir o público.

O espetáculo tem Yara Napoli como diretora geral, Leandro Mendes como diretor musical e Iara Fioravanti como diretora coreográfica. No elenco, estão Camila Luiza, Damiana Miccheletto, Djéssica Alves, Eliel Carvalho, Fernanda Napoli, Iara Fioravanti, Jean Pino, Jéssica Nasso, Leandro Mendes, Letícia Napoli, Luciana Portilho, Luiz Gustavo Camargo, Nathália Pereira, Rafael Cavacchini, Renata Oliveira e Yara Napoli. Já no corpo de baile, estão Brenda Stranghiti, Claudia Medeiros, Cleyton Fonseca, Emilyane Vecchi, Francisco Amantéa, Henrique Macena, Vinícius Felix, Marília Arede, Micaella Galdolfi e Oswaldo Guarnieri. Cantores: André Pires, Felipe Viturino e Paulo Longares.

Os ingressos para o espetáculo custam R$33,00 comprando pelo WhatsApp (11) 99419-3761 ou (11) 93766-4982, com Renata Oliveira.

Serviço:

Chicago O Musical

Data: 28 de agosto (sábado)

Horário: 20h

Local: Sala Palma de Ouro – Salto/SP

Endereço: Rua Prudente de Morais, 580, centro de Salto/SP

Ingressos: R$33,00 pelo WhatsApp (11) 99419-3761 ou (11) 93766-4982, com Renata Oliveira

Instagram: @yaraprodart.

Cia. Mundu Rodá apresenta espetáculos online “Vida de Cão – Coração de Herói” e “Donzela Guerreira” na quarta-feira (4)

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Em comemoração aos seus 20 anos, a Cia. Mundu Rodá apresenta, na quarta-feira (4), os espetáculos online Vida de Cão – Coração de Herói, às 15h, e Donzela Guerreira, às 19h, pelo Facebook e Youtube (@MunduRoda).

Voltado ao público infantil, Vida de Cão – Coração de Herói conta a história de um cachorro manso, brincalhão, que adorava sua dona e vivia num vilarejo bonito e tranquilo. Porém, tudo muda com a chegada de uma onda gigante de lama tóxica, que inunda todo seu povoado e o deixa sozinho. Sem sinais de resgate, o esperto vira-lata decide, então, embarcar numa poltrona toda destruída e navegar pelo Rio Doce em busca de sua família da espécie “gente”. Uma viagem pelo leito contaminado repleta de surpresas, emoção e aprendizagem.

Seguindo as apresentações, a Cia. exibe, às 19h, o espetáculo juvenil Donzela Guerreira, uma trama repleta de amor impossível, revelação tardia e saudade incomensurável. Donzela Guerreira é a busca de uma tradução poética – do romance de tradição oral que narra a trajetória da donzela que vai à guerra –, atualizada no tempo, no espaço, nos sons, nas palavras e nos corpos dos atores-pesquisadores Juliana Pardo e Alício Amaral. A história se resume na travessia de uma jovem que se disfarça de homem para seguir em combate no lugar de seu velho pai, representando o único filho varão da família. Como soldado, ela se apaixona por seu Capitão e este, por ela. Sem revelar sua verdadeira identidade, Donzela e Capitão travam suas próprias batalhas, colocando à prova seus princípios, sentimentos e desejos.

Por meio da apresentação de fragmentos – como é comum na transmissão de tradição oral –, mais que representar a vida de uma donzela que vai à guerra, o foco do espetáculo está na reflexão sobre o gênero e o amor, em uma abordagem ampla e aberta, convidando o espectador a participar ativamente na construção da narrativa, preenchendo as lacunas e criando sua própria interpretação.

Sobre a Cia. Mundu Rodá | Fundada por Juliana Pardo e Alício Amaral, a Cia. Mundu Rodá estabelece desde o ano 2000 uma ligação intensa com o estado de Pernambuco em uma troca constante com brincadores e mestres de Cavalo Marinho e Maracatu Rural. Há duas décadas se dedica à produção da cena contemporânea em diálogo com as formas e conteúdos das tradições cênicas brasileiras. Para saber mais sobre a Cia. Mundu Rodá, acesse www.munduroda.com.

