Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
Não é de hoje que ouvimos e acompanhamos a luta contra a LGBTI+fobia. Somente em junho de 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a retirada de transgeneridades como doenças mentais da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Essa classificação aconteceu 28 dias após a decisão da OMS de retirar o termo homossexualidade da lista de doenças, no dia 17 de maio de 1990. Até junho de 2019, data em que o Supremo Tribunal Federal decidiu a favor da criminalização da violência contra pessoas LGBTI+, não existia ação penal específica para os episódios. Porém, após a decisão, todos os atos motivados por preconceito devido à orientação sexual passaram a ser equiparados a crimes de racismo. Assim, configuram-se na legislação com pena prevista de um a três anos e aplicação de multa.
Além desse importante avanço, diversas iniciativas têm sido realizadas para promover a inclusão e a diversidade em toda a cadeia de valor e eliminar a LGBTI+fobia. No ambiente corporativo, por exemplo, vemos que as empresas têm se mobilizado cada vez mais para proporcionar igualdade de oportunidades e um ambiente seguro e respeitoso para todas as pessoas. Movimentos como o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ ajudam a trazer ainda mais visibilidade ao assunto – isso porque os esforços e iniciativas são articulados em torno dos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção dos Direitos LGBTI+. “Nossa missão é fortalecer esse diálogo sobre a diversidade e inclusão não apenas no meio empresarial, mas na sociedade, a fim de combater o preconceito contra pessoas LGBTI+. Norteamos nossas ações em torno dos 10 Compromissos com a finalidade de orientar sobre as práticas que cada companhia deve seguir no âmbito interno e no relacionamento com seus diferentes públicos de interesse. O intuito é contribuir para que as práticas de gestão empresarial sejam efetivas e, assim, combater a LGBTI+fobia e seus efeitos negativos em toda a cadeia”, afirma Reinaldo Bulgarelli, secretário executivo do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+.
O que é a LGBTI+fobia e como denunciar? | A LGBTI+fobia é um termo utilizado para definir crimes cometidos contra pessoas LGBTI+. Neste caso, o estigma, o preconceito, a discriminação, o bullying e a violência, bem como a acepção em decorrência de orientação sexual ou identidade de gênero e sua expressão de gênero, é considerado LGBTI+fobia.
Embora o Brasil tenha apresentado um avanço importante com a criminalização da LGBTI+fobia, o país ainda ocupa o primeiro lugar no ranking das Américas no quesito de homicídios de pessoas LGBTI+, conforme dados veiculados pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA). Para se ter uma ideia, a cada 19 horas, uma pessoa morre em decorrência de sua orientação sexual. É por esse motivo que a denúncia contra a LGBTI+fobia é uma medida que deve ser sempre seguida por todos. “Quem passa por situações de LGBTI+fobia não deve ficar calado. Quando a pessoa sofre em silêncio, aquele problema persiste apenas para ela. No entanto, a partir do momento em que ela toma a iniciativa de realizar a denúncia, conseguimos fazer todos os encaminhamentos legais, abrimos uma investigação sobre o episódio e, dessa forma, cobramos um posicionamento do poder público e das defensorias”, informa Toni Reis, diretor presidente da Aliança Nacional LGBTI+.
Além do Disque 100 e do Conselho Tutelar (no caso de quem é menor de idade), existem delegacias especializadas em crimes contra intolerância onde podem ser feitas as queixas de crimes contra pessoas LGBTI+. Em alguns casos, as Delegacias de Defesa da Mulher também podem servir de apoio para registrar os episódios, como explica Lucas Bulgarelli, diretor do Instituto Matizes, organização independente direcionada à produção de dados e difusão de conhecimento sobre equidade.
De acordo com o diretor do Instituto Matizes, no caso do Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos (em São Paulo, o Disque Denúncia é o 181 e é administrado pela SSP/SP), são exigidas as seguintes informações no atendimento: quem sofreu a violência, qual tipo (física, psicológica, maus tratos e abandono, por exemplo), quem praticou, como localizar a vítima, há quanto tempo ocorreu, em qual local e horário, entre outros dados. As denúncias são recebidas e encaminhadas aos órgãos responsáveis.
