Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
No próximo dia 25 de julho, às 17 horas, a Orquestra Sinfônica Heliópolis sobe ao palco do Auditório Ibirapuera ao lado dos cantores Toni Garrido e Lucy Alves. Ainda sem venda de ingressos, o concerto será transmitido ao vivo pelo YouTube. O evento faz parte da série de concertos populares Heliópolis & Simoninha Convidam e integra a Temporada de Concertos 2021 do Instituto Baccarelli. Com curadoria do cantor, compositor e produtor musical Wilson Simoninha, a série funde o melhor da música popular com a linguagem orquestral.
Uma das bases fundamentais do projeto é convidar artistas de diferentes estilos musicais e, acima de tudo, garantir inclusão, representatividade e diversidade de gênero e raça e a cada live. Unir duas vozes negras – uma delas nordestina – a uma orquestra que se originou na favela é de enorme relevância, até mesmo para os alunos do Instituto Baccarelli, que residem em uma comunidade predominantemente formada por migrantes do Norte e Nordeste brasileiro.
No repertório, clássicos da música brasileira na voz de Toni Garrido, como Chega de Saudade e Girassol, sucesso da banda Cidade Negra. Lucy Alves leva seu acordeom para a cena e canta músicas como Me Deixa Ser Mulher e Xote dos Milagres. Os dois ainda dividirão o palco com Simoninha em alguns momentos, com canções de Jorge Ben Jor e Milton Nascimento.
Como todos os concertos do Instituto Baccarelli, este também vai incentivar a ajuda para a frente Tocando Juntos Por Heliópolis, lembrando que as pessoas, especialmente moradoras de favelas, continuam lutando para sobreviver à crise agravada pela pandemia.
A programação da temporada como um todo tem música erudita e popular, alternando repertórios instrumentais – nos segundos domingos de cada mês – com os concertos populares, nos quartos domingos do mês. Ao longo do ano, vão sendo divulgados os nomes das atrações e dos convidados que irão se apresentar ao lado dos jovens músicos. O maestro Edilson Ventureli assumirá a regência da maioria dos concertos, que não poderão contar, ainda, com o maestro titular e diretor artístico da OSH Isaac Karabtchevsky devido à pandemia.
Ainda por conta da pandemia, desde 2020 os concertos passaram a ser transmitidos ao vivo pela internet pelo canal do YouTube do Instituto Baccarelli. Pensando na qualidade do conteúdo e da transmissão pelas telas, o Instituto firmou parcerias com os melhores fornecedores de áudio, iluminação e vídeo-transmissão para realizar concertos com excelente nível cenográfico e de destaque no mercado.
Neste ano, o palco ocupado é o do Auditório Ibirapuera, localizado dentro do Parque Ibirapuera, outro importante corredor cultural da cidade a receber a Orquestra Sinfônica Heliópolis.
A apresentação seguirá o protocolo de segurança sanitária para prevenção contra a Covid-19 desenvolvido pelo Instituto Baccarelli com base em diversas premissas definidas nos meios cultural e musical, protegendo músicos e equipe de produção. Ainda sem bilheteria aberta, o evento dará acesso a um seleto número de convidados, uma forma de preparação para passar a receber uma quantidade controlada de público em breve.
Toni Garrido | Toni Garrido é um cantor, compositor, multi-instrumentista, apresentador e ator brasileiro. É o vocalista da banda de reggae brasileira Cidade Negra. Com o grupo, lançou discos como Sobre Todas as Forças, campeão de vendas da época, atingindo 800 mil cópias e estourando músicas como Aonde Você Mora e Pensamento. O álbum O Erê, de 1996, emplacou o CD Duplo de Platina, com canções como Firmamento e Realidade Virtual. Com o projeto Noites de Orfeu, tem realizado o desejo de contar a história da amizade e parceria entre Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que se conheceram para criar o musical Orfeu da Conceição – que inspirou o diretor Cacá Diegues a produzir o filme Orfeu, no qual Toni foi protagonista.
