Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
Mesmo com a pandemia da Covid-19, que impede, por questões de segurança, entre outros cuidados, a aglomeração, as pessoas não foram privadas de conhecer o Museu da Água. O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE) usou a tecnologia e criou visitas virtuais como uma forma de continuidade. Além do Passeio Virtual pelo Museu, que está disponível desde o ano passado, foi lançado o passeio virtual pela Nascente Modelo, importante marco histórico da cidade, que abastece a população desde 1937.
A coordenadora do Museu da Água, Rosilaine Diniz Piccoli, fez um passeio educativo mostrando onde a nascente está localizada e a importância de sua conservação. O vídeo está disponível nas mídias sociais do SAAE e do Museu da Água e no site, pelo link https://museudaagua.sp.gov.br/.
O Projeto Nascente Modelo faz parte do Programa Município VerdeAzul (PMVA), por meio da diretiva de Gestão das Águas, onde é considerada ‘modelo’ por estar protegida por vegetação nativa preservada conhecida como “mata ciliar”. Além disso, como é característica de qualquer nascente, ela tem uma Área de Preservação Permanente (APP) de 50 metros, conforme prevê o Novo Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/12).
O Programa Município VerdeAzul tem o propósito de medir e apoiar a eficiência da gestão ambiental com a descentralização e valorização da agenda ambiental nos municípios. O objetivo é estimular e auxiliar as prefeituras paulistas na elaboração e execução de suas políticas públicas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Estado.
As ações propostas pelo PMVA compõem as dez diretivas norteadoras da agenda ambiental local, abrangendo os seguintes temas estratégicos: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental.
A exposição inédita PORTOS – Processos Orientados via Território e Ocupações Santistas, em cartaz no SESC Santos, apresenta um panorama da arte contemporânea da região da Baixada Santista com trabalhos de diferentes linguagens artísticas, como xilogravura, cerâmica, videoarte, desenho, arte indígena e arte naïf, entre outras. Composta por 61 artistas ligados à região, participam da mostra nomes como Maurício Ianês, Marina Guzzo, Thiago Verá Benites da Silva, Elizeu Werá Tukumbo da Silva e Uwerá Nimangá Dju Gomes, sendo os dois últimos alguns dos representantes do recorte indígena da exposição. A curadoria é da equipe técnica da programação da unidade em parceria com a antropóloga Ilana Goldstein e colaboração de Cristine Takuá e Carlos Papá, curadores convidados da Aldeia do Rio Silveira.
O primeiro objetivo de PORTOS é dar visibilidade aos artistas da Baixada Santista, que contam com poucos espaços de projeção. O segundo é discutir as relações entre produção artística e território; ou seja, de que maneira as diferentes formas expressivas são fruto de experiências ligadas à vida no litoral, nas cidades da Baixada, em meio à arquitetura histórica, à mata atlântica e aos modos de se relacionar específicos de suas populações.
Um terceiro objetivo é questionar as hierarquizações no sistema da arte, que costuma separar a arte contemporânea “legítima”, profissional, valorizada pelo mercado, avalizada pela crítica, da arte popular, autodidata, e do artesanato, desprezado por seu caráter utilitário. Na verdade, as fronteiras entre essas categorias são móveis e questionáveis e a exposição propõe diálogos temáticos e formais entre trabalhos feitos por pintores amadores e artistas premiados, entre outros sujeitos.
O percurso é dividido em quatro núcleos: o primeiro, chamado e dedicado ao mar, à navegação e ao porto; o segundo e o terceiro, interligados, focados nas maneiras de habitar a terra, na paisagem natural e urbana e, o quarto e último, aludindo à diversidade étnica e social do território, aos diferentes sujeitos que aqui habitam e suas relações. Além de Santos, estão representadas as cidades de São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe e Cubatão, bem como seus territórios indígenas.
A curadora convidada para essa mostra, Ilana Goldstein, é antropóloga e professora da Universidade Federal de São Paulo. Ilana já realizou curadoria de exposições como Terra Paulista: História, Artes e Costumes, exposta no SESC Pompeia, em 2005, e Jorge, Amado, universal, que ficou em cartaz ao longo de 2012 no Museu da Língua Portuguesa e no Solar Unhão/MAM, na Bahia.