“Muitas pessoas partem da percepção de que uma violência só ocorre em situações extremas, ou seja, que envolvem agressão física ou risco de vida a alguém. Contudo, também é importante levar em consideração as violências verbais e psicológicas que muitas vezes compõem esses quadros”, descreve Lucas. “As denúncias de LGBTI+fobia abrem caminho para a conscientização sobre o tema e fazem com que os indivíduos relacionados aos episódios compreendam a gravidade da situação e suas consequências. Por meio de ferramentas como o Disque 100 é possível mensurar o impacto da violência no Brasil e suas especificidades”, complementa.
A Aliança Nacional LGBTI+, organização da sociedade civil, pluripartidária e sem fins lucrativos que trabalha com a promoção e defesa dos direitos humanos e cidadania da comunidade LGBTI+ também possui uma Central Nacional de Denúncias onde é plausível formalizar crimes de LGBTI+fobia. Para isso, basta acessar a página, preencher o formulário e as equipes estarão em prontidão para atendimento. Além disso, em virtude do aumento de casos de LGBTI+fobia e de grupos LGBTI+fóbicos no Brasil, a Aliança Nacional LGBTI+ tem divulgado um alerta com 11 dicas de segurança. “Se a pessoa está sofrendo LGBTI+fobia, deve buscar redes de apoio, pessoas ou instituições que garantam o seu bem-estar, segurança e integridade a nível imediato, como o exemplo das casas de acolhida. Ao contrário do que se possa imaginar, muitos casos não acontecem na rua, mas dentro de casa”, salienta Bulgarelli. “Nessas situações, é preciso primeiro garantir os meios materiais e psicológicos para essa pessoa sobreviver e, em seguida, apresentar grupos, iniciativas ou associações da sociedade civil e do movimento LGBTI+ que permitam a ela compreender a violência pela qual passou e para que ela se aceite como é”, conclui Lucas.
Sobre o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ | Criado em março de 2013, o Fórum é movimento empresarial com atuação permanente reunindo grandes empresas em torno de 10 Compromissos com a promoção dos direitos humanos LGBTI+. Seu propósito é articular empresas em torno do compromisso com o respeito e a promoção aos direitos humanos LGBT+ no ambiente empresarial e na sociedade, além de eventos periódicos para compartilhar as melhores práticas das empresas signatárias, fomentar o respeito à diversidade sexual e identidade de gênero e abrir espaços para diálogos entre empresas e a comunidade, os 10 Compromissos para a Promoção dos Direitos LGBTI+ expressam o entendimento sobre o papel das empresas e uma agenda de trabalho. Conheça mais em https://www.forumempresaslgbt.com/.
A FAMA Museu, instituição sediada em Itu, no interior de São Paulo, reabre seu espaço físico para visitação do público a partir de quarta-feira, 26 de maio. A retomada de atividades presenciais segue orientações da Prefeitura da Estância Turística de Itu, com de medidas categóricas de proteção, saúde e higiene estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), além dos órgãos brasileiros de Saúde Pública e de autoridades acadêmicas e demais especialistas do assunto. Acompanhando a reabertura, a FAMA inaugura a mostra Acervo em exposição, que traz o processo de pesquisa e produção da Coleção Marcos Amaro, desenvolvido pela equipe do Museu. Como um jogo, a regra de estruturação da exposição seguiu desejos coletivos de propor a reflexão e o debate sobre temas atuais voltados ao corpo e sua representação em contextos de conflito e desestabilização. As obras da exposição, de artistas de diferentes gerações, ainda convidam o público a pensar os movimentos artísticos que problematizam a concepção do objeto de arte e seu caráter social, como o Concreto e o Neoconcreto no Brasil.
Por meio de uma metodologia colaborativa, a equipe da FAMA se colocou no exercício de estabelecer dinâmicas de mediação para apresentar ao público possibilidades de associar e dissociar, aproximar e afastar saberes e repertórios vinculados às obras presentes nas salas Almeida Júnior, Labirinto e Sala 5 da Fábrica de Arte Marcos Amaro.
Seguem em cartaz as exposições Tarsila: Estudos e Anotações, que reúne 203 obras guardadas por mais de cinco décadas da vista do público e Ontologias, com obras dos artistas Cabral, Kandro e Marcos Amaro que dialogam e trocam experiências sobre a existência do ser. A Sala Tunga também está aberta para visitação.
