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Brasil
O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.
Entre quinta-feira (10/out) e sábado (12/out), a jovem regente austríaca Katharina Wincor comanda a Osesp em um programa que dá sequência ao Festival Schubert, um dos eixos artísticos desta Temporada, que é dedicado a Franz Schubert (1797–1828). Na companhia do Coro da Osesp, dos cantores brasileiros Lina Mendes, Luciana Bueno e Vitor Bispo e do sul-africano Lunga Eric Hallam, a Orquestra executa duas obras grandiosas do compositor romântico: a dramática Missa nº 5 e a Oitava Sinfonia, conhecida como Inacabada. Os ingressos para as três datas podem ser adquiridos neste link. O concerto de sexta-feira (11/out) será transmitido ao vivo pelo YouTube da Osesp.
Sobre o programa
Até hoje não se sabe a razão da Oitava Sinfonia não ter sido concluída. Os manuscritos foram encontrados em 1865 no acervo do compositor Alselm Hüttembrenner, amigo de Beethoven e de Schubert, e os dois primeiros movimentos foram originalmente publicados em 1866. Esses movimentos iniciais têm a orquestração completa, já do terceiro movimento, um scherzo, há apenas rascunhos escritos para piano. Não se tem notícias dos planos de Schubert para um quarto movimento. A primeira audição pública da Inacabada aconteceu em Viena, em 1865, 37 anos após a morte do compositor.
Schubert teve uma prolífica produção de música sacra. As Missas nº 5 e nº 6 são obras de sua maturidade e a intenção de aprofundar a expressão de uma espiritualidade centrada no ser humano levou-o a liberdades que não agradaram o meio musical. Com a revisão da Missa nº 5, em 1826, Schubert esperava conseguir o cargo de vice-Mestre de Capela da corte imperial, o que não aconteceu porque a obra foi considerada excessivamente dramática. Estruturada em seis sessões, essa missa solemnis foi concebida sinfonicamente e possui passagens de sofisticada escrita camerística e solística, além de um acentuado virtuosismo vocal.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. Possui quase 100 álbuns gravados (cerca de metade deles por seu próprio selo, com distribuição gratuita) e transmite ao vivo mais de 60 concertos por ano, além de conteúdos especiais sobre a música de concerto. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall. Mantém, desde 2008, o projeto Osesp Itinerante, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.
Coro da Osesp
Criado em 1994, o grupo aborda diferentes períodos e estilos, com ênfase nos séculos XX e XXI e nas criações de compositores brasileiros. Gravou álbuns pelo Selo Digital Osesp, Biscoito Fino e Naxos. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como Coordenadora e Regente. De 2017 a 2019, a italiana Valentina Peleggi assumiu a regência, tendo William Coelho como Maestro Preparador — posição que ele mantém desde então. Em 2020, o Coro se apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sob regência de Marin Alsop, repetindo o feito em 2021, em filme virtual com Yo-Yo Ma e artistas de outros sete países. Em 2022, fez turnê com a Osesp nos Estados Unidos, apresentando-se, novamente liderados por Alsop, no Music Center at Strathmore, em North Bethesda, e em dois concertos no Carnegie Hall, em Nova York. Na Temporada 2024, o grupo celebra seus 30 anos, com programação especial.
Katharina Wincor, regente | A austríaca Katharina Wincor tem se destacado no cenário internacional desde sua atuação como Regente Assistente da Sinfônica de Dallas. Além disso, o trabalho com o Coro Arnold Schoenberg em Viena ampliou sua experiência orquestral e coral, quando participou do May Festival da Sinfônica de Cincinnati, em 2022, e do Festival de Salzburgo. Em 2020, foi premiada no Concurso Mahler, em Bamberg, e convidada para ministrar masterclasses junto à Orquestra Real do Concertgebouw e também com a Orquestra do Festival de Budapeste. É convidada frequente de orquestras como a Sinfônica Alemã de Berlim, as Sinfônicas de Seattle, Detroit, Vancouver e Utah, além da Bruckner Orchester Linz e das Filarmônicas de Graz (Áustria) e de Naples (EUA). Recentemente, retornou à Orquestra do Teatro de Frankfurt, à Filarmônica de Dresden, às Sinfônicas de Cincinnati, da BBC e da Rádio de Colônia.
