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Passeios de balão animam finais de semana em cidades do interior de SP

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

As regiões de Campinas e Circuito das Águas, no interior de São Paulo, oferecem paisagens deslumbrantes quando vistas do céu. Foi pensando em levar estas experiências para as pessoas que gostam de aventura, turismo e gastronomia e de curtir um final de semana diferente, que a Rede Vitória Hotéis, o Restaurante Vila Paraíso e a agência de turismo Nextour criaram pacotes com passeios de balonismo, hospedagem e café da manhã colonial em meio à natureza. O programa Passeio de Balão na Região de Campinas tem como proposta oferecer um turismo de experiência para grupos aos finais de semana, partindo a cada semana de uma cidade da região. O vôo inaugural acontece no próximo dia 29, a partir de Jaguariúna, com duração entre 45 a 60 minutos.

Segundo Giuliano Pareja, diretor comercial da Nextour, agência responsável por toda organização e operacionalidade do projeto, além de oferecer um turismo de experiência – nova tendência do mercado com a pandemia, no qual os turistas preferem pacotes em meio à natureza, viagens de curtas distâncias e com segurança –, a proposta é unir estas possibilidade e conhecer lindas paisagens sob a ótica do céu. “É um passeio indicado não apenas para casais, como também famílias, grupos de amigos ou pessoas que desejem viver uma experiência inesquecível ou comemorar datas especiais com toda a segurança e qualidade necessárias”, explica. “Os voos acontecem a partir da região de Campinas, sobrevoando maravilhosas paisagens rurais. Além do voo, o pacote também inclui hospedagem, café da manhã colonial e traslados de ida e volta do hotel da rede Vitória, Restaurante Vila Paraíso até local de decolagem”.

A idealização do projeto partiu da Rede Vitória Hotéis, com unidades em Campinas, Paulínia e Indaiatuba, com o objetivo de estimular o setor turístico e gastronômico da região e, também, a ocupação de suas unidades hoteleiras. “Neste novo cenário de pandemia, os turistas estão em busca de novas experiências, privilegiando passeios que ofereçam opções diferentes”, conta o diretor de marketing da Rede, Eduardo Porto.

Inicialmente, os clientes poderão ficar hospedados e aproveitar todas as estruturas em uma das três bandeiras da Rede Vitória Hotéis em Campinas – Concept Campinas, Dom Pedro Express e Newport Residence. Nas primeiras horas da manhã partirão rumo ao destino de partida do voo, aproveitando para ver o pôr do sol. Após o passeio, os turistas regressam para o Restaurante Vila Paraíso – também um dos pontos de partida e que tem toda a estrutura de estacionamento para que não for hospede dos hotéis da Rede Vitória – onde terão a oportunidade de fechar a experiência com um café da manhã colonial e artesanal, preparado pela Padoca do Vila em meio à natureza oferecida pela Área de Proteção Ambiental (APA) no Distrito de Joaquim Egídio.

Reinvenção e parceria | Eduardo Porto conta que a proposta do pacote vai além do simples passeio de uma manhã, agregando uma série de atividades dentro e fora das dependências hoteleiras da rede, incluindo jantares servidos pelos restaurantes Bellini (culinária Contemporânea) e Kindai (com foco na cozinha japonesa), passeios monitorados a produtores de alimentos e pontos turísticos, além de atividades ao ar livre como caminhadas e trilhas em Área de Proteção Ambiental (APA). “Nossa proposta é oferecer às famílias, amigos e casais um final de semana diferenciado e repleto de experiências, começando pela hospedagem em uma de nossas três unidades, a alta gastronomia dos restaurantes do grupo e parceiros, e passeios ao longo do dia a lugares fascinantes que a região proporciona”, explica o gerente de marketing da Rede Vitória Hotéis.  “Estamos trabalhando e negociando com mais parceiros para ampliar as atividades e passeios aos nossos hóspedes”, completa.

