Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Regularização ambiental é essencial para aumentar a cobertura da vegetação nativa em SP, aponta estudo

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem de José Eduardo Camargo por Pixabay.

Análise elaborada pelo GeoLab, ligado ao Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da USP, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, indica que a regularização dos imóveis ao Código Florestal poderá também trazer uma contribuição importante para o aumento da vegetação nativa e para a proteção das águas no estado de São Paulo. Porém, isoladamente, não resolverá a situação nas bacias e municípios com maior déficit de vegetação da Mata Atlântica, que é o bioma mais ameaçado do país. Para estes, também será necessária a restauração local das Reservas Legais ou de incentivos para restauração de vegetação nativa fora das áreas exigidas pelo Código Florestal. O estado conta com vegetação de dois biomas – além da Mata Atlântica, tem ocorrência de Cerrado.

O Programa Agro Legal regulamenta o Código Florestal no Estado de São Paulo. O governo estadual estima que para a adequação ambiental será necessário restaurar ou compensar 800 mil hectares entre Áreas de Preservação Permanente (APPs) que precisam ser restauradas nos imóveis, como as matas ciliares, e de Reserva Legal, que podem ser restauradas nos imóveis ou compensadas fora das propriedades. Tanto nas APPs dos imóveis menores do que quatro módulos fiscais como nas Reservas Legais pode haver exploração sustentável da vegetação, permitindo a geração de renda para o produtor rural.

Os estudos do GeoLab apontam outros números, indicando que São Paulo tem um déficit estimado de 768.580 hectares de APPs que precisam ser restaurados no local, sendo 111.785 hectares no Cerrado e 656.795 hectares na Mata Atlântica. O déficit de Reserva Legal foi estimado em 367.403, que podem ser restaurados no local ou compensados fora das propriedades. No total, precisam ser restaurados e/ou compensados 1,14 milhão de hectares.

“O ganho de vegetação nativa com a restauração somente de APPs será muito maior do que aquele que São Paulo teve ao longo dos últimos 10 anos, se compararmos com os dados do Inventário Florestal de 2020”, afirma Kaline de Mello, bióloga, doutora em Ciências e pós-doutoranda do GeoLab. Segundo o inventário, esse ganho foi de 4,9% em uma década (214 mil hectares de vegetação nativa).

São Paulo possui cerca de 5.670.532 hectares de vegetação natural. A restauração da faixa mínima de APP – que foi instituída no novo Código Florestal (Lei 12.651/12 no seu Artigo 61-A), de 2012, com a chamada “Regra da Escadinha” – levaria ao aumento de 14% da vegetação nativa do estado. Já se a APP fosse recuperada integralmente (sem aplicar a Regra da Escadinha), haveria um incremento de 22% em relação à vegetação nativa atual. No total, 768.580 hectares seriam acrescidos à vegetação nativa existente se fosse restaurada a faixa mínima de APP ou 1.228.026 hectares, no caso da recuperação de toda a APP – um incremento de 60% no total a ser restaurado (459.446 hectares). “Observamos que faz muita diferença restaurar toda a APP, em vez de recuperar somente a faixa mínima. E isso garantiria maior proteção dos recursos hídricos”, ressalta Luis Fernando Guedes Pinto, diretor de Conhecimento da SOS Mata Atlântica. “Restam somente 12,4% de Mata Atlântica em bom estado de conservação no país. Em SP, a situação é um pouco melhor, mas a vegetação está distribuída desigualmente, com regiões de cobertura natural muito baixa. A recuperação das APPs pode atenuar esta situação em algumas bacias hidrográficas e municípios. Mas, para outras, o estado precisa ir além para alcançar o mínimo necessário e dar um exemplo para os demais estados”, complementa ele.

Kaline concorda e reforça que essa análise é uma contribuição da Academia e da área científica para melhorar a implementação de políticas públicas.

Água e floresta | O trabalho também avaliou a situação das bacias hidrográficas do Estado e de cada um dos 645 municípios paulistas. Das 21 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs) de São Paulo, atualmente apenas 6, localizadas em região costeira, possuem cobertura de vegetação nativa maior ou igual a 30% – que é o recomendado para manter o equilíbrio ecológico e garantir a conservação da biodiversidade. As UGRHIs do oeste paulista possuem as porcentagens mais baixas de vegetação nativa, sendo que Baixo Tietê, Baixo Pardo Grande e Turvo Grande estão próximas de 10%. No total, 13 UGRHIs possuem porcentagem de cobertura de vegetação nativa abaixo de 20%.

