Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
Quase 222 mil brasileiros vivem nas ruas — uma população que cresceu mais de 140% desde 2012 segundo recente pesquisa do IPEA e, com a crise acentuada da Covid-19, tende a se agravar no contexto pós-pandêmico. A dura realidade é que esses homens, mulheres e crianças passam despercebidos, seja pela correria diária ou a insensibilidade fundamentada na falta de informação ou na concepção de estereótipos que despersonalizam essa parcela da população. É com o intuito de gerar reflexão sobre o assunto, humanizar e tornar visíveis os moradores em situação de rua que Terence Lester, ativista negro, fundador e diretor executivo da Love Beyond Walls – organização dedicada ao cuidado de moradores em situação de rua e marginalizados em geral –, escreveu o livro Invisíveis: Como o amor nos abre os olhos para pessoas marginalizadas, lançamento da Mundo Cristão.
Terence denuncia gravíssimos problemas sociais e apresenta maneiras efetivas e comprovadas de tratar da pobreza na prática. Longe de desafiar o leitor a fazer caridade, o escritor o convida a ressignificar a própria existência, assumindo o serviço como um estilo de vida.
“É necessário ouvir as histórias daqueles que vivenciam essas realidades: as crianças nascidas nas ruas, pessoas que perdem tudo por causa do falecimento de um ente querido ou em razão de problemas de saúde inesperados, jovens nas ruas em decorrência da instabilidade de suas famílias ou porque se identificam com a comunidade LGBTQ+, mulheres que tentam escapar de violência doméstica e pessoas que perderam um emprego com bom salário.” (Invisíveis, p. 19)
Ao longo de dez capítulos, o autor cria um pano de fundo humanizado e factual para que o leitor entenda a complexidade de temas como a pobreza e a situação de rua. A cada novo insight desta ampla investigação, Terence contribui de modo inovador para a desconstrução de crenças equivocadas em torno do assunto para que a pobreza seja enxergada com novos olhos.
Ficha Técnica
Título: Invisíveis
Subtítulo: Como o amor nos abre os olhos para pessoas marginalizadas
Autor: Terence Lester
Editora: Mundo Cristão
ISBN: 978-65-86027-86-0
Páginas: 208
Formato: 14×21 cm
Preço: R$54,90
Link de pré-venda: Amazon.
Sinopse: Eles estão presentes nas ruas das médias e das grandes cidades do Brasil. Um contingente populacional desassistido, cujo número, embora crescente, torna-se invisível aos nossos olhos. E não nos importamos com o que não vemos. Terence Lester, ao contrário, tem os olhos focados na população de rua dos Estados Unidos, que, como ocorre por aqui, também tem se ampliado substancialmente. Invisíveis trata da prática cristã em sua perspectiva mais radical: o que significa amar o próximo? Como nossa pobreza espiritual nos impede de lidar com a miséria de nossas cidades? Terence desafia o leitor a abrir os olhos e ver. Um importante primeiro passo.
Sobre o autor | Terence Lester é fundador e diretor executivo da Love Beyond Walls, organização dedicada ao cuidado de moradores de rua e marginalizados em geral. É casado com Cecilia e pai de Zion Joy e Terence II.
Páginas do autor:
Site: http://terencelester.org/
Facebook: https://www.facebook.com/imterencelester.
O Rota do Blues Festival está de volta – desta vez, em versão 100% online, readequado e cumprindo todos os protocolos sanitários estabelecidos, no Teatro Sesiminas, com uma estrutura inédita composta com cenografia, cinco câmeras e uma experiência de áudio diferenciada. A programação exclusiva conta com Lorenzo Thompson & Bruno Marques Band, com participação especial de Otávio Rocha, The Headcutters, The Lee Gang e Audergang. O show será no dia 27 de junho, a partir das 16 horas, pontualmente, pelo Canal do Rota do Blues no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCCEEIIfVE2wpB2HQ4_1uSNw e também no Canal Universitário de BH, no canal 12 da Net: www.youtube.com/channel/UC3HNOZ9zOHgTvpy30p6kH4w.