Lina Mendes, soprano | Natural do Rio de Janeiro, integrou a Accademia Teatro Alla Scala (Itália), o Centre de Perfeccionament del Palau de les Arts (Espanha) e participou do Festival de Música Schleswig-Holstein, na Alemanha. Recentemente, estreou na Ópera de Tenerife, além de ter interpretado canções de Richard Strauss junto ao pianista Pedro Halffter pela Fundación BBVA (Espanha). Foi solista em salas de concerto como Theatro Municipal de São Paulo e Theatro São Pedro, além da própria Sala São Paulo, onde se apresentou com a Osesp em diversas ocasiões. Em 2018, foi selecionada pela Broadway para protagonizar no Brasil o musical O Fantasma da Ópera, no papel de Christine Daaé, em 400 apresentações que foram assistidas por mais de meio milhão de pessoas. Representou o Brasil no BRICS Cultural Festival Xiamen, na China.
Luciana Bueno, mezzo soprano | Estudou no Brasil e na Itália. Seu repertório sinfônico inclui participações como solista no Gloria de Vivaldi, na Missa em dó menor e no Réquiem de Mozart, no Messias de Händel, no Réquiem de Verdi, nas Missa em Dó maior, Missa Solemnis e Nona Sinfonia de Beethoven, na Lobgesang de Mendelssohn, na Sinfonia nº 2 de Mahler, além de recitais que incluem música brasileira e barroca. Destaca-se ainda sua interpretação da Carmen de Bizet, da qual se tornou intérprete bastante requisitada, apresentando-se em montagens no Palácio das Artes, no Theatro São Pedro, nos Theatros Municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro e nos Teatros Alfa, Amazonas, Guaíra (no Brasil) e Lucho Gatica em Rancagua, Chile.
Lunga Eric Hallam, tenor | O tenor sul-africano Lunga Eric Hallam formou-se recentemente no Ryan Opera Center da Ópera Lírica de Chicago e fez parte do Programa de Jovens Artistas da Ópera da Cidade do Cabo. Em seu repertório, destacam-se Carmina Burana com a Sinfônica de Richmond, O barbeiro de Sevilha, na Ópera de Pittsburgh, Don Giovanni na Wolftrap Opera, além de sua estreia na Houston Grand Opera, na Filarmônica de Los Angeles e na própria Osesp. Na Ópera Lírica de Chicago, apresentou-se na série Beyond the aria no Harris Theater ao lado de Joyce DiDonato e fez sua estreia recente com a Orquestra Sinfônica de Chicago e Riccardo Muti em Baile de Máscaras de Verdi.
Vitor Bispo, barítono | O paulistano Vitor Bispo faz parte da Ópera Estatal da Baviera. Ele iniciou seus estudos em ópera na Escola Municipal de Música de São Paulo e em seguida lhe foi oferecida uma vaga na Royal Academy of Music, em Londres, onde adquiriu seu diploma com honras além do The Principal’s Prize, oferecido pelo diretor Jonathan Freeman-Attwood. Destacou-se em produções do Theatro Municipal de São Paulo, como O barbeiro de Sevilha, Turandot, La traviata e O cavaleiro da rosa e, no Theatro São Pedro, em O voo através do oceano e Aquele que diz sim. Recebeu 1º lugar no Concurso Maria Callas (Brasil), no Clonter’s Opera Prize (Reino Unido) e no concurso Pavarotti na Royal Academy of Music, além do prêmio do público na competição Tenor Viñas.
PROGRAMA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP
CORO DA OSESP
KATHARINA WINCOR regente
LINA MENDES soprano
LUCIANA BUENO mezzo soprano
LUNGA ERIC HALLAM tenor
VITOR BISPO barítono
Franz SCHUBERT | Sinfonia nº 8 em si menor, D. 759 – Inacabada
Franz SCHUBERT | Missa nº 5 em Lá bemol maior, D. 678.
Serviço:
10 de outubro, quinta-feira, 20h30
11 de outubro, sexta-feira, 20h30 — Concerto Digital
12 de outubro, sábado, 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$39,60 e R$271 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link | (11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Estacionamento: R$35,00 (noturno e sábado à tarde) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo mediante comprovação
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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(Fonte: Com Pedro Fuini/Fundação Osesp)
Sob regência do maestro Paulo de Paula, a Orquestra Sinfônica de Indaiatuba realiza o concerto especial do mês das crianças: Badulaque Sinfônico, com participação do Duo Badulaque. O encontro acontece no dia 13, às 17h, na sala Acrísio de Camargo, no Ciaei. A entrada é gratuita.
