Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

‘A Viagem do Jiló’, com direção de Fernando Sampaio, estreia em outubro

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Herbert Baratella.

Ao lado do seu fiel escudeiro Cachorro Caramelo, o palhaço Jiló embarca em uma aventura de bicicleta de São Paulo até a cidade de Olinda – esse é o ponto de partida do espetáculo circense ‘A Viagem do Jiló’, que celebra os 20 anos de carreira de Giba Freitas e faz sua temporada de estreia entre os dias 8 e 28 de outubro com sessões gratuitas nos parques e nos CEUs da cidade. A direção é do artista Fernando Sampaio, ator e palhaço fundador da Cia LaMínima de Teatro e diretor artístico do Circo Zanni. “O trabalho conta a história de um palhaço que vê uma notícia de que o Carnaval de Olinda não vai mais existir e resolve investigar se isso é falso ou não. Ele sobe em sua bike e, assim que passa pelo Parque Ibirapuera, encontra um cão caramelo que se torna seu parceiro inseparável”, conta Giba.

O público acompanha essa aventura divertindo-se com números clássicos da palhaçaria criados a partir de uma pesquisa de teatro de circo com música ao vivo executada pelo artista Maral. A cenografia e o figurino são assinados por Andreas Mendes. Para as vestimentas, a inspiração foi em figuras como Charlie Chaplin, O Gordo e o Magro e os palhaços dos grandes circos. Já o cenário é formado por uma estrutura que remete à lona do circo e a um mapa de viagem.

Criação

O espetáculo nasceu a partir de uma experiência mambembe de Giba Freitas. Em dezembro de 2022, ele embarcou em uma cicloviagem com a palhaça Formiga (Marisa Silva) para chegar até o Recife a tempo de aproveitar o Carnaval. Depois, os amigos seguiram por mais 150 km até a Paraíba, complementando mais um estado.

Durante o trajeto, o artista começou a refletir sobre como os costumes são importantes para a criação de uma identidade coletiva. E, a partir disso, quis investigar quais seriam as identidades de cada região do Brasil hoje: o que ficou pelo caminho e o que está enraizado em nós?

Giba encontrou figuras clássicas do imaginário brasileiro, como o caipira, as vizinhas, as madames, as famílias tradicionais decadentes e os caboclos. Então, ele buscou a essência de todos esses personagens, considerados até arquétipos, para falar com crianças e adultos sobre a imensidão que é o nosso Brasil. Assim, os espectadores das mais variadas idades poderão pensar sobre a diversidade cultural brasileira, principalmente em tempos de extrema polarização. “É necessário que o Brasil conheça o Brasil para que aprenda de fato a respeitá-lo”, defende o artista.

O Cão Cantarolante

Giba Freitas também faz uma circulação gratuita por bibliotecas da cidade do número ‘O Cão Cantarolante’, extraído de ‘A Viagem do Jiló’. A ideia é que, quando a dupla de amigos chega em Alagoas, percebe que está sem comida e sem dinheiro. “Jiló decide criar um número musical e eis que Caramelo começa a cantar e alega que o palhaço está abusando da beleza dele”, completa. Trata-se de uma apresentação com duração de 15 minutos que explora diversas técnicas, como palhaçaria clássica, manipulação de bonecos, dublagem e lip Sync.

A circulação começou dia 11 de setembro na Biblioteca Belmonte, em Santo Amaro, e na sequência vieram Biblioteca Malba Tahan, no Jardim Susana, a Álvares de Azevedo, na Vila Maria, a Anne Frank, no Itaim Bibi, a Mauro Vasconcelos, no Parque Edu Chaves, a Affonso Taunay, na Mooca; a Garoto Cidadão, na Cidade Nova Heliópolis e a Biblioteca Hans Christian Andersen, no Tatuapé, no dia 23 de setembro. Outras sessões estão sendo negociadas.

