Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
Ancestralidade, arte, espiritualidade, música – Marcelo D2 está pronto para rufar os seus tambores mais uma vez. E se as primeiras batidas abriram caminho para a conectividade e a colaboração criativa em um processo inovador, os batuques agora ecoam ao som do legado dos seus antepassados e das raízes populares. É com este espírito que o artista se prepara para realizar a Roda Cultural, um festival virtual, entre os dias 14 e 23 de maio, que transmitirá ao vivo a produção do Volume 2 do álbum Assim tocam os meus tambores. As transmissões diárias serão realizadas partir das 14h no canal de Marcelo D2 na Twitch (http://www.twitch.tv/marcelod2).
O Volume 2 de Assim tocam os meus tambores, com lançamento previsto para junho, dá sequência ao intenso fluxo de trocas despertado no Volume 1, quando, mesmo isolado em casa, D2 construiu a obra mais participativa de sua carreira, reunindo milhões de pessoas de todos os cantos do país em sua sala por meio de uma câmera conectada ao seu computador.
O primeiro ciclo foi concluído – a efervescência de ideias, a busca por uma compreensão mais profunda, a torrente de informações e os laços criados, no entanto, permaneceram. Somado a tudo isso, tem-se um despertar espiritual de um Marcelo que, com a perda recente de sua mãe, se torna o membro mais velho de sua família.
O desejo por conexão atinge, então, uma dualidade interessante: encurtar distâncias em um momento marcado por todos os tipos de ausência e resgatar os ensinamentos do passado a fim de ressignificar o futuro. É imerso neste contexto que Marcelo D2 convoca uma grande Roda Cultural virtual em que reúne arte popular, moda, cinema, artes plásticas, história, tecnologia e, claro, música para que o público possa participar efetivamente de todo o universo de ideias e de toda a pluralidade de referências e inspirações abarcadas na concepção de Assim tocam os meus tambores Volume 2.
Programação ao vivo contempla sessões de estúdio ao vivo, shows, DJ sets, entrevistas, bate-papos e mostra de cinema | A Roda Cultural marca o início do processo de feitura da obra em uma grande celebração à ancestralidade. Serão 10 dias com uma programação que contempla shows e DJ sets, entrevistas e bate-papos, mostras de cinema e as tradicionais sessões de estúdio ao vivo em que o artista compartilha com o público a produção do álbum.
Entre os convidados confirmados, temos os produtores musicais do álbum Kiko Dinucci, Mario Caldato Jr e Nave, além do engenheiro de som Pedro Garcia; Bia Ferreira, DJ Nuts, DJ Zegon e o rapper Sain (filho de D2), o historiador Luiz Antônio Simas, o jornalista e curador Leonel Kaz, a empresária Nicole Balestro, os artistas plásticos Bárbara Quintino e Diego Mouro, a cientista da computação Nina da Hora, os designers Pedro Andrade e Cocker Shoes, e DJ Tamenpi, que assume algumas das conversas no quadro Só Pedrada Musical.
A programação conta ainda com a exibição dos média-metragens Amar é para os fortes e Assim tocam os meus tambores, de Marcelo D2, Kbela (Yasmin Thainá), Skate pelas Sombras (Ronaldo Land) e do documentário Punk Molotov (João Carlos Rodrigues).
A Roda Cultural é inteiramente gratuita e pode ser acompanhada diariamente a partir das 14h no canal da Twitch do Marcelo D2: Twitch.tv/marcelod2.
Serviço:
Roda Cultural
Apresentação: Marcelo D2 e Luiza Machado
Datas: de 14 a 23 de maio
Horários: de 14h às 22h
Em um momento de grandes transformações e crise na educação brasileira e de discussão do lugar da história e do papel dos historiadores, revisitar o percurso dos cursos de história pode trazer contribuições importantes. Esta é a proposta do livro Universidade e ensino de história, organizado pela historiadora Marieta de Moraes Ferreira e publicado pela FGV Editora.
A obra apresenta trabalhos com enfoque em diferentes conjunturas e regiões que pretendem estimular uma reflexão para o enfrentamento dos desafios na renovação da formação dos professores. Visa ainda levar o conhecimento histórico para um público mais amplo. O formato das licenciaturas e o papel do docente, tendo em vista a desvalorização da carreira e a pouca atratividade que o magistério oferece também é um ponto de reflexão.