Lucy Alves | Uma das mais prestigiadas artistas do Brasil na atualidade. Cantora, compositora, atriz e musicista, ela é conhecida do público brasileiro desde o grupo Clã Brasil, formado no início dos anos 2000, ao lado de sua família. Em 2013 ganhou popularidade e alçou o estrelato quando foi uma das finalistas da segunda temporada do programa The Voice Brasil. Desde então, acrescentou ao seu currículo participação em três novelas da Rede Globo, o papel principal no musical Nuvem de Lágrimas e diversos lançamentos musicais (com destaque para os EPs Santo Forte, de 2018, e Chama, de 2020). Em 2016, Lucy foi indicada ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Músicas de Raízes Brasileiras com o álbum No Forró do Seu Rosil, gravado juntamente com o grupo Clã Brasil.
Campanha Tocando Juntos por Heliópolis | Durante a live, o público poderá fazer doações para a campanha Tocando Juntos por Heliópolis, organizada pelo Instituto Baccarelli com o intuito de minimizar os efeitos da pandemia na comunidade. Com apoio de empresas que apadrinham o projeto e doadores individuais, a campanha já arrecadou mais de 500 toneladas de alimentos e R$952 mil para as famílias da comunidade. As doações ainda podem ser realizadas por meio da página https://institutobaccarelli.doareacao.com.br/campanha/tocando_juntos_por_heliopolis.
Sobre o Instituto Baccarelli | O Instituto Baccarelli é uma das organizações sem fins lucrativos mais respeitadas no Brasil por proporcionar ensino de excelência combinando três eixos de grande importância: cultural, educacional e social. Além disso, formou a primeira orquestra do mundo em uma favela, quebrando diversas barreiras. Com direção artística e regência de um dos maiores maestros da atualidade, Isaac Karabtchevsky, a instituição oferece todas as atividades gratuitamente e tem sua sede na comunidade de Heliópolis, onde atua há 24 anos como agente de transformação social por meio da arte. Mais do que dar acesso ao ensino musical, o instituto mostra um futuro com mais perspectivas àqueles que, pela desigualdade, são colocados à margem da sociedade. Para mais informações, acesse https://www.institutobaccarelli.org.br.
Serviço:
Evento online Heliópolis & Simoninha convidam Toni Garrido e Lucy Alves – Temporada 2021 – Orquestra Sinfônica Heliópolis
Local de gravação: Auditório Ibirapuera – Transmissão ao vivo
Inscrições para acesso à transmissão: https://www.institutobaccarelli.org.br/inscricao-eventos
Data: 25 de julho de 2021 – domingo
Horário: às 17h.
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp realiza três concertos especiais de sua Temporada 2021 na Sala São Paulo. Nestas apresentações, a Osesp e Emmanuele Baldini, que dirige a Orquestra e é também o solista, executam um programa que coloca lado a lado As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi, e As Quatro Estações Portenhas, de Astor Piazzolla, esta com arranjo de Leonid Desyatnikov. O programa faz parte do ciclo Piazzolla 100, que comemora o centenário do bandoneonista e compositor argentino, completado em 11 de março de 2021.
Cuatro Estaciones Porteñas é uma suíte de obras que Piazzolla foi construindo pouco a pouco a partir da primeira delas, Verano Porteño, que tinha sido, em meados dos anos 1960, a música de uma obra teatral. Piazzolla gravou as quatro peças juntas uma única vez, em um registro ao vivo de um concerto de seu lendário Tango Nuevo Quinteto no Teatro Regina de Buenos Aires, em 1970. “O ciclo das quatro estações sempre foi motivo de inspiração ao longo dos séculos. Se na música barroca As Quatro Estações de Vivaldi são sua maior expressão musical, no Classicismo temos as Estações de Haydn, no Romantismo as Estações de Tchaikovsky para piano e, mais perto da nossa época, as Estaciones Porteñas de Piazzolla. Porém, com suas Quatro Estações, Piazzolla escolhe um caminho diferente e já não faz mais um retrato de cenas ou eventos que acontecem durante as estações do ano, mas usa o tango, a milonga e as formas musicais populares de seu país para criar atmosferas muito mais latinas e nascidas na cidade de Buenos Aires, por isso o nome Estaciones Porteñas”, afirma o violinista e regente Emmanuele Baldini.