Instituto Artium abre as portas em SP com a mostra “Semana de 21”

São Paulo, por Kleber Patricio

O Palacete Stahl, sede do Instituto Artium. Fotos: divulgação.

O Instituto Artium, entidade cultural sem fins lucrativos fundada em 2019, abre as portas para o público em agosto de 2021 com exposição coletiva inédita intitulada Semana de 21, com curadoria do artista plástico e fotógrafo Alberto Simon. Localizada na Rua Piauí, no bairro Higienópolis, a propriedade de 1700 m² e arquitetura eclética foi construída no estilo Luis XVI e passou por um minucioso trabalho de restauro visando à manutenção e recuperação do patrimônio histórico. A estrutura foi construída entre 1920 e 1921.

História do Palacete Stahl | O Palacete Stahl, de arquitetura eclética, foi construído no estilo Luis XVI modernizado em 1920 e 1921. O objetivo era hospedar a primeira representação diplomática da coroa da Suécia em São Paulo e servir de residência ao cônsul, o Comendador Gustav Stahl. Em 1924, foi comprado pelo Coronel José de Souza Ferreira, cafeicultor em Itapira, SP e se tornou residência unifamiliar. O banqueiro e fazendeiro Francisco José Pereira Leite adquiriu o imóvel em 1932.

O Império do Japão adquiriu a residência em 1940 para servir como território consular e hospedar seu Cônsul-Geral. Com o ataque a Pearl Harbour, em dezembro de 1941, o corpo diplomático japonês deixou o Brasil um ano depois e passou a guarda para a representação diplomática da Espanha na cidade e, depois, à guarda da Coroa da Suécia. Em 1951, o palacete foi reaberto pelo governo do Japão como escritório de representação. Em 1952, após o pleno restabelecimento das relações diplomáticas entre Brasil e Japão, o Palacete readquire status diplomático e passa a ser utilizado como residência consular.

Obra de Thomaz Rosa que faz parte da mostra “Semana de 21”.

Em 1970, o então Cônsul-Geral Nobuo Okuchi foi sequestrado no cruzamento das ruas Alagoas e Bahia por um grupo contrário ao governo. Ele foi libertado cinco dias depois em troca de presos políticos. Dez anos depois, o governo do Japão transferiu sua residência consular e o Palacete Stahl perdeu seu uso.

Em 1980 tem início um período marcado por décadas de severa deterioração, até ser tombado, em 2005, pelo Conpresp. O Palacete Stahl é reconhecido como patrimônio histórico. O atual proprietário o adquire em 2007. Em 2009 têm início as obras para restabelecer a habitabilidade do palacete.

A partir de janeiro de 2020, o Instituto Artium transferiu sua sede para o imóvel e dá início ao cumprimento da determinação do Conpresp de restaurar sua fachada com a remoção da pintura e massa acrílica acrescidas, revelando sua textura original recoberta por massa cimentícia áspera, colorida por velatura especial, que remete ao limestone francês, característico das construções da época. Além disto, são restauradas algumas características ornamentais e decorativas internas originais de sua construção.

Obra de Renata De Bonis faz parte da mostra.

Exposição Semana de 21 | Na mostra, as obras não pretendem “dialogar” com o espaço, mas evidenciar o contraste que representam os 100 anos desde sua construção até sua reabertura como Instituto Artium. A exposição é guiada por uma produção atual de artistas de diversas gerações que fazem uso de diferentes suportes e promovem uma reflexão do momento atual e do retorno à normalidade em um mundo pós-pandêmico. “A Semana de 21 é uma exposição que celebra a diversidade de linguagens e mídias, sem uma proposta de coesão visual ou de conteúdo, que representa a enorme complexidade do mundo atual por meio de obras de 18 artistas”, afirma Alberto Simon, curador da exposição.