Por outro lado, os licenciandos em geral se sentem pouco preparados para as tarefas que imaginam serem as suas no futuro: deslocar o que aprenderam na graduação para a complexa sala de aula de colégios, lidar com crianças e adolescentes e dialogar e se expressar diante desse público específico. Com isso, emergiram debates acerca da dicotomia bacharelado-licenciatura.
Este livro sobre o ensino de história nas universidades visa contribuir para o entendimento do percurso das graduações de história em diferentes universidades, em diferentes momentos e regiões. Busca também focalizar os embates produzidos no campo da historiografia e das memórias produzidas em torno de momentos fundadores dos respectivos cursos e seus professores.
Para marcar este lançamento, a organizadora da obra Marieta de Moraes Ferreira se encontrará em webnário para um bate-papo com as professoras Margarida Maria Dias de Oliveira, Mara Cristina de Matos Rodrigues e Aryana Lima Costa. As docentes também assinam artigos do livro junto a vários outros professores e professoras. O webnário será realizado no dia 18 de maio, às 18h, no canal da FGV no Youtube.
Universidade e ensino de história
Org.: Marieta de Moraes Ferreira
252 páginas
Impresso: R$52
Ebook: R$37
Bate-papo e lançamento do livro Universidade e ensino de história
Data: 18/5
Horário: 18h às 20h
Youtube FGV
Link de inscrição: http://evento.fgv.br/universidade_ensinodehistoria/.
Em seu novo álbum, a cantora, compositora e percussionista corporal Helô Ribeiro se debruçou sobre a obra de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) e musicou dez de seus poemas, que agora compõem A Paisagem Zero, que sai pelo Selo SESC. Uma comunhão entre música e literatura, o trabalho completo chega às plataformas de streaming no próximo mês, mas desde 12 de maio já é possível conferir a faixa O Rio, também disponível no SESC Digital. O single tem a participação do Barbatuques, grupo de percussão corporal do qual Helô é integrante desde sua criação, em 1995, e o clipe da canção será lançado no mesmo dia, no canal do Selo SESC no YouTube.
Nessa releitura da obra do poeta pernambucano, celebrado em 2020 pelo seu centenário de nascimento, a compositora transformou poemas consagrados em canções contemporâneas, com toques “de balada, rock e pop”, nas palavras do músico e pesquisador Luiz Tatit. Faz, assim, uma fusão entre o Nordeste de João Cabral e o cenário paulistano do qual Helô faz parte.
No álbum, o som das guitarras elétricas, teclados e efeitos eletrônicos reverberam e se fundem aos instrumentos tradicionais de orquestra, como cordas e metais, em uma estética múltipla e fragmentada. As faixas procuram lançar os poemas para além do universo acadêmico e borram a fronteira entre o culto e o popular.
O Rio conta com participação do Barbatuques nas vozes de Mairah Rocha, Lu Horta, Luciana Cestari, Taís Balieiro e Helô Ribeiro; João Simão e Taís Balieiro na percussão corporal; Bruno Buarque no beat box; Zé Nigro no baixo e programação; Dustan Gallas no violão de aço e guitarra; e o arranjo de Helô Ribeiro, Zé Nigro, Dustan Gallas e Thomas Harres. A produção musical é de Zé Nigro.
Helô Ribeiro é uma cantora e compositora paulistana. Integra o grupo Barbatuques desde a sua primeira formação, em 1995, com o qual se apresenta e ministra workshops regularmente no Brasil e no exterior. Também faz parte do grupo Sons e Furyas, com o escritor André Sant’Anna e a compositora Vanessa Bumagny, projeto músico-literário nascido no Teatro dos Satyros, na Praça Roosevelt. É formada em Letras pela FFLCH-USP, onde estudou com José Miguel Wisnik e Luiz Tatit e, desde então, busca explorar a intersecção entre música e literatura em seu trabalho. Já tem um disco solo autoral lançado em 2010, o Espaço Invade.