Para a gerente de marketing do Restaurante Vila Paraíso e da Padoca do Vila, Fernanda Barreira, esta união de forças de grupos fortes e consolidados para oferecer pacotes turísticos é uma tendência que chega forte ao mercado regional do turismo e da gastronomia. “Estamos em uma região conhecida internacionalmente pelo turismo de negócio, mas que também é muito rica na gastronomia, hotelaria e turismo esportivo”, diz Fernanda, lembrando que a região oferece muitas opções para os turistas que são praticamente desconhecidas do público até mesmo da região, de cidades próximas e da Capital, que passam a contar com experiências diferenciadas.

Serviço:

Passeio em grupo

Dias: 29/maio, 13/junho, 26/junho, 31/julho, 28/agosto, 25/setembro, 30/outubro, 27/novembro e 18/dezembro

Horários de saída: 3h30 (São Paulo) / 4h30 (Campinas)

Duração da experiência: Aproximadamente 45 minutos de voo

O passeio inclui traslados de ida, bem como volta; ou seja, São Paulo e Campinas/Joaquim Egídio (ou Jaguariúna)/Campinas e São Paulo

Voo em Balão de ar quente com capacidade para até 6 pessoas

Assistência de van + equipe para buscar os passageiros no local de pouso do balão

Café da manhã

Além disso, seguro aventura oferecido pela Porto Seguro.

Locais de início / término:

São Paulo – Estação Paraíso do Metrô (em frente à Catedral Ortodoxa de São Paulo)

Campinas – Hotel Vitória Concept (Av. José de Souza Campos, 425 – Nova Campinas)

Rede Vitória Hotéis:

Informações e Reservas:  vendascampinas@vitoriahoteis.com.br  reservascampinas@vitoriahoteis.com.br ou pelo telefone (19) 3755-80003.

Restaurante Vila Paraíso:

Informações e Reservas: (19) 3298-6913

Nextour:

Informações e Reservas: (11) 3876-3964/94019-4376.

Pesquisa faz diagnóstico nos estados sobre o atendimento dos serviços públicos na pandemia

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: National Cancer Institute/Unsplash.

A pesquisa GTD/GOV Centrais de Atendimento Presenciais dos Governos Estaduais e Distrital, elaborada pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad) e a Associação Nacional das Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação (Abep-Tic) realizou um amplo diagnóstico entre 2019 e 2020 sobre as Centrais de Atendimento ao Cidadão Presencial (CAP) dos governos estaduais. O estudo, além de outras diversas abordagens, deu atenção ao atendimento ao cidadão durante o período de pandemia.

Hoje, cada estado dá o nome que lhe é mais conveniente às centrais de atendimento. Há unidades da federação que a chamam de Central de Atendimento ao Cidadão, Central de Serviço Público, Poupatempo, Pronto Atendimento ao Cidadão, Casa do Cidadão, Estação Cidadania e outros nomes semelhantes. Das unidades federativas que responderam à pesquisa, 90% afirmaram ter uma CAP para disponibilizar atendimento aos cidadãos. Os respondentes do levantamento eram gestores de instituições/órgãos públicos estaduais de 21 estados da federação das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

De acordo com o relatório da pesquisa, a pandemia da Covid-19 começou a impactar o Brasil em março de 2020, quando foi publicado o primeiro decreto que estruturou o bloqueio nacional e as atividades essenciais (Decreto 10.282/2020). O primeiro trimestre de 2020 ainda apresentava uma frequência normal de atendimentos ao cidadão em todos os estados brasileiros; em seguida, houve uma queda expressiva de atendimentos nos trimestres seguintes.

Os dados mostraram um número consistente de atendimentos ao cidadão em todos os quatro trimestres de 2020 nos estados do Acre, Ceará, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, mas em frequência bem menor do que em 2019. Foi visível a queda do número de atendimentos ao cidadão nos estados do Amapá, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas, Pará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Mas oito estados não conseguiram fornecer dados do 4º trimestre de 2020.