“Mas há outro diferencial: a versão para violino e cordas que escolhi para apresentar com a Osesp, do compositor Leonid Desyatnikov e escrita para o grande violinista Gidon Kremer, dialoga com As Quatro Estações de Vivaldi. Embora uma parte do programa tenha sido escrita durante o Barroco e outra muito mais próxima da gente, ambas conversam o tempo todo e realmente constroem um universo sem tempo, não sabemos quando estamos no Barroco, quando estamos no século XX, e nos perdemos na emoção dessa música sem tempo”, finaliza Baldini.
No domingo, 25 de julho, a Osesp e Baldini apresentam as mesmas obras no Festival de Verão e Inverno de Campos do Jordão, desta vez com transmissão ao vivo no YouTube do Festival. Os próximos concertos da Osesp em homenagem ao centenário de Astor Piazzolla acontecem entre 29 e 31 de julho sob regência do costa-riquenho Giancarlo Guerrero e com um programa 100% latino-americano, com a Sinfonia Buenos Aires, do mestre argentino, e obras dos compositores Roberto Sierra e Antonio Estévez.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp | Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina. Desde 2020, tem o suíço Thierry Fischer como diretor musical e regente titular, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é regente de honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.
Emmanuele Baldini | Spalla da Osesp desde 2005 e Primeiro Violino do Quarteto Osesp desde 2008, o italiano formou-se no Conservatório de Genebra, aperfeiçoando-se em Berlim e Salzburgo. Mais recentemente, sua dedicação à regência o levou a se aprimorar com Isaac Karabtchevsky e Frank Shipway. Como regente, destacam-se concertos no Teatro Colón, de Buenos Aires, no Teatro del Sodre, de Montevidéu, da própria Osesp e apresentações com as principais orquestras da América Latina. De 2017 a 2020 foi diretor musical da Orquestra de Câmara de Valdivia, no Chile, e é diretor artístico da Orquestra de Câmara Sphaera Mundi, de Porto Alegre.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
PROGRAMA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
EMMANUELE BALDINI REGENTE E VIOLINO
Antonio VIVALDI | As Quatro Estações, Op.8
Astor PIAZZOLLA | As Quatro Estações Portenhas [arranjo de Leonid Desyatnikov].
Serviço:
23 de julho, sexta-feira, às 20h
24 de julho, sábado, às 16h30
[25 de julho, domingo, às 16h30 – transmissão digital]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 480 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$50,00 e R$100,00
Bilheteria (INTI): https://osesp.byinti.com/
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners
Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.
O município de Indaiatuba não tem uma chuva expressiva desde março de 2021. Cidades que compõem a Região Metropolitana de Campinas (RMC) e vizinhas, como Salto e Itu, já estão com racionamento de água. Também no Estado de São Paulo, o racionamento é a realidade de 1,2 milhão de pessoas em cidades do interior como Bauru, São José do Rio Preto, Chavantes, Santa Cruz das Palmeiras e Rio das Pedras.
O Consórcio PCJ (Consórcio formado pelos municípios das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) tem alertado de que a estiagem será ainda muito severa e, para minimizar os problemas de abastecimento que possam ocorrer, o SAAE enfatiza a Campanha permanente Cada gota faz diferença. Economize água e tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do uso responsável da água, principalmente no período de seca.
O País está em uma situação crítica, sofrendo os impactos da emergência climática que assola o mundo inteiro com efeitos diversos. O desequilíbrio no clima tem um impacto devastador na hidrologia do país, que provoca contas de luz mais caras nas cidades (uma vez que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão vazios, aumentando o uso das termelétricas), enchentes em Manaus (com a concentração de boa parte da pluviosidade em um período curto de tempo) e perda de colheitas para a pior seca dos últimos 91 anos no Sudeste e Centro-Oeste do país. A crise climática também acentua fenômenos atmosféricos como o La Niña, que favorece a estiagem na região. O La Niña é um fenômeno que inibe a formação de nuvens carregadas, impedindo precipitações generalizadas e consistentes. As frentes frias, que nesta época do ano são os principais sistemas responsáveis por trazer umidade ao Estado, acabam sendo deslocadas para as áreas litorâneas e, como consequência, a chuva não atinge todas as regiões.
