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Samba de Dandara exalta a força ancestral feminina em disco de estreia

São Paulo, por Kleber Patricio

Samba de Dandara é Maíra da Rosa (voz), Laís Oliveira (cavaco), Laurinha Guimarães (violão), Mariana Rhormens (flauta e percussão), Ana Lia Alves (percussão), Tati Salomão (percussão) e Kamilla Alcântara (percussão). Foto: divulgação.

Após oito anos de trajetória por espaços cativos do samba paulista, o Samba de Dandara, roda composta apenas por mulheres, apresenta ao público o seu primeiro disco autoral, homônimo. Sob a chancela de Natura Musical, o projeto reúne 14 faixas inéditas, que contemplam canções autorais e de compositoras contemporâneas da cena de São Paulo, além de contar com a participação de mais de trinta mulheres entre cantoras, arranjadoras, compositoras, instrumentistas e equipe de produção.

Em seu primeiro trabalho, a banda materializa a identidade que resume sua fundação em um projeto pautado na ancestralidade e no protagonismo feminino e em discussões sobre os espaços ocupados pelas mulheres na sociedade de modo geral e, especificamente, no samba. Com letras marcadas pela luta sociopolítica feminina e pela valorização das tradições negras brasileiras, o trabalho explora diferentes linguagens e vertentes do samba, como ijexás, samba de roda, samba rural e partido alto. A tradução desses conceitos em imagem foi realizada pelo designer gráfico e ilustrador Elifas Andreato, que assina a arte da capa, e por sua filha, a artista visual Laura Andreato, responsável pelo projeto gráfico.

“O samba, símbolo de resistência da cultura negra, é historicamente protagonizado por homens, sendo reservados às mulheres o canto, o coro ou a dança”, comenta Maíra da Rosa, vocalista do grupo. “Além de resgatar a história de mulheres que nos antecederam, buscamos abrir novos caminhos e fortalecer o repertório de nossas integrantes, além de construir com este trabalho um instrumento de enaltecimento do samba paulista, de luta política por direitos sociais e da mulher e de valorização das manifestações culturais e rítmicas de origem africana”, completa.

Capa do álbum. Foto: Arte de Elifas Andreato.

O projeto foi selecionado pelo Edital Natura Musical em 2018: “Nós acreditamos no impacto transformador que a música pode ter no mundo. E os artistas, bandas e projetos de fomento à cena selecionados pelo edital Natura Musical têm essa potência de mobilizar o público na construção de um mundo mais bonito, cada vez mais plural, inclusivo e sustentável”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.

Conceito | Com a oração A Força da Mulemba, da cantora Maria Helena, embaixatriz do samba paulistano, abre-se o disco, cujo repertório pode ser dividido entre o mundo material (ou Ayê, em iorubá) e o mundo espiritual (ou Orum). Quilombo (Jacke Severina e Maíra da Rosa), terceira faixa do disco, resgata e homenageia a força dos quilombos e abre espaço para canções que afirmam o espaço da mulher na música e no samba – Samba à Toa (Maíra da Rosa) homenageia as mulheres que têm o samba como ofício; Para Amélia e Emília (Maira Ranzeiro) faz referência a sambas que se consagraram na história, porém com letras que subjugam as mulheres, e Pé de Moça (Maíra da Rosa, Mariana Rhormens e Felipe Matheus) destaca a aliança entre as mulheres na luta para ocupar os espaços.

A faixa seguinte, o samba rural Estrela Negra (Laís Oliveira, Karina Adorno e Renato Dias) homenageia Dona Anicide Toledo, matriarca do batuque de umbigada. Também têm mulheres como personagens principais as faixas Menina Guerreira (Maíra da Rosa, Mariana Rhormens e Felipe Matheus), uma homenagem às mães, e Pranto de Carnaval (Aninha Batucada, Lucas Laganaro e Renato Dias), um causo bem-humorado de carnaval. Completam a primeira parte do disco Canta, de Carol Nascimento, e Estação Crise, de Laurinha Guimarães.

