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Exposição interativa no metaverso traz fotografias carregadas de sentimentos e emoção feitas ao longo da pandemia

São José dos Campos, por Kleber Patricio

Baseada em uma plataforma inédita interativa no metaverso, a exposição Longas noites, organizada pelo fotógrafo Ricardo Takamura, conta com 31 obras de 19 fotógrafos que nos deslocam para uma viagem através de pequenas narrativas visuais ao longo de nossos dias de isolamento e incerteza ao longo da pandemia, onde a fotografia atua, ao mesmo tempo, como meio para contar uma história, ponto de união e fuga em direção a um imaginário coletivo. As obras expostas transitam em um lapso de tempo entre a insônia e a esperança em nossa busca por um lugar neste novo mundo.

Sobre o local de exposição | Baseado em uma plataforma inédita, além de acessar a exposição, os visitantes podem interagir com as outras pessoas que estão visitando o local ao mesmo tempo e é possível marcar um encontro com alguém para um bate papo ou conhecer novas pessoas enquanto se visita a exposição, como se estivessem em um museu ou uma galeria de arte no mundo real. Quem não está com saudade de visitar uma exposição e comentar com alguém que está ao seu lado vendo a mesma obra?

Uni.verso foi criado para se transformar em um espaço colaborativo virtual permanente no metaverso. O local irá atuar como ponto de cultura e de encontro para a discussão de arte e fotografia e pode ser rapidamente retransformado para receber exposições, experiências, palestras e pequenos eventos.

Fotógrafos participantes: Alessandra Harumi – Bruno Nonogaki – Carlos Asanuma – Kadu Chinaite – Lis Dantas – Fabio Lima – Flavio Piccinin – Julio MM Pinho – Lucila de Avila – Manoel Saldanha – Marcelo Gianella – Maria Adelaide Silva – Nessa Florêncio – Nilce Alvares – Renata de Moraes – Ricardo Leão – Rigoberto – Almeida Costa – Rinaldo Bozyk – Rozilene Xavier.

Sobre Ricardo Takamura | Fotógrafo autoral baseado em São José dos Campos (SP), manifesta em suas fotografias de paisagens noturnas realidades quase surrealistas, que estão ocultas aos nossos olhos. O seu trabalho se relaciona de perto com a fotografia cinematográfica, buscando congelar momentos como se fossem um único frame de um filme parado no tempo, transmitindo sensibilidade e emoção. Atualmente, vem se dedicando à difícil tarefa de aproximar a fotografia contemporânea com o seu trabalho de fotografia noturna e natureza, criando séries que se conectam com a fotografia encenada e remetem a cenários de filmes de ficção científica.

Exposição virtual Longas Noites

Local: https://www.ricardotakamura.com.br/longasnoites

Data: 15 de junho a 15 de julho de 2021.

Prefeitura e Associação Mata Ciliar fazem soltura de 15 aves resgatadas e tratadas

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: Leonardo Cruz.

A Prefeitura de Indaiatuba e a Associação Mata Ciliar promoveram mais uma soltura de animais silvestres nas matas da cidade. Na tarde de quinta-feira (17), um grupo de 15 aves composto por dez corujas (cinco do mato e cinco buraqueiras), quatro urubus de cabeça preta e um falcão-quiriquiri, foram reintegrados aos seus habitats naturais. Os animais haviam sido encontrados feridos ou resgatados de cativeiros e tiveram de ser tratados e reabilitados para voltar à natureza.

A soltura foi comandada pela equipe da Mata Ciliar com o apoio da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Defesa Civil e do Grupamento Ambiental da Guarda Civil do município. A bióloga Rafaela Wolf de Carvalho, proprietária da área, também acompanhou a soltura.