O espaço expositivo é organizado em duas salas internas e o jardim externo. A exposição tem início em 10 de agosto e encerra-se em 24 de outubro de 2021 com acesso gratuito ao público. O espaço está com a capacidade reduzida seguindo as orientações do governo estadual em relação à pandemia de Covid-19.

Apresentado por: Ministério do Turismo e Comgás | Realização: Instituto Artium de Cultura, Secretaria Especial de Cultura, Governo Federal.

Ficha técnica da exposição

Curador: Alberto Simon

Cenógrafo: Alvaro Razuk

Artistas convidados: Adriano Costa, Alexandre Canonico, Bruno Baptistelli, Cleo Dobberthin, Daniel Albuquerque, Dudi Maia Rosa, Erika Verzutti, Fabio Miguez, Leda Catunda, Marcelo Cipis, Marcius Galan, Maria Noujaim, Paula Scavazini, Pedro Caetano, Renata De Bonis, Renata Lucas e Thomaz Rosa

Ficha técnica Instituto Artium:

Presidente: Carlos A. Cavalcanti

Diretor Geral: Vinícius Munhoz

Diretoras de Artes Visuais: Graziela Martine e Patrícia Barros

Diretor Técnico: Caio Malfatti

Coordenação de Projetos: Victor Delboni.

Serviço:

Endereço: Rua Piauí, 874 – Higienópolis, São Paulo – SP – Brasil

Período: de 10/8 a 24/10

Horários de funcionamento: terça a domingo das 9h às 18h

Exposição gratuita

Agendamento online pelo site https://www.eventim.com.br/

Sobre Artium | O Instituto Artium, entidade cultural sem fins lucrativos, realiza projetos culturais de impacto nacional. Sua programação contempla projetos de artes visuais, artes cênicas, restauro de patrimônio imaterial, restauro de patrimônio material e projetos educativos no campo da arte e educação. O palacete histórico, sede da entidade, localizado no bairro de Higienópolis, é aberto ao público com acesso gratuito e toda programação pode ser conferida diretamente no site www.institutoartium.org.br.

“Meu nome é Bagdá” tem pré-estreia no Festival do Rio

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Luciana Barreto.

Lançado mundialmente no prestigioso Festival de Berlim de 2020 – onde conquistou o prêmio de melhor filme da mostra Generation 14plus –, o longa-metragem Meu nome é Bagdá tem pré-estreia na programação da Première Brasil Especial, promovida pelo Festival do Rio de 5 a 15 de agosto. A sessão, exclusiva para convidados, acontece em 10 de agosto, terça-feira, às 21h00, no Estação Net Botafogo (rua Voluntários da Pátria 88, Botafogo, Rio de Janeiro).

Produzido por Rafaella Costa para a Manjericão Filmes, Meu nome é Bagdá já foi selecionado para mais de 60 festivais internacionais realizados na Europa, América do Norte, América Latina, Ásia e na África. A obra acumula 14 premiações em eventos no exterior, entre elas a de melhor filme e melhor direção no Nordic International Film Festival, de Nova York; melhor filme pelo júri jovem do Gender Bender Festival, de Bolonha (Itália); melhor filme latino-americano no Festival de Cine Latinoamericano de La Plata (Argentina); prêmio do público no Cormorán Film Fest (Corunha, Espanha); e de melhor atriz – para Grace Orsato – e menção honrosa para o elenco feminino no Festival de Cine de Lima PucP (Peru).

No enredo do filme estão presentes temas como empoderamento feminino, assédio, preconceito a homossexuais e machismo. Bagdá, a personagem central do longa-metragem, é uma garota de 17 anos que vive na Freguesia do Ó, bairro da periferia da cidade de São Paulo. Ela anda de skate com um grupo de meninos e passa boa parte do tempo com sua família e as amigas de sua mãe. Juntas, elas formam um grupo de mulheres pouco convencionais. Quando Bagdá finalmente encontra um grupo de meninas skatistas, sua vida muda. Em seu cotidiano ela encontra apoio familiar e empoderamento feminino, mas também assédio sexual, preconceito a seus amigos homossexuais e machismo.