O samba enredo Entre o Ayê e o Orum (Maíra da Rosa) marca a segunda etapa do álbum, resgatando as influências religiosas e ancestrais do grupo, complementado por Artimanhas (Raquel Tobias) e Xaxado pra Iansã (Mariana Rhormens e Alisson Lima). Para fechar o disco, a faixa bônus Dandaras, Filhas de Akotirenes (Maíra da Rosa e Mariana Rhormens) é uma saudação aos quilombos urbanos e ao carnaval paulista que reivindica o direito de ocupar a rua, trazendo como convidadas as mulheres do Bloco Afro Ilú Oba De Min e da baixista Ana Karina Sebastião.

Participações | Com produção executiva de Amanda Lima, quem assina a direção musical é o violonista Samuel da Silva, que coordenou a flautista Angela Coltri e o percussionista Júlio César na elaboração dos arranjos de sopro e percussão, respectivamente. Entre as cantoras convidadas para participar do disco estão Maria Helena Embaixatriz em A Força da Mulemba, Fabiana Cozza em Quilombo e Raquel Tobias em Artimanhas. Amanda Lima, Aninha Batucada, Camila Trindade, Jana Cunha, Karina Oliveira, Paulinha Sanches, Railídia, Raquel Tobias e Roberta Oliveira, parceiras da banda, foram responsáveis pelos coros.

O disco recebeu ainda participações das percussionistas Ligia Fiocco, Monalisa Madalena, Roberta Kelly e Xeina Barros, além da clarinetista Laura Santos, da violonista Fernanda Araújo, da cavaquinista e banjoísta Kelly Adolpho, da cavaquinista Camila Silva e da sanfoneira Cimara Fróis. Angela Coltri, que participou da criação dos arranjos de flautas, também fez parte das gravações, assim como Samuel da Silva, no violão sete cordas.

Samba de Dandara (2021) está disponível em todas as plataformas digitais a partir de 7 de maio de 2021. Ouça aqui.

Ficha técnica | Samba de Dandara (2021/Natura Musical)

Gravação entre outubro e novembro de 2019 por Beto Mendonça no Estúdio 185 Apodi

Mixagem e masterização: Beto Mendonça

Direção musical: Samuel da Silva

Produção musical: Laís Oliveira

Produção executiva: Amanda Lima

Assistência de produção: Mariana Torres

Arranjos de sopro: Angela Coltri (Artimanhas, Canta, Entre o Ayê e o Orum, Para Amélia e Emília), Angela Coltri e Mariana Rhormens (Menina Guerreira, Pé de Moça), Mariana Rhormens e Felipe Matheus (Pranto de Carnaval, Xaxado pra Iansã), Laura Santos (Estação Crise, Samba à Toa)

Arranjos de percussão: Júlio César (Estrela Negra, Menina Guerreira, Quilombo)

Arte de capa: Dandaras, por Elifas Andreato

Projeto gráfico: Laura Andreato

Fotos: Daniel Oliveira

Concepção de figurino: Rose Scarpelli

Figurino: Casa Cléo, Maria Mariá e Xodó da Preta.

Repertório

1 – A Força da Mulemba | Part. Maria Helena Embaixatriz (Maria Helena Embaixatriz)

2 – Canta (Carol Nascimento)

3 – Quilombo | Part. Fabiana Cozza (Jackeline Severina e Maíra da Rosa)

4 – Samba à Toa (Maíra da Rosa)

5 – Para Amélia e Emília (Maira Ranzeiro)

6 – Pé de Moça (Felipe Matheus, Maíra da Rosa e Mariana Rhormens)

7 – Estrela Negra (Karina Adorno, Laís Oliveira e Renato Dias)

8 – Pranto de Carnaval (Aninha Batucada, Lucas Laganaro e Renato Dias)

9 – Estação Crise (Laurinha Guimarães e Maíra da Rosa)

10 – Entre o Ayê e o Orum (Maíra da Rosa)

11 – Artimanhas (part. Raquel Tobias) (Raquel Tobias)

12 – Menina Guerreira (Felipe Matheus, Maíra da Rosa e Mariana Rhormens)

13 – Xaxado pra Iansã (Alisson Lima e Mariana Rhormens)

14 – Dandaras, Filhas de Akotirenes | Part. Ilú Obá de Min (Mariana Rhormens e Maíra da Rosa).