Sinopse | Jiló está de bike equipada para seguir rumo a maior festa do Brasil quando se depara com um cachorro caramelo cansado das ruas e precisando de um pouco de energia. De carona na bike, a dupla encontrará muitos desafios, aventuras, riso e diversidade. O trabalho é uma homenagem à identidade plural brasileira, enfatizando a beleza das diferenças e misturando a tradicionalidade do circo e o momento atual, ao tempo em que explora musicalidade e técnicas de manipulação de bonecos, dando vida a personagens inimagináveis.

FICHA TÉCNICA

Direção: Fernando Sampaio

Texto: Paulo Rogério Lopes

Elenco: Giba Freitas e Maral

Assistência de direção: Marisa Silva

Cenário e figurinos: Andreas Mendes

Bonequeiro: Murilo Cesca

Direção musical e trilha sonora ao vivo: Maral

Preparação corporal: Larissa Pretti

Voz off: Gabriel Granado

Motorista: Naná Ladeira

Traquitanas: Leandro Cenci

Artistas provocadores: Cida Almeida, Lindsay Castro Lima, Thiago Dias e Bete Dorgam

Produção: Bruna Burkert

Coprodução: Híbrida Arte e Cultura.

Serviço:

A Viagem do Jiló

De 8 a 28 de outubro de 2024

Ingressos grátis

Duração: 50min | Classificação: 7 anos

Programação:

Dia 8/10, terça, às 14h: CEU Guarapiranga (Estr. da Baronesa, 1120 – Parque Bologne, São Paulo – SP)

Dia 9/10, quarta, às 10h: CEU Capão Redondo (Rua Daniel Gran, s/n – Jardim Modelo, São Paulo – SP)

Dia 9/10, quarta, às 14h: CEU Paraisópolis (Rua Doutor José Augusto de Souza e Silva, S/N – Jardim Parque Morumbi – SP)

Dia 19/10, sábado, às 11h: Parque do Carmo (Av. Afonso de Sampaio e Souza, 951 – Itaquera, São Paulo – SP)

Dia 20/10, domingo, às 13h: Parque Nabuco (R. Frederico Albuquerque, 120 – Jardim Itacolomi, São Paulo – SP)

Dia 21/10, segunda, às 10h: CEU Uirapuru (R. Nazir Miguel, 849 – Jardim João XXIII, São Paulo – SP)

Dia 23/10, quarta, às 10h: Parque Piqueri (R. Tuiuti, 515 – Tatuapé, São Paulo – SP)

Dia 23/10, quarta, às 16h: Centro Cultural Penha (Largo do Rosário, 20 – Penha de França, São Paulo – SP)

Dia 24/10, quinta, às 10h: CEU Carrão (Rua Monte Serrat, 380 – Tatuapé, São Paulo – SP)

Dia 24/10, quinta, às 15h: Pombas Urbanas (Av. dos Metalúrgicos, 2100 – Cidade Tiradentes, São Paulo – SP)

Dia 28/10, segunda, às 10h: CEU Jaçanã (R. Francisca Espósito Tonetti, 105 – Jardim Guapira, São Paulo – SP)

Dia 28/10, segunda, às 14h: CEU Tremembé (Rua Adauto Bezerra Delgado, 94 – Parque Casa de Pedra – São Paulo – SP).

(Fonte: Com Daniele Valério/Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Teatro do Fim do Mundo faz temporada do espetáculo ‘O Caso Meinhof’ no TUSP Butantã

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Cacá Bernardes.

De 4 a 13 de outubro de 2024, sextas-feiras e sábados às 20h, domingos às 18h, com entrada gratuita, o Teatro do Fim do Mundo (@teatrodofimdomundo) apresenta o espetáculo ‘O Caso Meinhof’ no Teatro da Universidade de São Paulo – TUSP Butantã, que fica no Butantã, Zona Oeste da cidade de São Paulo.