De acordo com o estudo, com a restauração da faixa mínima de APP, nenhuma UGRHI atingirá os 30%; porém, a bacia do Pardo alcança mais de 20%. Com a restauração total da APP, a bacia do Alto Paranapanema passaria a ter 30,5% de cobertura de vegetação, sendo que atualmente possui 25% e algumas bacias do oeste paulista passariam a ter ao menos 20% de cobertura de vegetação

A bacia do Paraíba do Sul é a que possui o maior déficit de APP e a restauração, tanto de APP mínima como total, representa o maior ganho em vegetação entre todas as bacias, passando de 33% para 40% e 45%, respectivamente.

Em relação aos municípios paulistas, hoje apenas 104 (16% do total) possuem vegetação nativa maior ou igual a 30%. Esse número passaria para 134 com restauração da faixa mínima de APP e 160 com restauração total da APP. Ou seja, 30 municípios (4,7% do total) alcançam os 30% apenas com restauração da faixa mínima, e 56 (8,7%) alcançam essa porcentagem com restauração total de APP.

Novamente a região do oeste paulista se destaca de forma negativa. Os municípios atualmente com vegetação nativa abaixo de 10% – que são considerados totalmente desflorestados segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) – se concentram na região de Ribeirão Preto, Piracicaba e Paranapanema. Entretanto, grande parte dos municípios conseguirá atingir mais de 10% de vegetação nativa apenas com a restauração de APP.

Na Mata Atlântica, 117 (18%) possuem atualmente vegetação nativa maior ou igual a 30% – esse número passaria para 147 (23%) com a restauração de faixa mínima de APP e 176 (28%) com a restauração de APP total. No Cerrado, o cenário é mais preocupante, com apenas 10 municípios de 192 (5%) com vegetação nativa maior ou igual a 30%. Esse número passaria para 17 (9%) apenas com a restauração de APP mínima, e 28 (15%) com a restauração de APP total.

“Os municípios possuem realidades muito distintas de cobertura de vegetação nativa e na geografia dos déficits de APP. Diferentes estratégias de adequação ambiental precisam ser adotadas de acordo com essa realidade. Para alguns municípios, a restauração da faixa mínima de APP é suficiente para aumentar a cobertura de vegetação nativa de forma satisfatória, chegando a 20% ou 30%. Para outros, isso não é suficiente para melhorar o cenário de baixa cobertura de vegetação nativa, por isso a importância de compromissos voluntários e incentivos de recuperação de APP total”, ressalta Gerd Sparovek, coordenador do Geolab.

Segundo ele, o Protocolo Etanol mais Verde, assumido por parte do setor sucroenergético, é um bom exemplo de como compromissos voluntários podem contribuir na solução de problemas ambientais. “Como a restauração da Reserva Legal localmente não é obrigatória e a compensação fora da propriedade pode não gerar benefício ambiental local ou regional algum, incentivar a restauração com florestas multifuncionais, que permitem atingir os objetivos ambientais, ao mesmo tempo que podem ser exploradas de forma sustentável para fins econômicos nas propriedades, é outro exemplo que concilia o aspecto econômico e ambiental da adequação das propriedades. No entanto, os compromissos voluntários e incentivos existentes atualmente ainda são muito tímidos para o enorme desafio de garantir o mínimo de vegetação natural em todo estado”, conclui Sparovek.

Governo de SP inicia comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Arquivo MIS.

O Governo de São Paulo lançou na última terça-feira (11/5) o projeto Modernismo Hoje, uma ação coordenada pelas secretarias de Cultura e Economia Criativa e de Turismo – uma agenda com mais de 100 iniciativas, de julho de 2021 a dezembro de 2022 (18 meses,) para celebrar o legado da Semana de Arte Moderna de 1922. As 60 instituições, corpos artísticos, espaços e programas culturais do Estado participarão das comemorações.