Sobre o Samba de Dandara | Samba de Dandara é samba de empoderamento e exaltação às mulheres sambistas, às grandes compositoras, às grandes intérpretes, às guerreiras do samba. A concepção de Samba de Dandara carrega o peso e a inspiração de Dandara, mulher negra, guerreira e referência histórica na luta contra a escravização. Carregar esta marca significa homenagear e promover a resistência feminina e negra sob a forma de uma representação musical que passeia por ritmos afro-brasileiros, sobretudo o samba em suas diversas vertentes – ijexás, afoxés, pontos de candomblé e umbanda. A banda propõe debates sobre ancestralidade e protagonismo feminino. Maíra da Rosa (voz), Laís Oliveira (cavaco), Laurinha Guimarães (violão), Mariana Rhormens (flauta e percussão), Ana Lia Alves (percussão), Tati Salomão (percussão) e Kamilla Alcântara (percussão).

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http://www.youtube.com/c/sambadedandara.

Banda Rock ‘n’ Roça está na final do Concurso Cultural Oneal Bandas de Garagem

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Valdenir Belisário.

A banda Rock ‘n’ Roça, de Indaiatuba, SP, foi classificada para a final do concurso cultural Oneal Bandas de Garagem, um dos maiores concursos para bandas do Brasil, promovido pela Oneal Áudio, que premia com um equipamento profissional completo no valor de R$80.000, incluindo amplificadores de guitarra, baixo, violão e teclado da Oneal, um Sistema de áudio/PA completo da Oneal, microfones da marca parceira Kadosh e uma guitarra e baixo da Guidini. O concurso é aberto para bandas, grupos, duplas e duos de todos os estilos musicais, com som autoral ou cover, como, por exemplo, rock, gospel, sertanejo, MPB, metal, blues, reggae, pop, soul etc.

Realizado em três fases – tendo as duas primeiras fases sido classificatórias, o concurso realiza o anúncio do vencedor no dia 28 de maio às 20h, em uma live exclusiva nas redes sociais da Oneal. Na final, será escolhida a banda vencedora por meio do júri e do voto popular, que, após apuração, contará como um voto na somatória.

Serão julgados performance, execução musical, afinação, qualidade da gravação e apresentação visual dos grupos. A bancada julgadora será formada por artistas e músicos endorsees da Oneal.

A Banda | “Do Rock ao Baião; de Pink Floyd a Gonzagão” – Com mais de 200 shows ao longo dos últimos 2 anos, a Rock ‘n’ Roça é a síntese da versatilidade, passeando pelos mais diversos estilos musicais e imprimindo sua marca registrada nos grandes sucessos da música nacional a internacional. Com seu repertório, que vai de “Pink Floyd a Gonzagão”, a Rock ‘n’ Roça consegue resgatar os grandes clássicos que marcaram gerações em releituras totalmente únicas e inusitadas com instrumentos acústicos e muita energia.

Serviço:

Final do Concurso Cultural Oneal Bandas de Garagem

Data: 28/5/2021 – 20h

Local: redes sociais da Oneal – Instagram | Facebook | Twitter

Siga a Rock ‘n’ Roça nas redes sociais:  Facebook | Instagram | Twitter | Youtube.

Drive thru de feijoada ajuda creche a custear despesas de manutenção

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Paulo Fleury/divulgação.

A Creche Bento Quirino realiza nos dias 22 e 29 de maio a 17ª edição da Feijoada do Bem, com o objetivo de arrecadar recursos para custear as despesas de manutenção de suas duas unidades, instaladas em Campinas – Centro e Jardim Itatinga. Pelo segundo ano consecutivo, o evento será no formato drive thru e terá o restaurante Catetinho, que atende aos sócios da Sociedade Hípica de Campinas, como responsável pelo preparo da comida. A retirada dos kits completos, que servem até três pessoas e são compostos de prato principal e acompanhamentos, ocorrerá na Unidade I da Creche Bento Quirino, à Rua Irmã Serafina, 316, no Centro, das 10h às 14h. O valor do voucher é de R$90,00 e o pagamento pode ser realizado por meio de PIX e por transferência bancária ou depósito. Cada voucher dá direito a uma máscara GVS de brinde. Mais informações podem ser obtidas pelos números WhatsApp (19) 99148-4990 e 99675-5400.