A diretora Caru Alves de Souza e as atrizes Grace Orsato (Bagdá) e Karina Buhr (Micheline).

A personagem título é interpretada pela skatista Grace Orsato, que vive seu primeiro papel no cinema. No elenco estão ainda Gilda Nomacce, a cantora e atriz Karina Buhr e a drag queen Paulette Pìnk.

Meu Nome é Bagdá tem distribuição no Brasil pela Pagu Pictures e, no exterior, pela empresa francesa Reel Suspects. Seu lançamento comercial em salas brasileiras de ocorrer nos próximos meses. Já na França, a previsão é para o mês de setembro.

Segundo Caru Alves de Souza, que também é corroteirista da obra, o roteiro “nasceu do desejo de contar uma história sobre situações cotidianas vividas por personagens oriundos de um bairro de classe média baixa da cidade de São Paulo, tentando encontrar a poesia existente nas situações prosaicas”. Segundo ela, a intenção foi fazer um filme “com personagens mulheres que fossem fortes e fugissem dos estereótipos e também se fortalecessem através dos laços criados entre si”. Com isso, “permitiriam ilhas de amor e afeto, num mundo que frequentemente é hostil a elas”, conclui a diretora.

Além do elenco principal, Meu nome é Bagdá tem também assinaturas de profissionais femininas no roteiro, direção, produção, fotografia e direção de arte.

Meu nome é Bagdá (Brasil, 99 min, ficção, 2020)

Com:

Grace Orsato (Bagdá)

Karina Buhr (Micheline)

Marie Maymone (Joseane)

Helena Luz (Bia)

Gilda Nomacce (Gladys)

Paulette Pink (Gilda)

Emílio Serrano (Emílio)

William Costa (Deco)

João Paulo Bienemann (Clever)

Nick Batista (Vanessa)

equipe:

Direção: Caru Alves de Souza

Produção: Rafaella Costa e Caru Alves de Souza

Produção Executiva: Rafaella Costa

Roteiro: Caru Alves de Souza e Josefina Trotta

(livremente inspirado no livro “Bagdá, o Skatista”, de Toni Brandão)

Direção de Fotografia: Camila Cornelsen

Direção de Arte: Marinês Mencio

Montagem: Willem Dias, AMC

Production designer: Marinês Mencio

Direção de Produção: Stella Rainer

Supervisor de som e mixagem: Pedro Noizyman

Uma produção Manjericão Filmes em coprodução com Tangerina Entretenimento – apoio: Tribeca Film Institute’s Latin America Fund e Programa Ibermedia para Desenvolvimento de Roteiro

Premiações:

Berlin International Film Festival – Berlinale – melhor filme na mostra Generation 14plus

Anual Nordic International Film Festival (Nova York, EUA) – melhor filme e melhor direção

Gender Bender Festival (Bolonha, Itália) – melhor filme pelo júri jovem

FESAALP – Festival de Cine Latinoamericano de La Plata (Argentina) – melhor filme latino-americano

Cormorán Film Fest – Festival de Cine Internacional de A Coruña (Corunha, Espanha) – prêmio do público

Festival de Cine de Lima PucP (Peru) – melhor atriz (para Grace Orsat) e menção honrosa para o elenco feminino

Festival Cine Júnior (Vale do Marne, França) – prêmio do júri estudantil

Festival de Cine de Mujeres de Santiago de Chile – FEMCINE – melhor longa-metragem internacional

R2R – Reel 2 Real International Film Festival for Youth (Vancouver (Canadá) – Prêmio Edith Lando Peace para “o filme que melhor usa a linguagem do cinema para avançar no estabelecimento de paz e justiça no mundo”

Bilbao Surf Film Festival (Espanha) – melhor filme de ação

CINELATINO Tübingen (Alemanha) – prêmio do público

Internationales Frauen* Film Fest (Alemanha) – prêmio do público.

