Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Habitação: mapeamento de economia prateada analisa os novos formatos de moradia para os 60+

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação.

A diversidade de renda, capacidade e os desejos e estilo de vida dos maduros fizeram surgir novos tipos de moradia no Brasil. De acordo com o FDC Longevidade, a ILPI – Instituição de Longa Permanência para Idosos – é um desses formatos. Na prática, os antigos asilos mudaram de nome e de estrutura; hoje, há casas, prédios e até sítios com serviços que vão de aulas de dança, games, arte terapia a salão de beleza. Com valores que vão de R$3.500,00 a acima de R$15 mil mensais, elas são moradias inacessíveis para a maioria da população brasileira que depende de instituições públicas.

Outro modelo são os centros-dia. Alinhados ao conceito de Aging in Place, são espaços com atividades e cuidados diurnos onde os mais velhos passam o dia e voltam para a casa à noite – um formato que se beneficia do suporte e da segurança para a realização das atividades do cotidiano sem perder o vínculo familiar. Atendendo até 30 idosos em cada unidade, público e privado, ainda são pouco conhecidos pela população.

A novidade mostrada pelo mapeamento é o Coliving ou Cohousing. Com o nome popular de república ou comunidade, há diferentes modalidades dessa moradia compartilhada – uma opção viável e desejada pelos prateados, que se divertem com a ideia de morar com amigos na velhice. Inspiração para roteiros de filmes ao redor do mundo, essa modalidade é a resposta para uma vida mais econômica, divertida e social. O download da íntegra do TrendBook Sociedade pode ser feito pelo link https://materiais.hype50mais.com.br/download-fdc-longevidade-eixo-sociedade.

Layla Vallias. Foto: Lucas Shirai.

Longevidade: desafios e oportunidades | O expressivo aumento da expectativa de vida, considerado uma conquista da humanidade, gera impactos profundos na sociedade que podem, inclusive, ser analisados a partir de inúmeras perspectivas. Segundo Layla Vallias – especialista em Economia Prateada na América Latina, cofundadora da Hype50+ e coordenadora do estudo Tsunami Prateado (maior mapeamento brasileiro sobre longevidade) –, a prática de inovação, empreendedorismo e pesquisa de tendências traz o desafio de disseminar entre os gestores de grandes marcas, indústrias e governos dados que comprovam o quanto o envelhecimento da população apresenta oportunidades reais. “A revolução que estamos vivendo nos obriga a revisitar conceitos, quebrar padrões e discutir tabus. Para os mais estratégicos, é nesse oceano azul da longevidade que residem as grandes oportunidades para o futuro”, afirma.

Sobre o FDC Longevidade | Realizado pela Fundação Dom Cabral, o FDC Longevidade é uma plataforma de gestão pioneira na geração e disseminação de conhecimento relevante, promovendo uma visão estratégica no campo da educação corporativa. A iniciativa envolve conteúdos inovadores, cases inspiradores e eventos mobilizadores de um ecossistema capaz de impulsionar a gestão da longevidade no Brasil. O primeiro projeto conta com apoio técnico da Hype50+ e patrocínio da Unimed-BH e é composto de três eixos – Pessoas, Sociedade e Negócios – que contam com TrendBooks específicos. O mapeamento do cenário atual e das tendências foi produzido por colaboradores e professores da FDC, equipe da Hype50+ e especialistas nacionais e internacionais em Economia Prateada.

HYPE50+ | Consultoria de marketing especializada no consumidor sênior que ajuda empresas, marcas e organizações a criar melhores produtos, serviços e experiências, sempre pelo ponto de vista dos maduros. A trajetória da empresa começou com o Amo Minha Idade, uma comunidade digital com cerca de 9 mil seguidores seniores. Dessa vivência, nasceu o Hype50+, oferecendo serviços que vão da estratégia de comunicação ao desenvolvimento de produtos para empresas que desejam se relacionar melhor com o público sênior. Entre os projetos já realizados estão clientes como o grupo Drogaria São Paulo e Pacheco, Nestlé, Kimberly Clark e Sul América.Saiba mais: http://hype50mais.com.br/.