O Rota do Blues é idealizado e produzido pelo guitarrista e produtor cultural Bruno Marques, um dos incentivadores da cena do blues em Minas Gerais, e assinado pela Marques Produções. Conta com a coprodução do baterista e produtor cultural Zanarth, pela Atividade Produção.
O projeto teve início em 2014 e teve expansão para oito estados e 27 cidades do país. Durante o ano, há varias edições do Rota do Blues que circulam o país e movimentam a cena de Minas Gerais e o objetivo é continuar a realizar uma vez por ano o Rota do Blues Festival, com maior estrutura e mais bandas envolvidas. “Nosso principal objetivo com o Rota do Blues sempre foi fomentar, incentivar e disseminar o gênero com o intercâmbio cultural dos genuínos artistas de blues americanos e artistas de blues de outros países. E, também, ampliar a rota de circulação dos artistas internacionais com músicos e bandas da cena de blues brasileira”, declara o idealizador e organizador Bruno Marques.
Conheça um pouco mais sobre as atrações do Festival:
Lorenzo Thompson & Bruno Marques Band | Lorenzo Thompson nasceu na cidade de Greenwood, no Mississippi, nos anos 50. Sua história com o canto teve início nas igrejas, por inspiração em sua mãe, que participava dos corais. Vive há muitos anos em Chicago. Ele é um artista verdadeiramente dinâmico que se destaca pela conexão que estabelece com o público em todos os lugares onde se apresenta. Sua energia é contagiante e ele transforma cada show em uma grande festa. Lorenzo excursionou pela Europa se apresentando na Espanha, Alemanha, República Tcheca, Viena, Áustria, Hungria, Polônia e Moscou. Em sua rota na América do Sul estão Chile, Argentina, Paraguai e Brasil.
Nos últimos anos, Thompson tem se apresentado em turnês mundiais e pelo circuito de blues de Chicago, dividindo o palco com Willie Kent, Melvin Taylor, Buddy Scott, Aaron Burton, Howard Scott & the World Band, Pinetop Perkins, Little Mack Simmons, Lurrie Bell, Iceman Robinson, Little Arthur Duncan, Byther Smith, Hubert Sumlin, Jimmie Lee Robinson, Jimmy Burns, David Meyers, Pinetop Perkins, Detroit Junior e Harmônica Hinds.
Para o Rota do Blues Festival, Lorenzo vem diretamente de Chicago exclusivamente para este show e será acompanhado por Bruno Marques Band, formada por Bruno Marques, Marcelo Dai, Luís Mega, Breno Mendonça, João Machala, César Lago e a participação especial de Otávio Rocha da banda Blues Etílicos e Joe Marhofer da banda The Headcutters.
The Lee Gang | Banda mineira que tem influência, em sua maior parte, dos músicos norte-americanos da década de 20, trabalhando as raízes do blues, country, jazz e folk. O trabalho foi resultado de uma experiência de três anos nos EUA, onde o grupo aprendeu as histórias e o estilo de tocar dos artistas que fazem parte do repertório da banda, como Blind Blake, Robert Johnson, Prince Albert Hunt, Memphis Minnie e Charlie Poole.
Os instrumentos utilizados são o violão, banjo, baixo e outros bem específicos do estilo, como ukulele, kazoo, washboard e jug, que permitem uma sonoridade específica da música rural norte-americana. A banda é formada por Ana Cristina Miranda, Lisandro Ruas e Tércio Patrocínio.
The Headcutters | Considerada uma das mais renomadas bandas de blues do Brasil, com timbres e sonoridades dos anos 50 e 60, seguem a linha das lendárias gravadoras de blues de Chicago. O nome vem como homenagem aos grandes ídolos do blues: Muddy Waters, Little Walter e Jimmy Rogers, que no começo dos anos 50 eram chamados The Headhunters. O nome The Headcutters vem como alusão a esses mestres que são a grande fonte de inspiração da banda.