De acordo com Joana Balles, responsável pela realização da Feijoada do Bem, as mudanças no formato e na forma de pagamento foram necessárias para adequar o evento ao momento da pandemia. “Em 2020, a modalidade drive thru garantiu a segurança e a comodidade dos envolvidos nos dois dias da ação. Para este ano, agregamos outra novidade, o PIX, para facilitar ainda mais a adesão de quem deseja alimentar a alma colaborando com uma causa social e, de quebra, alimentar o estômago com uma feijoada preparada com muito carinho pelo Restaurante Catetinho”, enfatiza Joana. Assim como ocorreu na edição anterior, o comprovante de pagamento deverá ser enviado por WhatsApp e, assim que contabilizado, o número do voucher será enviado ao comprador, também por WhatsApp.

O presidente da Creche Bento Quirino, Emiliano Matheus B. Beghini, destaca a importância deste evento para a entidade: “Além de dar visibilidade aos trabalhos realizados pela instituição, o montante arrecadado anualmente ajuda muito na manutenção das nossas duas unidades, Centro e Jardim Itatinga, onde, neste ano, atendemos principalmente às famílias de mais de 390 crianças. Em 2020, arrecadamos R$31.500,00 com a ação e esperamos repetir este desempenho nesta edição”. Beghini ressalta que o evento já é tradicional em Campinas e não seria possível viabilizá-lo não fosse pela mobilização de pessoas e de empresas, tais como EMS – Indústria Farmacêutica, Garcia Terraplenagem e Pavimentação, Higa Atacado, Furlan Participações, São Leopoldo Mandic, Pastifício Selmi, Instituto Robert Bosch, Instituto 3M, Lojas Camelo, Endress + Hauser e DM7 Marketing, entre outras.

Serviço:

Feijoada do Bem da Creche Bento Quirino 2021 – Drive Thru

Quando: 22 e 29/5/2021, das 10h às 14h

Onde: Creche Bento Quirino (Rua Irmã Serafina, 316, Centro, Campinas/SP)

Quanto: R$90,00 (voucher inclui o prato principal e os acompanhamentos em porções que servem até 3 pessoas). * Brinde: uma máscara GVS

Formas de pagamento: depósito ou transferência Bradesco (banco 231) – agência 0046-9 – conta corrente 32716-6, CNPJ 46.044.228/0001-84 ou PIX para o CNPJ da creche

Informações: WhatsApp: (19) 99253-3706 | 99765-5400

Patrocínio: EMS – Indústria Farmacêutica, Garcia Terraplenagem e Pavimentação, Higa Atacado, Furlan Participações, São Leopoldo Mandic, Pastifício Selmi, Instituto Robert Bosch, Instituto 3M, Lojas Camelo, Endress + Hauser e DM7 Marketing

Apoio: Rush Vídeos, Restaurante Catetinho, GVS do Brasil

Realização: Amdes.

Sobre e Creche Bento Quirino | A Sociedade Feminina de Assistência à Infância, mantenedora da Creche Bento Quirino, atua em Campinas (SP) desde 1914 e conta com duas unidades (Centro e Jardim Itatinga). Atualmente, a instituição atende a 390 crianças com idade entre 2 a 6 anos e suas famílias, com o objetivo de minimizar as situações de violência doméstica, vulnerabilidade e risco social.

Para a realização de seu trabalho, a entidade socioeducativa – a primeira filiada à Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (FEAC) – mantém parceria com a Prefeitura Municipal de Campinas e com empresas privadas. Além de promover eventos para angariar recursos para sua manutenção, a instituição está habilitada para receber os incentivos fiscais do 1% (pessoa jurídica), 6% (pessoa física) e também 3% (pessoa física) do imposto de renda.

“Viagem Teatral Play” oferece espetáculos online e gratuitos no Youtube do SESI-SP

São Paulo, por Kleber Patricio

O louco e a camisa. Foto: Caio Galluci.

Até 1º de agosto, o projeto Viagem Teatral Play de difusão de artes cênicas do Serviço Social da indústria de São Paulo (SESI-SP) disponibiliza uma série de espetáculos de teatro e dança em seu canal do YouTube (bit.ly/viagemteatralplay) para o público assistir gratuitamente e sem sair de casa. Duas novas temporadas entram em cartaz a cada quinze dias e ainda dá para aproveitar lives, bate-papos e oficinas ligados à temática dos espetáculos.

Chamadas de InterARTividades, as atividades virtuais são apresentadas aos sábados, às 11h, quando voltadas para o público infanto-juvenil, e às 17h, para os adultos. Algumas delas permitem uma interação ainda mais próxima dos artistas com o público por meio da plataforma Zoom e, para estes casos, é necessário fazer inscrições pelo sistema Meu SESI.