(Fonte: Agência Press Voice)

Primeira edição do Salão Paulista de Arte Naïf homenageia José Antonio da Silva

São Paulo, por Kleber Patricio

Célia Santiago (1966), Carauari, AM – reside em Embu das Artes, SP. “Festejo de São João”, 2018 – Cerâmica, biscuit, madeira – suporte em madeira – 53 x 77 x 16 cm. Fotos: divulgação/Salão Paulista de Arte Naïf.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP exibe a primeira edição do Salão Paulista de Arte Naïf, realizado pela Totem, Barthô Naïf e Cia. Arte Cultura com aproximadamente 190 obras de artistas de 39 cidades do Estado de São Paulo. Entre os trabalhos, podem ser admiradas obras criadas em suportes diversos, tais como pinturas, colagens, desenhos, aquarelas, gravuras, esculturas, entalhes, bordados, costuras e modelagens.

A curadora Marinilda Boulay define: “O Salão Paulista de Arte Naïf busca mapear, registrar, experimentar, valorizar e difundir a arte naïf produzida no Estado, onde cada criador lança seu olhar sobre a terra paulista de maneira livre e independente, dando vazão às suas percepções de mundo com suas formas e cores peculiares, ajudando a pensar e a erguer um amanhã, como é próprio das produções naïfs, pleno de otimismo, tão necessário para se enfrentar o momento pandêmico que vivemos”. Os curadores Odécio Visintin Rossafa Garcia e Paco de Assis também assinam o evento.

Agostinho Batista de Freitas, 1927-1987. Campinas, SP. Sem título. OST, 102 x 73 cm.

Tendo como proposta a fomentação e divulgação da arte naïf paulista por meio de um espaço de valorização, difusão e circulação das obras e dos artistas desta estética, a maioria autodidatas, o Salão Paulista de Arte Naïf homenageia José Antonio da Silva, um dos ícones da história da arte naïf brasileira. Entre tantas, será apresentada uma de suas Vias Sacras, pertencente ao acervo do MAS/SP, produzida em 1967 e composta por 15 pinturas. Como homenagem póstuma, exibe também obras de artistas como Agostinho, Aparecida Azêdo, Cássio M’Boy, Djanira da Motta e Silva, Iracema Arditi, Maria Auxiliadora, Ranchinho, Raquel Trindade e Thiê.

Esta primeira edição estabelece um diálogo conceitual e material com as obras do acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo, apresentando, além da Via Sacra do Silva, 28 esculturas em Nó de Pinho do Vale do Paraíba (séc. XIX) esculpidas pelos africanos e descendentes e 10 Paulistinhas, de Dito Pituba (séc. XIX), que pavimentam o surgimento de uma arte naïf paulista.

Prêmios:

– Premio Aquisição: Jair Lemos (Mirassol, SP) – Tributo a Carolina de Jesus; Célia Santiago (Embu das Artes, SP) – A Folia vai passando com prazer e alegria e José Carlos Monteiro (São Luiz do Paraitinga, SP) – Procissão de Corpus Christi.

– Premio Exposição: Waldecy de Deus (Carapicuíba, SP) e Alice Masiero (Morungaba, SP), (premiadas com mostras individuais a serem realizadas em São Paulo, SP, e Socorro, SP, pelo conjunto da obra)

Alice Quadrado (1986), São Paulo, SP – reside em Águas de São Pedro, SP. “Colheita, Fé e Alegria. Prenúncio de Paz”, 2021 – Patchwork sem costura (fundo); Patinagem (caixa, peças de MDF); Estilo Abayomi (Mãe Colheita, Nossa Senhora Aparecida, São Francisco, Crianças, frutas, peixes) – 40,5 x 40,5 x 15,5 cm.

A Comissão Artística responsável pela seleção dos artistas foi formada por Beatriz Augusta Corrêa da Cruz – museóloga do Museu de Arte Sacra de São Paulo, Oscar D’Ambrosio – crítico de arte e Romildo Sant’Anna – professor de História da Arte.