Fundada em setembro de 1999, tem como formação quatro amigos de infância: Joe Marhofer (harmônica e vocal), Ricardo Maca (guitarra e vocal), Johnny Garcia (contrabaixo acústico) e Leandro Cavera (bateria). Eles já fizeram quatro turnês internacionais; três na Argentina (2015, 2017 e 2018) e outra nos EUA (2014). Em outubro de 2021 farão nova turnê pela Europa.
Pela primeira vez em Belo Horizonte, a banda vem de Itajaí, Santa Catarina, exclusivamente para o Festival.
Audergang | Idealizada pelo guitarrista Auder Júnior, a banda mineira Audergang tem se consolidado como um dos grandes expoentes do blues no cenário brasileiro. Foi criada em 2007, em Belo Horizonte, berço de um dos maiores movimentos musicais na década de 1960, o Clube da Esquina.
Com som ousado, contagiante e diferenciado, a banda tem conquistado o público e despertado atenção da mídia e de representantes da área musical. Em 2017, a Audergang encerrou o ano em grande estilo com turnê na Europa por meio do Programa Música Minas, da Secretaria de Estado de Cultura (SEC). Foram realizados shows em Portugal, nas cidades de Leiria e Aveiro, onde a banda foi muito bem recebida pelo público ao apresentar o seu blues brasileiro com raízes mineiras.
Rota do Blues Festival – Edição 100% online
Atrações: Lorenzo Thompson & Bruno Marques Band, The Headcutters, The Lee Gang e Audergang
Data: 27 de junho (domingo)
Horário: a partir das 16h
Link de acesso pelo canal Oficial Rota do Blues no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCCEEIIfVE2wpB2HQ4_1uSNw
Canal Universitário de BH, no 12 da Net: www.youtube.com/channel/UC3HNOZ9zOHgTvpy30p6kH4w.
No próximo dia 26 de junho, a Cia. Cabelo de Maria apresenta o show “São João do Carneirinho”, às 16h30, no canal do YouTube da Casa Museu Ema Klabin. Afinal, não é porque a pandemia não permite aglomerações que vamos deixar de celebrar a festa mais tradicional do mês.
O show acontece ao vivo pelo programa #TardesMusicaisEmCasa e traz clássicos como “O sanfoneiro só tocava isso” (Geraldo Medeiros e Haroldo Lobo), “Olha Pro Céu”, “São João na Roça”, “São João do Carneirinho”, “Piriri”, “Pau de Arara” e “Fogo sem Fuzil” (Luiz Gonzaga); “Sabiá”, “Imbalança” e “Riacho no Navio” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas); “Menininha”, “Pisa o Milho” e “Masseira” (Domínio Público); “No meu Pé de Serra” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira); “Para Pedro” (José Mendes), “Farofa fá” (Mauro Celso) e “Vida de Viajante” (Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil).
Celebrar | “São João do Carneirinho” é um espetáculo infantil que promete agradar todas as faixas etárias. Concebido pela Cia. Cabelo de Maria, tem o intuito de celebrar o período em que se agradece pelas colheitas realizadas, se acendem as fogueiras e são feitos novos pedidos para o próximo ano.
A Cia. Cabelo de Maria é formada por Renata Mattar (voz, sanfona e direção geral), Nina Blauth (percussão e voz), Gustavo Finkler (violão, voz, arranjos e direção musical), Micaela Marcondes (violino e vocal), Clara Dum (flauta e voz) e Paulo Pixu (percussão e voz).
O espetáculo tem apoio cultural do Governo do Estado de São Paulo por meio do ProAC-ICMS da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e patrocínio da Klabin S.A.
*Como em todos os seus eventos gratuitos, é sugerido a quem aprecia a Casa Museu Ema Klabin contribuir para a manutenção das atividades e apoiá-la com uma doação voluntária no site.
Serviço:
Casa Museu Ema Klabin – #CasaMuseuEmCasa – #TardesMusicaisEmCasa
Show São João do Carneirinho – Cia. Cabelo de Maria
Data: 26 de junho, a partir das 16h30
Transmissão ao vivo no Canal do YouTube da casa museu
Gratuito*
Classificação etária: 16 anos
Acesse nas redes sociais:
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Twitter: https://twitter.com/emaklabin
Canal do YouTube:
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Site: https://emaklabin.org.br/.