‘O Caso Meinhof’ discute o fracasso e a herança dos movimentos revolucionários do século XX, além de debater a presença das mulheres na liderança de processos políticos, entre outros temas que se mostram urgentes no Brasil de hoje. O espetáculo é livremente inspirado no texto ‘Ulrike Maria Stuart’, da ganhadora do Nobel de literatura Elfriede Jelinek. Lançada logo após a premiação com o Nobel em 2004, a peça é considerada como a mais importante de Elfriede Jelinek, autora fundamental para a dramaturgia contemporânea apesar de sua obra ainda ser pouquíssima encenada no Brasil.

A narrativa parte da história da RAF (ou Grupo BaaderMeinhof), grupo terrorista alemão dos anos 70 liderado por duas mulheres: Ulrike Meinhof e Gudrun Ensslin. Entre os momentos curiosos que rondam essa organização, está o fato de que seus quatro principais integrantes tiveram seus cérebros retirados para estudos após morrerem na prisão. Houve inclusive quem afirmasse que uma lesão no cérebro de Ulrike teria sido responsável pelo comportamento violento e consequentemente sua atividade de terrorista. Somente décadas depois, a filha (já adulta) de Meinhof conseguiu na justiça reaver e enterrar o cérebro da mãe. Ocasião em que também se descobriu que os três outros haviam desaparecido misteriosamente.

A partir desses estranhos fatos, a peça do Teatro do Fim do Mundo inventa o misterioso roubo do cérebro de Ulrike por parte de seus filhos, que o teriam preservado em um vidro para se comunicar com ele a fim de investigar a verdade sobre a morte da mãe. Nesta investigação, eles criam um podcast e, a cada episódio, confrontam um entrevistado envolvido na história usando meios pouco convencionais de comunicação, inclusive com os mortos.

Ao tratar de temas fundamentais para pensar o tempo em que vivemos – o aparente fracasso dos projetos revolucionários, o perigo da violência autoritária por parte de quem deseja mudar o mundo, e ao mesmo tempo a impossibilidade de se conformar a uma ideia de que o mundo não pode ser transformado – a peça se faz urgente em um contexto brasileiro de crise profunda, em que a imaginação política se vê travada pelo peso excessivo dos vícios históricos do país.

Para narrar essa história, o Teatro do Fim do Mundo transformou a trajetória de vida da terrorista Ulrike Meinhof em um podcast que é apresentado em cena pelos filhos da guerrilheira. A história é dividida em três episódios com 50 minutos cada e o público escolhe se quer ver cada um deles de maneira independente ou assistir a todos juntos em um espetáculo de quase 3 horas de duração com dois intervalos. Mas a peça também pode ser lida como uma disputa entre três figuras – um pai, uma mãe e a rival desta – pela influência sobre os filhos do casal.

Essa trama aparentemente banal, digna de um drama familiar, é na verdade metáfora para os rumos da esquerda no fim do século XX e início do XXI. E o grupo parte desse conflito de gerações para criar uma proposta de encenação. Para tal, reuniram duas gerações de artistas de teatro, materializando assim a disputa travada na peça.

A apresentação faz parte do projeto contemplado pelo Edital ProAC Nº 02/2023 – Teatro / Circulação de Espetáculo. Informações: www.instagram.com/teatrodofimdomundo  e www.facebook.com/teatrodofimdomundo.

Ficha técnica: livremente inspirado em Ulrike Maria Stuart, de Elfriede Jelinek. Direção: Clayton Mariano e Maria Tendlau. Tradução e dramaturgismo: Artur Kon. Elenco: Artur Kon, Carla Massa, Clayton Mariano, Maria Tendlau, Mariana Otero e Marilene Grama. Direção de arte e material gráfico: Renan Marcondes. Cenotecnia: Matias Arce. Desenho de luz, direção e operação técnica: Cauê Gouveia. Trilha original: Renato Navarro. Confecção das golas: Antonio Slusarz. Fotografia: Cacá Bernardes. Registro em vídeo: Bruta Flor Filmes. Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini de Souza. Assistente de produção: Mariana Pessoa. Direção de produção: AnaCris Medina – Jasmim Produção Cultural.