Salão Paulista de Arte Naïf | O Salão Paulista de Arte Naïf contempla várias perspectivas e etapas. São duas exposições: Museu de Arte Sacra de São Paulo e Museu Municipal “Dr. João Baptista Gomes Ferraz”, em Socorro/SP. Será lançado também um curta-metragem e um livro catálogo (500 exemplares) com versão digital no site (www.spartenaif.com.br). “O Salão tem como objetivo gerar reflexões em torno das obras e colaborar para a formação de público para as artes visuais e vem compor a narrativa visual da criatividade da arte naïf paulista, que é tão múltipla quanto o número de artistas nascidos ou residentes no Estado de São Paulo”, afirma a curadora Marinilda Boulay. “O Salão pretende colaborar para que os artistas naïfs façam arte como meio de empoderamento cultural e transformação social de um Brasil projetado no século XXI, num irreversível contexto de desenvolvimento e consolidação do universo digital que inclui o setor das artes, exigindo adaptações e transformações em suas formas de produção, difusão e consumo”, diz o curador Odécio Visintin Rossafa Garcia. “Fazer arte em um país de dimensões continentais, com déficit educacional também enorme, não é tarefa fácil em tempos normais e, torna-se mais árdua, tendo em vista os diversos percalços gerados pela crise sanitária que o mundo vive. Por isso, esta edição força caminho por entre essas dificuldades como outras louváveis manifestações virtuais de vários segmentos artísticos, reforçando que a arte humaniza, consola e entrega mensagens”, completa o curador Paco de Assis.

Exposição Salão Paulista de Arte Naïf

Curadoria: Marinilda Boulay, Odécio Visintin Rossafa Garcia e Paco de Assis

Abertura: 26 de junho de 2021, às 11h

Duração: de 26 de junho a 29 de agosto de 2021

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS/SP

Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo/SP (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)

Tel.: (11) 3326-5393 – informações adicionais

Horários: De terça-feira a domingo, das 11 às 17h (entrada permitida até as 16h)

Ingresso: R$6,00 (Inteira) | R$3,00 (meia entrada nacional para estudantes, professores da rede privada e I.D. Jovem – mediante comprovação) | Grátis aos sábados | Isenções: crianças de até 7 anos, adultos a partir de 60, professores da rede pública, pessoas com deficiência, membros do ICOM, policiais e militares – mediante comprovação

Ingressos: Link para compra de ingresso

Número de obras: 190

Técnicas: pinturas, colagens, desenhos, aquarelas, gravuras, esculturas, entalhes, bordados, costuras e modelagens

Dimensões: variadas

Versão digital do Salão Paulista de Arte Naïf – https://www.spartenaif.com.br

Midias Digitais:

Site: https://www.museuartesacra.org.br

Instagram: https://www.instagram.com/museuartesacra/

Facebook: https://www.facebook.com/MuseuArteSacra

Twitter: https://twitter.com/MuseuArteSacra

YouTube: https://www.youtube.com/MuseuArteSacra

Google Arts & Culture: https://bit.ly/2C1d7gX.

Aparecida Azêdo (1929-2006), Brodoski, SP – “Rio de Janeiro, RJ. “Trem de Minério n°4”, 2003 – Acrílica sobre eucatex – 53 x 45,5 cm.

O Museu | O Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, é uma das mais importantes do gênero no país. É fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo em 28 de outubro de 1969 e sua instalação data de 29 de junho de 1970. Desde então, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na Avenida Tiradentes, centro da capital paulista. A edificação é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, raro exemplar remanescente na cidade e última chácara conventual da cidade. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo, em 1979. Tem grande parte de seu acervo também tombado pelo Iphan, desde 1969, cujo inestimável patrimônio compreende relíquias das histórias do Brasil e mundial. O Museu de Arte Sacra de São Paulo detém uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos 16 e 20, contando com exemplares raros e significativos. São mais de 10 mil itens no acervo. Possui obras de nomes reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antônio Francisco de Lisboa, o “Aleijadinho” e Benedito Calixto de Jesus, entre tantos, anônimos ou não. Destacam-se também as coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática.

Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP

Presidente do Conselho de Administração – José Roberto Marcellino dos Santos

Diretor Executivo – José Carlos Marçal de Barros

Diretor de Planejamento e Gestão – Luiz Henrique Marcon Neves

Museóloga – Beatriz Cruz.

Mestre Luiz Paixão celebra 60 anos de carreira com novo álbum “Forró de Rabeca”

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Mateus_sa.

