Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Orquestra Sinfônica Heliópolis convida o violoncelista Rafael Cesário para sua temporada de concertos

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Priscila Corderi.

No próximo dia 13 de junho, às 17 horas, a Orquestra Sinfônica Heliópolis sobe ao palco do Auditório Ibirapuera ao lado do violoncelista Rafael Cesário. Com um repertório unicamente erudito, o concerto terá aberturas de óperas bastante tradicionais, como Egmont, de Ludwig van Beethoven, O Franco Atirador (Der Freischütz), do músico e compositor alemão Carl Maria von Weber (1786-1826), e A Flauta Mágica (The Magic Flute), do músico e compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791).

Nesta apresentação, o Instituto Baccarelli levará para o palco mais uma inovação: os jornalistas Irineu Franco Perpétuo e João Luiz Sampaio – ambos dedicados à música clássica, à crítica musical e à história da música – atuarão como comentaristas das obras. Da plateia, eles irão interagir com a orquestra e o maestro, assim como com o público ativo no chat do YouTube, sempre com informações sobre cada música e os compositores, tornando o repertório orquestral mais acessível e interessante a todos os espectadores da live.

Esta, que será a terceira apresentação da Temporada de Concertos 2021, faz parte de uma programação que contempla a música erudita e a popular, alternando repertórios instrumentais – nos segundos domingos de cada mês – e os concertos populares – nos quartos domingos do mês. Ao longo do ano serão divulgados os nomes das atrações e convidados que irão se apresentar ao lado dos jovens músicos.

A regência ainda está atribuída ao maestro Edilson Ventureli, assim como se dará com a maioria dos concertos, que não poderão contar, momentaneamente, com o maestro titular e diretor artístico da OSH, Isaac Karabtchevsky, devido à pandemia.

Sem a presença física do público, desde 2020 os concertos passaram a ser transmitidos ao vivo pela internet, pelo canal do YouTube do Instituto Baccarelli. Pensando na qualidade do conteúdo e da transmissão, o Instituto firmou parcerias com os melhores fornecedores de áudio, iluminação e vídeo-transmissão para realizar concertos com excelente nível cenográfico. Neste ano, a novidade fica também por conta do novo palco, o do Auditório Ibirapuera, com tamanho para receber uma orquestra maior e mais completa – sem contar que o espaço fica dentro do Parque Ibirapuera, outro importante corredor cultural da cidade ocupado pela Orquestra Sinfônica Heliópolis.

A apresentação seguirá o protocolo de segurança sanitária para prevenção contra a Covid-19 desenvolvido pelo Instituto Baccarelli com base em diversas premissas definidas nos meios cultural e musical, protegendo músicos e equipe de produção.

Rafael Cesário – violoncelo | Mestre pela Universidade de São Paulo (USP), obteve o diploma de perfectionnement por unanimidade e felicitações do Júri no Conservatoire départemental du Val de Biévre, Paris (França), na classe do renomado violoncelista francês Romain Garioud.

Camerista ativo, atuou como solista na Orquestra do Theatro São Pedro (SP), Orquestra Sinfônica de São José dos Campos, Camareta Fukuda e Orquestra Acadêmica de SP, entre outras.

Atuou como professor na segunda edição do Festival Internacional Violin festspiele Brazil, onde solou o Concerto Triplece de Beethoven com a Orquestra Sinfônica do Paraná, ao lado do pianista Cristian Budu e o violinista Winston Ramalho, sob a regência do renomado maestro alemão Henrik Schaefer. Atualmente é Professor no Instituto Baccarelli e integra o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Em 2021 ele lançou seu primeiro disco, Um outro adeus, em plataformas digitais com o renomado compositor e pianista André Mehmari.

Campanha Tocando Juntos por Heliópolis | Durante a live, o público poderá fazer doações para a campanha Tocando Juntos por Heliópolis, organizada pelo Instituto Baccarelli com o intuito de minimizar os efeitos da pandemia na comunidade. Com apoio de empresas que apadrinham o projeto e doadores individuais, a campanha que já arrecadou mais de 466 toneladas de alimentos e R$952 mil para as famílias da comunidade. As doações ainda podem ser realizadas por meio da página https://institutobaccarelli.doareacao.com.br/campanha/tocando_juntos_por_heliopolis.