Serviço:

Espetáculo ‘O Caso Meinhof’ com Teatro do Fim do Mundo

Sinopse: Livremente inspirada no texto ‘Ulrike Maria Stuart’, da ganhadora do Nobel de literatura Elfriede Jelinek, a peça parte de uma história curiosa do RAF, grupo terrorista alemão dos anos 70. Após a morte na prisão de seus principais integrantes, seus cérebros foram retirados para estudos, incluindo o de Ulrike Meinhof, que acabou sendo enterrado após muitos anos de investigação, sendo que os outros três desapareceram. A partir desses estranhos fatos, a peça do Teatro do Fim do Mundo inventa o misterioso roubo do cérebro de Ulrike por parte de seus filhos, que o teriam preservado em um vidro para se comunicar com ele a fim de investigar a verdade sobre a morte da mãe. Nesta investigação, eles criam um podcast e, a cada episódio, confrontam um entrevistado envolvido na história e usam meios pouco convencionais de comunicação, inclusive com os mortos.

Duração: 120 minutos

Quando: 4, 5, 6, 11, 12 e 13 de outubro de 2024 – Horário: sextas-feiras e sábados às 20h, domingos às 18h

Onde: Teatro da Universidade de São Paulo – TUSP Butantã – Endereço: Rua do Anfiteatro, 109 acesso pela lateral direita do prédio, ao lado do bloco C – Butantã – São Paulo (SP) – Informações: (11) 3123-5222

Grátis – Distribuição de ingressos uma hora antes do espetáculo na bilheteria do teatro

Classificação: 14 anos

Acessibilidade: Sim – Capacidade: 60 lugares. Estacionamento: sim.

(Fonte: Com Luciana Gandelini)

Galatea apresenta individual de Bruno Novelli

São Paulo, por Kleber Patricio

Bruno Novelli 1980, Jardim dos daimons, 2024, Assinada, datada e localizada no verso. Foto: Ding Musa.

A Galatea inaugura, no dia 3 de outubro, a exposição inédita ‘Bruno Novelli: Tudo se transforma na terra’, a maior individual já apresentada pelo artista. Com texto crítico assinado pelo curador Thierry Freitas, a mostra é um convite ao universo tropical e fantástico de Novelli, reunindo 10 pinturas em grande formato criadas especialmente para a ocasião.

Com uma trajetória que soma quase duas décadas, o artista apresenta telas povoadas por seres fantasiosos elaborados em densas composições, cores e grafismos. Entre as obras expostas está a maior pintura que Novelli já produziu: Jardim dos daimons (2024), com 2,70 metros de altura por 4 metros de largura.

Fortemente inspirado pela exuberância do mundo amazônico e em diálogo de longa data com os artistas indígenas Huni Kuin, do coletivo Makhu, Novelli traz em suas pinturas composições ricas em cor e complexas padronagens nas quais figuram animais fantásticos e visões oníricas da natureza. Ele também explora a tensão entre o olhar europeu sobre a paisagem tropical e o embate entre a natureza e sua dominação pelo homem. Outra importante influência para Novelli é o pintor de ascendência indígena Chico da Silva (Alto Tejo, 1910 – 1985, Fortaleza), de quem absorveu o imaginário fantástico durante sua primeira infância em Fortaleza, onde o legado do artista é significativo.

Bruno Novelli consegue mobilizar em seu trabalho uma imagem pulsante da natureza, ou melhor, dos ‘mundos vivos’, parafraseando o título da exposição organizada pela Fondation Cartier pour l’art contemporain da qual participou: Les vivants (Living Worlds), realizada em 2022 no Tripostal, em Lille, França. Em 2023, Novelli participou de outra importante mostra organizada pela Fondation Cartier, dessa vez na Triennale de Milano, em Milão, Itália, sob o título Siamo Foresta.