Champagne, Bordeaux e Borgonha estão para os produtores de vinhos franceses, assim como Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Flores de Cunha estão para os brasileiros. O Brasil registrou a melhor safra de toda a história da vitivinicultura nacional em 2020. A grande maioria das garrafas vem do Sul do país, onde a geografia favorável, os anos de experiência e a adoção de tecnologia tornaram a região a nossa principal produtora de vinhos.
O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) afirma que o Brasil possui cerca de 1.200 vinícolas — 61% estão localizadas no Rio Grande do Sul e outras 30% ficam entre Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia.
A Serra Gaúcha registra 90% da produção de vinho nacional, mas o cultivo de uva tem se ampliado país afora e atualmente abrange outros cantos do estado, Santa Catarina e até mesmo o árido Nordeste brasileiro.
As regiões abaixo fazem a roda girar em torno da produção das uvas. Do campo ao varejo e aos serviços associados ao bom vinho brasileiro, conheça o mapa do vinho nacional:
Rio Grande do Sul
A Serra Gaúcha é notadamente a principal região produtora brasileira. Por lá, estão as mais tradicionais vinícolas do país, como Miolo, Salton e Casa Valduga.
Bento Gonçalves é o centro da sub-região mais significativa, o Vale dos Vinhedos, que compreende também cidades como Garibaldi, Caxias do Sul e Flores da Cunha. Foi a primeira região do país a ser oficialmente reconhecida como Indicação Geográfica (IG) e posteriormente foi reconhecida como Denominação de Origem (DO).
No Vale dos Vinhedos, são produzidos rótulos que expressam a identidade de solos areno-argilosos ácidos e elevada pluviosidade. O destaque é o frescor de seus espumantes e o cuidado com seus tintos. Com 82 km², trata-se de um vale com mais de 30 produtores de vinhos e derivados da uva, com média anual de 12 milhões de garrafas envasadas. Cerca de 450 mil visitantes passam anualmente pela rota desfrutando de hospedagens, gastronomia e experiências herdadas da comunidade italiana.
O estado conta ainda com outras duas regiões representativas na produção nacional. A serra do sudeste do Rio Grande do Sul produz uvas nobres, tintas e brancas, como Merlot e Sauvignon Blanc nas cidades de Pinheiro Machado e Encruzilhada do Sul. Já da campanha gaúcha, na fronteira com o Uruguai, saem vinhos menos estruturados de uvas Tannat, Cabernet Sauvignon, Riesling, Chardonnay e Gewürztraminer. No polo de Palomas, em Santana do Livramento, e, mais recentemente, em Bagé e Candiota, passaram a ser produzidas as castas portuguesas Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz.
Santa Catarina
Nos anos 2000, uma nova região vitivinícola passou a chamar a atenção. É a região dos vinhos de altitude de Santa Catarina. As cidades de São Joaquim, Caçador e Campos Novos são atualmente as regiões produtoras de maior altitude do país. Elas estão situadas entre 900 e 1400 m e contam com o clima mais frio do Brasil, que dá à videira um ciclo mais longo com colheita tardia, propiciando a produção de vinhos e espumantes de alto padrão.
Além de seu “terroir”, o que potencializou a produção na região foi a implementação de pesquisa científica e assistência técnica aos produtores, bem como a adoção de tecnologia desde que a região despontou — ao contrário da Serra Gaúcha, onde não houve preparo na década de 70.
A região tem capacidade de produzir de 600 mil a um milhão de garrafas em uma área de vinhedos superior a 400 hectares. Atualmente, já são quase 200 rótulos originados por ali por vinícolas como Thera, Villa Francioni, Pericó e Quinta da Neve.
Em outras regiões do estado, como a Carbonífera, com os municípios de Urussanga, Pedras Grandes, Braço do Norte, Nova Veneza e Morro da Fumaça, e o leste do estado, em Rodeio e Nova Trento, onde há uma histórica da produção de vinhos coloniais.