Luceros dança Toninho Ferragutti. Foto: Ricardo Raggi.

Em maio, a programação começa com o espetáculo Luceros dança Toninho Ferragutti, disponível até dia 26, unindo a dança flamenca e os ritmos brasileiros em uma coreografia marcante.

Na sequência, estreiam as peças Inimigos (infantil) e O louco e a camisa (adulto), em cartaz na plataforma virtual de 6 a 16 de maio. Em Inimigos, da Cia. De Feitos, soldados inimigos em um mundo imaginário não entendem os motivos para continuarem brincando de lutar, pois se um mudasse de lado, nada mudaria, já que todos ali são iguais. Ainda dentro da temática da violência, O louco e a camisa discute temas como violência doméstica, loucura e hipocrisia ao narrar a história de uma família que tenta esconder de todos o filho louco e suas ideias malucas.

De 20 a 30 de maio, é a vez das temporadas de FUI! (juvenil) e Mercedes (adulto) tomarem conta do Viagem Teatral Play. Inspirado no romance Tchick, do alemão Wolfgang Herrndorf, o FUI! presenta a história de quatro amigos que na adolescência roubam um carro e viajam à procura da felicidade e, depois de 15 anos, se reencontram e discutem as expectativas deixadas para a vida adulta. Já Mercedes narra a história da primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Mercedes Baptista, precursora da dança moderna brasileira e conhecida por unir a tradição clássica europeia e as raízes africanas.

FU!. Foto: Elenize Dezgeniski.

Entre as InterARTividades desse mês, estão lives e oficinas teatrais com foco nos espetáculos O louco e a camisa (com o ator e diretor Elias Andreato), Mercedes e FUI! nos dias 8, 22 e 29 de maio, respectivamente. O destaque fica com a oficina de criação de máscaras para crianças inspiradas na peça Inimigos, comandado pela Cia. De Feitos, no dia 15.

Todos os detalhes da programação gratuita, links das apresentações e das InterARTividades podem ser conferidos na brochura digital do projeto: bit.ly/BrochuraViagemTeatralPlay.

Sobre o Viagem Teatral | Sob a curadoria da equipe de Artes Cênicas do SESI-SP, o Viagem Teatral apresenta um panorama da produção cênica brasileira contemporânea, proporcionando variadas experiências estéticas para incentivar a diversidade cultural e estimular a formação de novas plateias. Todos os espetáculos que compõem a programação são selecionados por meio do Edital de Chamamento de Projetos Culturais do SESI-SP, realizado anualmente.

O projeto, realizado há mais de 15 anos, promove a circulação de espetáculos teatrais e de dança pelas unidades do SESI-SP em todo o Estado e movimenta mais de 400 profissionais, entre artistas, técnicos e produtores. O Viagem Teatral também oferece oficinas, que em 2021 acontecem virtualmente pela primeira vez, contribuindo para a formação de público e de agentes multiplicadores da cultura.

Serviço:

Viagem Teatral Play

Período: de 14 de abril a 1º de agosto de 2021

Gratuito

Transmissões pelo YouTube do SESI-SP: http://bit.ly/viagemteatralplay

Saiba mais detalhes de todos os espetáculos em bit.ly/BrochuraViagemTeatralPlay.

Luceros dança Toninho Ferragutti

De 5 a 26 de maio

Grupo Luceros e Toninho Ferragutti | 60 min. | Dança | Classificação: livre

A pluralidade artística do Grupo Luceros é ressaltada nessa coreografia que une e homenageia a dança flamenca e a brasilidade de Na Sombra da Asa Branca, de Toninho Ferragutti.

Ficha técnica: Direção Geral: Clarisse Abujamra | Concepção e Coreografias: Grupo Luceros | Composições, arranjos e direção musical: Toninho Ferragutti | Bailarinos: Ale Kalaf, André Pimentel e Priscila Grassi | Músicos: Toninho Ferragutti, Alexandre Ribeiro, Beto Angerosa e Zé Alexandre Carvalho | Iluminação: Marcos Tadeu Diglio | Cenografia: Marina Vizini e Palhassada.