Segundo o biólogo do Centro de Reabilitação de Animais Selvagens da Associação Mata Ciliar, Rodrigo Falcão Ventura, esses animais foram enviados ao Centro por estarem feridos e debilitados. “Eles tiveram que passar por um processo de reabilitação, onde a gente fez os treinamentos de voo e caça com eles, além do tratamento clínico. Assim que a gente fez a avaliação final e constatou que eles estavam com o estado de saúde adequado, eles puderam voltar para o seu ambiente natural”, explicou.

Cada animal tem sua história de resgate, mas a maioria foi vítima de atropelamentos ou foi retirada de cativeiros e de comércios ilegais. O processo e o tempo de reabilitação dependem da situação de cada animal. Entre os urubus que foram soltos nesta semana, um deles teve uma pata amputada, mas isso não o impediu de voltar à natureza. O biólogo explicou que os urubus não usam as garras das patas para caçar, como algumas aves, e a falta de uma pata também não o impediu de se manter em pé e de se locomover, sendo assim considerado apto a ser solto.

Desde 2015 a Prefeitura de Indaiatuba mantém convênio com a Associação Mata Ciliar e já encaminhou para lá mais de 870 animais feridos ou apreendidos de cativeiros. No Centro de Reabilitação de Animais Silvestres da Associação, que funciona em Jundiaí, os animais resgatados recebem os cuidados de que precisam antes de serem reintegrados à natureza, como aconteceu com o grupo de aves.

O veterinário Adriano Mayoral, da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, acompanhou a soltura e reforçou que a população pode ajudar quando encontrar um animal silvestre ferido, comunicando à Prefeitura por meio da Secretaria de Serviços Urbanos, Defesa Civil ou do Corpo de Bombeiros. A comunicação pode ser feita pelos telefones (19) 3936-2782, 3894-1593 ou 153. O Corpo de Bombeiros atende pelo telefone 193.

MIS prorroga temporada da instalação tecnológica e interativa “im.fusion” até 18/7

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Renato Mangolin.

Tecnológica, lúdica e interativa, a instalação im.fusion prorrogou sua temporada no Museu da Imagem e do Som de São Paulo. A experiência, que propõe a reflexão sobre a forma como nos conectamos com o micro e o macro, em diferentes contextos e ambientes, agora pode ser conferida até 18/7.

As visitas são de terça-feira a domingo, das 10h45 às 17h (última entrada às 16h45) e seguem os protocolos das autoridades sanitárias de enfrentamento à pandemia. Os ingressos devem ser adquiridos antecipadamente pela plataforma INTI.

A experiência | Em uma sala escura com 5,7 metros de largura, 4 metros de altura, e 10,4 metros de profundidade, três cenários são explorados. A experiência começa pelo “contato” com moléculas, depois segue para a diversidade de um ecossistema e, por fim, explora a imensidão do universo.

Em 12 minutos, os visitantes estão imersos em formas coloridas, interagindo por meio de sensores com projeções plenas de efeitos especiais – gráficos e sonoros. “As câmeras e os sensores instalados nestes três cenários captam a movimentação das pessoas, que passam a interferir randomicamente nas exibições. É como uma metáfora da interação do homem com a natureza”, explica Felipe Reif, um dos idealizadores da experiência, criada em colaboração com mais dez pessoas entre Brasil, Chile e Estados Unidos.

Sem contato físico | Desde a concepção, im.fusion previa a interação do público sem necessidade de contato físico, utilizando sensores que identificam os movimentos dos visitantes. Com a pandemia, novas medidas foram adotadas, como a cortina de tecido com tratamento antibacteriano, distanciamento seguro e equipamentos de filtragem do ar.

A instalação im.fusion é apresentada pelo Ministério do Turismo por meio da Lei de Incentivo à Cultura e a Youse Caixa Seguradora, incentivado pela Secretaria Municipal de Cultural por meio do Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais – ProMAC. Criada pela Deeplab Project e produzida pela Dellarte Soluções Culturais em parceria com a BM Produções, im.fusion conta com o apoio da On Projeções.