Sobre o Instituto Baccarelli | O Instituto Baccarelli é uma das organizações sem fins lucrativos mais respeitadas no Brasil por proporcionar ensino de excelência combinando três eixos de grande importância: cultural, educacional e social. Além disso, formou a primeira orquestra do mundo em uma favela, quebrando diversas barreiras. Com direção artística e regência de um dos maiores maestros da atualidade, Isaac Karabtchevsky, a instituição oferece todas as atividades gratuitamente e tem sua sede na comunidade de Heliópolis, onde atua há 24 anos como agente de transformação social por meio da arte. Mais do que dar acesso ao ensino musical, o instituto mostra um futuro com mais perspectivas àqueles que, pela desigualdade, são colocados à margem da sociedade. Para mais informações, acesse https://www.institutobaccarelli.org.br.

Serviço:

Evento online: Orquestra Sinfônica Heliópolis e Rafael Cesário, violoncelo

Local de gravação: Auditório Ibirapuera – Transmissão ao vivo

Inscrições para acesso à transmissão: https://www.institutobaccarelli.org.br/inscricao-eventos

Data: 13 de junho de 2021 – domingo

Horário: às 17h.

Dia Mundial do Meio Ambiente: Brasil sofre maior crise ambiental dos últimos anos

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Foto: Freepik.

Comemorado mundialmente no dia 6 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente é um lembrete latente ao país que mais destrói florestas em todo o mundo, segundo dados da Global Forest Watch divulgados neste ano. Embora a data seja um convite à conscientização e preservação dos biomas de todo o mundo, o Brasil não tem o que comemorar quando o assunto é a preservação ambiental  e o avanço do desenvolvimento sustentável que, nessa altura do campeonato, ganha o status de utopia.

Para se ter ideia, estima-se que 94% do desmatamento da Amazônia seja ilegal, de acordo com informações coletadas pelo Instituto Centro da Vida (ICV) em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no ano de 2020. Isso faz com que, embora seja o país com maior biodiversidade do mundo, o Brasil continue saindo em desvantagem no debate sobre soluções à destruição ambiental.

A combinação de uma cultura de normalização da apropriação do meio ambiente e péssimas medidas públicas de controle aos danos ajudam a perpetuar o que é visto hoje. Para a advogada ambiental e bióloga Cristiana Nepomuceno, parte essencial da conscientização das massas é o entendimento de pertencimento ao meio ambiente. “Devemos ter em mente que também estamos inseridos nesse todo e que a preservação do meio ambiente é, consequentemente, a preservação da espécie humana”, diz.

Ela ainda complementa alertando que, além do aquecimento global e tantos outros efeitos colaterais já conhecidos, a devastação do meio ambiente também pode ocasionar desequilíbrios ambientais como as pandemias. “Com a perda dos habitats naturais, outras espécies passam a ter vida próxima a dos humanos, o que nos expõe a vírus e bactérias que até então não tínhamos contato e que, portanto, não temos defesas contra”, afirma.

A advogada e bióloga Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares. Foto: divulgação.

O Dia Mundial do Meio Ambiente existe para relembrar a abertura da Conferência de Estocolmo, na Suécia, que foi um importante evento para o avanço de pautas ambientalistas. A comemoração deve movimentar debates em todo o mundo a respeito do assunto.

Sobre a Dra. Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares | É graduada em Direito e Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Pós-Graduada em Gestão Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto- MG. Especialista em Direito Ambiental pela Universidade de Alicante/Espanha. Mestre em Direito Ambiental pela Escola Superior Dom Helder Câmara. Foi assessora jurídica da Administração Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte, assessora jurídica da Secretaria de Minas e Energia- SEME do Estado de Minas Gerais, consultora jurídica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas- IGAM, assessora do TJMG e professora de Direito Administrativo da Universidade de Itaúna/MG. Atualmente é presidente da Comissão de Direito de Energia da OAB/MG.