Neste concerto dedicado às crianças, a Sinfônica acompanha o repertório do Duo, formado por Daniel Ayres e Julia Pittier, que traz para Indaiatuba o espetáculo Muita Coisa, que propõe um repertório que estimula a curiosidade, inteligência e imaginação das crianças. As músicas selecionadas abordam a criação do universo em diferentes culturas, as navegações e o desejo de exploração do ser humano, distinção entre ciência e mitologia nas figuras do dinossauro e do dragão e, para isso, explora a percussão performática em diferentes ritmos. “Será um concerto incrível, com instrumentos inusitados e elementos de tirar o fôlego, uma verdadeira diversão para a criançada”, destaca o maestro Paulo de Paula.
Sobre o Duo | Formado por Daniel Ayres e Julia Pettier, o Duo Badulaque compõe, produz, toca e canta músicas infantis desde 2016. Com mais de 100 canções lançadas, também apresenta o programa Vai ter Show do Badulaque, transmitido pela TV Cultura e TV Rá Tim Bum, desde 2021, além de percorrer o Brasil fazendo shows e ministrando oficinas como membro do Palavra Cantada desde 2005. Vídeo Duo Badulaque aqui.
Serviço:
Concerto Especial Mês das Crianças – Badulaque Sinfônico
Data: 13/10 | Horário: 17h
Convidado: Duo Badulaque
Ingresso: entrada gratuita e por ordem de chegada
Local: Sala Acrísio de Camargo – Ciaei – Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3665 – Jardim Regina, Indaiatuba (SP) – mapa aqui
Sobre a Amoji | A Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba (Amoji) é responsável pela manutenção da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba – que celebra 10 anos de existência – vem se destacando por sua intensa atuação na divulgação e popularização da música orquestral. Realizando, anualmente, mais de uma dezena de concertos gratuitos, com participação de músicos do município de Indaiatuba (SP) e solistas de renome. Promove também o Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn), que disponibiliza masterclasses para estudantes de música de todo o Brasil e uma programação cultural de concertos para a comunidade.
Redes sociais: Instagram Sinfônica | Facebook Sinfônica | Instagram Duo Badulaque.
(Fonte: Com Samanta De Martino/Armazém da Notícia)
O Dia das Crianças está chegando e o Parque Ibirapuera é o espaço ideal para celebrar a data, já que é considerado um dos principais ambientes de lazer da cidade de São Paulo. Com um cronograma que se estenderá durante todo o mês de outubro, as famílias estão convidadas a participar de atividades que proporcionam muita diversão, aprendizado e uma potente conexão com a natureza, além de momentos únicos que ficarão registrados para sempre na memória dos pequenos. Veja abaixo a programação completa:
Estação Biodiversidade: Bicho-pau
Data: 12 e 13 de outubro
Horário: das 14h às 17h
Nesta atividade, que colabora para democratização da ciência, as crianças conhecerão mais sobre os curiosos bichos-pau. Enquanto observam, desenham, colorem e produzem trabalhos manuais, os pequenos também aprenderão sobre temas relacionados à biodiversidade de plantas e animais nativos do Brasil presentes no parque e à importância da conservação de espécies vulneráveis e em perigo de extinção no país e na cidade de São Paulo. Vale ressaltar que, apenas no dia 12 de outubro, das 12h às 17h, o espaço contará com a exposição ‘O Incrível Universo do Bicho-Pau’, conduzida em parceria com grupo de pesquisa e divulgação científica Projeto Phasma.
Local: parquinho em frente às quadras esportivas
Atividade gratuita.
Circuito Temático Ambiental: A Biodiversidade no Coração de São Paulo
Data: 20 de outubro
Horário: 10h30
A caminhada é guiada pela equipe ambiental da Urbia e passará pelas ruas, alamedas e jardins do espaço, além de ter como foco a biodiversidade presente no parque, sua história e principais curiosidades. Ao longo do trajeto, haverá paradas estratégicas nas quais as famílias conhecerão algumas aves, espécies botânicas e ecossistemas que pairam pelas paisagens.
Local: ponto de encontro no Centro de Visitantes, próximo ao Planetário Ibirapuera
Atividade gratuita.
Sextou no Ibira: Dia da Kokedama
Data: 11 e 18 de outubro
Horário: das 14h às 17h
A equipe educativa da Urbia oferecerá às crianças atividade manual com elementos da natureza a partir da técnica japonesa conhecida como kokedama, que significa ‘bola de musgo’. É uma forma criativa e inspiracional de cultivar plantas em casa e em apartamentos sem a necessidade de vasos ou outros recipientes. Os visitantes são convidados a construírem suas próprias ‘bolinhas vivas’ e levarão suas kokedamas para casa.