Bruno Novelli 1980, Uarí, 2024, Assinada, datada e localizada no verso.

Sobre seu processo criativo, Novelli comenta: “A minha pintura parte de um estado mental de fascínio, de mistério. A partir de um fundo imaginário universal relacionado ao que é tropical, ao que é místico, ao que é paradisíaco, brutal, eu me deparo com diversas imagens, desde um monumento de pedra da Mesopotâmia até um mito amazônico ou o imaginário de um bestiário medieval. Tudo isso forma um banco de dados de onde extraio essas referências e elaboro uma síntese pessoal que levo para a pintura”.

Para o curador Thierry Freitas, que assina o texto crítico, “as imagens de Novelli resultam em figurações de um meio ambiente sinestésico e fantástico, cada vez mais influenciadas pelas vivências recentes do artista na floresta amazônica e junto aos povos originários. Desde 2017, ele se aproximou do coletivo de arte indígena Mahku, grupo de artistas Huni Kuin, cuja pintura se constitui principalmente por representações das tradições e histórias desse povo, além de traduções visuais das mirações provocadas pela cerimônia do nixi pae, com o uso do chá de potencial psicodélico conhecido como ayahuasca”.

Sobre o artista

Bruno Novelli nasceu em 1980, em Fortaleza, onde passou a primeira infância; cresceu em Porto Alegre e atualmente vive e trabalha em São Paulo. Com foco na pintura, Novelli estudou desenho no Ateliê Livre da Prefeitura de Porto Alegre, em 2003, e formou-se em design gráfico pela ESPM, em 2014, em São Paulo. No início de sua carreira artística, criou a Universidade Autoindicada por Entidades Livres, uma série de encontros e programas coletivos que promoveram abordagens interdisciplinares entre 2003 e 2007, em Porto Alegre.

Ao longo de suas duas décadas de produção, Novelli exibiu suas obras em diversas instituições nacionais e internacionais, com destaque para: Siamo Foresta (coletiva, Fondation Cartier pour l’art contemporain na Triennale Milano, Milão, Itália, 2023); Les Vivants (Living Worlds) (coletiva, Fondation Cartier pour l’art contemporain na Lille3000, Lille, França, 2022); Tesouro das feras (individual, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul — MACRS, Porto Alegre, Brasil, 2021); e 1981/2021: Arte contemporânea brasileira na coleção de Andrea e José Olympio Pereira (coletiva, CCBB Rio de Janeiro, Brasil, 2021).

Sobre a Galatea

Bruno Novelli 1980, No sonho dos daimons, 2024, Assinada, datada e localizada no verso.

Sob o comando dos sócios Antonia Bergamin, Conrado Mesquita e Tomás Toledo, a Galatea conta com dois espaços vizinhos na cidade de São Paulo: a unidade localizada na Rua Oscar Freire, 379 e a nova unidade localizada na Rua Padre João Manoel, 808. A galeria também tem uma sede em Salvador, na Rua Chile, 22, no centro histórico da capital baiana.

A Galatea surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin, que foi sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita, marchand e colecionador especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis; e Tomás Toledo, curador que contribuiu para a histórica renovação institucional do MASP, saindo em 2022 como curador-chefe.

Com foco na arte brasileira moderna e contemporânea, trabalha e comercializa tanto nomes consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Idealizada com o propósito de valorizar as relações que dão vida à arte, a galeria surge no mercado para reinventar e aprofundar as conexões entre artistas, galeristas e colecionadores.