Mestre Luiz Paixão tem 72 anos de vida e 60 dedicados à rabeca e sua carreira pode ser considerada um ponto de encontro entre passado e futuro: aprendeu com a tradição familiar e os mestres da Zona da Mata Norte de Pernambuco e, mais tarde, influenciou uma nova geração de artistas nordestinos, que (re)colocaram a rabeca na indústria fonográfica e renovaram o interesse pelo instrumento para além dos limites regionais. O álbum Forró de Rabeca, lançado agora pelo Selo SESC, traz, por um pedido do próprio mestre, esse diálogo entre gerações: reúne seus antigos companheiros de cavalo-marinho da Zona da Mata Norte – festa popular que mistura música, dança e encenação – e os jovens músicos que o acompanham em suas turnês internacionais. Também participam das gravações dois de seus discípulos, os músicos, cantores e compositores Renata Rosa e Siba Veloso. Completa o lançamento um videoclipe da faixa-título do álbum Forró de Rabeca, dirigido pelo fotógrafo Mateus Sá e gravado com o Luiz Paixão na cidade pernambucana de Condado, onde o mestre é residente e símbolo da arte da rabeca.

Para João Selva, produtor e diretor artístico do álbum, Luiz Paixão, como mestre das tradições populares, guarda e transmite saberes dessas manifestações, mas ao mesmo tempo “ele é um musico inventivo e virtuoso, sempre curioso por coisas novas. De fato, ele é muito aberto musicalmente e a idéia desse trabalho era mostrar essa versatilidade”, coloca.

O disco digital tem 14 faixas, entre instrumentais e canções, e reúne as composições preferidas do mestre rabequeiro. Na lista das autorais de Luiz Paixão estão Samba da Santa, Baião Arrochado, Farol de Olinda e a faixa-título Forró de Rabeca, single lançado em 12 de junho. Há também as escritas em parceria com os músicos que o acompanham nesta longa trajetória de festas populares, como Forró do Cambiteiro (com Guga Santos e Stef Pai Véio), Menina Linda e Samba das Rabecas (ambas com Mina), Dona Maria o Coco é Redondo (com Sidraque) e Ciranda da Macaxeira (com Guga Santos), em versão com Siba no vocal e lançado em formato de single no final de maio.

O álbum Forró de Rabeca traz um repertório de ritmos e tradições prontinho para embalar as festas populares pelo país, incluindo as juninas, mesmo que este ano ainda sejam virtuais por conta da pandemia, e o seu lançamento em 24 de junho, dia de São João Batista, o Santo Festeiro, não poderia ser mais apropriado. Entre os temas de domínio público muito conhecidos de quem frequenta as sambadas, mas até hoje pouco gravados, estão Amor Amor Amor, instrumental que conta com a participação de Renata Rosa (rabeca) e lançado em abril como single de abertura, Pé de lírio, Trupê do Cavalo, Urro do Boi e o coco de roda Maria Pequena, única faixa do álbum em que Mestre Luiz Paixão também canta e é um dos destaques do álbum.

Mestre Luiz Paixão (rabeca) tem a companhia dos músicos Rodrigo Samico (violão 7 cordas, cavaco, baixo e guitarras), Guga Santos (caixa, ilú, pandeiro, surdo e tamancos), Mina (pandeiro, bage, ganzá e voz), Leandro Silva (bombo, pandeiro, surdo, tamancos e zabumba), Stef Pai Véio (ganzá, maracás, pandeiro e tamancos), Sidraque (bage, ganzá, triângulo e voz), Maíca (bage e voz) e João Selva (voz) como a banda base do álbum. E ainda um coro formado por todos esses músicos.

Forró de Rabeca foi gravado em abril de 2020, bem no início da pandemia, no Estúdio Gargolândia, em São Paulo. A boa estrutura permitiu gravar as canções “em situação ao vivo”, com todos os músicos tocando juntos, revela o produtor João Selva. “Em seguida, completamos com o coro, cordas e percussão adicionais”. O formato adotado serviu para preservar a espontaneidade e a energia que movem a musicalidade de Seu Luiz, mas sem perder a possibilidade de retrabalhar o som de uma maneira ousada e contemporânea. “É um disco de música contemporânea ‘enraizado’, com tratamento estético atual graças ao trabalho minucioso de Gilberto Monte”, completa.

Considerado um instrumentista virtuoso, Mestre Luiz une no seu toque da rabeca precisão, leveza e agilidade, marcando seu estilo, que já fez o renomado violonista francês Didier Lockwood (1956-2018) apelidá-lo de “Paganini da Rabeca”. Fugindo à regra de tocadores, Luiz Paixão também é um compositor imaginativo, dedicado principalmente à criação de forrós (o grande balaio onde cabem baiões, xotes, sambas e marchas), e deu vida a melodias elaboradas e expressivas, com um efeito infalível sobre quem as escuta. Neste álbum, ele também surpreende ao cantar em uma das faixas, Maria Pequena. “Tradicionalmente, ele não canta, ele acompanha, mas ele se permitiu experimentar esse papel de cantor e foi especial para o trabalho”, diz João Selva.