Vale do São Francisco
O Vale do São Francisco é composto por 503 municípios entre Bahia e Pernambuco. Com altitude de 400 m, solos ricos em minerais, clima semiárido de sol forte e baixa pluviosidade, o cultivo na região acontece com mais afinco há 25 anos, graças à irrigação controlada com a água do rio.
Essas peculiaridades, aliadas à poda das videiras, permite que a região faça de duas a três colheitas ao ano, ao contrário do Sul do país, que realiza apenas uma entre fevereiro e março.
O Vale do São Francisco produz cerca de 7,5 milhões de litros de vinhos finos a partir de videiras aclimatadas como Moscatel, Cabernet Sauvignon e Syrah, além de 10 milhões de litros de vinhos de mesa. A região também produz suco e uvas in natura para consumo interno e exportação.
Em Pernambuco, no município de Santa Maria da Boa Vista, a empresa Vinibrasil elabora todo o tipo de vinho da linha Rio Sol. Já no lado baiano, em Casa Nova, vinícolas mais tradicionais, como Miolo e Lovara, produzem brancos secos e doces, tintos e espumantes.
O mapa do vinho brasileiro tem potencial para continuar crescendo. Há regiões menos significativas, como o interior de São Paulo, o cerrado goiano e o estado do Paraná, que podem desabrochar como novos produtores no futuro.
(Fonte: Wine)
Nesta sexta, 18/6, entra no catálogo do streaming da Supo Mugam Plus o lançamento inédito O Leão dorme esta noite (França/Japão, 2017, de Nobuhiro Suw e protagonizado por Jean-Pierre Léaud, o eterno Antoine Doinel de Os Incompreendidos, de Pauline Etienne.
O longa conta a história de Jean, um ator preso ao passado, que descobre que sua atual filmagem está inesperadamente suspensa por um período indefinido. Ele aproveita para visitar um velho amigo e se instala, clandestinamente, em uma casa abandonada no Sul da França, onde Juliette, o grande amor de sua vida, viveu. Um grupo de jovens amigos, cineastas novatos, tropeça na mesma casa e decide que é o local perfeito para o próximo filme de terror caseiro deles.
Ainda nesta semana, estreia na plataforma quatro filmes restaurados do grande diretor húngaro e vencedor do Oscar István Szabó. São eles, Pai (1966), Confiança (1980), Mephisto (1981) e Coronel Redl (1985).
Já na última sexta-feira de junho (25) é a vez do lançamento inédito Algo Acontece, de Anne Alix (França, 2018) com Lola Duenas e Bojena Horackova. No enredo, Irma, que não parece encontrar seu lugar no mundo, cruza com Dolores, uma mulher livre que tem a missão de escrever um guia de viagem em uma área esquecida da Provença. A improvável dupla cai na estrada e descobre um mundo mais complexo e uma humanidade calorosa, lutando para existir.
Completam a lista das estreias do mês de junho dois clássicos húngaros em versão restaurada: O Meu Século 20, de Ildikó Enyedi (1989), vencedor da Câmera de Ouro do Festival de Cannes, e Praça Moscou, de Ferenc Török (2008), além de 8 curtas de animação restaurados, também da Hungria.
As estreias na Supo Mungam Plus acontecem todas as sextas-feiras do mês. Disponível para todo o Brasil e focada em cinema independente e de arte, a plataforma é uma janela cinematográfica virtual para diversas histórias e culturas, lançando filmes inéditos, clássicos restaurados, obras cult e joias do cinema mundial.
Nas redes sociais:
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Onde assistir: www.supomungamplus.com.br
Quanto: 7 dias grátis para o assinante. Por meio de uma assinatura mensal, por R$23,90, ou anual, por R$199,90, realizada no próprio site da plataforma (www.supomungamplus.com.br), além da opção de cartão de crédito, já está disponível boleto ou PIX para o Plano Anual.