Serviço:

Bruno Novelli: tudo se transforma na terra

Local: Galatea

Endereço: Rua Oscar Freire, 379 – Jardins, São Paulo – SP

Período expositivo: 3 de outubro a 1º de novembro

Horários: segunda à quinta das 10h às 19h | sexta das 10h às 18h | sábado das 11h às 17h

Mais informações: https://www.galatea.art/ | Instagram: @galatea.art.

(Fonte: Com Edgard França/A4&Holofote Comunicação)

André Lucas revive humor de Chico Anysio em ‘Show da Escolinha’

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

No dia 5 de outubro de 2024, o humor brasileiro ganhará vida novamente com a apresentação da peça Show da Escolinha, uma homenagem ao icônico Chico Anysio. Dirigido por Tininha Araújo, com quase 40 anos de carreira, o espetáculo promete levar o público a uma viagem nostálgica ao universo da Escolinha do Professor Raymundo, um dos maiores clássicos da comédia nacional. O evento será realizado no Centro de Convenções Chico Anysio, localizado no E Suítes Hotel Recreio Shopping, na Avenida das Américas. Classificação: a partir de 12 anos. Vendas pela plataforma Sympla.

O ator André Lucas, filho de Chico Anysio, assume o desafio de interpretar dois dos personagens marcantes do humor nacional: o divertido Seu Aranha, um policial cuja apresentação dispensa o distintivo. “Puliça! P-U-L-I-C Cedrilha – A otoridade mauxima”, personagem que o próprio André deu vida, na original Escolinha, e o inesquecível Professor Raymundo, personagem icônico de seu pai. Outro destaque do espetáculo será a participação de Chico Anysio feita in memoriam por meio de um vídeo especial, garantindo que a essência do humorista esteja presente no espetáculo.

André revela que se sente feliz em ver novos talentos brasileiros do humor e acha importante incentivá-los, assim como resgatar a memória de grandes humoristas que fizeram a história do humor no Brasil, como seu pai. “Mais do que uma homenagem a meu pai, esse show é uma forma de recuperar no palco a essência do humor brasileiro e dar chance a novos comediantes que estão despontando por todo Brasil”.

Conheça o elenco:

André Lucas: muito cedo começou a conquistar o público com seu talento. Primeiro, ainda adolescente, na rádio Globo, no Rio. Na época, André fazia um quadro chamado a Galera do Chico, onde interpretava todos os personagens criado pelo pai. Na TV Globo, o humorista começou em 1984 com pequenas participações em quadros no programa Chico Anysio Show. Seu primeiro papel de destaque foi o assistente Simpson, do Xerife Branco Billy, e logo em seguida, o filho Ted do Pastor Tim Tones, ambos personagens criados e imortalizados por Chico Anysio. Mas a consagração de André Lucas viria mesmo em 1994, quando estreou na Escolinha do Professor Raymundo. Na Escolinha, André ficou conhecido pelo personagem Seu Aranha. Foi com ele que o bordão “Para com ilsso! Deixa Dilsso!” ganhou as ruas de todo o país.

Diogo Bonfim: Ator, humorista e comunicador. A versatilidade de Diogo chama atenção de vários veículos. Sendo convidado para comandar e participar de reportagens, ser apresentador em eventos corporativos ou mestre de cerimônia em palestras e simpósios. Atualmente, atua em reportagens externas levando entretenimento ao público e atua no estúdio com suas personagens no Programa Vem com a gente, apresentado por Gardênia Cavalcanti, sendo transmitido ao vivo pela Band Rio.

Thiago Chagas: talentoso ator e comediante carioca. Reconhecido pela sua versatilidade nas artes cênicas, Thiago se destacou na internet com sua personagem Dona Fernandona, uma homenagem divertida à icônica Fernanda Montenegro. Thiago deu início à sua trajetória profissional ainda na adolescência nos anos 2000. Além de seu talento como ator, destaca-se como roteirista, autor e produtor, consolidando-se como uma figura influente e multifacetada nas artes brasileiras.