Lista completa de artistas: Alyson Montrezol, Ana Akaui, Augusto Pakko, Biga Appes, Carlos Papa, Chico Melo, Coletivo (a)gente, Cris Alonso, Eleonora Artysenk, Élida Andréia Escobar, Elisabeth Ruivo, Elizeu Werá Tukumbo da Silva, EVORA Coletivo, Fabiano Ignácio, Fabiola Notari, Fabrício Lopez, Fred Casagrande, Fulvia Rodrigues, Gaio, Geandré, Gilda Martins de Figueiredo, Ildefonso Torres Filho, Ivy Freitas, Izaura Campos, Jhoni Morgado, José Maria da Costa Villar, Joyce Farias, Juliana do Espírito Santo e Lelê Lótus, Kátia Miyahira, Kelly Alonso Braga, Laércio Alves, Lidia Malynowskyj, Lucia Quintiliano, Ludemar Victor, Luiz Marq’s, Mai-Britt Wolthers, Márcia Santtos, Marcos Piffer, Marcus Cabaleiro, Mari Lucio, Maria Inês Veríssimo, Marina Guzzo, Maurício Adinolfi, Maurício Ianês, Nenê Surreal, Paulo Climachauska, Paulo von Poser, Rachel Midori, Raphaella Gomez, Renata Salgado, Roberta Lima, Rodrigo Munhoz a.k.a Amor Experimental, Sr. Domingos, Thiago Verá Benites da Silva, Tomzé Scala, Tubarão Dulixo, Ubiraci Gomes, Uwerá Nimangá Dju Gomes, Wadson Silva, Wilis Graffiti, Wilson Santos.
O público pode visitar a exposição de forma gratuita e presencial, mediante agendamento prévio online através da página de cada unidade no Portal do SESC São Paulo ou em SESCsp.org.br/exposicoes. Para assegurar o distanciamento recomendado entre os visitantes, as vagas para as sessões são limitadas e variam conforme a unidade, sempre respeitando o limite de até cinco pessoas a cada 100 m2 e a ocupação limitada da capacidade total de cada local. O uso de máscara é obrigatório durante todo período de permanência na unidade.
Serviço:
PORTOS
Local: SESC Santos
Período expositivo: Até 20 de novembro de 2021
Horário de visitação: Terça a sexta – 12h45, 14h, 18h30, 19h45 | Sábados – 11h, 12h15, 13h30, 14h45. Obs: Cada visitação é realizada com até seis visitantes por horário.
Agendamento de visitas: https://www.SESCsp.org.br/exposicoes
Classificação indicativa: Livre
Grátis
SESC Santos – Rua Cons. Ribas, 136 – Aparecida – Santos/SP
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A Prefeitura de Indaiatuba lançou o 11º Catálogo das Indústrias, por meio da Secretaria Municipal de Governo e em parceria com a unidade municipal do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A publicação conta, pelo segundo ano consecutivo, com a opção digital, devido à pandemia. As inscrições para o próximo ano já estão abertas.
A implantação do catálogo de maneira digital tem como foco aumentar os negócios para as indústrias locais a partir da conexão entre empresários e clientes, facilitando assim a comunicação. Dentro da edição, o empresário tem acesso a um material com dados concretos sobre o parque industrial do município.
“Muitas empresas da nossa cidade acabam fazendo negócios fora, sendo que tem empresas em Indaiatuba que podem estar fazendo acordos comerciais, movimentando o comércio, a economia e gerando dividendos não só para o município, mas para o estado de São Paulo e para o país”, afirma o prefeito Nilson Gaspar (MDB).
O catálogo tem como foco auxiliar os empresários a fecharem novos negócios durante o momento de isolamento social. A versão digital, pelo app e na internet, já obteve mais de dois mil acessos até o momento. “Dessa vez, foram mais de 400 empresas que participaram e isso tem demonstrado realmente que é um instrumento absolutamente necessário nesses momentos de crise”, fala o secretário do Governo, Luiz Alberto Cebolinha Pereira, sobre a importância dessa ferramenta que tem unido as indústrias de Indaiatuba.