Para quem quiser conhecer a FAMA sem sair de casa, o novo site interativo do museu disponibiliza uma visita virtual, que permite conhecer gratuitamente o espaço formado por Jardim Dona Helena, Galpão, Sala Marcos Amaro, Sala Almeida Júnior, Sala 5, Sala Tunga e ainda o Labirinto, novo espaço da FAMA Museu que apresenta a instalação Leviano 9 (2019), da artista Laura Lima.
Funcionamento | Neste início, o horário de funcionamento será reduzido, de quarta a domingo, das 11h às 17h. Para evitar aglomerações, recomenda-se o distanciamento social de pelo menos 2 metros e atenção às sinalizações nos espaços do museu.
Os ingressos serão disponibilizados no site do Museu (famamuseu.org .br /) e visitas acontecem mediante hora marcada. Em caso de impossibilidade da realização do agendamento online, o visitante poderá fazê-lo presencialmente, considerando a capacidade máxima permitida. O ingresso para visitação à FAMA Museu é gratuito, salvo a atual exposição Estudos e Anotações, de Tarsila do Amaral, cujo valor é de R$10,00 a inteira, R$5,00 a meia para estudantes, professores, educadores e moradores de Itu e gratuidade para menores de 10 anos e maiores de 60 com comprovante, pessoas não neurotípicas com acompanhantes, museólogos registrados no Corem e membros ICOM Brasil.
Pessoas com mais de 60 anos de idade ou com dificuldade de locomoção, mulheres grávidas e pessoas com crianças de colo têm acesso preferencial à recepção e salas expositivas. O museu oferece cadeiras de roda, conforme a necessidade do público.
FAMA Museu | Situada em Itu, a 100 km da capital paulista, a Fábrica de Arte Marcos Amaro – FAMA Museu está localizada em uma área de 25 mil metros quadrados onde, no século 20, funcionou a Fábrica São Pedro, importante polo da indústria têxtil, com relevância histórica e cultural para a região.
Inaugurado em 2018, o Museu abriga ateliês, salas expositivas e áreas ao ar livre para a realização de performances, residências artísticas, exposições individuais e coletivas, com o objetivo de incentivar a criação artística contemporânea, investigar os caminhos da arte e possibilitar ao público o acesso ao acervo do colecionador e artista Marcos Amaro.
A coleção reúne mais de duas mil obras, entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e instalações de nomes como Tarsila do Amaral, Nelson Leirner, Hélio Oiticica, Leda Catunda, Cildo Meireles, Tunga e Aleijadinho.
Com a proposta de oferecer à cidade um projeto de impacto significativo na cultura local, na sua dimensão simbólica, cidadã e econômica, além de fomentar o turismo de experiência na região, o Museu inaugurou em julho de 2019 a primeira galeria de arte a céu aberto da cidade, o Parque Escultórico Linear. Obras de grandes nomes da arte contemporânea estão dispostas ao longo da Avenida Galileu Bicudo, importante via da cidade.
Em novembro de 2019, foi inaugurado em Mairinque, também no interior de São Paulo, a FAMA Campo, extensão da FAMA Museu. O espaço surgiu como um novo conceito entre a natureza, o tempo e as transformações inevitáveis dessa relação. Com exposições a céu aberto, a FAMA Campo é um lugar onde os artistas podem experimentar o conflito de suas técnicas e materiais utilizados dentro da imprevisibilidade da natureza.
Serviço:
Reabertura da FAMA Museu – Fábrica de Arte Marcos Amaro
Endereço: Rua Padre Bartolomeu Tadeu, 9 – Vila São Francisco – Itu/SP
Funcionamento: de quarta-feira a domingo, das 11h às 17h
Entrada gratuita
Exposição Estudos e Anotações, de Tarsila do Amaral
Funcionamento: de quarta-feira a domingo, das 13h às 17h
Inteira R$10,00
Estudantes/professores/educadores R$5,00 (necessário documento de comprovação)
Residentes em Itu R$5,00
Exposição Acervo em exposição
Funcionamento: de quarta-feira a domingo, das 11h às 13h na Sala Almeida Júnior e das 13h às 17h na Sala 5.
