Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
O espetáculo ‘Alforrias de Papel’, escrito e dirigido por Marcio Boaro, fundador da Cia Ocamorana que completa três décadas de trajetória pautada no teatro político, traz à cena um diálogo entre passado e presente, estabelecendo paralelos claros entre o abuso do poder econômico do século XIX e as formas modernas de exploração.
Embora a história se passe em tempos diferentes, Alforrias de Papel teve como base uma pesquisa minuciosa do ponto de vista da classe trabalhadora no Brasil do século XIX, com foco especial nas personagens femininas do livro ‘O Cortiço’. Durante essa época, o movimento naturalista representava a classe trabalhadora como um grupo passivo e subordinado dentro de uma estrutura social complexa e frequentemente incompreensível. No entanto, Alforrias de papel busca inverter essa lógica dando voz e ferramentas para que aqueles que foram silenciados pela estrutura social possam expressar seus pontos de vista e ter suas questões discutidas.
O mote foi criar uma nova dramaturgia que atualize o ponto de vista naturalista levando em conta as conquistas teatrais dos últimos 140 anos desde a publicação do texto original. Os cinco atores do elenco interpretam dezenas de personagens a fim de dar vida à perspectiva da classe trabalhadora e, em particular, das personagens femininas de ‘O Cortiço’. A essência do texto original permanecerá, mas será adaptada aos avanços teatrais e às mudanças na sociedade ao longo dos anos, tornando-se uma obra contemporânea que trará luz sobre questões históricas ainda presentes em nossa sociedade.
Na encenação, uma das personagens, nomeada de Espectro, surge já na primeira cena questionando a capacidade do capitalismo de se adaptar e se adequar aos contextos históricos e culturais de cada época. A falsificação de uma carta de alforria no texto original ganha contornos atuais ao espelhar a multiplicidade de formas que o capitalismo adota para legitimar suas práticas e manter seu domínio.
Alforrias de Papel é um texto que resgata as contradições sociais e políticas de um Brasil ainda preso às amarras do passado, mas também um convite para o público perceber os mecanismos de repetição. Através da figura do Espectro contemporâneo, a peça transcende seu contexto histórico e revela que o espírito de exploração e opressão permanece, ajustando-se à face que melhor lhe convém. “Na montagem, o público é desafiado a reconhecer que o capitalismo tem a capacidade de se moldar e se atualizar conforme as conveniências do tempo e do espaço, sendo visto por cada um de acordo com sua própria formação e perspectiva. Essa é a essência de Alforrias de Papel: um olhar sarcástico e provocador sobre a perpetuação dos mecanismos de poder”, diz Boaro.
Companhia Ocamorana pela Ocamorana
Quase 30 anos de atuação com muitos trabalhos de dramaturgia autoral e de alguns dramaturgos como Shakespeare, Brecht, Elmer Rice e Chico de Assis. Passaram pela companhia nomes como Iná Camargo Costa, Chico de Assis e Alexandre Mate. Tem um trabalho extenso de pesquisa continuada, pensando sempre em um teatro que ajude a transformar a sociedade sem nunca abrir mão do rigor estético.
Durante os quase 30 anos de existência, a Companhia sempre se pautou pelo teatro político como uma pesquisa continuada. Tenta sempre discutir o presente e alcançar novas vertentes do teatro, acreditando que a pesquisa é fundamental para isso. A primeira montagem como Ocamorana, em 1998, foi a peça Máquina de Somar, de Elmer Rice, que é considerada um marco do teatro expressionista americano. A ideia de montar essa peça surgiu durante uma pesquisa sobre as raízes do teatro épico, na qual a cia encontrou elementos do teatro épico e de críticas sociais contundentes nessa peça dos anos 20. Posteriormente, sem o apoio do fomento, o grupo estudou o teatro épico brasileiro e montou, em parceria com Chico de Assis, uma das suas peças censuradas nos anos 60, As aventuras e desventuras de Maria Malazartes durante a construção da grande pirâmide. Chico, juntamente com outros artistas do teatro de Arena, se esforçaram para criar uma vertente brasileira do teatro brechtiano, mas foram frustrados pela ditadura militar. Em seguida, decidimos escrever e montar a nossa própria dramaturgia, optando pelo resgate histórico com a peça A guerra dos