Dani Fontenelle: Atriz de formação há mais de 20 anos, com diversas participações em TV e teatro. Comunicadora formada pela Escola de Rádio do Rio de Janeiro, tendo vasta experiência no ramo de apresentação de programas, eventos, lives, reportagens etc. Com 11 anos de carreira na música, DJ Dani Fontenelle já passou por diferentes casas de shows, apresentando-se ao lado de grandes artistas como Péricles, Ludmilla, Marília Mendonça, Wesley Safadão, Maiara e Maraísa, Léo Santana, Jota Quest, Xande de Pilares, Banda Melim, Vintage Culture, Tiago Martins, Melanina Carioca, Naiara Azevedo, Tony Garrido, João Gabriel, Naldo Benny, DJ Marlboro e outros, além de passar por rádios como Beat 98, Transamérica, Costa Verde e FM O Dia.

Miguel Marques: atua como Rádio Ator desde 2012. Miguel Marques se encontra nos programas da Super Rádio Tupi com os seus personagens: Show do Antônio Carlos, Show do Clóvis Monteiro e Patrulha da Cidade, com o quadro Piada da hora, no Show do Antônio Carlos, Silvio Santos da Tupi no Show do Clóvis Monteiro e o Nem Lamatraca. Miguel Marques é conhecido como o ‘Gigante da Comédia’.

Gama Produção: Léo Gama, à frente da Gama Produção, realizador de Festivais e também de grandes produções teatrais.

Tininha Araújo – Direção Geral: Diretora com quase 40 anos de profissão, dos quais quase 20 na TV Globo. Já dirigiu no SBT, Record, Band RJ e SP, Rede TV, GNT, SIC, em Portugal – Tpa, em Angola.

Os ingressos para o Show da Escolinha já estão disponíveis, com valores que variam entre R$35,00 (meia-entrada) e R$70,00 (inteira), além de uma promoção antecipada por R$30,00.

Agenda da temporada:

5 de outubro de 2024 – Centro de Convenções Chico Anysio, que fica no E Suítes Hotel Recreio Shopping na Av. das Américas 19.021. Ingressos: Inteira R$70,00 |meia R$35 | promocional antecipado R$30 (vendas Sympla).

18 de outubro de 2024 – Teatro Raul Cortez, que fica na Praça do Pacificador – Centro de Duque de Caxias. Ingressos: Inteira R$70 | meia R$30 | promocional antecipado R$30 (vendas Sympla).

25 de outubro de 2024 – Teatro Dr. Átila Costa, que fica na Rua Francisco Santos Silva, 555 – Vila São Pedro, São Pedro da Aldeia. Ingressos: Inteira R$70 | meia R$35 | promocional antecipado R$30 (vendas Sympla).

Serviço:

Show da Escolinha em homenagem a Chico Anysio – Recreio

Dia: 5 de outubro – sábado | Horário: 21h

Local: Centro de Convenções Chico Anysio

Endereço: Av. das Américas, 19.021 – Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro – RJ

Venda de ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/97548/d/274213/s/1873665.

(Fonte: Ferraz Comunicação)

Dançar no Sol, Descansar na Lua: A intimidade pintada por Samara Paiva

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Exposição revela a poética do cotidiano e a subjetividade do corpo negro na galeria Nonada ZS. Fotos: Samara Paiva.

A Nonada ZS, localizada em Copacabana, RJ, apresenta a mostra ‘Dançar no Sol e Descansar na Lua’, da artista visual Samara Paiva. Composta por 12 trabalhos, a exposição oferece um mergulho nas investigações da artista sobre o comportamento do corpo negro na intimidade dos espaços domésticos, utilizando a pintura a óleo como meio de explorar essas relações. A visitação vai até o dia 16 de novembro.