Entrada gratuita
Exposição Ontologias
Funcionamento: de quarta-feira a domingo, das 11h às 17h
Entrada gratuita
Sala Tunga
Funcionamento: de quarta-feira a domingo, das 13h às 17h
Entrada gratuita
Gratuidade:
Menores de 10 anos com comprovante
Maiores de 60 anos com comprovante
Pessoas não neurotípicas
Museólogos registrados no Corem
Membros ICOM Brasil
Entrada gratuita às quartas-feiras.
Dia 28 de maio é o Dia Mundial do Hambúrguer. Popular após a Primeira Guerra Mundial, o hambúrguer está no coração do brasileiro. O consumo desse que é um dos campeões de pedidos nos deliverys aumentou 575% desde 1994 e não para de crescer e de ser reiventado. Imagina comer um hambúrguer de camarão em uma das regiões mais tradicionais de São Paulo? Pois é essa reinvenção que é possível. Surfando a onda deste crescimento foi criada em 2017 a Hamburgueria Gin BBQ Bar, localizada em um dos corações de São Paulo, o bairro do Ipiranga e criadores do primeiro hambúrguer de camarão de São Paulo. Com conceito diferenciado de cocktails, carnes e hambúrguer artesanal na churrasqueira, o negócio cresceu cinco vezes o seu faturamento de 2019 até agora.
O crescimento é explicado em dados de mercado. Na contramão de outros setores no ano de crise, o Brasil foi responsável por quase metade dos números do delivery de comida de todo mundo (48,77%) em 2020. Outro levantamento feito pelo IBGE em 2019 evidencia que 32,8% do orçamento das famílias brasileiras é voltado para pedidos de comida.
Aliado a isso, o fundador da Gin BBQ Bar Ipiranga precisou se reiventar e adaptar o negócio ao novo momento. “Além do delivery, investimos nas redes sociais e em menos de um ano conseguimos mais de 20 mil seguidores. Afinal, quem não é visto não é lembrado”.
História da hamburgueria | A ideia da hamburgueria nasceu em 2015 com a primeira barraca, chamada Senhor Dwiche. Após dois anos atuando em feiras gastronômicas aos finais de semana, o negócio foi convidado para participar do Burguer Fest 2015. Bruno Terumoto conta que foram momentos emblemáticos: “Vendemos 1.500 hambúrgueres em menos de 24 horas”.
Com os fechamentos dos parques gastronômicos, inauguraram sua primeira loja para atender a clientela já conquistada com o Senhor Dwiche. Apenas um ano após a inauguração, o Gin BBQ Bar Ipiranga abriu suas portas e não para de crescer. “Estamos vislumbrando um futuro promissor. Vamos ter mais estrutura para conseguir dar conta do número crescente de pedidos delivery e atendimentos no salão. Estamos esperançosos que, quando tudo isso acabar, poderemos nos reunir com nossos clientes e oferecer uma nova estrutura com um atendimento cada vez melhor e mais rápido”, finaliza Bruno.
Serviço:
Gin BBQ Bar
Rua Almirante Lobo, 315 – Ipiranga, São Paulo/SP
(11) 98770-7403.
Em junho, mês das festas juninas pelo país, o Selo SESC lança o novo disco do mestre rabequeiro Luiz Paixão, que em 2021 completa 60 anos dedicados ao instrumento. Mas no próximo dia 28 (sexta-feira) é possível conferir, nas plataformas de streaming, mais uma faixa que a gravadora do SESC em São Paulo antecipa ao público: a música Ciranda da Macaxeira, que traz a participação do cantor, compositor e músico pernambucano Siba. A plataforma SESC Digital também oferece o conteúdo de graça e sem necessidade de cadastro.
Ciranda da Macaxeira é uma composição de Luiz Paixão e Guga Santos e foi escrita durante uma turnê dos músicos pela França, entre 2018 e 2019. Uma letra – de apenas duas estrofes – ritmada e dançante, que traz o universo da roça, representado pela rabeca de Luiz Paixão, em contraste com a urbanidade do uso da guitarra de Rodrigo Samico, que intercala a interpretação com o violão de 7 cordas. Com Siba no vocal, a ciranda fica completa com os músicos Guga Santos na caixa, Mina no pandeiro, Leandro Silva no surdo, Stef Pai Véio no instrumento de percussão ganzá e com todos eles no coro, complementado pelas vozes de Sidrak, Maíca e da rabequeira, cantora, compositora e atriz Renata Rosa.