A iniciativa será composta por quatro eixos integrados: Programação das instituições culturais do Governo; Tarsila, um calendário integrado de atividades do poder público e da sociedade civil; Fomento, o apoio financeiro a projetos da sociedade civil e de prefeituras e Articulação com o setor de turismo e o poder público de outras instâncias. Os objetivos são gerar uma oferta cultural de grande relevância e alta qualidade; valorizar a Semana de 22 e seu impacto na produção cultural brasileira; estimular a reflexão sobre o modernismo e o legado dos modernistas e destacar o papel de São Paulo e dos artistas paulistas no modernismo. “Uma data da importância da Semana de 22 precisa ser celebrada ao longo de um período significativo, suficiente para que muitos eventos aconteçam”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado, Sérgio Sá Leitão.

Para ancorar toda a programação relacionada ao Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 no Estado de São Paulo, o Tarsila será um calendário integrado que irá apresentar ao público todas as atividades com conteúdo dinâmico e busca ativa de programação. Ele estará em site, aplicativos IOS e Android e perfis em redes sociais. Também haverá 100 totens touch screen em espaços culturais para interação com o calendário, além de catálogo, folders, folhetos e vídeos de divulgação.

As linhas de fomento e a chamada Modernismo Hoje para apoio institucional a projetos da sociedade civil e de prefeituras relacionados ao tema do Centenário da Semana de Arte Moderna de 22 ajudarão a promover o debate e multiplicar as ações no Estado de São Paulo. Por fim, haverá ação contínua de articulação do Governo com as Prefeituras de São Paulo, interior e litoral, com o setor de turismo e instituições culturais privadas e entidades e organizações da sociedade civil. “Nosso objetivo é debater a cultura contemporânea e o novo modernismo do século 21, destacando o papel dos nossos artistas e integrando-os aos espaços do governo estadual”, diz Sá Leitão.

Confira mais detalhes no link http://www.cultura.sp.gov.br/semana22/ e prévia da programação Modernismo Hoje em vinte e duas iniciativas:

MIS Experience

Exposição imersiva e interativa Portinari Por Todos

Data: janeiro a junho de 2022

Museu da Imagem e do Som – MIS-SP

Exposição 100 Anos Modernos, em parceria com a Bienal do Mercosul

Data: fevereiro a maio de 2022

São Paulo Companhia de Dança

Temporada Pau Brasil – Inspirações Modernistas da São Paulo Companhia de Dança acompanhada da Orquestra do Theatro São Pedro com coreografias inspiradas em Villa-Lobos no Theatro São Pedro

Data: 23 de maio a 5 de junho de 2022

Museu de Arte Sacra de São Paulo

Exposição A Arte Sacra dos Modernistas com curadoria de Di Bonetti e Gilson Alcântara.

Data: 22 de janeiro a 27 de março de 2022

Sala São Paulo

Ciclo de concertos Clássicos Modernistas, com a execução pela Osesp na Sala São Paulo de 100 obras de compositores influenciados pelo modernismo

Data: março a dezembro de 2022

Pinacoteca de São Paulo

Exposição A Máquina do Mundo, com obras de artistas modernistas e contemporâneos e curadoria de José Augusto Ribeiro

Data: 6 de novembro de 2021 a 7 de fevereiro de 2022

Teatro Sérgio Cardoso

Seminário 100 Anos da Semana de 22, realizado em parceria com a Academia Paulista de Letras e exibição na plataforma #CulturaEmCasa

Data: julho de 2021 a fevereiro de 2022

Memorial da América Latina

Ocupação A Semana que Durou um Século, com exposição imersiva, intervenções urbanas, shows, teatro e gastronomia

Data: janeiro a março de 2022

Museu do Futebol

Exposição e programação cultural De 1822 a 1922: Brasilidades em Campo

Data: 25 de janeiro a junho de 2022

Museu da Língua Portuguesa

Exposição SP Vinte e Dois e atividades culturais sobre identidades nacionais e regionais na literatura, à luz do modernismo e da relação centro-periferia em São Paulo

Data: abertura exposição 11 de junho / programação cultural fevereiro a setembro de 2022

Casa das Rosas

Série de slams A Contribuição Milionária de Todos os Erros, a partir de uma releitura da tradição modernista

Data: 15 de janeiro a dezembro de 2022

TV Cultura

Animação infanto-juvenil inédita 22 Cem Anos Depois com 26 minutos produzida pela TV Cultura com direção de Kiko Mistrorigo abordando os dias que precederam a Semana de Arte Moderna