De acordo com a medição realizada pelo SAAE, que coleta os dados por meio do pluviômetro instalado na Estação de Tratamento de Água, ETA III no bairro Pimenta, este ano pode ser considerado um dos mais secos da história. A última chuva expressiva que caiu em Indaiatuba foi em abril desse ano – no dia 7 choveu 29 mm e, no dia 18, 10.5 mm. As chuvas são importantes para alimentar o lençol freático dos mananciais para que nos períodos de estiagem consigam ter volume suficiente para sua captação.
Dentro desse cenário, é fundamental o uso eficiente da água em todos os setores. “É de suma importância a economia de água durante o ano todo, mas, em períodos como estamos vivenciando, praticar o consumo consciente de água não significa deixar de usar o recurso, mas sim, repensar as formas de uso da água. Para isso precisamos trabalhar juntos”, comenta o superintendente do SAAE, Pedro Claudio Salla. “Em Indaiatuba, estamos mantendo o abastecimento normalizado graças aos investimentos feitos nos últimos 20 anos; no entanto, sem previsão de chuvas e a probabilidade de que os próximos meses sejam ainda mais secos, é importante que todos façam sua parte e consumam água de forma consciente e sem desperdícios para preservar os mananciais”, finaliza.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 começam na próxima sexta-feira (23), após adiamento ocasionado pela pandemia de Covid-19, e Indaiatuba terá uma representante na equipe brasileira: a ciclista Priscilla Stevaux, 28 anos, que integra o time da Secretaria Municipal de Esportes/ACBI (Associação de Ciclismo BMX de Indaiatuba) desde 2018. Esta será a segunda participação da atleta no principal evento multiesportivo do mundo.
“Comecei no BMX em 2001, inspirada pelo meu irmão Douglas, que é um ano mais velho que eu e hoje é meu treinador”, conta Priscilla, que nasceu em Sorocaba. “Tudo começou quando passamos em frente a uma pista de bicicross com nosso pai, onde acontecia uma competição. Logo começamos a treinar e entramos praticamente juntos na Seleção Brasileira: o Douglas em 2009 e eu, em 2010”.
Ainda em 2001, Priscilla participaria de sua primeira competição, mas foi no ano seguinte que ganharia destaque. “Começamos a treinar muito e participei do meu primeiro Campeonato Mundial em 2002, na cidade de Paulínia. Tinha apenas 9 anos de idade e fui a terceira colocada. No Mundial de 2006 fui a sexta colocada”, lembra. Após conquistar seu primeiro título nacional, em 2009, entrou para a Seleção Brasileira. “Entrei para a Seleção Brasileira e minha estreia foi no Mundial de 2011, na Dinamarca. Fui finalista e a sexta melhor do mundo, já na categoria profissional”, recorda. “O BMX entrou nas Olimpíadas em 2008 e já almejava ser como meus ídolos, um dia alcançar este objetivo e representar o Brasil na maior competição do esporte mundial”.
Realização | “Consegui concretizar este sonho, junto ao meu irmão, ao conquistar uma vaga nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro”, afirma Priscilla. “Foi uma experiência única poder representar o meu país em casa, com a energia dos brasileiros, com a torcida de toda a minha família e amigos em um evento tão grandioso”.
Depois de quatro títulos brasileiros e um pan-americano na categoria Elite, a ciclista está de volta aos Jogos Olímpicos em Tóquio. “Voltamos com grandes expectativas e muita energia positiva”, destaca, aproveitando para falar sobre sua chegada à Indaiatuba. “Já são três anos competindo pela cidade, que me deu todo o suporte para chegar às Olimpíadas”.
Priscilla veio para Indaiatuba em 2018 e logo conquistou bons resultados. “Entrei na equipe da Secretaria de Esportes/ACBI em 2018 e poder ter vindo para cá foi muito importante para conquistar o índice olímpico e representar a cidade também nos Jogos Olímpicos de Tóquio”.