A prática artística de Samara Paiva se caracteriza pela investigação da espacialidade e pela subjetividade do corpo negro, explorando como o ambiente doméstico possibilita humanização e contemplação. Por meio de uma paleta de cores quentes e suaves, suas obras borram as fronteiras entre o concreto e o abstrato criando um universo em que as figuras retratadas encontram descanso e intimidade. O uso do baixo contraste da noite e das sombras serve como ferramenta para libertar seus personagens da rigidez cotidiana.

Autodidata, a artista começou a desenhar e pintar após sua formação em arquitetura, utilizando a pintura como uma forma de traduzir experiências de intimidade e solitude. Nascida em 1995, em Maués, AM e atualmente residente em São Paulo, busca retratar cenas do cotidiano capturando emoções e a relação entre o corpo e o espaço. Suas obras convidam o público a refletir sobre a vulnerabilidade e a complexidade da experiência humana, especialmente do ponto de vista de uma mulher negra.

O texto crítico da exposição, assinado por Ariana Nuala, faz um paralelo entre as obras de Samara e a música brasileira, especialmente o samba de Clara Nunes. Nuala utiliza a canção ‘Juízo Final’ como referência para compreender a dicotomia entre o bem e o mal, relacionando-a com a paleta e os temas explorados pela artista e sugere que suas obras transcendem o conflito, oferecendo uma narrativa visual que privilegia o repouso, o afeto e a convivência harmoniosa com o espaço e com o outro.

Com ‘Dançar no Sol e Descansar na Lua’, Samara Paiva não apenas apresenta seu olhar singular sobre a espacialidade do corpo, mas também abre um caminho de diálogo sobre como a arte pode ser um território de resistência e liberdade. A exposição reafirma o papel da Nonada ZS como um espaço de inovação e representatividade na cena artística contemporânea, promovendo novos talentos e incentivando discussões que refletem as pluralidades do Brasil atual.

Serviço:

Exposição Dançar no Sol e Descansar na Lua, de Samara Paiva

Texto crítico: Ariana Nuala

Visitação: até 16 de novembro de 2024 | terça a sexta-feira, das 11h às 19h; sábado, das 11h às 15h

Local: Nonada ZS – @nonada_nada | http://nonada-nonada.com/

Endereço: Rua Aires Saldanha, 24 – Copacabana, Rio de Janeiro, RJ

A galeria

Nonada, um neologismo que remete ao não lugar e à não existência. Como o próprio significado de Nonada diz, ela surge com o intuito de suprir lacunas momentâneas, ou permanentes, com um novo conceito. A galeria, inclusiva e não sectária, enquanto agente promotor de encontros e descobertas com anseio pela experimentação, ilustra possibilidades de distanciar-se de rótulos enquanto amplia diálogos. “Nonada é um híbrido que pesquisa, acolhe, expõe e dialoga. Deixa de ser nada e passa a ser essência por acreditar que o mundo precisa de arte… e arte por si só já é lugar”, definem João Paulo, Ludwig, Luiz e Paulo. A Nonada mostra-se necessária após a constatação, por seus gestores, da imensa quantidade de trabalhos de boa qualidade de artistas estranhos aos circuitos formais e que trabalham com os temas atuais, sem receio nem temor em abordar tópicos políticos, identitários, de gênero ou qualquer outro assunto que esteja na agenda do dia; que seja importante no hoje. “Queremos apresentar de forma plural novos talentos, visões e força criativa”. O processo de maturação da Nonada foi orgânico e plural pois “abrangeu desde nossa experiência como também indicações de artistas, curadores, e de buscas aonde fosse possível achar o que aguardava para ser descoberto”, diz Paulo Azeco. Ludwig Danielian acrescenta: “não queremos levantar bandeiras, rótulos, e sim valorizar a boa arte, que independe de estereótipos. Queremos ter esta proposta de galeria em Copacabana, bairro popular, e na Penha, no subúrbio, na periferia do circuito de arte, para que se leve excelentes trabalhos a todos”.

(Fonte: Com Silvia Balady/Balady Comunicação)