Data: estreia 12 de fevereiro de 2022

TV Cultura

Série documental inédita A Semana que ninguém viu, mas o Brasil jamais esqueceu com 5 episódios com 26’ produzida e exibida pela TV Cultura sobre a Semana de 22 e seus reflexos

Data: 7 a 11 de fevereiro de 2022

Conservatório de Tatuí

Evento musical A Banda do Villa, com bandas sinfônicas do Conservatório de Tatuí e do Projeto Guri apresentando obras inéditas a partir de partituras restauradas de Villa-Lobos

Data: fevereiro 2022

Museu Casa de Portinari (Brodowski/SP)

Exposição Candido Portinari, um mestre da pintura – Coletânea virtual exibirá obras do artista com tecnologia de realidade aumentada reunindo a vasta produção do pintor

Data: 13 de fevereiro a 22 de agosto de 2022

Museu Catavento

Exposição O Atelier de Brecheret, importante artistas da Semana de 22 que teve seu ateliê de esculturas instalado no Palácio das Indústrias, atual sede do museu

Data: janeiro a março de 2022

Museus-Casas Literários (Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida e Casa Mário de Andrade)

Passeio educativo A Semana de 22 Passou por Aqui, que visitará os principais endereços ligados à memória da Semana de 22 e terminará com uma projeção mapeada na Casa Mário de Andrade

Data: 13 de fevereiro de 2022

SP Escola de Teatro

Série de apresentações Festim Antropofágico Revisitado dos estudantes da SP Escola de Teatro na Praça Roosevelt reproduzindo a performance em que o palhaço Piolin era simbolicamente devorado pelos modernistas

Data: 13 a 18 de fevereiro de 2022

Museu da Casa Brasileira

Exposição O Modernismo de John Graz, grande retrospectiva do designer suíço radicado no Brasil que mostrará projetos inéditos, fotografias, maquetes e objetos interativos com curadoria de Guinter Parschalk e Baba Vacaro

Data: abril a junho de 2022

Oficina Cultural Oswald de Andrade

Festival Teatro de Vanguarda com espetáculos, debates e oficinas sobre a diversidade do teatro contemporâneo em consonância com o movimento modernista de 22

Data: janeiro de 2022

Museu da Língua Portuguesa

Festa literária Língua SP com literatura, gastronomia, moda, artes plásticas, tecnologia e música com temática alusiva à Semana de Arte de 22 e seus protagonistas

Data: 16 e 17 de julho de 2022

Memorial da América Latina e cidade do interior (Sorocaba, São José do Rio Preto, Piracicaba, Santos, Bertioga e Guarulhos)

Espetáculo Brasil 1922 a 2022 com projeção de imagens e repertório musical tocado ao vivo pela São Paulo Big Band

Data: agosto de 2021 a fevereiro de 2022.

Regente Dani Mattos convida público a realizar mapa sonoro de suas casas

São Paulo, por Kleber Patricio

A cantora e regente Dani Mattos. Foto: divulgação.

Você já parou para ouvir os pingos da chuva batendo na janela? Ou o chiado do pão fresquinho sendo cortado?  A regente e cantora Dani Mattos convida o público a gravar pequenos vídeos com sons do cotidiano de suas casas para montar um mapa sonoro das residências brasileiras.  Podem participar pessoas de qualquer idade e de todo o Brasil – é só gravar um vídeo com sons inusitados do dia a dia e enviar para coletivovillalobos@gmail.com. “Desde a pré-história, o homem já produzia música, provavelmente baseada na observação dos sons da natureza e nos sons que produziam. A música é uma linguagem de comunicação universal e teve várias funções no decorrer da história, seja na religião, no trabalho, como forma de expressão ou diversão”, salienta Dani Mattos.

Com apoio da Lei Aldir Blanc, o Projeto Coletivo Villa-Lobos para Todos é uma readequação para o virtual do projeto Villa-Lobos para Todos. Sob coordenação da regente Dani Mattos, o coletivo é composto pelo grupo vocal Poucas & Boas e por músicos e educadores que se encontram  semanalmente nas plataformas de reunião e desenvolvem inúmeras atividades artístico-musicais, dinâmicas e interativas.