Local: área de piquenique
Atividade gratuita.
Sessão especial ao vivo no Planetário Ibirapuera: Nosso Teto Estrelado
Datas e horários: 12 de outubro, às 17h e 13 de outubro, às 15h
O Planetário Ibirapuera apresentará uma sessão especial ao vivo em que os pequenos poderão embarcar em uma fascinante viagem pelo céu noturno. Com uma linguagem adequada e um visual encantador, as crianças descobrirão as estrelas e as constelações que enfeitam o céu, como um verdadeiro ‘teto estrelado’. Durante a apresentação, as famílias investigarão as estrelas e os cometas e entenderão o que são constelações, identificando figuras famosas como o Cruzeiro do Sul, Órion e Escorpião. As crianças também aprenderão sobre os planetas do Sistema Solar e suas luas. A sessão é recomendada para famílias com crianças de 5 a 11 anos.
Local: Planetário Ibirapuera
Ingressos: Urbiapass.
Sessões fixas do Planetário Ibirapuera
Dias e horários: sextas-feiras, às 12h (sessão gratuita), sábados, às 13h, 15h, 17h e 19h, e domingos, às 11h, 13h, 15h e 17h.
Três sessões fixas são oferecidas às famílias aos finais de semana: O show da Luna, Olhar o céu de São Paulo outra vez e Planetas do Universo, sendo ao menos uma sessão gratuita por semana. Vale ressaltar que ‘O Show da Luna’ é uma sessão infantil destinada ao público de 4 a 11 anos que conta a história da personagem em uma viagem interativa e musical pelo espaço, investigando questões científicas como o brilho das estrelas, a possibilidade de caminhar nos anéis de Saturno, a existência de vida em Marte e o motivo de Plutão não ser mais considerado um planeta. As demais sessões são recomendadas para crianças a partir de 11 anos.
Local: Planetário Ibirapuera
Ingressos: Urbiapass
Para mais informações, acesse Site | Instagram | Facebook | Linkedin.
(Fonte: Com Mylena Zintl Bernardes/Máquina Cohn & Wolfe)
Uma noite de muito samba e emoção marcou, no dia 1º de outubro, a inauguração da Academia Brasileira de Artes Carnavalescas (ABAC), na Travessa do Ouvidor, no Centro do Rio de Janeiro. O evento, idealizado pelo carnavalesco Milton Cunha e pela empreendedora social Celia Domingues, presidente e vice-presidente da ABAC, respectivamente, celebrou a criação de uma galeria de ‘notórios eternos’, reunindo personalidades icônicas do samba e do carnaval brasileiro.
Inspirada no modelo da Academia Brasileira de Letras, a ABAC oferecerá assentos vitalícios para 200 notáveis de todas as regiões do Brasil com o objetivo de valorizar o patrimônio cultural afro-brasileiro e suas expressões em diferentes cantos do país. Mais de 100 fotos de figuras ilustres já decoram as paredes da academia, incluindo nomes de peso, como Mestre Dionísio, Maria Augusta, Carlinhos de Jesus, Leonardo Bruno, e Kellymar de Jesus Ferreira. De São Paulo, quatro sambistas foram imortalizados na galeria: a jornalista e pesquisadora Claudia Alexandre, o jornalista e pesquisador Odirley Isidoro, o embaixador do samba Fernando Penteado e Solange Bichara, presidente da Escola de Samba Mocidade Alegre.
Durante a cerimônia, Milton Cunha, com sua característica energia, ressaltou o papel da academia de reunir os maiores representantes do carnaval em um espaço de respeito e memória. “Já convidamos 120 notórios saberes; eles estão na parede, estão aqui. E vamos chegar a duzentos. Todos os carnavais do Brasil – blocos, coretos, bailes, escolas de samba, tudo junto. É o saber carnavalesco de todo o Brasil”, afirmou o carnavalesco.
A importância da diversidade dos saberes também foi destacada por Maria Augusta, uma das maiores especialistas em carnaval do Brasil. “A origem das escolas de samba vem das comunidades negras. Uma academia que reconhece isso, que traz esse saber popular, é fundamental. Estou vendo compositores e carnavalescos que não têm formação acadêmica, mas que são a essência do nosso carnaval. Isso é o respeito ao saber popular”, afirmou emocionada.
A ABAC promete se consolidar como um espaço de preservação e promoção da arte carnavalesca reunindo notáveis do carnaval de todo o Brasil com o compromisso de perpetuar o legado cultural de suas comunidades. A noite de inauguração foi só o início de uma trajetória que promete eternizar a história e os saberes de um dos maiores símbolos culturais do país.