Seis entre dez doenças infecciosas têm origem em animais, mas ação humana facilita sua proliferação

Rio Grande do Sul, por Kleber Patricio

Foto: CDC/Unsplash.

Em revisão sistemática, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelam que 75% das doenças infecciosas, como a Covid-19, são derivadas de microrganismos que originalmente circulavam em espécies de animais selvagens e “saltaram” para os seres humanos. A proliferação dessas doenças entre os seres humanos, no entanto, é facilitada pelas ações humanas. O estudo, que traz reflexões sobre como prevenir o salto de patógenos entre espécies, está publicado na revista Genetics and Molecular Biology.

Os autores revisaram estudos científicos em inglês sem restrição de ano de publicação a partir das principais bases de dados das áreas de medicina e biologia do PubMed/MEDLINE,  SciELO e Google Scholar. Os termos buscados foram  “spillover”, “zoonotic spillover”, “pathogen spillover”, “host jump”, “cross-species transmission” e “zoonotic transfer”.

Embora o salto de patógenos de uma espécie de animal selvagem para outra e, posteriormente, para humanos seja comum, segundo mostram os dados, é raro que esses eventos levem a uma situação epidêmica, explica José Artur Bogo Chies, coautor do estudo. No caso da pandemia de Covid-19, o vírus Sars-Cov-2 se adaptou ao ser humano com grande poder de transmissibilidade, o que reforça o papel da ação humana na cadeia de disseminação do vírus. “Podemos citar os casos de Influenza, cujo salto para a espécie humana foi favorecido pela criação de aves e suínos em um mesmo ambiente ao longo da evolução humana”, exemplifica.

No caso da Covid-19, a principal hipótese é que o Sars-CoV-2 surgiu do morcego, conforme demonstram as análises de sequências genéticas do vírus, mas que alguma espécie, como os pangolins, agiu como intermediária para a infecção. “A carne dos pangolins é comumente consumida na China e pode ter havido contaminação ao manusear ou se alimentar deste mamífero. Outra possibilidade é que esta variante do coronavírus estivesse em estudo e, acidentalmente, tenha escapado do controle laboratorial. Porém, é importante saber diferenciar o conceito de um vírus escapar do laboratório da teoria da conspiração de que o vírus tenha sido fabricado em laboratório”, alerta.

Bogo Chies reforça que o salto de espécies zoonótico de doenças infecciosas é altamente conectado com a forma como os humanos interagem com as espécies animais e o meio ambiente. Por isso, a preservação da biodiversidade se faz necessária para controlar os riscos de surgimento de potenciais patógenos para a espécie humana. “Com esse controle, potenciais patógenos seriam encontrados em pequenas quantidades e em seus hospedeiros usuais, com menor risco de transmissão”, comenta.

Outro problema, aponta o pesquisador, é o uso excessivo de antibióticos ou drogas antivirais, inclusive no campo veterinário, o que favorece uma seleção de micro-organismos que se tornam resistentes. Protocolos de segurança na cadeia produtiva de alimentos de origem animal podem ajudar a diminuir os riscos ao manter os animais em ambientes livres de infecção e disseminação de vírus, com medidas de vigilância, controle, teste e eliminação dessas doenças não humanas.

(Fonte: Agência Bori)

BNegão revela em entrevista detalhes do seu primeiro disco solo

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/Facebook do artista.

Projetado na música nacional por sua atuação no grupo Planet Hemp, o cantor e compositor BNegão está acostumado a caminhar por sonoridades distintas, como o rap, o rock e, mais recentemente, a MPB de Dorival Caymmi. A constante busca por expandir sua criatividade para outros ritmos é um dos assuntos que o artista carioca levou ao programa Papo de Música, atração semanal comandada pela jornalista e pesquisadora Fabiane Pereira. Atualmente preparando-se para colocar no mundo o seu primeiro disco solo (previsto para o segundo semestre), o artista também falou sobre as experimentações sonoras que atravessam essa nova fase que está por vir. A entrevista está disponível no canal do programa no YouTube (assista aqui).