Atividades musicais interativas | Escolha a atividade musical de que mais gosta e não deixe de fazer um vídeo e participar desse projeto cultural que desperta a criatividade e envolve toda a família:

Canções que sobrevivem ao tempo: É possível curtir vídeos com o coral formado pelo Coletivo Villa-Lobos para Todos interpretando músicas do cancioneiro infantil com arranjos do maestro e compositor Villa-Lobos, como Sapo Jururu, A Canoa Virou, O Anel e Xó Passarinho, além de Peixe Vivo, com uma versão da regente Dani Mattos. Se preferir, cante com a família uma das músicas de Villa-Lobos e envie seu vídeo.

Gráficos sonoros: Outra proposta interessante é a de interpretar sonoramente um gráfico desenhado por outra pessoa. É só você pegar um papel e caneta, desenhar um gráfico e desafiar um amigo ou alguém do Coletivo Villa-Lobos a interpretar o gráfico. O melhor é que um mesmo gráfico pode ganhar diferentes interpretações sonoras.

Sonorização de histórias: As histórias representam um meio eficiente de se trabalhar conteúdos musicais; outra proposta educativa que envolve a criatividade e aproxima a família é a que convida o público a narrar uma história e realizar a sonoplastia da mesma. Como é o caso da História do índio Ubiratã e Tupã, Sacará – Egito, O Pica-Pau – confira lá no Canal e comece a criar a sua.

Qual a dúvida musical?: E quem quiser saber mais sobre música sempre tem uma dica nova na playlist Dani Explica, no Canal do YouTube da regente. A cada vídeo, ela esclarece um conceito relacionado a música. E a teoria vem sempre seguida da prática e de exemplos musicais realizados pelo Coletivo Villa-Lobos para Todos.

Sarau: E quem quiser saber mais sobre esse projeto, cantar, rir e aprender com a regente Dani Mattos e o Coletivo Villa-Lobos para Todos, no próximo dia 19 de maio, às 18h, haverá um Sarau. Os integrantes do grupo farão pequenas apresentações solos inspiradas no processo dos últimos meses. O evento acontece pela plataforma Sympla. Os ingressos são gratuitos.

Serviço:

Coletivo Villa-Lobos para Todos

Sarau: 19 de maio, às 18h – Local: Sympla (https://www.sympla.com.br/sarau-do-coletivo-villa-lobos__1217764). Os ingressos são gratuitos.

Atividades: Mapa sonoro das residências – envie seu vídeo  para coletivovillalobos@gmail.com

Instagram: @danimmattos  @7melodica

Facebook: https://www.facebook.com/danimmattos/

Canal do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC4fVQMjMYxI5ACJJpLrsETQ

Site Dani Mattos: http://danimattos.com.br

Projeto Villa-Lobos para Todos: http://villa-lobosparatodos.com.br/

Spotify: https://soundcloud.com/user-627176891.

23º Festival Amazonas de Ópera será realizado de 6 a 20 de junho de forma online

Manaus, por Kleber Patricio

Foto: Michael Dantas.

A 23ª edição do Festival Amazonas de Ópera será realizada de 6 a 20 de junho, com óperas e concertos gravados, recitais transmitidos ao vivo, webnários e masterclasses on-line, entre outras atrações. A programação será transmitida via canal do Youtube do FAO (festivalamazonasdeoperafao) e também pelo Facebook e Youtube da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (culturadoam).

Adiado por conta da pandemia da Covid-19, em 2020, neste ano o Festival Amazonas de Ópera (FAO) conta com uma produção inovadora e será totalmente dedicado a compositores e intérpretes brasileiros, com três estreias em sua programação. “Adiamos o festival tendo como prioridade a segurança de nossos artistas e também do público e tivemos que pensar em um novo formato que tornasse possível apresentar o mundo da ópera àqueles que acompanham o FAO há tantos anos. A pandemia afetou gravemente o setor cultural e por isso esta edição não terá artistas internacionais e será totalmente dedicada aos compositores, músicos, intérpretes e técnicos brasileiros, de forma a valorizar estes profissionais neste tempo de crise”, declara o secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz.