Sobre a reação do setor público para adequar ou reestabelecer os serviços prioritários durante a pandemia da Covid-19 em 2020, uma parcela de 65% dos governos estaduais suspendeu por algum tempo suas atividades, mas as restabeleceram até o final de 2020. Esse foi o caso de Alagoas (atividades suspensas por cinco meses), Pará (três meses), Rio de Janeiro (quatro meses), Amapá (três meses), Acre (três meses), Pernambuco (seis meses), Sergipe (sete meses), Ceará (três meses), Mato Grosso do Sul (atividades suspensas por 22 dias) e, finalmente, Minas, que suspendeu as atividades por um mês e voltou gradativamente.

Outros 29,5%, formados pelos estados da Bahia, Mato Grosso, Goiás, e Maranhão, afirmaram que algumas atividades foram suspensas enquanto outras continuaram sendo oferecidas. Em respeito à legislação regional, o Rio Grande do Sul teve atividades suspensas até outubro de 2020.

Segundo a pesquisa, os principais desafios enfrentados durante a pandemia da Covid-19 para manter as CAPs abertas e em funcionamento em 2020 estavam relacionados ao sentimento de insegurança dos servidores públicos. O problema estava ligado principalmente à dificuldade em adquirir materiais de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), seja pela necessidade em respeitar as normas de biossegurança (por parte dos funcionários e da população) ou por não ter condições sanitárias adequadas para voltar ao trabalho em casos de contaminação de pessoal.

Outros desafios citados estão relacionados à diminuição da qualidade da comunicação entre o cidadão e o governo, que pode ser traduzida em dois aspectos: problemas para explicar ou orientar os cidadãos para o acesso digital aos serviços ou as dificuldades em explicar aos cidadãos o respeito às novas regras de distanciamento social. Esta última condição está relacionada às CAPs que prestavam serviços essenciais e não puderam suspender atividades durante a pandemia.

Sobre os serviços que deixaram de ser oferecidos nas Centrais durante o período pandêmico estudado, 82,4% dos estados respondentes afirmaram que algum tipo de atendimento presencial foi interrompido. Pelo menos durante o período inicial da pandemia, diversos serviços foram suspensos compulsoriamente por conta de decretos e orientações de ordem legislativa e jurídica, como registrado em Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Por outro lado, de acordo com o levantamento, 65% dos estados pesquisados afirmaram que novos serviços passaram a ser oferecidos durante a pandemia. Entre eles, constam informações sobre Covid-19, com o Disk Covid e atendimentos por call center; atendimentos por vídeo chamadas; visita virtual à pessoa privada de liberdade; atendimento via whatsAPP e chat, além de outras novidades.

Na lista das principais reclamações e sugestões dos cidadãos sobre os serviços prestados nas CAPs durante a pandemia, estavam a demora ou dificuldade do cidadão em agendar os serviços oferecidos naquelas unidades de apoio. Outro comentário muito citado era sobre a maior demanda por serviços digitais e pela capacidade reduzida de atendimento. A investigação também se estendeu por inúmeros outros temas relevantes para a operação dessas unidades de atendimento.

Em sua metodologia, a pesquisa utilizou um questionário com questões objetivas e dissertativas como forma de coleta de dados. Essas informações foram levantadas entre 14 de dezembro de 2020 e 5 de janeiro de 2021 e o questionário foi aplicado por meio da plataforma Qualtrics. Para interpretá-la, considerou-se mais conveniente analisá-la por blocos, com os respectivos conceitos e objetivos.

Link de acesso à pesquisa: https://www.gtdgov.org.br/uploads/publications/NmU7RPK0U4HjedIDFAKyElj6HnK70wmXxHaeYm4O.pdf.

Museu do Ipiranga e Wikipédia realizam nova maratona de edição com o tema ‘Casa Brasileira’

São Paulo, por Kleber Patricio

Em parceria com o Wiki Movimento Brasil (WMB), instituição faz evento online na próxima sexta-feira, dia 28, às 14h, com o título “Cozinha e suas coisas”. Foto: Hélio Nobre.

Em 2021, a Casa Brasileira é o tema que norteia as ações do Museu do Ipiranga em parceria com o Wiki Movimento Brasil (WMB). A programação inclui maratonas de edição de verbetes que, neste ano, iniciam com encontros com pesquisadores da área que falarão sobre as linhas de pesquisa que desenvolvem no Museu, seguidos de treinamento e assistência técnica sobre a plataforma. O terceiro encontro desta série acontece no dia 28 de maio, sexta-feira, a partir das 14h, com o tema Cozinha e suas coisas.