“Vai ter bastante coisa eletrônica, eu sou apaixonado. Mas a música brasileira é o que está em primeiro plano [nesse disco]”, adianta BNegão sobre o trabalho. Na conversa, ele ainda revelou que o álbum terá mais três singles, além dos já revelados Salve 2, em março e Sorriso Aberto, em abril. “Vai ter O Sósia, um samba reggae absurdo do final dos anos 80, do [grupo] Moleque de Rua. Aí, vai pra outro lugar, uma versão de Cérebros Atômicos, do Ratos de Porão. E o último single vai ser Dança do Patinho, conta.

Ao ser perguntado sobre o futuro pós-pandemia, BNegão comenta não saber o que esperar, mas dá um conselho: “A principal parada é se manter muito saudável mentalmente, saudável fisicamente e saudável espiritualmente. Ouvir muito Mateus Aleluia, muito Caymmi”. O carioca finaliza pontuando que, em contrapartida à realidade nefasta que o Brasil vive, “trazer a pulsação de vida já é algo brutalmente revolucionário”.

BNegão dá início à temporada de junho do Papo de Música. Durante o mês, Fabiane Pereira ainda recebe a cantora Paula Fernandes, o cantor Ivan Lins, a cantora Mariene de Castro e o vocalista da banda Psirico, Márcio Victor.

Crianças #EmCasaComSESC apresenta o espetáculo “Casasa” com a Cia. Kawa

São Paulo, por Kleber Patricio

Espetáculo de circo contemporâneo conta com números de malabarismo, equilibrismo e acrobacias, entre outros. Fotos: Paula Poltronieri.

Neste sábado (5/6), às 15h, direto do SESC Santo André, os artistas André Sabatino e Mariana Maekawa, da Cia. Kawa, apresentam Casasa na programação do Crianças #EmCasaCom SESC. Com direção do argentino Tato Villanueva, o espetáculo de circo contemporâneo fala sobre o cotidiano de um casal e os desafios da convivência, do amor, da arte do encontro e de que nem tudo é como nos contos de fadas. A montagem traz à cena a comicidade e o teatro físico somados às habilidades circenses dos artistas. Uma porta, um vaso gigante, um banco de praça e uma bicicleta fazem parte do cenário deste romance que conta com números de malabarismo, equilibrismo, acrobacias, parada de mão, dança e duo de bicicleta acrobática. Ao final da apresentação, os artistas vão promover uma mini oficina de aquecimentos aeróbicos e pequenas acrobacias.

A Cia. Kawa foi fundada em 2019 pelos aerelistas André Sabatino e Mariana Maekawa. Os artistas resolveram juntar suas experiências artísticas e circenses de 20 anos de carreira para criar espetáculos contemporâneos. Ambos já se apresentaram em diversos circos do Brasil e do mundo e fizeram parte do elenco do Cirque du Soleil de Montreal (Canadá). A Cia. Kawa agrega dança, teatro físico, música, acrobacias e habilidades de alto nível à arte circense.

No ar há um ano, a programação do Crianças #EmCasaComSesc segue em 2021 com apresentações diversificadas, sempre mesclando artistas, companhias e grupos consagrados no cenário brasileiro com novos talentos. As transmissões acontecem aos sábados, às 15h, no Instagram SESC Ao Vivo e no YouTube SESC São Paulo.

Desde o dia 18 de maio, parte das transmissões do #EmCasaComSesc voltou a ser realizada diretamente das unidades do Sesc na capital paulista, sem presença do público no local e seguindo todos os protocolos de segurança de prevenção à Covid-19. Além disso, as apresentações também seguem sendo transmitidas da casa ou do estúdio de trabalho dos artistas. Tudo em conformidade com as medidas estipuladas pelo Plano São Paulo.