Ficha técnica
O Rio
Poema musicado por Helô Ribeiro e participação do grupo Barbatuques
Serviço:
Selo SESC lança o single O Rio, de Helô Ribeiro
No SESC Digital e nas demais plataformas de streaming a partir de 12 de maio
Selo SESC nas redes:
A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) promove de 13 a 23 de maio o 15º Bunka Matsuri – Festa da Cultura Japonesa. A comissão organizadora, formada por cerca de 40 voluntários, está se reunindo desde o começo do ano para preparar uma edição especial, estruturada em diversos eventos e atrações, desenvolvidas com o objetivo de promover uma interação direta com o público. O tema principal do evento será A Harmonia que nos Conecta. “A nossa expectativa para o Bunka Matsuri é bastante otimista, teremos um evento com muitas novidades e devido ao agravamento da pandemia, com algumas adaptações para atender este momento. Estamos trabalhando bastante, as engrenagens estão se encaixando, e será um evento lindo com experiências de contato com a cultura japonesa e atividades para toda família”, revela o coordenador geral do evento, Takayuki Kato.
Confira os destaques da programação:
Experiências Online | Leve o Bunka Matsuri para a sua casa – são 4 tipos de experiências online que podem ser adquiridas antecipadamente. Já foram realizadas as experiências Kodomo (Crianças) e Artesanato. Ainda há vagas para os kits Wagashi (doces tradicionais japoneses) e Anibento (obentô – marmita tradicional japonesa, com tema do animê Meu Amigo Totoro)
Datas:
15/5, 16h – Wagashi
16/5, 10h – Anibento
http://bunkyo.org.br/bunkamatsuri/experiencias-online/.
Bunka Experience | Uma imersão nas tradições da cultura japonesa, com uma experiência presencial única no Pavilhão Japonês, seguindo as orientações sanitárias. As atividades incluem conhecer o Pavilhão Japonês no Parque do Ibirapuera e fazer uma visita guiada; participar de uma cerimônia do chá tradicional e conhecer os princípios e valores do Chadô (cerimônia do chá); conhecer a história e curiosidades sobre kimonos por meio de exposição e palestra e participar de uma oficina para fazer o próprio wagashi (doce tradicional japonês) e entender sua importância dentro da cultura japonesa.
Data: 16/5, 08h30 e 13h
Local: Pavilhão Japonês
http://bunkyo.org.br/bunkamatsuri/bunka-experience.
Delivery | Uma das principais novidades é que o evento terá delivery de pratos da culinária japonesa. Os restaurantes parceiros do Bunka Matsuri vão preparar pratos deliciosos, como o obentô (marmita tradicional japonesa) e o yakisoba, que o público receberá em casa de 13 a 23 de maio. Além de São Paulo/SP, haverá restaurantes atendendo em Porto Alegre/RS, Goiânia/GO, Brasília/DF e Campo Grande/MS.
Datas: 13/5 a 23/5
http://bunkyo.org.br/bunkamatsuri/delivery.
Live Bunka Kids | Uma live diferente, toda voltada para o público infantil, em parceria com a escola Heisei, com a temática da cultura japonesa para os pequenos, trazendo kamishibai (teatro de papel), culinária japonesa, soroban (ábaco) e dança.
Data: 23 de maio, 14h30
Canal: www.youtube.com/bunkyodigital.
Live Bunka Matsuri | Dois dias de Live sobre a cultura japonesa, para acompanhar no conforto da sua casa e curtir com toda a família, com os temas Gastronomia (izakaya – botecos japoneses e yogashi – doces japoneses), Mundo Pop (com dubladores e tradutores) e atrações artísticas (música e dança).
Datas: 22 e 23 de maio, 17h
Canal: www.youtube.com/bunkyodigital.
Histórico | Conhecido como “A Festa da Cultura Japonesa”, até 2019 o Bunka Matsuri ocupava todo o amplo espaço do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), no bairro da Liberdade, em São Paulo/SP. Os participantes podiam experimentar sabores, vivenciar atividades práticas, acompanhar as apresentações culturais e aprender sobre a história e significados da cultura. Com público estimado em 20 mil pessoas, a programação envolvia toda a família. Em 2020, devido à pandemia, foi realizado o Bunka Matsuri #emcasa, o primeiro matsuri online do Brasil. Em 2021 chegamos à 15ª edição do evento, em um formato inovador e totalmente adaptado para a situação atual.