Produção desafiadora | Seguindo os protocolos de segurança e prevenção contra a Covid-19 e suas variantes, as orquestras dos Corpos Artísticos gravam, em dias alternados, áudio e vídeo das obras em Manaus e os solistas gravam as vozes em São Paulo, onde também é trabalhada a parte cênica. O material é, então, reunido e editado para dar vida às óperas e aos concertos. Os grupos de músicos também são reduzidos, em formato de câmara, para evitar aglomerações e manter o distanciamento social. “O mundo está experimentando novas formas de fazer arte nesta crise em que estamos vivendo. Depois do choque da pandemia e do adiamento do festival ficamos um tempo sem inspiração, mas essa ideia de que precisávamos fazer algo, que fosse seguro e viável, foi crescendo, começamos a consultar os compositores e nos animando ainda mais com a proposta ao descobrir novos nomes da música no Brasil”, explica o diretor artístico do FAO, maestro Luiz Fernando Malheiro. “É uma produção desafiadora. As óperas serão como três filmes, uma inclusive é uma animação. A Amazonas Filarmônica e o Coral do Amazonas são gravados no Teatro Amazonas, pela equipe do Audiovisual da Secretaria em parceria com o músico Igor Jouk; depois a gravação é enviada para São Paulo, onde o material é editado com a voz dos solistas”, ressalta.

Malheiro afirma que o FAO 2021 não exaltará apenas os compositores contemporâneos, mas realizará um panorama de 165 anos de repertório brasileiro. “É importante salientar a filosofia desta edição do festival de priorizar nossos artistas. Muitos sofreram e foram prejudicados por conta da pandemia e por isso decidimos trabalhar apenas com profissionais brasileiros e também com repertório brasileiro. Teremos obras desde o século 19 até os dias atuais”, comenta.

Óperas | O FAO 2021 terá três estreias: Três Minutos de Sol, de Leonardo Martinelli; O Corvo, de Eduardo Frigatti e moto-contínuo, de Piero Schlochauer – todas encomendadas especialmente para o Festival.

Três Minutos de Sol abrirá a programação no dia 6 de junho, às 19h (horário de Manaus). Ópera de câmara com libreto de João Luiz Sampaio, aborda os relacionamentos em tempo de pandemia. Narra a história de três pessoas que estão em lugares diferentes, cada uma em sua casa, que convivem e se relacionam por meio das mídias sociais. O nome da ópera faz referência ao tempo em que uma dessas pessoas fica perto da janela esperando o sol bater diariamente por apenas três minutos.

O Corvo será apresentada no dia 13 de junho, às 19h. Baseada no poema de Edgar Allan Poe traduzido por Machado de Assis, a ópera será uma ilustração de 20 minutos que narra a visita perturbante de um corvo a um homem que acaba de perder sua amada e o mesmo vê a ave como uma mensageira sobrenatural.

moto-contínuo encerrará o festival no dia 20 de junho, às 19h. Com libreto de Beatriz Porto, Isabela Pretti e Piero Schlochauer, a obra conta a história de uma inventora que recebe um pedido para construir um moto-contínuo que leve um homem viajante ao espaço.

Recitais e concertos| Os recitais serão apresentados em transmissões ao vivo, do Teatro Amazonas, nos dias 7, 9, 10, 16 e 17 de junho, às 20h. No repertório estarão canções de Carlos Gomes, Ronaldo Miranda, João Guilherme Ripper, Chiquinha Gonzaga, Almeida Prado, Ernani Aguiar, Osvaldo Lacerda e Francisco Mignone. O programa também terá canções amazonenses com temáticas ou compositores regionais, como Waldemar Henrique, Lindalva Cruz, Adroaldo Cauduro, Ronaldo Barbosa, Ketlen Nascimento, Celdo Braga, Osmar Oliveira, Candinho, Altino Pimenta, Claudio Santoro, Pedro Amorim e Arnaldo Rebelo.

Os concertos, que são gravados com produções em Manaus e São Paulo, serão exibidos nos dias 11, 12, 14, 15, 18 e 19 de junho, também às 20h, com obras de Fernando Riederer, Laiana Oliveira, Tatiana Catanzaro, Vinicius Giusti, Paulina Luciuk e Willian Lentz.

Webnários e Masterclasses | O FAO também terá ações educativas e formativas com a realização de webnários e masterclasses on-line. Os webnários acontecerão nos dias 6, 8 e 12 junho, com os temas A ópera hoje, no Brasil e no Mundo, Teatros de Ópera e a Economia Criativa no Brasil e na América Latina e A profissão do compositor erudito no Brasil: formação, divulgação, interesse, futuro.

