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OMS cita Indaiatuba como projeto inovador no combate à Dengue

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Eliandro Figueira.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) citou Indaiatuba pelas boas práticas no combate à proliferação do mosquito da dengue, em documento oficial publicado no último mês de maio. O documento registra a parceria da Oxitec Brasil com a Prefeitura na aplicação do Aedes do Bem™, uma tecnologia específica desenvolvida pela empresa para induzir a fêmea do mosquito Aedes aegypti a gerar apenas mosquitos machos, considerados inofensivos aos seres humanos, já que somente as fêmeas do mosquito são responsáveis pela contaminação.

O artigo sobre o lançamento de um novo programa inovador com a segunda geração do Aedes aegypti da Oxitec em Indaiautba foi publicado na página 9 do documento da OMS A guidance framework for testing genetically modified mosquitoes – second edition (Uma estrutura de orientação para testar mosquitos geneticamente modificados).

O projeto pioneiro, que vem sendo praticado pela Oxitec sem custo para o município, tem como propósito induzir a liberação dos mosquitos machos do Aedes aegypti, os chamados Aedes do Bem™, que não são transmissores da Dengue. Na prática, os ovos do mosquito são acondicionados em caixas plásticas recicláveis, às quais é adicionada uma pequena quantidade de água, criando um microambiente de onde os mosquitos machos da Oxitec emergem e se dispersam para acasalar com Aedes aegypti fêmeas do tipo selvagem. Do acasalamento, são produzidos apenas machos, que são seguros, não picam e irão continuar o trabalho de controle da população dos mosquitos transmissores da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.

Esta é a primeira tecnologia de controle do Aedes aegypti baseada em insetos que pode ser fabricada de maneira simples em instalações centralizadas e, em seguida, despachada, armazenada e implantada sob demanda, sem a necessidade de equipe especializada ou equipamento especial.

O prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar (MDB), ressaltou que a parceria é muito bem-vinda. “Esse projeto é modelo para o Brasil em termos de inovação e tecnologia. Agradeço à Oxitec por novamente ter escolhido Indaiatuba como sede do projeto piloto no combate ao mosquito Aedes aegypti. Estamos felizes porque sabemos que no Brasil não há nada parecido com o que podemos proporcionar para a nossa população, hoje. A partir de nossa experiência, aqui na cidade, em breve esse programa estará disponível para atender todos os estados. Indaiatuba é privilegiada e eu só tenho a agradecer ao CEO da empresa, Grey Frandsen, e à diretora da Oxitec no Brasil, Dra. Natalia Ferreira”, ressaltou.

Dados em Indaiatuba | Em abril deste ano, Indaiatuba celebrou a posição de cidade com menor número de casos de Dengue entre os municípios com mais de 200 mil habitantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Os dados foram analisados pela Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) entre os dias 1º de janeiro e 28 de abril.

Indaiatuba, com uma população estimada em 256 mil habitantes (IBGE), apresentou ao todo 19 casos de dengue no período – número inferior a Americana, que registrou 71 casos positivos; Hortolândia, com 160; Sumaré com 182 e Campinas, com 880 registros confirmados para Dengue.

Comparando os dados coletados de todas as cidades da RMC, Indaiatuba tem a terceira menor incidência em número de casos absolutos, com uma média de 7,41 registros positivos a cada 100 mil habitantes. Morungaba (7,25) e Itatiba (0,81) foram as duas únicas cidades que apresentaram médias inferiores a Indaiatuba, lembrando que a população dos dois municípios é de 13.781 e 122.581 habitantes, respectivamente.

O projeto está confirmado para a próxima temporada de 2021 e 2022.

A Dengue no mundo | A Organização Mundial da Saúde estima que existam 390 milhões pessoas infectadas pela Dengue a cada ano, com aproximadamente metade da população mundial em risco. O número de casos de Dengue notificados à OMS aumentou mais de 15 vezes nas últimas duas décadas e, só no Brasil, houve um aumento de quase 600% no número de casos entre 2018 e 2019. O Aedes aegypti é um mosquito invasor encontrado em todo o mundo e também transmite Zika, Chikungunya e Febre Amarela.

Prato com jiló, quem diria, vence festival gastronômico na região de Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Jiló Recheado do Bar do Pico, de Sumaré. Foto: divulgação.

Jiló Recheado preparado com a polpa e a casca do fruto, recheado com carne seca desfiada, batata, queijo, condimento e empanado e frito – este prato, criado pelo Bar do Pico, de Sumaré, foi o vencedor do 2º Festival Brasil Sabor, realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Campinas. A iguaria foi a escolhida pelos mais de 1400 clientes que frequentaram ou pediram por meio do delivery durante os 40 dias de evento nos 50 bares e restaurantes da região de Campinas participantes desta edição, realizada em formato híbrido.

O Festival Brasil Sabor de 2021 também premiou, via votação, o melhor atendimento de salão. O primeiro lugar também ficou com o Bar do Pico, seguido pela Espetaria Norte Sul, Gyayoyo Sabores Sabores Venezuelanos, Estação Marupiara e Chef Miró. Na categoria Delivery, o público elegeu como melhor serviço de entrega o Chef Mitó Bistrô, seguido de perto pelo Cachorro Magro Rotisserie e Boteco Vidotinho.