“A Casa Brasileira é tema de pesquisa do Museu do Ipiranga há mais de 30 anos e estará presente nas exposições de reabertura, em 2022”, conta Vânia Carneiro de Carvalho, coordenadora do projeto de implantação das novas exposições e docente do Museu. Segundo a professora, este é um museu de História que estuda a sociedade brasileira a partir de sua dimensão material. “Partimos da premissa de que a nossa interação com a matéria é o que nos torna humanos, e o que constitui nossas identidades sociais e culturais”.

Objeto que integra o acervo do Museu Paulista da USP. Foto: José Rosael/Hélio Nobre/Museu Paulista da USP.

As maratonas de edição acontecem às sextas-feiras, às 14h, via YouTube. Nesta semana, quem faz a abertura do encontro são as historiadoras Laura Stocco Felicio, Maria Eugênia Ferreira Gomes e Viviane Soares Aguiar, pertencentes ao projeto Processamento de Alimentos no Espaço Doméstico. São Paulo, 1860-1960, que reúne alunas de iniciação científica, mestrado e doutorado sob a orientação da professora Vânia. Às 15h, via Google Meet, a equipe do WMB oferecerá um tutorial de como editar a Wikipédia, para que novos usuários possam contribuir facilmente com a plataforma. Não é necessário conhecimento prévio. Para mais informações sobre os eixos temáticos e inscrições, consulte a programação abaixo.

Neste dia, também serão anunciados os vencedores do Wikiconcurso Casa Brasileira, que, por meio de um sistema de pontuações, premiará os editores que mais contribuíram com a Wikipédia em português na temática da Casa Brasileira com vale-compras de até R$2500,00 no Submarino.

Cozinha e suas coisas | 28/5, sexta-feira, às 14h | Inscrições: clique aqui

A história das cozinhas é pouco conhecida. Menos ainda são seus equipamentos e ferramentas. As atividades de trabalho empreendidas nas cozinhas trazem questões importantes sobre a convivência entre objetos tradicionais – manuais ou mecânicos – e objetos modernos – eletrificados. Conhecer esse universo de coisas que compõem a cozinha é o objetivo do grupo de pesquisa que estuda os acervos de cozinha do Museu Paulista. Há muitos objetos que precisam ser identificados, ter seus diversos nomes pesquisados e suas funções e períodos de uso estabelecidos. A consolidação de um repertório dos equipamentos e ferramentas de cozinha é algo necessário e que muito ajuda no avanço do conhecimento das casas brasileiras.

Intérpretes da casa brasileira | 18/6, sexta-feira, às 14h | Inscrições: clique aqui

O Brasil conta com um elenco importante de obras sobre as moradias brasileiras. Essas obras se desenvolveram pioneiramente entre os arquitetos, interessados nas configurações espaciais dos interiores domésticos. Foram eles que primeiro procuraram definir as tipologias de casas, estudaram a atuação de construtores e descreveram as configurações de espaços internos da moradia associados às suas funções produtivas e sociais. Outra vertente, a dos historiadores, se dedicou a compreender os tipos de objetos próprios das casas – produziram estudos tradicionais sobre mobiliário, estudos sobre a riqueza e costumes das famílias por meio dos inventários e, mais recentemente, estudos sobre os objetos da casa e suas relações com a vida psíquica, social e cultural de seus moradores.

É ainda importante mapear obras e revistas de época, que são fontes documentais de grande valia para o conhecimento das casas. Os manuais de economia doméstica, de orientação feminina, puericultura e etiqueta trazem inúmeras informações sobre os objetos da casa e seus espaços, seus modos de funcionamento e os valores e sentidos associados a essa materialidade. A estas obras somam-se as revistas de época que trazem artigos e anúncios sobre decoração, sobre inúmeros objetos pertencentes ao espaço doméstico, além de receitas e crônicas sobre a vida doméstica.