Inimigos

De 6 a 16 de maio

Cia. de Feitos | 55 min. | Infantil | Classificação: livre

Em dois buracos no mais abstrato dos cenários da imaginação, soldados inimigos não entendem o motivo para estarem brincando de lutar: são exatamente iguais. Quase sempre assustados, com saudades das famílias, todos nervosos, com frio, calor e fome. Se por acaso um dia eles trocassem de lado, não mudaria nada, ninguém notaria, porque os de lá são iguais aos de acolá. Então, por que lutam?

Ficha técnica: Direção e Dramaturgia: Carlos Canhameiro | Elenco: Artur Kon, Carla Massa, Giscard Luccas, Paula Mirhan, Paula Serra e Rui Barossi | Trilha Original e Música ao Vivo: Paula Mirhan e Rui Barossi | Iluminação: Daniel Gonzalez | Figurinos: Renan Marcondes | Cenário: Carlos Canhameiro e Cia. De Feitos | Adereços e Máscaras: Artur Kon, Carla Massa e Renan Marcondes | Produção: Cia. De Feitos.

O louco e a camisa

De 6 a 16 de maio

Néctar Cultural | 80 min. | Adulto | Classificação: 12 anos

Espetáculo discute violência doméstica, loucura e hipocrisia ao narrar a história de uma família que tenta esconder o filho louco e suas ideias malucas.

Ficha técnica: Autor: Nélson Valente | Tradução e idealização: Priscilla Squeff | Elenco: Rainer Cadete, Noemi Marinho, Priscilla Squeff, Dudu Pelizzari e Ricardo Dantas | Sub Matilde: Patrícia Gasppar | Direção: Elias Andreato | Cenário e Figurino: Elias Andreato | Iluminação: Cleber Eli | Trilha: Jonathan Harold | Fotografia: Caio Gallucci | Visagismo: Dicko Lorenzo | Designer Gráfico: Ale Pessôa | Planejamento de comunicação: 5c Assessoria e Comunicação | Assessoria de imprensa: Morente Forte | Assistente de produção e administrador: Diogo Villa Maior | Produtores: Priscilla Squeff, Danny Olliveira e Leandro Luna | Realização: Néctar Cultural.

InterARTividade: Estudo de cena e a ressignificação do cotidiano

8 de maio | 17h

Com Elias Andreato e elenco | 90 min. | Classificação: 18 anos

Ministrada pelo diretor Elias Andreato e pela atriz Priscilla Squeff, a oficina propõe uma análise da peça O Louco e a Camisa, de Nélson Valente, como ponto de partida para debater possíveis situações problemáticas da vida real e do momento de isolamento atual.

InterARTividade: Oficina virtual de máscaras de sacolas

15 de maio | 11h

Com Cia. De Feitos | 60 min. | Classificação: livre

Inspirados pelas máscaras da peça Inimigos, os integrantes da Cia. De Feitos convidam o público para uma oficina lúdica de confecção de máscaras para crianças a partir de sacolas de papel. Serão abordadas atividades de recorte, pintura, desenho e colagem com as crianças participantes.

FUI!

De 20 a 30 de maio

Cia. Senhas de Teatro | 60 min. | Juvenil | Classificação: 12 anos

Inspirado no romance Tchick, do alemão Wolfgang Herrndorf, o espetáculo apresenta a história de quatro amigos que, no auge de seus 15 anos, roubam um carro e viajam sozinhos à procura da felicidade. Depois de 15 anos, o grupo se reencontra e discute as expectativas deixadas para a vida adulta.

Ficha técnica: Dramaturgia e Direção: Sueli Araujo | Assistência de Direção e Improvisação: Anne Celli | Atuação: Ciliane Vendruscolo, Greice Barros, Luiz Bertazzo, Rafa di Lari | Direção de Movimento e Preparação Corporal: Cinthia Kunifas | Desenho de Som/Edição e operação: Ary Giordani | Desenho de luz e operação: Wagner Corrêa | Figurino: Amabilis de Jesus | Cenário: Paulo Vinícius | Direção de Produção e Maquiagem: Marcia Moraes | Produção Executiva: Edran Mariano | Fotografia: Elenize Dezgeniski | Realização: Cia. Senhas de Teatro.

Mercedes

De 20 a 30 de maio

Grupo EMÚ | 80 min. | Adulto | Classificação: 12 anos

Espetáculo narra a história e carreira da primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Mercedes Baptista. Precursora da dança moderna brasileira, Mercedes criou uma identidade por meio da junção entre o clássico europeu e as raízes africanas.