Confira as estreias e sinopses:
18 de junho
O Leão Dorme Esta Noite, de Nobuhiro Suwa (Le lion est mort ce soir, França/Japão, 2017, 103 min, Drama), com Jean-Pierre Léaud, Pauline Etienne, Maud Wyler, Arthur Harari, Isabelle Weingarten e Louis-Do de Lencquesaing. Sul da França. Dias atuais. Jean, um ator preso ao passado, descobre que sua atual filmagem está inesperadamente suspensa por um período indefinido. Ele aproveita para visitar um velho amigo e se instala, clandestinamente, em uma casa abandonada onde Juliette, o grande amor de sua vida, viveu. Um grupo de jovens amigos, cineastas novatos, tropeça na mesma casa e decide que é o local perfeito para o próximo filme de terror caseiro deles. Jean e as crianças se encontrarão cara a cara, mais cedo ou mais tarde. Estrelado por Jean-Pierre Léaud, o eterno Antoine Doinel de Os Incompreendidos e outros filmes de François Truffaut.
O Cinema de István Szabó
Pai, de István Szabó (Apa, Hungria, 1966, 88 min, Drama), com Miklós Gábor, András Bálint, Dániel Erdély, Klári Tolnay, Katalin Sólyom e Zsuzsa Ráthonyi. Budapeste, década de 50, os anos mais sombrios da era stalinista. Desde a morte de seu pai, um menino preencheu o vazio paterno com uma série de fantasias. Quando atinge a idade adulta, ele luta para viver de acordo com a imagem heroica que criou. Considerado um dos melhores filmes europeus sobre amadurecimento, Pai ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Locarno e promoveu o nome do diretor Szabó internacionalmente.
Confiança, de István Szabó (Bizalom, Hungria, 1980, 105 min, Drama), com Ildikó Bánsági, Péter Andorai, Zoltán Bezerédi, Judit Halász, Ildikó Kishonti e Tamás Dunai. Este drama extremamente poderoso explora a natureza do amor, confiança, lealdade e traição nascidos sob o peso de circunstâncias excepcionais. Ambientado na Segunda Guerra Mundial, a história envolve um casal fugindo dos nazistas. Aclamado pela crítica e considerado um dos melhores trabalhos de Szabó, Confiança ganhou o Urso de Prata de Melhor Direção no Festival de Berlim e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional.
Mephisto, de István Szabó (Mephisto, Hungria, 1981, 144 min, Drama), com Klaus Maria Brandauer, Ildikó Bánsági, Krystyna Janda, Rolf Hoppe, György Cserhalmi e Péter Andorai. Um ator ambicioso e talentoso, um político motivado e sem escrúpulos, um formidável mecanismo de distorção ideológica. Com Mephisto, István Szabó disse algo fundamental sobre poder, política e arte na Europa Central durante a Segunda Guerra Mundial. O filme ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional, os prêmios de Melhor Roteiro e da Crítica no Festival de Cannes, entre muitos outros.
Coronel Redl, de István Szabó (Oberst Redl, Hungria, 1985, 144 min, Drama/Biografia), com Klaus Maria Brandauer, Armin Mueller-Stahl, Gyula Benkő, Hans Christian Blech, Gudrun Landgrebe e László Mensáros. Alfred Redl se suicidou em 1913, logo antes do início da Primeira Guerra Mundial. O herói de Szabó é um soldado que se esconde atrás de uniformes. A queda de seu país, o colapso do Império Austro-Húngaro e seu fiasco pessoal antecipam uma série de outros eventos do século 20. Coronel Redl ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional.
25 de junho
Lançamento inédito: Algo Acontece, de Anne Alix (França, 2018, 101 min, Drama), com Lola Duenas e Bojena Horackova Avignon. Irma, que não parece encontrar seu lugar no mundo, cruza com Dolores, uma mulher livre que tem a missão de escrever um guia de viagem em uma área esquecida da Provença. A improvável dupla cai na estrada e descobre um mundo mais complexo e uma humanidade calorosa, lutando para existir. Para as duas, a viagem se torna uma jornada decisiva. Estrelado por Lola Dueñas (Volver e Mar Adentro).