A faixa integra o álbum Forró de Rabeca, que mescla forró e músicas tradicionais, incluindo inéditas e de autoria de Luiz Paixão. O repertório foi escolhido a dedo pelo mestre rabequeiro e reúne tanto suas composições preferidas, como alguns temas de domínio publico. É uma amostra de ritmos do Nordeste brasileiro: sambas, forrós, cocos, cirandas e cavalos-marinhos. Com lançamento marcado para 24 de junho, dia de São João Batista, conhecido como o Santo Festeiro, Forró de Rabeca tem direção artística, produção musical e arranjos de João Selva e foi gravado em abril de 2020 no estúdio Gargolândia, em São Paulo.
Parceria Luiz Paixão e Siba | Em 1991, o encontro entre Siba Veloso e Mestre Luiz Paixão transformaria a vida dos dois músicos. Mestre Luiz já era reconhecido na região da Zona da Mata Norte pernambucana, onde vive, pela habilidade no instrumento, quando conheceu o jovem recifense e estudante de música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O impacto da música produzida por Luiz e seus companheiros foi tão grande que influenciou a carreira artística e profissional de Siba, que logo criaria a banda Mestre Ambrósio. Por outro lado, Siba foi um dos responsáveis pela (re)introdução da rabeca na indústria fonográfica e pela renovação do interesse pelo instrumento para além dos limites da mata norte pernambucana. Três décadas depois, o mestre rabequeiro Luiz Paixão pode ser considerado uma das principais referências para a geração de músicos nordestinos surgidos a partir do movimento manguebeat e seu trabalho, admirado por diversos públicos do Brasil e exterior, também é tema de pesquisa de etnomusicólogos, estudantes e artistas mundo afora.
Mestre Luiz Paixão | Filho de agricultores e de família de músicos, Luiz Paixão (1949-) começou a trabalhar aos oito anos de idade cortando cana-de-açúcar e, a troco de uma galinha, conseguiu a sua primeira rabeca. Sempre conciliando o trabalho no campo com as noites puxando toadas e baianos e solando em grupos de forró, em 1998 “abandona o campo” de vez para empunhar a sua rabeca em palcos, festivais, cursos e oficinas. Entre os discos gravados, destaque para o autoral A Arte da Rabeca (2013) e Zunido da Mata (2002), este de Renata Rosa. Instrumentista virtuoso e compositor imaginativo, Mestre Luiz Paixão é um patrimônio vivo que carrega em si a musicalidade dos canaviais da zona da mata pernambucana.
Ficha técnica
Ciranda da Macaxeira
Vou cavar no meu jardim
Um buraco, uma toca
Para plantar mandioca
Também chamam de aipim
Bem pertinho do jasmim
Vou plantar uma macaxeira
Também tem a bananeira
De lado do alecrim
Rabeca: Luiz Paixão
Voz principal: Siba
Violão 7 Cordas e guitarras: Rodrigo Samico
Caixa: Guga
Pandeiro: Mina
Surdo: Leandro Silva
Ganzá: Stef Pai Véio
Coro: Guga Santos, Leandro Silva, Mina, Sidrak, Stef Pai Véio, Maíca e Renata Rosa.
Serviço:
Selo SESC lança o single Ciranda da Macaxeira, de Mestre Luiz Paixão
No SESC Digital e nas demais plataformas de streaming a partir de 28 de maio
Selo SESC nas redes:
A ideia de abordar de forma completa e profunda todos os aspectos que envolvem a Cannabis fez com que ativistas, pesquisadores, empreendedores e entidades e movimentos da sociedade civil se unissem para organizar nos próximos dias 9 e 10 de junho o maior evento canábico do país. A Cannabis Affair é um evento totalmente digital que vai ampliar as conversas com quem estuda, pesquisa e realiza projetos, desde os ligados à saúde até aqueles relacionados às questões sociais, que tem como foco a regulamentação inclusiva e a reparação histórica e social das injustiças, da falta de conhecimento e de oportunidades ao longo da história. “Trata-se da união de pessoas para ampliarmos a discussão sobre a Cannabis e que vai apresentar uma visão ampla dos aspectos que envolvem suas diversas aplicações, produtos e serviços”, comenta um dos idealizadores do evento, Emílio Figueiredo, advogado especialista em Cannabis.