O cadastro das indústrias interessadas em participarem da versão 2022 pode ser realizado por meio da inscrição on-line, acessando o link https://indaiatuba.catalogodasindustrias.com.br/cadastro_empresa até 20 de dezembro de 2021. As empresas cadastradas na edição deste ano não precisam se recadastrar. É possível acessar o catálogo digital pelo aparelho Android, no Play Store, com o título do App: “Indústrias Indaiatuba”, e também pela versão web, no link https://indaiatuba.catalogodasindustrias.com.br/. No caso de dúvidas ou alterações dos dados cadastrais, basta entrar em contato com a Secretaria de Governo no e-mail governo.empresas@indaiatuba.sp.gov.br ou pelo telefone (19) 3834-9278.
Com uma posição geográfica privilegiada, Dubai atrai nacionalidades e culturas de todas as partes do mundo. Essa diversidade é refletida em uma grande variedade de cozinhas que representam os sabores de mais de 200 nacionalidades que vivem na cidade e é também o que torna Dubai um destino único. Naturalmente, a gastronomia típica dos Emirados também tem seu espaço de destaque e eventos ao longo do ano, como o Dubai Food Festival, dão destaque aos pratos locais.
Antes das influências internacionais se entrelaçarem com a cultura local, a gastronomia dos Emirados já fazia parte da identidade de Dubai. Os antigos habitantes tinham que encontrar sustento no ambiente local, e como era um ambiente desafiador para a agricultura convencional, era necessário forragear plantas e árvores do deserto para se alimentarem. Os animais de criação, como cordeiro e camelo, eram usados para fornecer leite e carne. Os beduínos, nômades que viviam nos desertos, usavam técnicas especiais de cozedura, como o zarb, em que a carne é colocada num forno com brasas sob as areias do deserto.
Essa experiência pode ser vivida atualmente. Após um passeio pelo deserto de carro ou camelo, os anfitriões fazem um tour por uma vila beduína onde se podem observar as demonstrações de cozinha, provar o tradicional café árabe fresco e desfrutar da já reconhecida hospitalidade árabe. Uma outra forma de fazer uma imersão na história da gastronomia local é visitando o Sheikh Mohammed Centre for Cultural Understanding, localizado no bairro histórico de Al Fahidi. Lá, é possível experimentar uma refeição típica dos Emirados enquanto conhece ainda mais sobre as tradições e hábitos culturais da nação. Para mais experiências imersivas, a Culinary Boutique, em Jumeirah, oferece uma mistura de pratos europeus e especialidades locais. Esse é um ótimo local para provar pratos que refletem a diversidade cultural do emirado, sendo possível cozinhar alguns deles em uma aula de culinária oferecida pelo restaurante.
Cidade multicultural, gastronomia diversificada | Por ser um dos principais centros comerciais do mundo desde o século V, Dubai atraiu muitas nacionalidades, que fizeram um mix da sua própria cultura culinária com a da cidade. Hoje, é possível encontrar as mais diversas experiências gastronômicas de todo o mundo. A culinária coreana, por exemplo, está bem representada. Para experimentar um churrasco coreano autêntico e barato, o Hyu, nas Jumeirah Lakes Towers, é uma ótima opção. Uma alternativa mais luxuosa é o Sonamu, no Asiana Hotel. Já a comida africana é representada por dezenas de excelentes restaurantes, como o Zagol, com comida da Etiópia, ou o Bab Al Mansour, perto do The Dubai Mall, com comida marroquina. Seja o que for, se estiver à procura de comida de uma origem em particular, Dubai é um local excelente para encontrá-la.
Por conta de sua reputação global como o destino dos sonhos para quem aprecia comida, a cena gastronômica de Dubai atraiu empreendedores que criaram uma série de restaurantes e cafés exclusivos. Muitos conceitos inovadores nasceram e se desenvolveram na cidade, à medida em que uma variedade de chefs aproveitaram o espírito empreendedor que contribuiu para o rápido crescimento e desenvolvimento da indústria de Dubai.
O chef celebridade britânico Gordon Ramsay tem dois restaurantes no emirado: o Bread Street Kitchen no Atlantis, The Palm e o Hell’s Kitchen, no Caesars Palace no Bluewaters Dubai. Outros grandes nomes incluem o chef francês Alain Ducasse, com o miX no Emerald Palace Kempinski, e Heinz Beck, com o Social no Waldorf Astoria Dubai Palm Jumeirah.