Repertório

1 – Samba da Santa (Luiz Paixão)

2 – Pé de lírio (domínio público)

3 – Forró de Rabeca (Luiz Paixão)

4 – Maria Pequena (domínio público)

5 – Baião Arrochado (Luiz Paixão)

6 – Amor Amor Amor (domínio público)

7 – Forró do Cambiteiro (Guga Santos, Stef Pai Véio e Luiz Paixão)

8 – Samba das Rabecas (Mina e Luiz Paixão)

9 – Ciranda da Macaxeira (Guga Santos e Luiz Paixão)

10 – Dona Maria o Coco é Redondo (Sidraque e Luiz Paixão)

11 – Menina Linda (Mina e Luiz Paixão)

12 – Farol de Olinda (Luiz Paixão)

13 – Trupê do Cavalo (domínio público)

14 – Urro do Boi (domínio público)

Tradição | Luiz Paixão vem dos canaviais da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Mestre rabequeiro e ícone da cultura nordestina, está em andamento sua candidatura para Patrimônio Vivo de Pernambuco, em reconhecimento aos seus saberes. Filho de agricultores e de família de músicos, Luiz Paixão (1949-), que carrega o sobrenome artístico do avô Severino Paixão, também tocador do instrumento, começou a trabalhar aos oito anos de idade cortando cana-de-açúcar e a troco de uma galinha conseguiu a sua primeira rabeca.

Durante quatro décadas, conciliou o trabalho no campo com as noites puxando toadas e baianos e solando em grupos de forró. Segundo ele mesmo conta, muitas vezes passava o final de semana sem dormir embalado pelo som da rabeca. Aos 15, foi escolhido pelo lendário Mestre Batista para integrar o banco do Cavalo Marinho Boi Brasileiro. Décadas mais tarde, herdou o brinquedo e o mantém vivo até hoje.

Em 1998, sua vida tomou novo rumo. Luiz Paixão saiu do anonimato graças ao movimento Mangue Beat e a músicos como Renata Rosa e Siba Veloso. Com esse incentivo, “abandonou o campo” carregado de seu conhecimento profundo do Coco de Roda, do Cavalo Marinho, da Ciranda e do Forró e passou a empunhar sua rabeca em palcos, festivais, cursos e oficinas no Brasil e exterior.

Hoje é conhecido e reconhecido como instrumentista virtuoso na Europa, particularmente na França, onde costuma se apresentar com frequência. Também se tornou objeto de estudos internacionais de Etnomusicologia e é considerado uma das principais referências na arte da rabeca brasileira.

Entre os discos gravados, destaque para o autoral Pimenta com Pitú e Zunido da Mata (2002), este de Renata Rosa. Mestre Luiz Paixão é um patrimônio vivo que carrega em si a musicalidade dos canaviais da zona da mata pernambucana.

Mestre Luiz Paixão está no auge da sua arte. Esse segundo disco vem, portanto, coroar uma vida dedicada à rabeca e demonstrar sua versatilidade como músico, capaz de reinterpretar com maestria melodias ancestrais e apto a expressar sua musicalidade desconcertante em composições inéditas.

Parcerias Renata Rosa e Siba Veloso | Renata Rosa conheceu Luiz Paixão no início dos anos 1990 e logo ele se tornaria seu mestre no instrumento. Em 2002, Luiz Paixão é convidado a participar da gravação do primeiro álbum da cantora, compositora e rabequeira, Zunido da Mata, e, três anos depois, é ela quem produz o primeiro registro fonográfico do mestre da Zona da Mata Norte pernambucana, o CD Pimenta com Pitú. A parceria ganhou os palcos brasileiros e internacionais.