Serviço:
15º Bunka Matsuri – A Festa da Cultura Japonesa
Tema: A Harmonia que nos Conecta
Programação online e presencial no mês de maio
www.instagram.com/festivalbunkamatsuri
www.facebook.com/festivalbunkamatsuri.
Realização: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social
Patrocínio: Fundação Kunito Miyasaka, Café Fazenda Aliança, Kei Arte e Kikkoman Brasil.
Apoio: Jornal Nippak/Nikkey Shinbum, Revista Mundo OK, Yomitai, Alfa Alimentos,
Comissão de Jovens do Bunkyo e JCI Brasil-Japão.
Cientistas do Projeto Conservação Recifal (PCR) verificaram que o coral-sol, que chegou ao litoral de Pernambuco em 2020, se instalou definitivamente na região e está avançando em direção a áreas de proteção ambiental, apesar dos esforços de contenção da espécie feitos em âmbito nacional e estadual. Em relatório feito em parceria com o WWF-Brasil e o Instituto NeoEnergia antecipado pela Agência Bori, eles trazem dados de predição das áreas de proteção ambiental onde esses corais podem se instalar: Costa dos Corais, Recifes Serrambi e Santa Cruz.
As espécies de coral-sol (Tubastraea tagusensis e Tubastraea coccínea) vêm sendo acompanhadas pelos biólogos desde novembro de 2020. Além de trazer prejuízos de desequilíbrio ecológico por ser uma espécie não nativa do litoral brasileiro, ela também pode impactar a economia. “Esse coral mata as espécies nativas da região, diminui a produção pesqueira e pode prejudicar até o turismo”, explica Pedro Henrique Pereira, biólogo e membro do Projeto Conservação Recifal. Os cientistas reforçam que a invasão de espécies é considerada a segunda maior causa da perda de biodiversidade.
Essas espécies de corais são uma preocupação para a natureza brasileira desde a década de 80, quando pesquisadores as detectaram em plataformas de petróleo e gás do Rio de Janeiro. Elas invadem outras regiões ao se prenderem em cascos de navios, que as transportam para diferentes locais do planeta. Como não encontram predadores nessas outras regiões, elas acabam se proliferando e ocupando o espaço de espécies de corais nativas. “O setor petrolífero gera um impacto ambiental muito grande ao carregar os corais-sol, que atinge um ecossistema prioritário para os oceanos, os recifes de corais”, comenta o analista de conservação do WFF-Brasil Vinícius Nora. Por isso, ele acredita que a contenção da espécie deveria ser uma agenda importante para esse setor, além das áreas interessadas na conservação dos recifes de corais.
Na análise de Pereira, apesar dos esforços, os recursos limitados do governo estadual de Pernambuco impedem o combate do avanço do coral de forma mais efetiva. No âmbito federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Humanos (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ligados ao Ministério do Meio Ambiente, lançaram em 2018 um Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Coral-Sol no Brasil. “Apesar da existência do plano, pouco foi feito na prática para evitar o avanço do coral”, avalia o biólogo.
Segundo os pesquisadores, o modelo matemático criado por eles para prever a tendência de invasão do coral-sol pode ser utilizado por outros grupos empenhados em entender esse problema ecológico. Além disso, Pereira enfatiza a importância da pesquisa e do investimento na remoção dos corais. Seu projeto tem interagido com diversas instituições para operar essas remoções: “Envolvemos instituições de pesquisa, universidades públicas e, inclusive, a iniciativa privada. As operadoras de mergulho e turismo, por exemplo, têm dado bastante apoio às nossas ações”.
Para Renata Chagas, diretora-presidente do Instituto Neoenergia, “é muito importante que a sociedade se engaje em iniciativas de preservação do meio ambiente, e os oceanos são fundamentais para a biodiversidade e ao equilíbrio do ecossistema. Precisamos enfrentar as mudanças climáticas e preservar a biodiversidade, e esse é um dos pilares de nossa atuação”, diz.
(Fonte: Agência Bori)