caloteiros. Com o apoio do fomento, pudemos nos dedicar mais a essa peça, que teve uma longa carreira com mais de 80 apresentações, a maioria delas com casa cheia. Dentro da perspectiva das peças de cunho épico e de resgate histórico, realizamos dois projetos sobre o teatro documentário sob a ótica de Peter Weiss, com leituras e pesquisas sobre a maioria de suas peças. Dessas pesquisas surgiram as peças 1924, uma revolução esquecida e Três movimentos, que tinham relação com as lutas dos trabalhadores da cidade de São Paulo no século XX. Em seguida, decidimos voltar para um clássico, mas não um qualquer: a peça Coriolano, de Shakespeare, que é considerada uma das mais políticas do autor. A peça começa com a primeira greve de trabalhadores registrada na história do Ocidente, uma greve que fez com que o povo passasse a ter representantes eleitos. Depois de muitas pesquisas, montamos a peça, que também teve uma longa carreira. Em seguida, resolvemos voltar à história do Brasil e discutir aqueles dias de elogio à ditadura, trazendo a peça símbolo da resistência aos anos de chumbo: Missa Leiga. Hoje, continuando o nosso processo de busca e avanço, decidimos estudar sobre a herança naturalista, uma corrente cultural importantíssima que muitas vezes tem sua importância minimizada por conta de sua abordagem contundente na busca por transformações sociais. Isso fica claro quando vemos que tanto Bertold Brecht quanto Peter Weiss reconhecem a influência do naturalismo de Émile Zola em seus trabalhos, como o teatro épico de Brecht e o teatro documentário de Weiss. Durante a segunda metade do século XIX, a classe trabalhadora era vista como objeto passivo dentro de uma estrutura social complexa, muitas vezes incompreensível. Esse tema é característico do movimento naturalista, que buscava retratar a realidade da época de forma crua e objetiva. No Brasil, essa realidade era ainda mais intensa, pois o país foi o último a abolir a escravidão e a classe dominante impunha sua vontade com agressividade, dissimulando-se como lobos sob a pele de cordeiros. Recentemente, nos meios acadêmicos, há uma tendência de revisitar a importância do Naturalismo. Diversos livros têm sido lançados sobre o assunto, e essa revisão é especialmente relevante ao se considerar o atual contexto brasileiro, onde já foram alcançados alguns avanços no teatro político. Revisitando o Naturalismo sob a ótica dos dias atuais, podemos compreender nossas raízes e avançar ainda mais em direção a transformações sociais efetivas e duradouras.
Ficha Técnica
Dramaturgia e Direção: Márcio Boaro
Assistente de Direção: João Alves
Elenco: André Capuano, Manuel Boucinhas, Maria Dressler, Mônica Raphael e Nica Maria Composição e Direção Musical: Fernando Oliveira Composição Musical e Músico: Danilo Pinheiro Iluminador e Operador de Luz: João Alves
Cenógrafo: Dan Maaz
Concepção de Cenário: Márcio Boaro
Figurinista: Nica Maria
Costureira: Iara dos Reis
Maquiadora: Suellem Melquiades
Preparador Corporal e Vocal: André Capuano Artista Visual e Design Gráfico da Temporada: Ane Melo e Orlan Mortari Design Gráfico: Felipe Apolo
Fotografia: Bob Souza, Nara Ferriani e André Bicudo
Filmagem e Teaser do espetáculo: Fvfilmes – Nara Ferriani Veras
Assessoria de Mídias: Felipe Apolo e Felipe Rabello
Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro – Ofício das Letras
Assistente de Produção: Felipe Apolo e Felipe Rabello
Direção de Palco e Produção: Vanda Dantas Gestão de Projeto: Colmeia Produções
Apoio: Cantina Luna Di Capri, Espaço Cultura Elza Soares e Planeta’s Restaurante
Realização: Cia. Ocamorana de Teatro, Cooperativa Paulista de Teatro, Fomento ao Teatro.
Serviço:
Teatro Arthur Azevedo
Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca
De 10 a 26 de outubro de 2024
Horários: quintas, sextas e sábados às 21h, domingos às 19h
Valor do ingresso: R$20 inteira / R$10 meia
Teatro Cacilda Becker
Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo – SP
De 30 de outubro a 10 de novembro de 2024
Horários: quartas, quintas, sextas e sábados às 21h, domingos às 19h
Valor do ingresso: R$20 inteira / R$10 meia
*Sessão Extra*
Datas: 31 de outubro de 2024 às14h30, 6 e 7 de novembro de 2024 às 10h
Horários: quarta e quinta
Valor do ingresso: R$20 inteira / R$10 meia
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração 90 minutos.