Serviço:

Data: de 9/5 a 18/7/2021

Horário: Terça a domingo, das 10h45 às 17h (última entrada às 16h45)

Ingressos: R$15 (inteira); R$7,50 (meia)

Gratuito às terças e para crianças até 5 anos

Compra e reserva: exclusivamente pela plataforma INTI (https://mis-sp.byinti.com/#/event/im-fusion)

Local: Museu da Imagem e do Som (MIS) – Avenida Europa, 158, Jd. Europa, SP

Sobre o MIS | O Museu da Imagem e do Som, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, foi inaugurado em 1970. Além de grandes exposições nacionais e internacionais, oferece variedade de programas culturais, com eventos em todas as áreas e para todos os públicos: cinema, dança, música, vídeo e fotografia estão presentes na vida diária do Museu.

Laurentino Gomes lança segundo volume da trilogia “Escravidão”

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

“Tudo que já fomos no passado, o que somos hoje e o que seremos no futuro tem a ver com as nossas raízes africanas e a forma como nos relacionamos com elas. Fomos a maior sociedade escravista do Hemisfério Ocidental por mais de trezentos anos. Quarenta por cento de todos os doze milhões de cativos africanos trazidos para as Américas tiveram como destino o Brasil. Portanto, sem estudar a escravidão seria impossível entender o que somos hoje e também o que pretendemos ser no futuro.”Laurentino Gomes

Chega às livrarias e lojas virtuais o segundo volume da trilogia de Laurentino Gomes dedicada à história da escravidão no Brasil. Sequência do primeiro livro, apresentado na Bienal do Rio de Janeiro de 2019, a obra é editada pela Globo Livros. Escravidão – Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de Dom João ao Brasil concentra-se no século XVIII, auge do tráfico negreiro no Atlântico, motivado pela descoberta das minas de ouro e diamantes em território brasileiro e pela disseminação, em outras regiões da América, do cultivo de cana-de-açúcar, arroz, tabaco, algodão e outras lavouras e atividades de uso intensivo de mão-de-obra africana escravizada. É também um período marcado por importantes rupturas e transformações ocorridas no universo dos brancos, como a independência dos Estados Unidos, a Conjuração Mineira, a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e o nascimento do abolicionismo na Inglaterra.

Laurentino Gomes explica que há uma importante mudança na geografia do primeiro para o segundo volume: “O livro anterior teve seu foco principal na África, pelo simples motivo de que, para estudar a escravidão, é preciso sempre começar pela África. Este volume tem como cenário o Brasil, que se tornaria no século XVIII o maior território escravista do hemisfério ocidental. No espaço de apenas cem anos, mais de dois milhões de homens e mulheres escravizados chegaram aos portos brasileiros. Todas as atividades do Brasil colonial dependiam do sangue e do sofrimento de negros cativos. Entre outros aspectos, procuro descrever a violência e as formas de trabalho no cativeiro, a família escrava, as irmandades e práticas religiosas, o papel das mulheres, as fugas, revoltas e formação de quilombos e outras formas de resistência contra o regime escravista”.

Durante o século XVIII, a busca por ouro e pedras preciosas, acompanhada pelo uso cada vez mais intenso de escravidão, fez com que o território brasileiro praticamente dobrasse de tamanho. Começavam também ali alguns fenômenos que marcariam profundamente a face do escravismo brasileiro. A escravidão urbana, de serviços, diferente daquela observada nas antigas lavouras de cana-de-açúcar na região Nordeste, deu maior mobilidade aos cativos, acelerou os processos de alforria, ofereceu oportunidades às mulheres e gerou uma nova cultura em que hábitos de origem africana se misturaram a outros, de raiz europeia ou indígena. “São esses alguns dos ingredientes principais na construção da grande, bela e sofrida África que hoje temos no coração do Brasil”, afirma Laurentino.