Para conhecer mais sobre as ofertas gastronômicas em Dubai, clique aqui.
No dia 9 de junho de 2021, foi aprovada a votação, em regime de urgência, do Projeto de Lei (PL) 984/2019, que permite a reabertura da Estrada do Colono no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e altera a Lei Federal que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei Federal 9985/2000). Com argumentos tecnicamente questionáveis e sem uma discussão ampla sobre sua repercussão, esse Projeto de Lei pode impactar de forma irreversível o Parque Nacional do Iguaçu, importante patrimônio natural brasileiro.
Essa não é a primeira tentativa de reabertura da Estrada do Colono, que corta a floresta exuberante de uma das primeiras unidades de conservação criadas no Brasil. Desta vez, o PL 984, de autoria do deputado Vermelho (PSD/PR), propõe a criação de uma nova categoria de unidade de conservação que não existe na legislação brasileira, chamada no documento de “estrada-parque”. Ao contrário do que parece, a proposta de reabertura não se configurará como uma estrada-parque para apreciação da natureza e turismo ecológico, algo que realmente existe em outros países.
A Estrada do Colono, aberta em 1953, cortava a floresta do Parque Nacional do Iguaçu ao longo de 18 km, ligando Serranópolis do Iguaçu, no Oeste, até Capanema, no Sudoeste do Paraná, e foi fechada pelo Ibama em 2001 e novamente em 2003, após uma nova tentativa de abertura. O interesse na estrada é permitir um atalho no deslocamento entre as áreas ao norte e ao sul do Parque, ao invés de se utilizar as rodovias já existentes que contornam a Unidade. Contudo, a Estrada só tem sentido se houver uma balsa que faça a travessia do rio Iguaçu até a PR 281 – o que atualmente não existe.
Localizada na parte de floresta mais bem conservada do parque, a estrada está completamente tomada por vegetação nativa. O parque, criado em 1939, cobre pouco mais de 185 mil hectares na divisa entre Brasil, Paraguai e Argentina e tem uma relevância que transborda os limites geográficos do Brasil. Junto ao Parque Nacional de Iguazú, na Argentina, essa área contínua de floresta é responsável por proteger espécies raras e ameaçadas de fauna, como a onça-pintada, a harpia e o bugio, e da flora, como a peroba-rosa e o palmito-juçara. O Parque tem também grande potencial para pesquisas científicas e atividades educativas.
A abertura de estradas, por mais necessárias que sejam, acarreta inúmeros prejuízos como o aumento do risco de atropelamento da fauna local, facilitação do acesso para a caça da fauna nativa, aumento da fragmentação de populações de plantas e animais e da disseminação de plantas invasoras, além do potencial aumento de processos erosivos que comprometem recursos hídricos.
Além de ameaçar o Parque Nacional, a reabertura da Estrada do Colono põe em risco as Cataratas do Iguaçu, atrativo reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade. Com grande relevância cultural e econômica para o Brasil, as Cataratas recebem milhões de visitantes do mundo inteiro todos os anos. No ano de 2019, o número recorde de visitantes chegou a 2 milhões. Ao criar mais uma potencial rota para o contrabando de drogas e armas dessa região de fronteira do Brasil, a abertura da estrada pode aumentar a insegurança da área o que, possivelmente, afastará turistas.
Diante dos problemas expostos, qual é a justificativa para que esse PL seja votado em regime de urgência, sem que ocorra uma discussão madura e expandida, envolvendo a comunidade científica, sobre o que está sendo proposto? Temos uma real justificativa para alterar uma Lei Federal e rasgar um Parque Nacional que é modelo de gestão e referência nacional e internacional em conservação da natureza? Avaliando prós e contras, a estrada vai realmente aumentar o turismo, como alega o proponente, ou vai afastar os turistas que buscam justamente um contato maior com a natureza pouco alterada? Parece que, mais uma vez, a Câmara Federal dá sua contribuição para o retrocesso ambiental no Brasil.
Sobre a autora | Michele de Sá Dechoum é professora e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e membro da Coalizão Ciência e Sociedade. O artigo contou com a colaboração de outros membros da rede.
(Fonte: Agência Bori)