(Fonte: Com Adriana Monteiro/Ofício das Letras)
Para comemorar o Dia das Crianças, a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas apresentará o Concerto Games na sexta-feira, dia 11 de outubro, às 14h30, na Estação Cultura. A entrada é gratuita e o concerto será especialmente dedicado às crianças, com participação dos alunos da rede municipal de ensino.
O repertório apresentará trilhas musicais de desenhos e jogos de computadores, como o famoso “Super Mário”, “Sonici”, “Street Fighter” e muito mais. O maestro convidado é Guilherme Mannis, que estará à frente da Sinfônica de Campinas.
O concerto é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e da Secretaria Municipal da Educação de Campinas.
Maestro Guilherme Mannis
É reconhecido atualmente como um dos grandes talentos da nova geração de regentes brasileiros. Diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) desde 2006, tem dividido o palco com artistas como Maria João Pires, Michel Legrand, Nelson Freire, Jean Louis Steuerman, André Mehmari, Emmanuele Baldini, Rosana Lamosa, Wagner Tiso, Amaral Vieira e Eduardo Monteiro, entre outros.
Mannis vem desenvolvendo reconhecido projeto de inserção da Sinfônica de Sergipe no cenário artístico nacional, destacando-se a produção de oito temporadas anuais de concertos com a presença de artistas de destaque e a programação de ousado repertório com a realização de diversas encomendas e execução de música contemporânea. Destaca-se também a realização de CD com a gravação das suítes para orquestra de câmara e Bachianas Brasileiras nº 3, de Villa-Lobos, e as viagens do grupo, realizando um Tour Brasil e participação no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão.
REPERTÓRIO
Michiru YAMANE
Castlevania
Symphony of the Night
Prologue, Dracula’s Castle
Dance of Pales
Wood Carving Partita
Requiem for the Gods
Final Toccata
Koji KONDO
Suíte Super Mario Bros
Masato NAKAMURA
Sonic the Hedgehog
Green Hill Zone
Yoko SHIMOMURA
Street Fighter
Champions Edition
Christian LINKE, Alex TEMPLE, Sebastian NAJAND, Dan NEGOVAN, Michael BARRY
League of Legends Suíte
Demacia Rising, Challengers
Quinn and Valor
Super Galaxy Rumble
Gustavo SANTAOLALLA
Last of Us Suíte
The Last of Us
Smugglers
Infected, Home
The Choice
The Hunters
Kristofer MADDIGAN
Cuphead Suíte
Don’t Deal With the Devil
Inkwell Isle
Aviary Action
Floral Fury
One Hell of a Time
The Winner Takes it All.
Serviço:
Concerto Games com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas
Data: 11/10 (sexta-feira)
Horário: 14h30
Local: Estação Cultura
Endereço: entrada pela Francisco Teodoro, 1.050, Vila Industrial, Campinas
Entrada gratuita.
(Fonte: Com Maria Finetto/Prefeitura de Campinas)
Há 66 milhões de anos, quando dinossauros dominavam a paisagem terrestre, um meteoro caiu na região onde hoje está situada a Península de Yucatán, no México. O evento eliminou cerca de 75% de todas as espécies que habitavam o planeta, resultando no quinto episódio de extinção em massa da Terra. Se, por um lado, o cataclismo encerrou de forma abrupta e violenta o reinado de algumas espécies, que perdurava havia milhões e milhões de anos, também serviu como catalisador para o processo evolutivo de muitas outras. Esse foi o caso do ancestral das formigas cortadeiras, que, em meio à destruição, passou a se alimentar e desenvolver uma relação mutualística com algumas espécies de fungos.
Um artigo publicado na revista científica Science traz os resultados de um amplo estudo que analisou informações genéticas de centenas de espécies de fungos e formigas com o objetivo de reconstruir a história evolutiva desses dois grupos, reputados como importantes exemplos de relações de mutualismo e de interdependência. O trabalho contou com a participação de pesquisadores do Instituto de Biociências da Unesp (IB-Unesp), campus de Rio Claro, que atuaram em conjunto com uma equipe internacional de colaboradores do Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos.