Em 1991, o encontro entre Siba Veloso e Mestre Luiz Paixão transformaria a vida dos dois músicos. Mestre Luiz já era reconhecido na região da Zona da Mata Norte pernambucana, onde vive, pela habilidade no instrumento quando conheceu o jovem recifense e estudante de música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O impacto da música produzida por Luiz e seus companheiros foi tão grande que influenciou a carreira artística e profissional de Siba, que logo criaria a banda Mestre Ambrósio. Por outro lado, Siba foi um dos responsáveis pela renovação do interesse pelo instrumento para além dos limites da mata norte pernambucana. Três décadas depois, o mestre rabequeiro Luiz Paixão pode ser considerado uma das principais referências para a geração de músicos nordestinos surgidos a partir do movimento mangue beat e seu trabalho, admirado por diversos públicos do Brasil e exterior, também é tema de pesquisa de estududiosos e artistas mundo afora.

Ficha técnica

Rabeca e voz: Luiz Paixão

Violão 7 Cordas, cavaco, baixo e guitarras: Rodrigo Samico

Caixa, ilú, pandeiro, surdo e tamancos: Guga Santos

Pandeiro, bage, ganzá e voz: Mina

Bombo, pandeiro, surdo e zabumba: Leandro Silva

Ganzá, maracás, pandeiro e tamancos: Stef Pai Véio

Bage, ganzá, triângulo e voz: Sidraque

Bage e voz: Maíca

Voz: João Selva

Coro: Guga Santos, Leandro Silva, Mina, Sidraque, Stef Pai Véio, Maíca e Renata Rosa

Participações especiais: Renata Rosa e Siba

Direção artística, produção musical e arranjos: João Selva

Gravação, coprodução musical e mixagem: Gilberto Monte

Assistente de gravação: Alisson Vines

Masterização: Felipe Tichauer

Produção executiva: Scubidu Music

Diretor de produção: Flávio de Abreu

Fotos: Mateus Sá

Projeto gráfico: Nilton Andrade Bergamini e Alexandre Calderero Lamonato

Gravado em abril de 2020 no estúdio Gargolândia-SP

Mixado entre junho e julho de 2020 em São Paulo-SP

Masterizado em agosto de 2020 no estúdio Red Traxx Mastering, Miami USA.

Serviço:

Selo SESC lança o álbum Forró de Rabeca de Mestre Luiz Paixão

No SESC Digital e nas demais plataformas de streaming a partir de 24 de junho

Videoclipe “Forró de Rabeca” no canal do Selo SESC no Youtube a partir de julho. Para conferir, clique aqui.

Selo SESC nas redes:

SESCsp.org.br/seloSESC

facebook.com/seloSESC

twitter.com/seloSESC

youtube.com/seloSESC

SESCsp.org.br/zumbido.

Discursos de Bolsonaro sobre pandemia seguem padrão do negacionismo ambiental ao apelar para pseudociência

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

Ao promover a pseudociência e enfraquecer as ações do Ministério da Saúde, os discursos do presidente com relação à pandemia de Covid-19 seguem padrão semelhante a posicionamentos do governo sobre questões climáticas em 2019. É o que mostra pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com a Universidade de Cape Town, África do Sul, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de São Paulo (USP) publicada na Global Public Health na quarta (23).

O estudo analisou de maneira sistemática mais de 7.200 notícias publicadas sobre Covid-19 em quatro jornais de grande circulação no Brasil (Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico) entre os meses de janeiro e julho de 2020, período mais crítico da pandemia, em que havia pouco conhecimento sobre o vírus. Ao explorar em profundidade essas notícias, os pesquisadores notaram quatro principais padrões nos discursos do presidente em torno da pandemia: diminuição da importância do distanciamento social, negacionismo científico e simplificação dos impactos da pandemia, uso inadequado da ciência para dar um verniz de cientificidade aos argumentos e transferência para os governadores estaduais da culpa e dos custos das medidas impopulares.

Essas conclusões foram possíveis com o uso de técnicas Processamento Natural de Linguagem (NLP), um campo da inteligência artificial que permite analisar um grande volume de dados textuais destacando padrões e criando categorizações. “Ao analisar o cluster associado ao presidente, identificamos uma série de discursos que corroboram o que os observadores e analistas definem como uma resposta fraca e controversa à pandemia”, explica Lira Luz Benites Lázaro, uma das autoras do estudo.

Os pesquisadores ressaltam que as ações do presidente não apenas têm implicações na forma como o país lida com a pandemia, mas também afetam o seu desenvolvimento econômico sustentável. Para os autores do estudo, o ímpeto de manter a economia funcionando a despeito das altas taxas de mortalidade e da destruição da Amazônia sugere que suas prioridades são de curto prazo e às custas do meio ambiente e da sustentabilidade social.