Com mais de 500 páginas e 31 capítulos ricamente ilustrados com imagens, mapas e tabelas, o segundo volume de Escravidão segue o estilo do livro anterior, caracterizado por um texto jornalístico fluido de leitura acessível, e reúne na forma de ensaios as observações e conclusões do autor ao longo de mais de seis anos de pesquisas. Nesse período, Laurentino Gomes debruçou-se sobre a vasta bibliografia já existente sobre o assunto e visitou centros de estudos, bibliotecas, museus e lugares históricos. O trabalho de reportagem incluiu viagens por doze países em três continentes. Para este volume, entre outros locais, o autor esteve em quilombos nos estados da Paraíba, Alagoas, Minas Gerais e São Paulo, antigos engenhos de cana-de-açúcar da região Nordeste, terreiros de candomblé no Recôncavo Baiano, as cidades históricas do ciclo do ouro e diamante em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, as fazendas dos barões do café no Vale do Paraíba e o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, maior entreposto de comércio de escravos no século XIX.

Sobre o autor | Paranaense de Maringá e sete vezes ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura, Laurentino Gomes é autor dos livros 1808, sobre a fuga da corte portuguesa de dom João para o Rio de Janeiro (eleito Melhor Ensaio de 2008 pela Academia Brasileira de Letras); 1822, sobre a Independência do Brasil e 1889, sobre a Proclamação da República, além de O caminho do peregrino, em coautoria com Osmar Luduvico da Silva – todos publicados pela Globo Livros. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo, é titular da cadeira de número dezoito da Academia Paranaense de Letras.

Título: Escravidão: da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil – Vol II

Autor: Laurentino Gomes | Páginas: 512 | Formato: 16X23cm

ISBN: 9786555670394 | Preço: R$59,90.

Passagens aéreas: para o Procon-SP, respostas das companhias aéreas sobre a diferença nos preços praticados não foram satisfatórias

Campinas, por Kleber Patricio

Imagem de ThePixelman por Pixabay.

As respostas das empresas Azul Linhas Aéreas, Gol Linhas Aéreas e Latam Airlines à notificação do Procon-SP que pedia explicações sobre as respectivas políticas de preços das passagens aéreas e a justificativa para a prática de preços diferenciados não foram satisfatórias. A diferença tarifária não foi comprovada por parâmetros objetivos e a conduta das empresas será analisada pela equipe de fiscalização.

O questionamento do Procon-SP às empresas aconteceu após o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (CD-RMC), colegiado que reúne os 20 prefeitos da RMC, encaminhar uma representação ao Procon-SP denunciando que as tarifas cobradas para quem viaja pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, são mais caras em relação às do Aeroporto Internacional de São Paulo, Guarulhos e do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Veja aqui: https://www.procon.sp.gov.br/procon-sp-notifica-azul-gol-e-latam/.

“As companhias aéreas estão confundindo economia de mercado e livre iniciativa com abusos – o Código Defesa do Consumidor considera prática abusiva a imposição de um custo desproporcional. Não há nada que justifique que o valor de uma passagem aérea seja muito maior em Viracopos do que, por exemplo, em Congonhas ou Guarulhos”, afirma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

Nas respostas, as companhias limitaram-se a ressaltar a liberdade tarifária, além de fatores ligados à operação e à prestação do serviço. Ainda que para as companhias aéreas vigore o regime de liberdade tarifária e que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) seja o órgão que regula o setor, é dever dessas empresas apresentar de forma detalhada aos órgãos de proteção e defesa do consumidor como os preços foram compostos, demonstrando que não ocorreram abusos que possam ser caracterizados como infração ao Código de Defesa do Consumidor. “O Procon-SP irá investigar essa conduta, multar as empresas e, se necessário, irá à Justiça contra a prática. É inaceitável o descaso com o consumidor e o abuso em meio à pandemia”, conclui o diretor.

Especificamente a Gol respondeu que, quanto ao detalhamento dos preços praticados, só poderá fornecer após o Procon-SP decretar sigilo das informações, uma vez que esses dados estariam protegidos pelo Direito Concorrencial. Todavia, tal pedido só pode ser analisado após a verificação das informações supostamente protegidas pelo direito da concorrência.