Louça paulista | 9/7, sexta-feira, às 14h | Inscrições: clique aqui

Todas as casas têm um lugar de encontro. Refeições, festas e visitas seguem regras que variam dependendo do grupo e classe sociais, mas compartilham da mesma intenção: consolidar os vínculos entre as pessoas. A louça desempenha um papel fundamental ao materializar a importância dessas ocasiões, servindo de ferramenta para o estabelecimento de divisões e vínculos sociais. Por meio do uso das louças, um morador mostra ao outro a sua “educação”, o seu gosto, os seus valores. No século 19, os serviços de porcelana importados da Europa se tornaram um dos mais importantes sinais de opulência e sofisticação. Os ornamentos, as dourações, os brasões e monogramas materializaram o requinte que as elites enriquecidas almejavam. Enquanto os caros serviços de porcelana decorada eram adquiridos pelas elites, as camadas médias e populares consumiam serviços mais baratos, mas também ornamentados. Mesmo com simplicidade, a função era a mesma: sinalizar as refeições e ocasiões especiais. Ao longo do século 20, as indústrias produziram serviços de café, chá e jantar para diversos tipos de público. Fábricas de porcelana estabelecidas no Brasil comercializavam similares das porcelanas europeias, enquanto outras indústrias criaram conjuntos com matérias-primas mais acessíveis.

Museu do Ipiranga e Wikipédia | Em parceria, o Wiki Movimento Brasil (WMB) e o Museu do Ipiranga traçaram um plano digital para aumentar a presença do acervo da instituição na Internet. O plano inclui maratonas de edição, que em 2020 resultaram em mais de 2.500 edições de aprimoramento de verbetes, com mais de 2,6 milhões de visualizações. No mesmo ano, o Wikiconcurso angariou 862 inscritos, adicionando 1,3 milhões de bytes na plataforma. Além disso, foram carregados 2.958 arquivos no Wikimedia Commons.

A iniciativa integra o Museu a um movimento global ao qual se unem instituições culturais, bibliotecas e arquivos de vários países. Dessa maneira, a instituição também adere a práticas de conhecimento aberto e licenças livres e, com isso, deve atingir públicos mais diversificados e fomentar novas parcerias. O plano inclui, ainda, ações estratégicas para dar visibilidade a grupos menos presentes na plataforma, como mulheres, negros e indígenas. A iniciativa tem a parceria da Fundação Banco do Brasil.

Museu do Ipiranga – USP | Fechado desde 2013, o Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São Paulo e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura. A gestão do Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação de Apoio à USP (FUSP). As obras se iniciaram em outubro de 2019 e a expectativa é que o museu seja reaberto em setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Para mais informações sobre o restauro, acesse o site museudoipiranga2022.org.br.

O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.

As obras do Novo Museu do Ipiranga são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura.

Patrocinadores e parceiros: BNDES, Fundação Banco do Brasil, Vale, Bradesco, Caterpillar, Comgás, CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, EDP, EMS, Itaú, Sabesp, Banco Safra, Honda, Postos Ipiranga, Pinheiro Neto Advogados, Atlas Schindler e Novalis.

Dia da África terá conteúdo especial na plataforma #CulturaEmCasa

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Berço de toda a humanidade, a África é tudo, menos singular – é plural, rica e heterogênea. Continente com o maior número de países, etnias, povos e línguas, possui uma das maiores diversidades culturais do planeta. Para o Dia da África, celebrado no dia 25 de maio, a plataforma #CulturaEmCasa selecionou conteúdos que evidenciam a vasta influência do continente na formação cultural do povo brasileiro.

Entre os destaques da agenda, está a transmissão do XV Prêmio África Brasil 2021, a partir das 19h. Promovido pelo Centro Cultural Africano, o evento internacional tem como objetivo reconhecer e divulgar projetos e ações que beneficiem diretamente comunidade afro-brasileira nas áreas de educação, artes e cultura, artista, esporte, meios de comunicação, terceiro setor, responsabilidade social, políticas públicas, poder público, relações exteriores, africanos no mundo e honra ao mérito.