(Fonte: Com Diney Isidoro/Prefeitura de São Paulo)
Em outubro, o Museu da Imagem e do Som (MIS) traz novidades para os entusiastas do mundo da fotografia. Nesta terça-feira, dia 8, o Museu inaugurou a quinta exposição do programa Nova Fotografia 2024: Eu sei que existo porque você me imagina, do fotógrafo Gui Marcondes. Na mesma data, iniciaram-se as inscrições para a convocatória 2025, que irá selecionar seis novos talentos de todo o Estado de São Paulo para integrar o já consagrado programa anual do MIS.
Eu sei que existo porque você me imagina
Transitando de forma inconstante entre sua cidade natal de São Paulo e Nova York, o fotógrafo Gui Marcondes mapeia suas explorações pelo desconhecido pessoal. Ele investiga diretamente as miragens criadas por fotos que se apresentam oníricas, desprendidas, fora de controle. Estas imagens geram inquietação, refletem sobre si mesmas até entrar em ebulição e se esquivam de qualquer estabilidade. Ao observador, cabe especular sobre o lugar, o significado e as intenções do autor. A exposição, uma das seis selecionadas pelo programa Nova Fotografia 2024, foi inaugurada na terça-feira na sala Maureen Bisilliat (térreo do MIS). O público pode conferir a série inédita de Gui Marcondes até o dia 17 de novembro com entrada gratuita.
Sobre o artista
Gui Marcondes é um artista multidisciplinar com 20 anos de experiência. Formado em Arquitetura pela USP, trabalhou como ilustrador e designer gráfico no começo da carreira, antes de enveredar para o audiovisual através da animação. Seus curtas-metragens foram selecionados para inúmeros festivais internacionais e o principal deles, ‘Tyger’, foi escolhido pela ABCA como uma das 100 animações mais importantes da história do Brasil. O filme ganhou mais de 30 prêmios ao redor do mundo e até hoje participa regularmente de exibições especiais. Desde 2016, Marcondes vem publicando sua série de zines ‘Gira’, que faz parte do acervo do Instituto Moreira Salles SP. Seu projeto em andamento ‘O Mármore e a Murta’ sobre os caminhos pré-coloniais foi selecionado para um workshop de desenvolvimento da Magnum Photos com Moises Saman e Paul Moakley. Seu último livro ‘I know I exist because you imagine me’ acaba de ser publicado pelo selo Nearest Truth Editions, do crítico e fotógrafo Brad Feuerhelm, fundador do site American Suburb X. Gui Marcondes foi Artista Convidado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde passou duas semanas orientando um workshop sobre Espaços Narrativos em Cinema e Games. Desde 2013 é membro permanente do júri do MIT Creative Arts Competition para startups que unem Tecnologia e Arte.
Convocatória 2025
O Nova Fotografia é um projeto anual do MIS que seleciona, por meio de convocatória aberta ao público, seis novos fotógrafos para uma exposição individual no museu. A seleção fica a cargo do Núcleo de Programação, com supervisão e coordenação da curadoria geral do MIS. São selecionadas até seis séries fotográficas inéditas, de profissionais que se destacam por sua originalidade técnica e estética. Após o período em exposição, as séries escolhidas passam a integrar o acervo do MIS. Os interessados em participar da seleção para o ano de 2025 podem conferir a convocatória completa e efetuar a inscrição, gratuitamente, no site do MIS, entre 8 de outubro e 17 de novembro: www.mis-sp.org.br.
O projeto Nova Fotografia tem o apoio da CANSON e do Gin Elixir13. A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O MIS tem patrocínio institucional das empresas Livelo, B3, John Deere, NTT Data, TozziniFreire Advogados, Grupo Comolatti e Sabesp e apoio institucional das empresas Vivo, Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Telium. O apoio operacional é Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, Renaissance São Paulo Hotel, Pipo Restaurante, illycaffè, Sorvetes Los Los e Água Mineral São Lourenço.
Serviço:
Eu Sei Que Existo Porque Você Me Imagina, de Gui Marcondes | Nova Fotografia 2024
Local: Sala Maureen Bisilliat – Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo, SP
Data: até dia 17/11
Horários: terças a sextas, 10h às 19h; sábados, 10h às 20h; domingos e feriados, 10h às 18h
Ingresso: gratuito
Classificação indicativa: livre.
(Fonte: Com Diego Andrade de Santana/Museu da Imagem e do Som)