O Brasil reúne todas as condições ambientais e econômicas para ser um importante polo de desenvolvimento e produção de produtos de Cannabis e ofertar soluções para mercados globais. Entretanto, a falta de conhecimentos e de integração dos elos dessa cadeia dificultam a construção e expansão desse mercado, impedindo que milhões de brasileiros tenham acesso aos seus benefícios. “Compartilharemos conhecimentos, experiências e iniciativas inspiradoras que ocorrem pelo Brasil e pelo mundo envolvendo entidades sociais, especialistas, pesquisadores, a iniciativa privada e comunidades locais”, completa Vagner Barbosa, diretor-executivo da Cannabis Affair.
Entre os participantes do evento, estão confirmadas as presenças da ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, e o Dr. Sidarta Ribeiro, uma das maiores autoridades médicas da comunidade internacional dentre outros sessenta médicos, doutores e especialistas no assunto.
Cannabis Affair é um evento totalmente digital que acontecerá nos próximos dias 9 e 10 de junho que contará com palestras, workshops, debates e trocas de conhecimentos, divididos em quatro hubs:
SAÚDE | Voltado a todas as pessoas que querem conhecer os tratamentos já em curso, com especialistas e associações abordando as principais aplicações medicinais e os distúrbios e as doenças que podem ser tratadas. Entre os temas, A Importância da Alimentação no Tratamento com Canabinoides nas Doenças Neurológicas e Autoimunes, Canabinoides na Neurologia Infantil e Canabinoides na Medicina Veterinária.
INDÚSTRIA E SERVIÇOS | Neste hub, profissionais e especialistas apresentam as inúmeras aplicações e utilidades industriais e os serviços ligados ao emergente mercado da Cannabis – direcionado a todos que empreendem ou pretendem empreender neste setor. Como o Cânhamo Pode Ser a Força Motriz de uma Indústria Mais Sustentável? e A regulação da Cannabis no Brasil são algumas das palestras confirmadas.
PESQUISA E CONHECIMENTO | Uma rede proativa de cientistas e pesquisadores irão apresentar iniciativas de impacto, novos projetos e polos de atuação. São universidades, start ups e centros de pesquisa que trabalham constantemente para agregar novos usos e aplicações, como por exemplo, nos painéis Extratos de Cannabis na Prática: o Papel do Farmacêutico e das Universidades no Tratamento com Componentes da Cannabis e Como o Cânhamo Pode Ser Utilizado em Embalagens Biodegradáveis.
SOCIEDADE E CULTURA | Um hub direcionado às questões, aos movimentos e às ações que debatem os desdobramentos sociais, abordando, entre outros temas, o impacto nas comunidades e na sociedade brasileira com a sua futura descriminalização. Artistas, músicos, cineastas e produtores culturais trarão uma visão crítica e inspiradora sobre a Cannabis por meio de atividades interativas, debates e apresentações.
Quase 40 países no mundo já regulamentaram a Cannabis e milhões de pessoas se beneficiam de seu potencial econômico, social, medicinal e cultural. Segundo a Grandviewresearch, o tamanho do mercado global legal de Cannabis foi de 33,1 bilhões de dólares em 2020, com estimativa de chegar a 84 bilhões de dólares em 2028. Já o MarketDataForecast estima que o mercado medicinal global de Cannabis girou em torno dos 13 bilhões de dólares em 2020, podendo chegar a 44 bilhões em 2025.
A Kaya Mind estima, no relatório Impacto Econômico da Cannabis, que o tamanho de mercado canábico no Brasil é de 4,43 bilhões de dólares no 4º ano após a regulamentação no Brasil – somando as frentes de uso adulto, cânhamo e medicinal, com o dólar de 21/5/21 (R$5,34), sendo 1,78 bilhões para o mercado canábico medicinal.
Serviço:
Evento: Cannabis Affair
Datas: 9 e 10 junho
Onde: plataformas virtuais Cannabis Affair (https://www.Cannabisaffair.com.br)
Inscrição: https://www.Cannabisaffair.com.br/cadastro
Valor: R$100,00.