Na programação também está o filme Djon África, coprodução Brasil-Portugal-Cabo Verde. Dirigido por Filipa Reis e João Miller Guerra, o longa conta trajetória de Miguel “Tibars” Moreira, mais conhecido como Djon África. O protagonista descobre que a genética pode ser cruel quando sua fisionomia – bem como alguns de seus fortes traços de personalidade –  imediatamente o denúncia como filho de alguém que ele nunca conheceu. Esta descoberta intrigante o leva a tentar descobrir quem é este homem. Tudo o que Djon África sabe sobre seu pai, no entanto, é o que sua avó, com quem sempre viveu, lhe contou. No elenco principal, estão Bitori Nha Bibinha, Isabel Cardoso, Miguel Moreira.

A arte da República de Camarões será apresentada com a exposição virtual de sete esculturas deste universo artístico. Também foram reunidos demais conteúdos da plataforma, especialmente reeditados, para a data comemorativa. Entre eles, o podcast do Museu da Língua Portuguesa Influência Africana na Língua Portuguesa; a live da cantora Titica; o #SP Gatronomia com Mãe Eleonora, uma das matriarcas na tradição culinária de matriz africana, ensinando a fazer acarajé; e o espetáculo Contos Negreiros do Brasil. Baseada no livro escrito por Marcelino Freire, prêmio Jabuti de 2006, a peça traz estatísticas raciais e atuais relacionadas aos contos do livro, vividos pelos atores Rodrigo França, Aline Borges, Marcelo Dias, Milton Filho e Valéria Monã.

Sobre o Dia da África | O Dia da África (anteriormente chamado Dia da Liberdade de África e Dia da Libertação de África) celebra a fundação da Organização da Unidade Africana (OUA), em 25 de maio de 1963, hoje conhecida como União Africana. A entidade foi criada em prol da libertação africana frente ao massacre e à exploração do colonialismo europeu. Em sua conferência inicial, estabeleceu-se uma carta de princípios a fim de melhorar o padrão de vida entre os estados-membros.

Comemorado mundialmente, o Dia da África existe não só para lembrarmos de suas carências e cicatrizes avassaladoras, mas também para evidenciarmos as diversas nacionalidades e identidades africanas, exaltarmos sua pluralidade, seus polos tecnológicos e sua riqueza artística e cultural. “Preservar a memória é umas das formas de construir a história e a ligação entre o Brasil e o berço da humanidade, o continente africano. Isso pode ser sentido nas mais diversas manifestações culturais do povo brasileiro: religião, culinária, música, dança, arquitetura e costumes. Direta ou indiretamente, a África está presente no dia-a-dia e sempre teve grande influência na base cultural do país, que hoje conta com cerca de 54% de afrodescendentes”, afirma Danielle Nigromonte, diretora-geral da Amigos da Arte.

Programação: Plataforma #CulturaEmCasa (www.culturaemcasa.com.br)

Redes Sociais:

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Engajamento na causa ambiental gera retorno positivo à natureza e bons resultados nos negócios

Brasil, por Kleber Patricio

Imagem de Nattanan Kanchanaprat por Pixabay.

Os consumidores estão cada vez mais conscientes e têm optado por comprar ou contratar serviços de empresas que tenham o chamado “selo verde”, ou seja, uma certificação que destaca a responsabilidade social. De acordo com uma pesquisa realizada pela Nielsen, 42% dos consumidores brasileiros estão mudando seus hábitos de consumo para reduzir seu impacto no meio ambiente. Além disso, 58% não compram produtos de empresas que realizam testes em animais e 65% não compram de empresas associadas ao trabalho escravo. Pensando na sociedade e no meio ambiente, surgem as chamadas fintechs verdes no ecossistema bancário. As fintechs são startups que atuam para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro, através de soluções tecnológicas.

O mercado, de maneira geral, já está presenciando uma virada de chave nesta vertente de atuação, com cada vez mais ações voltadas para a preservação. Entidades e organizações também estão engajadas com a pauta e se mostram dispostas a mudar a mentalidade corporativa, além das próprias empresas que estão dando maior atenção à causa ambiental nos últimos anos.