As masterclasses serão realizadas nos dias 16 e 18 de junho, com os temas Composição (Novas linguagens, streaming – até que ponto ajuda ou prejudica a ópera) e Canto (A arte do canto na ópera contemporânea – especialização?). Em breve, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa divulgará as datas para inscrição.

Raio X da ópera | A programação contará ainda com uma série de vídeos dedicada a explicar as profissões artísticas e técnicas da ópera para crianças e adolescentes.

Realizado pelo Governo do Amazonas – por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural –, o evento está sendo produzido inteiramente com verba da iniciativa privada, por meio do Bradesco e da Motorola, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério do Turismo e Secretaria Especial de Cultura. Conta ainda com parceria do canal Allegro HD e ZXSD Encontro das Águas e com o apoio do Catavento Museu de Ciências e da Importadora Carioca.

Confira a programação:

Óperas (19h Manaus / 20h Brasília)

6 de junho, Três Minutos de Sol – Ópera de Leonardo Martinelli / libreto de João Luiz Sampaio

13 de junho, O Corvo – Ópera de Eduardo Frigatti / inspirado no conto de Edgar Allan Poe

20 de junho, moto-contínuo – Ópera de Piero Schlochauer / libretto de Beatriz Porto, Isabela Pretti e Piero Schlochauer.

Concertos (20h Manaus/ 21h Brasília)

11 de junho, Duas Flores, de Fernando Riederer

12 de junho, Vox Populi e Vírus Verbal em Quatro Miniatura, de Laiana Oliveira

14 de junho, Sans Rien Dire e Spaziergang, de Tatiana Catanzaro

15 de junho, Dire è Fare, de Vinicius Giust

18 de junho, Ária dos olhos, de Paulina Łuciuk, poema de Alphonsus de Guimarães

19 de junho, A Máquina Entreaberta, de Willian Lentz.

Recitais de canto e piano (20h Manaus/21h Brasília)

7 de junho, Canções de Almeida Prado – Francisco Mignone – Ronaldo Miranda – Dhijana Nobre, soprano e Joubert Júnior, barítono

9 de junho, Canções de Almeida Prado – Ernani Aguiar – João Guilherme Ripper – Osvaldo Lacerda – Ronaldo Miranda – Carol Martins, soprano; Thalita Azevedo, mezzo-soprano e Enrique Bravo, tenor

10 de junho, Canções de Chiquinha Gonzaga – Mirian Abad, soprano; Marinete Negrão, mezzo-soprano; Jefferson Nogueira, tenor; Joubert Júnior, barítono e Roberto Paulo, baixo

16 de junho, Canções de Carlos Gomes – Raquel de Queiroz, soprano; Thalita Azevedo, mezzo-soprano; Juremir Vieira, tenor; Luiz Carlos Lopes, baixo-barítono e Emanuel Conde, baixo

17 de junho, Canções Amazonenses – Carol Martins, soprano; Samanta Costa, mezzo-soprano; Wilken Silveira, tenor; Miquéias William, tenor; Josenor Rocha, barítono e Roberto Paulo, baixo.

Webnários

6 de junho (20h Manaus / 21h Brasília) – A ópera hoje, no Brasil e no Mundo

8 de junho, (16h Manaus / 17h Brasília) –  Teatros de Ópera e a Economia Criativa no Brasil e na América Latina

12 de junho, (16h Manaus / 17h Brasília) – A Profissão do compositor erudito no Brasil: formação, divulgação, interesse, futuro

Masterclasses (16h Manaus / 17h Brasília)

16 de junhoComposição de Ópera (Novas linguagens, streaming – até que ponto ajuda ou prejudica a ópera)

18 de junhoCanto (A arte do canto na ópera contemporânea – especialização?).

Mobilização marca Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Brasil, por Kleber Patricio

Série “Que Corpo É esse?”, sobre prevenção online. Imagens: divulgação.

Os impactos da pandemia no enfrentamento às violências sexuais contra crianças e adolescentes no Brasil são o tema das ações de mobilização que o projeto Crescer sem Violência promove no próximo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio). O Crescer sem Violência é uma parceria da Fundação Roberto Marinho – por meio do Canal Futura – Childhood Brasil e Unicef Brasil. A ação conta com o apoio da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Google e The Freedom Fund.