Clássicos da Hungria – Parte 1 (todos em versão restaurada)
O Meu Século 20, de Ildikó Enyedi (Hungria, 1989, 102 min, Drama), com Dorotha Segda, Oleg Yankovsky, Paulus Manker, Gábor Máté e Péter Andorai. Dora e Lili são suas irmãs gêmeas que foram separadas na infância. Suas vidas seguiram caminhos opostos; Dora é uma pseudoaristocrata e Lili é uma anarquista. No mesmo momento que chega o século XX, as duas voltam para a Hungria e seus caminhos se reconectam no Expresso do Oriente por meio do misterioso Sr. Z. Vencedor da Câmera de Ouro do Festival de Cannes.
Praça Moscou, de Feren Török (Hungria, 2001, 88 min, Comédia/Drama), com Gábor Karalyos, Erzsi Pápai, Eszter Balla, Vilmos Csatlós, Simon Szabó e Bence Jávor. 1989 é um ano importante na história política da Hungria. No entanto, Petya e seus amigos não se importam. Eles estão prestes a se formar no ensino médio. As únicas coisas importantes para eles são as festas, garotas e ganhar dinheiro fácil. E, claro, passar na próxima prova com as perguntas que vazaram. Melhor Primeiro Filme na Semana do Cinema Húngaro.
Animações da Hungria – Curtas-metragens
A Insaciável Abelinha, de Gyula Macskássy (A telhetetlen méhecske, Hungria, 1958, 16 min). Uma vespa se aproveita de uma abelhinha insaciável, que deixa de coletar néctar para a colmeia modernizada apenas para comê-lo sozinha. Exibido no Festival de Cannes.
O Lápis e a Borracha, de Gyula Macskássy e György Várnai (A ceruza és a radír, Hungria, 1960, 10 min). Por ser um filme de animação que reflete sobre o processo de fazer um desenho animado, os personagens-título são as duas ferramentas básicas dos animadores: o lápis e a borracha. Como Dom Quixote e Sancho Pança, os dois conquistam as folhas em branco. Melhor Animação no Festival de Karlovy Vary.
Duelo, de Gyula Macskássy e György Várnai (Párbaj, Hungria, 1960, 10 min). Representando o duelo da razão vs. retrocesso, progresso científico vs. guerra, o filme apresenta a luta do Cientista contra Marte, o deus da guerra. Menção Especial no Festival de Cannes.
O Diário, de György Kovásznai (A napló, Hungria, 1966, 10 min). Em uma história no estilo de Jules e Jim, o filme é um retrato de um dia na vida de três jovens da capital húngara que estão visitando as cenas típicas do centro de Budapeste dos anos 60. Exibido no Festival de Cannes.
O Ano de 1812, de Sándor Reisenbüchler (Az 1812-es év, Hungria, 1972, 12 min). Usando colagens recortadas, a poderosa animação do diretor Reisenbüchler foi composta com 1812, de Tchaikovsky e inspirada em Guerra e Paz, de Tolstói. Menção Especial no Festival de Cannes.
A Mosca, de Ferenc Rofusz (A légy, Hungria, 1980, 3 min). Composto por 4.000 desenhos em giz de cera, A Mosca apresenta os últimos três minutos na vida de uma mosca. Exibido no Festival de Cannes. Vencedor do Oscar de Melhor Animação em Curta-metragem.
Moto Perpetuo, de Béla Vajda (Moto perpetuo, Hungria, 1981, 8 min). Palma de Ouro de Melhor Curta no Festival de Cannes, o filme se passa em um elevador em constante movimento, repleto de cenas que vão desde situações cotidianas a histórias de tabloides e o confuso drama da alta política.
Cuidado com os Degraus!, de István Orosz (Vigyázat lépcső!, Hungria, 1989, 5 min). O filme retrata os espaços paradoxais de M. C. Escher, sem saída, e os residentes de um prédio em ruínas em Peste em meio aos ornamentos do socialismo em colapso. O filme foi feito pouco antes da queda do muro em 1989. Exibido no Festival de Berlim.