Vado Perissinotto, proprietário do Bar do Pico, fundado há três anos e meio, mostrou-se surpreendido com as duas premiações. “Este é o resultado de um trabalho de uma equipe que faz o que gosta e com amor”, disse ele, bastante emocionado. O empresário, que largou uma carreira de três décadas no setor automobilístico para montar o restaurante, disse que a premiação é um fermento importante em um momento de grande dificuldade para o setor. “Estamos nos reinventando, mas sem perder os valores que nos trouxeram até aqui.”

O festival Brasil Sabor 2021, que contou com o patrocínio da Rappy, contabilizou 3.460 pratos vendidos, 1.431 clientes cadastrados para votação e gerou um faturamento de R$138 mil para os 50 bares e restaurantes participantes. Das vendas realizadas, 70% foram feitas presencialmente e 30% por meio de pedidos por delivery.

O balanço final do festival, realizado em meio à grave crise sanitária e em um formato totalmente novo, foi altamente positivo, segundo o presidente da Abrasel Campinas Matheus Mason. “Mesmo com mudanças de horário no funcionamento no decorrer de 40 dias, foi algo bastante positivo e este festival marca a retomada de um setor importante para a economia, maior gerador de empregos e que foi durante afetado pelas restrições impostas para conter o avanço da pandemia”, pontuou.

Mason antecipou que a entidade agora começa a preparar a próxima edição do DegusArt, já confirmado para o último trimestre deste ano. “Esperamos que até lá, com o avanço da vacinação, possamos realizar um evento anda maior e com a presença de público”, afirmou.

Produtora brasileira entra para a Academia do Oscar

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A sócia e produtora executiva da O2 Filmes Andrea Barata Ribeiro foi anunciada como membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Com a nomeação, será jurada a partir da próxima edição do Oscar, a premiação mais importante do cinema.

À frente da produtora O2 Filmes, que neste ano celebra três décadas de atuação colecionando prêmios em todo o mundo, Andrea vê como uma vitória do cinema brasileiro sua indicação para a Academia. “Não poderia ter nada mais simbólico. É o maior reconhecimento para mostrar quem é o Brasil neste momento em que a cultura vem sendo desmontada. Ser membro atesta o potencial do nosso cinema brasileiro”, comenta.

Produtora de filmes como Cidade de Deus, Xingu, Marighella e Ensaio sobre a Cegueira, além de séries para plataformas de streaming e para a televisão, em 2005, foi a primeira mulher brasileira eleita pela revista americana Variety como uma das cinco produtoras mais influentes do mundo.

A lista completa com os 395 nomes de profissionais do mercado cinematográfico de 50 países que agora integram o Oscar, foi publicada ontem (1/7) no site oficial da Academia. Veja: https://failover-www.oscars.org/2021_new_members.pdf.

O2 Filmes | A produtora fundada em 1991 já produziu longas-metragens e séries que participaram e receberam prêmios nos principais festivais de cinema do mundo como Cannes, Berlim e Veneza, ou premiações como o Emmy, Oscar e BAFTA. A O2 trabalha com as principais agências brasileiras e presta serviços de produção para o mercado internacional, além de produzir conteúdo reconhecido e premiado em todo o mundo.

Retirar plantas de locais públicos ou de terceiros pode render detenção ou multa

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Jonathan Kemper/Unsplash.

Não é raro que durante um passeio pela rua ou num jardim, as pessoas encontrem plantas, flores ou mudas e decidam arrancá-las de seu canteiro como forma de admiração ou até mesmo para presentear alguém com um pequeno gesto simbólico. Entretanto, apesar do ato ser aparentemente inofensivo, pode render algumas punições perante a justiça.

Em novembro de 2021, na região metropolitana de Sorocaba, repercutiu o caso de Gabriel Vieira da Cruz, um idoso de 79 anos que, durante uma caminhada pela manhã, se encantou ao ver as flores do canteiro em frente a um comércio da região. O senhor acabou por pegar a muda e em seguida, foi repreendido pelos donos das plantas, que o acusaram de roubo. O caso se espalhou pela cidade e, posteriormente, Gabriel foi presenteado com dezenas de flores em sua casa.

A história não rendeu nenhum problema jurídico para o senhor, mas, conforme explica a professora de Direito Ambiental do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) em Campinas, Márcia Brandão Carneiro, a Lei 9605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, prevê sanções penais e administrativas para condutas que lesam o meio ambiente, como a do simples hábito de pegar plantas seja num local público ou privado.

A professora diz que, caso o infrator seja pego durante o ato, não há nenhum agravamento, mas pode haver algumas punições. “O artigo 49 da referida lei afirma que destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade alheia pode render detenção de três meses a um ano e/ou multa. No caso em que não tenha havido intenção de provocar o dano (conduta culposa), a pena é de um a seis meses ou multa”, explica.