Website: manjericaofilmes.com.br/project/meu-nome-e-bagda/

Instagram: www.instagram.com/meunomebagda/

YouTube: www.youtube.com/channel/UCvREitIqoImAcJU_JB-lcpQ.

Governo de SP reabre Museu da Língua Portuguesa

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Joca Duarte.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) reabriu oficialmente neste sábado (31) o Novo Museu da Língua Portuguesa, reconstruído após um incêndio em dezembro de 2015. A solenidade contou com a presença de autoridades nacionais e internacionais; entre elas, os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, o ministro da Cultura de Angola, Jomo Francisco Fortunato, os ex-presidentes brasileiros Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, entre outras. Após pouco mais de cinco anos, o espaço voltou a receber visitações neste domingo (1).

As obras de reconstrução começaram em 2017 e foram divididas em três fases: restauro do interior e das fachadas; reconstrução da cobertura destruída no incêndio; e intervenções de ampliação e melhoria. A partir de 2019, houve a implantação de conteúdo e experiências, iluminação externa e contratação de equipes. “O novo Museu da Língua Portuguesa traz para o panorama cultural brasileiro um surpreendente ambiente imersivo e tecnológico de valorização do nosso maior patrimônio cultural, a língua portuguesa, com destaque para sua diversidade e sua evolução. Mais do que a reforma e o restauro, o que houve no icônico espaço da Estação da Luz foi uma transformação. Trata-se de uma experiência ainda melhor e mais impactante do que a proporcionada anteriormente, antes do incêndio de 2015”, disse o secretário de Cultura e Economia Criativa Sérgio Sá Leitão.

O Governo de São Paulo, em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, recebeu o suporte de dezenas de parceiros e apoiadores. O investimento total foi de mais de R$85 milhões, incluindo a indenização do seguro e o patrocínio de diversas empresas, além do aporte do Estado e do apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, do ID Brasil e do Governo Federal, por meio da Lei Rouanet.

Todas as etapas da obra foram aprovadas por órgãos do patrimônio histórico como Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo).

Imersão e tecnologia | Instalado na histórica Estação da Luz, no coração da cidade que tem o maior número de falantes de português no mundo, o espaço celebra a língua como elemento fundador da nossa cultura. O Museu está sendo devolvido ao público transformado, mantendo o perfil inovador e com ambientes ainda mais imersivos e tecnológicos.

O Museu apresentará nesta nova fase experiências inéditas como as novas instalações “Línguas do Mundo”, “Falares” e “Nós da Língua Portuguesa”. No térreo, a edificação foi aberta à estação, com o objetivo de estreitar a comunicação entre o espaço cultural e o público.

No terceiro piso, foi construído um terraço aos pés da Torre do Relógio. O espaço é dedicado ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que morreu em maio deste ano. O Museu também ganhou um Centro de Referência da Língua Portuguesa, com vai funcionar como um fórum de estudos, pesquisas e aproximação entre países lusófonos.

Infraestrutura segura | A reconstrução incorporou melhorias de infraestrutura e segurança, especialmente contra incêndios, que superam as exigências do Corpo de Bombeiros. Entre as novas medidas, está a instalação de sprinklers (chuveiros automáticos) para reforçar o sistema de segurança contra incêndio. No caso do Museu, os sprinklers não são uma exigência legal, mas foram uma recomendação dos bombeiros para trazer mais segurança. O espaço também recebeu recursos de acessibilidade física e de conteúdo e reabre com Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.

Sustentabilidade | As diretrizes de sustentabilidade pautaram toda a obra e o Museu obteve o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) — um dos mais importantes do mundo na área de construções sustentáveis — na categoria Silver. Entre as medidas estão a adoção de técnicas para economia de energia na operação do museu, a gestão de resíduos durante as obras e a utilização de madeira que atende às exigências de sustentabilidade (certificada e de demolição).