Ficha técnica: Concepção e idealização: Sol Miranda | Direção: Juracy de Oliveira e Thiago Catarino | Texto: Cássio Duque e Sol Miranda | Dramaturgia: Grupo Emú | Supervisão de direção e de dramaturgia: Fabiano de Freitas | Elenco: Ariane Hime, Emerson Ataíde, Iléa Ferraz, Paula Pardon, Raphael Rodrigues, Drayson Menezes, Tuany Zanini e Sol Miranda | Participação especial: João Paulo Alves e Reinaldo Junior | Coreografia e Direção de Movimento: Fábio Batista | Preparação Corporal: Charles Nelson, Elton Sacramento, Fábio Batista e Yara Barbosa | Bailarinos: Renata Araújo, Canela Monteiro, Evandro Machado e Priscila Lúcia | Direção Musical: Sérgio Pererê |Composição Musical: Kadú Monteiro e Sérgio Pererê | Composição percussiva biográfica: Kaio Ventura | Piano: Richard Neves | Violino: Frida Maurine e Nath Rodrigues | Violoncelo: Raquel Terra | Percussão: Kaio Ventura e Reinaldo Júnior | Efeitos: João Nazaré | Preparação Vocal: Priscilla Lacerda | Iluminação: Paulo Cesar Medeiros | Iluminador de cena: Hebert Said | Figurino: Lucas Pereira | Concepção de Cenário: Juracy de Oliveira e Adriano Farias | Cenografia: Bambuê Arquitetura Viva & Mundo Livres | Fotografia Artística: Daniel Barboza, Felipe Alencar e Júlio Ricardo | Designer Gráfico: Giulia Santos | Imagens audiovisuais: Agôya, Felipe Alencar e Helena Bilinski |Edição das imagens e pós produção: Helena Bilinski (Xot Filmes) | Assessoria de formação de plateia: Ébano Produções Artísticas | Produção audiovisual: Helena Bielinski | Assessoria de Imprensa: Duetto Comunicação | Produção: Emú Produções Artísticas |Direção executiva: Sol Miranda Produtores do espetáculo em temporadas: Aliny Ulbricht, Renata Araújo e Simone Braz| Produção SESI Viagem Teatral: Nil Mendonça | Administração: Tuany Zanini | Parceiro: Terreiro Contemporâneo | Coprodução da montagem: Alquimia Cultural | Gerência de produção da montagem: Saulo Rocha | Coordenação de produção da montagem: Roberta Leão.

InterARTividade: Mercedes, Corporeidade e Força Vital: Valores Culturais Africanos Melgaço

22 de maio | 17h

Com Aza Njeri, Sol Miranda e Paulo Melgaço | 60 min. | Classificação: livre

A live traz como tema central as composições contemporâneas de teatro a partir da experiência da Cia. EMÚ na criação do espetáculo Mercedes. Também serão apresentados os valores culturais africanos de corporeidade e força vital dentro do Teatro Negro.

InterARTividade – Bate-papo sobre a criação do espetáculo FUI!

29 de maio | 11h

Com Sueli Araujo, Ciliane Vendrusculo, Greice Barros, Rafael di Lari, Luiz Bertazzo | 60 min. | Classificação: livre

Neste bate-papo com o público, a equipe da peça FUI! irá contar detalhes do processo de adaptação da obra Tchick, de Wolfgang Herrndorf para o teatro e ainda abordar temas presentes no espetáculo, como liberdade e responsabilidade, descoberta do desejo e da sexualidade, respeito e amizade, diferenças sociais e convívio, medo e autoconhecimento.

União Estável entre pessoas do mesmo sexo completa 10 anos no Brasil

Brasil, por Kleber Patricio

Mais de 21,6 mil escrituras de uniões estáveis entre casais do mesmo sexo já foram realizadas por Cartórios de Notas do Nome do Estado no período. Imagem de Julie Rose por Pixabay.

Um dos mais emblemáticos dias para a garantia dos direitos LGBT no Brasil está prestes a completar 10 anos – há uma década, no dia 5 de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecia por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Desde então já foram mais de 21.600 uniões homoafetivas realizadas no Nome do Estado que, desde agora, também permite que o ato seja feito online pela plataforma oficial e-Notariado (http://www.e-notariado.org.br).