Com a hashtag #emcasasemviolência, também adotada na edição de 2020, a mobilização vai ocupar as redes das instituições parceiras com o compartilhamento de informações voltadas para conselhos tutelares, profissionais de educação, crianças e adolescentes e o público em geral, apresentadas pelos personagens da série de animação Que corpo é esse?, parte do projeto Crescer sem Violência. A segunda temporada da série trata da prevenção de violências online, com temas como saúde emocional, aliciamento online, autoproteção e reputação digital.

Também serão disponibilizados dados recentes sobre o cenário brasileiro, incluindo os resultados da pesquisa diagnóstica Violências sexuais contra crianças e adolescentes em tempos de pandemia por Covid-19, a primeira desenvolvida especificamente sobre este tipo de violência durante a pandemia, uma cooperação entre a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Série “Que Corpo É esse?”, sobre prevenção online

Realizada junto a Conselhos Tutelares das cinco regiões do país, a pesquisa identificou que a escola foi a instituição que mais falta fez em relação a repasse de suspeitas e denúncias aos Conselhos. A quebra de vínculo se deu não apenas entre escola e Conselho Tutelar, mas o fechamento das escolas para aulas presenciais deixou crianças e adolescentes desassistidos. A pesquisa também identificou que, em metade dos Conselhos pesquisados, a severidade dos casos denunciados aumentou.

As ações de mobilização digital incluem ainda o compartilhamento online do gibi ECA 30 anos, produzido pelo projeto em 2020 para celebrar o aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente. A história em quadrinhos tem versão em português e em espanhol, mostrando de forma lúdica a rede de proteção à infância e à adolescência.

Programação especial nas telas do Futura | A campanha também estará nas telas do Futura. Ao longo do mês de maio, serão exibidos episódios das séries audiovisuais que compõem o projeto Crescer sem Violência: Que exploração é essa? (2010), Que abuso é esse? (2015) e primeira temporada de Que corpo é esse? (2018) – este ano foi lançada a segunda temporada. Todo o material também está disponível em http://crescersemviolencia.org.br/.

No dia 18, a grade do Futura terá programação especial sobre o tema. No jornalismo, a edição do Conexão vai debater o tema do home schooling e seu impacto nos direitos de crianças e jovens, às 20h. E às 21h, o programa Debate vai abordar a situação do sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes em tempos de pandemia. E, às 23h30, será reexibido o documentário Um crime entre nós, produção do Instituto Liberta e Maria Farinha Filmes. O filme mostra a luta de famosos, como Luciano Huck e Dráuzio Varella, e de anônimos que atuam diariamente para tirar meninas e meninos do ciclo de exploração sexual.

Dia Nacional de Combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes

Canal Futura

Dia 18 de maio (terça-feira)

Às 20h, programa Conexão debate o tema do home schooling e seu impacto nos direitos de crianças e jovens. Às 21h, programa Debate aborda a situação do sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes em tempos de pandemia. Às 23h30, exibição do documentário Um crime entre nós, sobre a luta para tirar crianças e jovens da exploração sexual.

O Canal vai exibir episódios das séries Que exploração é essa?, Que abuso é esse? e Que corpo é esse? ao longo do dia.

Sobre o projeto Crescer sem Violência | Parceria da Childhood Brasil, Unicef Brasil e Canal Futura, o projeto Crescer sem Violência tem como objetivo disseminar informações de qualidade e metodologias para enfrentamento deste tema de modo informativo, atraente e sem expor crianças e adolescentes.

Em diferentes partes do país, o Crescer Sem Violência conta com ações presenciais e a distância de capacitação de educadores e profissionais da rede de proteção à criança e ao adolescente e distribuição de material pedagógico, formando uma grande rede de mobilização. O projeto conta também com três séries audiovisuais: Que Exploração É Essa?, Que Abuso É Esse? e Que Corpo É Esse?.

Em 2021, foi lançada a segunda temporada de Que Corpo É Esse?, que tem como tema central a prevenção online, abordando questões como saúde emocional, aliciamento online, autoproteção e reputação digital. A segunda temporada tem apoio do Google, Facebook, Instagram, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e The Freedom Fund.