Também chamados de formigas agricultoras, os insetos capazes de cultivar fungos pertencem à tribo das Attini. O representante mais conhecido dessa tribo no país é a saúva, capaz de formar ninhos que chegam conter até 7 milhões de indivíduos e que é temida por alguns como praga agrícola. Como o próprio nome indica, as formigas cortadeiras são capazes de seccionar pedaços de folhas e galhos e transportá-los para o interior de suas colônias com o objetivo de cultivar um fungo que constitui sua única fonte de alimento. “Buscamos nesse estudo responder às perguntas sobre quando teve início o cultivo de fungos por esse grupo de formigas”, conta André Rodrigues, pesquisador do IB-Unesp. “Esses insetos se alimentam exclusivamente dos fungos que cultivam, dependem deles para a sua sobrevivência. E o fungo também depende delas para fins de proteção e alimentação, que ocorre por meio do substrato que a formiga coleta e transporta até ele. Isso é um exemplo de mutualismo obrigatório”, explica Rodrigues.
“As formigas praticam a agricultura e o cultivo de fungos desde muito antes que os humanos existissem”, diz o entomólogo Ted Schultz, curador de formigas do Museu Nacional de História Natural e primeiro autor do artigo. “Provavelmente, poderíamos aprender algo com o sucesso delas na agricultura ao longo dos últimos 66 milhões de anos”, diz.
O primeiro registro de formigas que cultivam fungos foi feito pelo naturalista Fritz Müller, em 1874, em uma carta endereçada a Charles Darwin na qual relatou o comportamento dos insetos. O esforço para conseguir reconstruir a história dessa relação ganhou fôlego em 1994 com a publicação do primeiro artigo abordando o tema, do qual Schultz também foi um dos autores. Desde então, os pesquisadores interessados em esmiuçar os capítulos dessa história evolutiva têm se unido ao grupo e colaborado por meio de análises e coletas de formigas e fungos. É dessas três décadas de colaboração que resultou o novo artigo, intitulado The coevolution of fungus-ant agriculture. O estudo conseguiu demonstrar, com alto grau de confiança, que a história comum dos dois grupos sofreu uma aceleração há 66 milhões de anos, provavelmente devido às consequências do impacto do meteoro.
Para o estudo, os pesquisadores conduziram análises genéticas de 276 formigas e 475 fungos. Trata-se da maior investigação sobre os fungos cultivados por formigas já empreendida. Até agora, conhecia-se muito pouco das mutações genéticas encontradas nos microrganismos. “A história evolutiva das formigas era muito mais conhecida, porque os entomologistas conseguiam coletar os insetos e estudar suas morfologias”, explica Rodrigues. “Porém, é muito difícil fazer o mesmo com os fungos cultivados pelas formigas, porque eles permanecem em estágios muito iniciais, quando se mostram apenas como pontinhos brancos. Então, mesmo ao microscópio, é difícil observar as diferentes características morfológicas”, diz. Outra dificuldade é que, normalmente, quando os cientistas iam a campo se limitavam a coletar exemplares de formigas e deixavam de lado os fungos, resultando em coleções incompletas e cheias de lacunas.
Para solucionar o problema, o grupo liderado por Schultz definiu práticas de coleta específicas que deveriam ser seguidas por todos os pesquisadores que fossem a campo. A padronização, além de permitir ampliar as coleções e viabilizar o estudo, também assegurou uma coleta adequada dos indivíduos, independentemente do local e do grupo que realizasse a atividade. No Brasil, as equipes foram a campo e colaboraram com a pesquisa graças ao projeto temático Fapesp, dentro do Programa Biota, coordenado por Rodrigues. Leia a reportagem completa no Jornal da Unesp.
(Fonte: Assessoria de imprensa Unesp)
O período de forte estiagem e seca e as consequentes queimadas registradas nos últimos meses têm impactado o clima em diversas cidades brasileiras. Além dos danos ambientais, a devastação causada pelo fogo traz consequências ao bolso dos consumidores brasileiros. Novo levantamento feito pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que oferece soluções para a gestão da cadeia de consumo, aponta que produtos essenciais, como café, feijão, carnes e leite, estão mais caros por conta dos incêndios que atingem o país.
Os dados mostram que a categoria de carnes foi o segmento mais prejudicado pela elevação dos preços no período de seis semanas. Entre o início de agosto e meados de setembro, os segmentos de bovinos com as maiores altas foram picanha (43,5%) de R$59,62 para R$85,56, contrafilé (32,7%) de R$44,80 para R$59,44, acém (22,9%) de R$30,42 para R$37,40 e patinho (21%) de R$39,70 para R$48,04.