Para Elize Massard da Fonseca, que também é autora do estudo, mais do que pedir para que esses líderes levarem a ciência a sério, é preciso investigar por que eles agem assim. “Os índices de aprovação de Bolsonaro aumentaram em 2020, o que sugere que seu discurso ressoou com uma parcela do eleitorado, mesmo com o aumento do número de mortes. É fundamental que estudos futuros investiguem os determinantes do populismo, particularmente durante pandemias”, sugere.

(Fonte: Agência Bori)

Cine Vista 2021 prossegue em novo formato no JK Iguatemi

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Com o objetivo de oferecer uma experiência única de cinema open air, com toda a segurança que o cenário atual exige, o JK Iguatemi e a Cinépolis apresentam a sétima edição do Cine Vista de 4 a 11 de julho no Terraço JK. O evento queridinho do público, idealizado pelo shopping, está de volta com uma programação cinematográfica que promete agradar a todos, incluindo filmes premiados e indicados ao Oscar. Com formato inovador, o espaço contará com oito cápsulas com capacidade de até seis pessoas em cada uma. Os pequenos grupos poderão assistir os filmes dentro das cabines com poltronas confortáveis e reclináveis, sem perder o charme e o ineditismo do projeto.

O JK Iguatemi mantém os rígidos protocolos de proteção e segurança estabelecidos para operações de cinema, com o máximo de cuidado, visando o bem-estar de todos: apenas pessoas que se conhecem e comprarem os ingressos juntos podem participar da experiência em suas cápsulas, que são higienizadas ao final de cada sessão. Além disso, o uso de máscaras é obrigatório, dispositivos com álcool em gel são oferecidos no local e todos os alimentos e bebidas são disponibilizados em embalagens e sacos higienizados. Todos os clientes passarão por controle de temperatura antes do acesso ao evento.

As cápsulas são um show à parte: com teto transparente, o espectador continuará tendo a visão do céu durante toda a experiência. Cada poltrona reclinável contará com uma mesa dobrável com suporte para copo, luminária, conectores de USB e cooler embutido. As cadeiras ficarão posicionadas em alturas diferentes para facilitar a visão e os degraus terão luz de LED e carpete no piso também.

Para completar, o serviço de bombonière da Cinépolis para compra de pipocas e refrigerantes estará disponível no local. A grande novidade fica por conta de um menu desenvolvido especialmente para os clientes pelo restaurante Astor. Eles poderão adquirir os pratos e os itens da bombonière no momento da compra do ingresso online ou no dia do filme pelo QR Code.

Com uma sessão diária, a programação contará com filmes premiados. Entre as atrações estão Raya e o Último Dragão no domingo (4 de julho), Pinóquio na segunda-feira (5 de julho), Bela Vingança na terça-feira (6 de julho), Meu Pai na quarta-feira (7 de julho), Judas e o Messias Negro na quinta-feira (8 de julho), Minari na sexta-feira” (9 de julho), NomadLand no sábado (10 de julho) e Em Guerra com o Vovô para fechar o evento no domingo (11 de julho).

Aberto ao público, os ingressos para as cabines que comportam até seis pessoas estarão à venda no site, com valores entre R$280,00 e R$420,00, dependendo do número de participantes.

O Cine Vista conta com o patrocínio da Audi e Beck’s, além do apoio da Cyrela e Amarula. O evento está sujeito à mudança caso tenha alteração nos decretos municipais e estaduais e aqueles que tiverem adquirido os ingressos antecipadamente das sessões do dia serão ressarcidos.

Para mais informações acesse o site www.jkiguatemi.com.br.

Programação

4/7 – Domingo (Dublado) – 19h: Raya e o Último Dragão

5/7 – Segunda-feira – 19h: Pinóquio

6/7 – Terça-feira – 19h: Bela Vingança

7/7 – Quarta-feira – 19h: Meu Pai

8/7 – Quinta-feira – 19h: Judas e o Messias Negro

9/7 – Sexta-feira – 19h: Minari

10/7 – Sábado – 19h: NomadLand

11/7 – Domingo (Dublado) – 19h: Em Guerra com o Vovô.

Serviço:

Ingresso por cabine: de R$280,00 a R$420,00, de acordo com a ocupação.

Venda de ingressos: https://www.ingresse.com/cinevista.