Conteúdo renovado | Em sua exposição de longa duração, o Museu terá experiências inéditas e outras anteriormente existentes que marcaram o público em seus primeiros dez anos de funcionamento (2006-2015). Entre as novas instalações estão “Línguas do Mundo”, destacando 23 das mais de 7 mil línguas faladas hoje no mundo; “Falares”, apresentando os diferentes sotaques e expressões do idioma no Brasil; e “Nós da Língua Portuguesa”, um caminho pela presença do idioma no mundo e a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

As principais experiências seguem no acervo, como a instalação “Palavras Cruzadas”, que mostra línguas que influenciaram o português no Brasil; e a “Praça da Língua”, espécie de ‘planetário do idioma’ que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada em espetáculo imersivo de som e luz.

Com curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Hugo Barreto, o conteúdo foi desenvolvido com a colaboração de escritores, linguistas, pesquisadores, artistas, cineastas, roteiristas e artistas gráficos, entre outros profissionais de países de língua portuguesa, incluindo nomes como o músico José Miguel Wisnik, os escritores José Eduardo Agualusa, Mia Couto, Marcelino Freire e Antônio Risério, a slammer Roberta Estrela D’Alva e o documentarista Carlos Nader.

Entre os participantes de experiências presentes na expografia estão artistas como Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Laerte Coutinho, Guto Lacaz, Mana Bernardes e outros, em instalações audiovisuais e interativas assinadas por produtoras como SuperUber, FeelScience, 32Bits e MobContent.

Já a exposição temporária de reabertura do Museu, “Língua Solta”, traz a língua portuguesa em seus amplos e diversos desdobramentos na arte e no cotidiano. Com curadoria de Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos, a mostra conecta a arte à política, à vida em sociedade, às práticas do cotidiano e às formas de protesto e religião, em objetos sempre ancorados no uso da língua portuguesa.

Terraço Paulo Mendes da Rocha | Com a completa recuperação arquitetônica e readequação de seus espaços internos, o Museu manteve os conceitos estruturantes do projeto de intervenção original – assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro, em 2006 – e ganhou aperfeiçoamentos.

No térreo, o museu abre-se à Estação da Luz, reforçando a comunicação com a cidade. Nos andares superiores, espaços foram otimizados, novos materiais introduzidos e mais salas instaladas. No terceiro piso, foi concebido um terraço com vista para o Jardim da Luz e para a torre do relógio. O terraço homenageia o arquiteto Paulo Mendes da Rocha. A nova versão foi concebida por Pedro Mendes da Rocha e desenvolvida nas etapas de projetos pré-executivo e executivo pela Metrópole Arquitetura, sob a coordenação de Ana Paula Pontes e Anna Helena Villela.

Visitações | Em sua primeira etapa de funcionamento, o Museu recebeu cerca de 4 milhões de visitantes e promoveu mais de 30 exposições temporárias. Houve homenagens a escritores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Machado de Assis e Fernando Pessoa, além do cantor e compositor Cazuza. A poesia contemporânea e a arte moderna também foram temas de mostras.

Durante a reconstrução, o Museu continuou em contato com o público por meio de atividades culturais e educativas, como as realizadas no Dia Internacional da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, desde 2017, e a mostra itinerante “A Língua Portuguesa em Nós”, apresentada em 2018 em Cabo Verde, Moçambique e Angola, na África; em Portugal e no Brasil. Em 2020 e 2021, o Dia Internacional da Língua Portuguesa foi realizado de forma virtual, com série de eventos online que reuniram artistas de vários países de língua portuguesa.

Serviço:

Museu da Língua Portuguesa

Endereço: Praça da Luz, s/n. Acesso pelo Portão A – em frente à Pinacoteca.

Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até as 18h)

Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia) – Crianças até 7 anos não pagam – Grátis para todos aos sábados – Vendas exclusivamente pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/68203/.

Os ingressos poderão ser adquiridos exclusivamente pela internet, com dia e hora marcados, e a capacidade de público está restrita a 40 pessoas a cada 45 minutos. Os visitantes receberão chaveiros touchscreen para evitar toque nas telas interativas.