No entanto, segundo a especialista, trata-se de um crime de menor potencial ofensivo, ou seja, a pena não excede dois anos, conforme a lei 9.099/95. Sobretudo, o decorrer do caso dependerá de como o juiz interpretará a infração cometida. A ação seguirá no Juizado Especial e poderá ser transformada em multa ou outro tipo de prestação. Neste caso, o processo será arquivado e a pessoa poderá perder o direito de se valer deste Juizado por cinco anos. A professora ressalta que “não gera reincidência, mas em caso de nova prática, a pessoa poderá responder pelo novo crime e pelo anterior”.

Márcia Carneiro acrescenta ainda que o fato da planta estar num local não privatizado não lhe torna um bem público que possa ser retirado. “Muitas pessoas imaginam que o que é público possa ser apropriado por qualquer um; por isso, é muito comum, ao reclamar com alguém que subtrai uma planta de uma praça, por exemplo, ouvir como resposta “mas isso não é de ninguém, é público”. Acontece que o ‘dono’ é a instituição (Prefeitura, Estado) que realizou o plantio e a conservação da área”, afirma.

Apenas 16% das placas de ruas de São Paulo são batizadas com nomes femininos

São Paulo, por Kleber Patricio

Crédito da foto: Pinterest.

Apesar de as mulheres representarem a maior parte da população da capital paulista, somente 16% das placas de ruas da cidade são batizadas com nomes femininos, conforme levantamento realizado com base no banco de dados do Dicionário das Ruas da Prefeitura de São Paulo. Esse fenômeno é comum em diversas regiões do Brasil e em grandes cidades ao redor do mundo e pode ser esclarecido pelas marcas históricas da baixa participação política feminina (as mulheres ocupam apenas 12,7% dos cargos eletivos, segundo o Mapa da Política de 2019) e a desigualdade de gênero e salarial que são frequentes até hoje.

A nomeação dos logradouros em São Paulo é desempenhada pelo poder público e, geralmente, os nomes registrados são de pessoas que deixaram legados e serão homenageados, recordados e simbolizados na memória e identificação de ruas, praças e avenidas.

Mulheres em destaque nas placas de rua em Itu | Em colaboração com a Secretaria Municipal de Cultura, o Museu Republicano Convenção de Itu faz exposição para destacar mães, filhas, jornalistas, professoras, comerciantes, esposas, cidadãs, religiosas e outras grandes mulheres que atuaram na cidade e estão sendo homenageadas nas placas de ruas dos bairros periféricos e centrais de Itu. Além disso, a mostra permite registrar os nomes femininos das placas de ruas que não foram encontrados na exposição e depositar em uma urna para ajudar na divulgação das realizações de mulheres importantes que contribuíram para a história de Itu.

Abaixo, confira algumas das homenageadas pelo Museu:

Praça Nhá Chica Messias – Vila Santa Terezinha | Nascida no Bairro da Tapera Grande, Francisca das Chagas Fernandes (1876-193) ofereceu significativos serviços à cidade no combate à gripe espanhola em 1918 e, no decorrer da Revolução Constitucionalista de 1932, participou como praça e compôs o 3° Batalhão de Caçadores Voluntários, organizado em Itu. A praça foi criada pelo Decreto n°177 de 1969.

Rua Irmã Maria Jacinta da Silva – Jardim Faculdade | Madre Maria Jacintha da Silva (1891-1978) foi professora no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio e na Escola Normal do mesmo estabelecimento. Além disso, fundou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Nossa Senhora do Patrocínio, precursora do ensino superior na região. A rua foi criada pelo Decreto n° 1524, de 1983.

Rua Virgínia Martini Gazzola – Vila Padre Bento | Virgínia Martini Gazzola (1880-1930) atuou como obstetra na Santa Casa de Itu e auxiliou nos partos caseiros de pessoas menos favorecidas. Ela teve seis filhos com o seu marido Luiz Gazzola e participava da Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte. Em 2006, no centro da cidade, foi inaugurado o Centro de Capacitação Profissional “Virgínia Martini Gazzola” em sua homenagem.

Tour Virtual 360 | Para conhecer mais mulheres que representaram a cidade de Itu, confira a exposição completa pelo tour virtual 360 do Museu Republicano de Itu https://vila360.com.br/tour/mrciusp/.

História do Museu Republicano | O Museu Republicano “Convenção de Itu” foi inaugurado pelo presidente do Estado de São Paulo, Washington Luis Pereira de Sousa, a 18 de abril de 1923 e desde então subordinou-se administrativamente ao Museu Paulista que, em 1934, tornou-se Instituto complementar da recém-criada Universidade de São Paulo e a ela se integrou em 1963.

É uma instituição científica, cultural e educacional especializada no campo da História e da Cultura Material da sociedade brasileira com ênfase no período entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, tendo como núcleo central de estudos o período de configuração do regime republicano no Brasil.

Encontra-se instalado em sobrado histórico em Itu, erguido nas décadas iniciais do século XIX e que se tornou residência da família Almeida Prado. Foi nesse local que se realizou, em 18 de abril de 1873, uma reunião de políticos e proprietários de fazendas de café para discutir as circunstâncias do país e que, posteriormente, se transformou na famosa Convenção Republicana de Itu, marco originário da campanha republicana e da fundação do Partido Republicano Paulista.