Produtos em contínua alta de preço
Antes mesmo das queimadas, itens tradicionais na mesa dos brasileiros já sofriam com contínuas elevações nos preços. O quilo de café, por exemplo, subiu, em média, 18% entre janeiro e agosto de 2024. No entanto, entre a primeira semana de agosto e a terceira semana de setembro, com a seca e os focos de incêndio, o segmento de café em grãos teve aumento de 13,7%, saindo de R$92,18 para R$104,80 enquanto o café em pó teve aumento de 14,4%, saindo de R$48,58 para R$55,80.
Outros itens, como o feijão, tiveram aumentos significativos em seus valores em diferentes segmentos, com destaque para os tipos branco, que saiu de R$15,87 o quilo para R$19,38 (22,1%), preto, que foi de R$8,54 para R$10,08 (18%), fradinho, que saiu de R$9,49 para R$10,88 (14,6%) e carioca, de R$7,80 para R$8,64 (10,8%). Já o leite UHT integral subiu 9,6%, saindo de R$6,02 por litro para R$6,60. “Os produtores estão enfrentando perda da colheita e da área para plantio com a antecipação da entressafra forçada, o que acaba refletindo nos custos de produção e na disponibilidade dos alimentos em gôndola e interferindo diretamente no preço dos itens”, analisa Anna. “Com o avanço das queimadas e a persistência da seca, a estimativa é de que os gastos com a produção dos alimentos continuem subindo e esses aumentos sejam repassados ao consumidor.”
Derivados da cana-de-açúcar tiveram altas no preço
O açúcar refinado e a cachaça branca, ambos derivados da cana-de-açúcar, apresentaram alta de 5,9% no preço médio por quilo e por litro. O açúcar refinado, teve entre a primeira semana de agosto e a terceira semana de setembro, o segmento teve aumento de 5,9%, saindo de R$5,10 para R$5,40. Já a tradicional cachaça viu o preço sair de R$19,43 o litro na primeira semana de agosto para R$20,57 na terceira semana de setembro.
De acordo com informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), cerca de 230 mil hectares de lavouras de cana foram atingidos pelos incêndios registrados no interior de São Paulo em agosto – o equivalente a mais de 75% da produção paulista.
Preço do chocolate também subiu | Por fim, o monitoramento de preços realizado pela Neogrid aponta alta no preço do doce – crescimento de 18,3%, saindo de R$94,99 o quilo na primeira semana de agosto para R$122,94 na terceira semana de setembro.
(Fonte: Com Eduardo Mariano/RPMA Comunicação)
No bairro Bigorrilho, em Curitiba, o restaurante Nuu Nikkei propõe uma travessia gastronômica que conecta os sabores do Japão, Peru e outros países da costa do Pacífico. O novo menu, criado pelo chef peruano Carlos Alata, combina técnicas ancestrais e ingredientes típicos dessas regiões, destacando a diversidade de culturas que se desenvolvem às margens do maior oceano do mundo.
Entre os pratos oferecidos, o Ceviche Peruvian Classic é uma releitura de uma das mais clássicas preparações peruanas, utilizando o leite de tigre, uma marinada que remonta às tradições dos pescadores que cruzavam o Pacífico. Outro prato que reflete essa viagem é o Pulpo Anticuchero, que traz influências da culinária de rua peruana, combinando o polvo com temperos fortes como a pimenta panca, comum nas áreas costeiras da América do Sul.
“O Oceano Pacífico conecta culturas e nos traz ingredientes que, apesar de diferentes, se harmonizam na mesa. Nossa intenção é mostrar essa fusão de forma autêntica”, explica Carlos Alata. “Aqui, o cliente pode experimentar pratos que misturam técnicas japonesas e peruanas, como o Unagui Kabayaki, onde a enguia de água doce, típica do Japão, recebe o toque de um teriyaki artesanal, um exemplo claro da integração entre essas cozinhas”, comenta.
Outra fusão é a Gyoza do Sul, uma adaptação que une o sabor dos camarões ao wok, comuns nas regiões do sudeste asiático, com elementos da culinária andina, criando uma síntese entre essas tradições. Alata reforça que a proposta é uma exploração de ingredientes que são comumente encontrados ao longo do Pacífico, mas que, juntos, criam algo inovador.
O Nuu Nikkei funciona na Rua Fernando Simas, 333, no bairro Bigorrilho, durante o jantar, de terça a domingo, a partir das 18h, e almoço, aos sábados e domingos, das 12h às 15h. Reservas e informações no perfil oficial do restaurante no Instagram: @nuunikkei.
(Fonte: Com Enaira Schoemberger/P + G Comunicação)