Área de preservação UzziPay. Foto: divulgação.

Na Ásia, por exemplo, o investimento em empresas sustentáveis ultrapassou a marca de US$28 bilhões em 2019. Os chamados títulos verdes são investimentos de impacto e um dos grandes responsáveis por mudar a mentalidade de grandes empresários ao redor do mundo, dando atenção a empresas sustentáveis na hora de escolher onde aportar seus investimentos.

Embaladas por esse movimento, as fintechs com engajamento sustentável se multiplicaram nos últimos anos. Além da Ásia, esse universo de fintechs verdes também é muito presente na Europa, com os exemplos se multiplicando ano após ano.

No continente europeu, o termo ‘investimento de impacto’ já é bastante familiar aos empresários e tem trazido retorno positivo, tanto financeiramente quanto em práticas adotadas para preservação ambiental, programas sociais, educação e saúde, por exemplo. Há, exemplos de fintechs, como a holandesa Bunq, que permite aos usuários compensar sua emissão de CO₂ plantando uma árvore a cada €100 de transação.

Existem também algumas plataformas de investimento de impacto, como a francesa Helios, uma conta de poupança que permite aos usuários investir seus depósitos bancários em projetos climáticos, como energia renovável ou remoção de carbono. Algumas fintechs implantaram alternativas sustentáveis práticas aos clientes; por exemplo, substituindo os cartões de débito e crédito tradicionais, de plástico, por cartões produzidos com madeira reflorestada. Ações tangíveis como essas ajudam a entender a força e importância desse ecossistema de atuação.

O Brasil ainda está iniciando uma caminhada para consolidar esse formato de negócio, mas os cases já são visíveis. “É uma realidade cada vez mais latente, no futuro veremos muito mais instituições financeiras e de outros segmentos com engajamento social e sustentável. São sementes plantadas hoje que irão florescer em breve”. Quem faz a afirmação é Isabelle Kwintner, diretora sênior de estratégia da UzziPay, uma fintech com engajamento no desenvolvimento sustentável da Amazônia. E essa “semente” pode não ser apenas metafórica. No caso da Uzzipay, a proposta é preservar uma árvore na Amazônia para cada nova conta aberta através do banco digital. Ações como essa saem do campo teórico e dos discursos e se tornam atitudes palpáveis que, de fato, têm um impacto relevante para a natureza.

A Uzzipay financia uma área de reserva legal da Amazônia em Rondônia. Com a abertura da conta digital e a utilização dos recursos, como transferências, pagamentos e recargas, quanto mais movimentação o correntista tiver, mais recursos serão destinados à reserva de preservação. A área escolhida tem 700 hectares de floresta em uma reserva legal de manejo florestal em Porto Velho e o monitoramento do local é feito por solo, por drones ou voos tripulados sobre a região e por imagens de satélite. A ideia é criar reservas em outros biomas, conforme o desenvolvimento da fintech e o aumento no número de correntistas.

Sustentabilidade e lucro | As bolsas de valores mundiais estão mensurando na prática o valor das companhias sustentáveis que possuem capital aberto. Ao mesmo tempo em que as empresas criam projetos de efeito ao meio ambiente, as ações delas costumam se valorizar nas bolsas.

De fato, essa valorização se concretizou, estabelecendo uma tendência que se firma cada vez mais no mercado. O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 (bolsa de valores de São Paulo) — estabelecido para analisar o desempenho das empresas em aspectos sustentáveis — apresentou rentabilidade de 203,8%, entre 2005 e 2018. “Com as redes sociais, aumentou a cobrança e também a preocupação das pessoas em saber o que as empresas fazem pelo meio ambiente. Apenas evitar a degradação ambiental já não é mais suficiente, é preciso fazer algo mais”, analisa Kwintner.

Outros aspectos são igualmente positivos para o desenvolvimento desse formato de companhias: os clientes se mostram mais fiéis, por se identificarem com a causa, os funcionários também são engajados e a marca ganha mais valor agregado pela responsabilidade social.