Num voto histórico, o ministro Ayres Britto, relator das ações, argumentou que o artigo 3º, inciso IV, da Constituição Federal veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual e que, portanto, seria necessário excluir qualquer significado do artigo 1.723 do Código Civil que impedisse o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. “O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, observou o magistrado, para concluir que qualquer depreciação da união estável homoafetiva colidia com o inciso IV do artigo 3º da CF.

De acordo com os dados do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), desde a decisão do STF, mais de 21,6 mil escrituras de uniões estáveis entre casais do mesmo sexo já foram realizadas por Cartórios de Notas do Nome do Estado, sendo 2.125 em 2020, ano da pandemia. O ano de 2018, véspera do início do mandato do atual presidente da República, marca também o recorde da década, com 2.595 atos realizados. Dezembro foi o mês mais escolhido para a realização do ato, com uma média de 198 uniões realizadas no período a cada ano, tendo seu pico em 2018, quando 325 uniões homossexuais foram realizadas.

Imagem de Bhakti Kulmala por Pixabay.

A decisão é considerada também um marco para o Direito de Família. O pleito abriu um debate importante na sociedade, que resultou, em 2013, na Resolução nº 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que permitiu aos cartórios registarem casamentos homoafetivos. A presidente do CNB/CF, Giselle Oliveira de Barros, ressalta que os atos feitos nos Tabelionatos de Notas representam uma importante ferramenta de segurança jurídica aos casais. “A escritura pública de União Estável é um dos tantos passos importantes que o País deu no que diz respeito à garantia dos direitos de homossexuais. Faz-se extremamente necessário o tratamento igualitário aos casais que buscam comprovar e assegurar sua relação, planos de saúde e, até mesmo, garantir que o companheiro seja considerado como tal ao receber a herança em caso de morte do outro”, explica a presidente.

União Estável Online | Desde junho do ano passado, o ato pode ser realizado de forma online pela plataforma e-Notariado. Para realizá-la, o cidadão precisa de um Certificado Digital Notariado, emitido gratuitamente pelos Cartórios de Notas cadastrados, ou possuir um certificado padrão ICP-Brasil, o mesmo utilizado para envio do Imposto de Renda de Pessoa Física.

Com o certificado digital, o cidadão deve entrar em contato com o Cartório de Notas de sua preferência e solicitar o ato. Um link para a videoconferência será enviado para o e-mail indicado pelo usuário. Após a vídeo-chamada, na qual é realizada a identificação das pessoas e a coleta de sua vontade, o cidadão pode assinar seu documento pelo computador ou celular com um simples clique.

No Brasil, desde a decisão do STF, mais de 21,6 mil escrituras de uniões estáveis entre casais do mesmo sexo já foram realizadas por Cartórios de Notas de todo o País, sendo 2.125 em 2020, ano da pandemia. Dezembro foi o mês mais escolhido para a realização do ato, com uma média de 198 uniões realizadas no período a cada ano, tendo seu pico em 2018, quando 325 uniões homossexuais foram realizadas. O ano de 2018, véspera do início do mandato do atual presidente da República, marca também o recorde da década, com 2.595 atos realizados.

Evolução dos direitos LGBT | Apesar do número expressivo, o País ainda não tem uma lei que regulamente a situação dessas pessoas. Tramita no Congresso o projeto de lei nº 612/2011, de autoria da senadora Marta Suplicy (sem partido), que altera o Código Civil para retirar menções de gênero em relação ao casamento e à união estável – hoje, a lei fala em “homem e mulher”.

A proposta já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e poderia ter sido enviada diretamente à Câmara, mas foi barrada após um recurso do senador Magno Malta (PR-ES), da bancada evangélica, que solicitou que a matéria fosse votada em plenário. O projeto foi colocado na pauta para votação em dezembro do ano passado, mas não houve quórum. Para que vire lei, o PL precisa ser aprovado nas duas Casas do Legislativo e passar por sanção presidencial.

Sobre o CNB – Colégio Notarial do Brasil | O Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF) é a entidade de classe que representa institucionalmente os tabeliães de notas brasileiros e reúne as 24 Seccionais dos Estados. O CNB/CF é filiado à União Internacional do Notariado (UINL), entidade não governamental que reúne 89 países e representa o notariado mundial existente em mais de 100 nações, correspondentes a 2/3 da população global e 60% do PIB mundial.