A Pinacoteca de São Paulo inaugura a exposição John Graz: idílio tropical e moderno no dia 31 de julho na Estação Pinacoteca. A exposição, com aproximadamente 155 itens, revisita a trajetória de John Graz, um dos mais importantes nomes do modernismo no Brasil, com foco em sua atuação como artista visual e a dedicação de seus trabalhos à temática indígena, a fauna, flora, história e cultura popular brasileiras.
Tendo como núcleo central um conjunto expressivo de obras proveniente da doação realizada pelo Instituto Graz à Pinacoteca, a seleção dos trabalhos ainda inclui empréstimos de outras instituições e coleções privadas. A curadoria é de Fernanda Pitta, curadora sênior, e Thierry Freitas, assistente curatorial do museu. A programação acontece no ano que antecede o centenário da Semana de Arte Moderna, que teve Graz como um dos participantes.
John Graz: idílio tropical e moderno reflete a visão particular do artista suíço sobre o Brasil, onde viveu a partir de 1920, após alguns anos de formação multidisciplinar na Europa que incluiu cursos de desenho, decoração, arquitetura e artes plásticas. A curadoria ressalta a dedicação de Graz à criação de um imaginário moderno e tropical a partir de suas pinturas, desenhos e estudos, refletindo também sobre a multiplicidade e versatilidade do artista. Nessas obras aparecem representações de indígenas, imagens da natureza, festividades como o carnaval e festas gaúchas, trabalhadores brasileiros como os jangadeiros, além de narrativas históricas, como as que retratam a invasão portuguesa no Brasil.
Sobre a temática indígena, que compõe um dos maiores núcleos da mostra, a curadora Fernanda Pitta pontua: “Ainda que não seja possível precisar o que despertou o interesse de Graz pela temática indígena, podemos perceber que as representações são marcadas por uma concepção romantizada do tema, assim como uma forte relação com uma certa ideia de forma ‘primitiva’, sintética e quase abstrata, explorada por artistas das vanguardas, refletida no alongamento das figuras e nas extremidades ora pontiagudas, ora compactas, de seres humanos, animais e plantas”.
A organização expositiva das obras segue núcleos temáticos relacionados aos principais assuntos trabalhados pelo artista em sua produção: Arcádia, Temática Indígena, Natureza brasileira, História e cultura popular, indigenismo e abstração e design – tudo pode ser visto no segundo andar da Estação Pinacoteca.
Ainda que o foco seja a produção visual, a exposição exibe mobiliários que demonstram o interesse de Graz pela criação de um design moderno e brasileiro, além de estudos de arquitetura, decoração e fotos dos ambientes que o artista idealizou. Graz projetou espaços residenciais em São Paulo, abrangendo desde a criação de pequenos objetos, como luminárias, à ornamentação de salas de jantar e jardins. Antes do fascínio pela temática brasileira, muitos desses locais tinham afrescos assinados pelo artista com temáticas pastoris, com cenas de caçadas e musas, como poderá ser visto em algumas fotografias expostas.
Catálogo | A exposição John Graz: idílio tropical e moderno conta com um catálogo de 80 páginas com texto crítico dos curadores Fernanda Pitta e Thierry Freitas, um ensaio do professor e pesquisador Horacio Ramos e uma cronologia completa do artista elaborada por Daniel Ribeiro e Gabriela Gotoda. A publicação é bilíngue (português-inglês) e estará disponível na loja do museu.
John Graz: idílio tropical e moderno tem patrocínio do BB Seguros (cota ouro) e do banco J.P. Morgan (cota bronze).
Serviço:
John Graz: idílio tropical e moderno
Curadoria de Fernanda Pitta e Thierry Freitas
De 31/7/21 a 31/1/22
Estação Pinacoteca – Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia – São Paulo/SP
De quarta a segunda, das 10h às 18h
Ingresso gratuito, mas a entrada só é permitida com a reserva pelo site www.pinacoteca.org.br
Visitantes: o visitante tem na entrada a sua temperatura aferida e deverá usar máscara em todos os espaços e durante toda a visita. Os espaços têm álcool gel para higienização das mãos.