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Livro infantil fala sobre os medos na infância

São Paulo, por Kleber Patricio

Lançamento da Catapulta Editores é indicado para crianças a partir de 4 anos. Imagem: divulgação.

O medo pode estar relacionado apenas ao que não é conhecido – especialmente na infância. Em Do outro lado, a Catapulta Editores apresenta a temática às crianças de maneira lúdica e recheada de ilustrações coloridas. O livro, um lançamento, é feito em páginas cartonadas e indicado para crianças a partir de quatro anos.

A narrativa apresenta a perspectiva do pequeno Léo, personagem que tenta entender o que há atrás de uma porta ao espiar pelo buraco da fechadura. Além de trazer a temática dos receios infantis, a obra também trabalha o assunto da perspectiva – algo ou uma situação pode ser de um jeito ou de outro a depender de como se vê.

Em Do outro lado, a Catapulta Editores reforça a preocupação em trazer temáticas relevantes no linguajar infantil. “Os livros são ferramentas de diálogo com as crianças. Divertem enquanto ensinam os pequenos, em momentos de descontração”, ressalta Carmen Pareras, diretora da marca no Brasil.

Com valor sugerido de R$79,90, o livro pode ser encontrado no site da Catapulta Editores – www.catapultalivros.com.br. Além disso, livrarias físicas e online também oferecem o título.

Direito de propriedade: livro “O Caso do Palácio Guanabara” retrata um dos casos mais antigos do Brasil

Brasil, por Kleber Patricio

Na última semana, o advogado Guilherme de Faria Nicastro lançou o livro O Caso do Palácio Guanabara pela Editora Lumen Juris. A obra retrata um completo estudo sobre a reconstrução jurídico-histórica do Caso do Palácio Guanabara em suas vertentes processual e substancial, assim como do direito de propriedade na transição política — analisando o litígio sob a óptica da justiça de transição, constituída de mecanismos empregados para a reconstrução social ao analisar o legado de abusos sistemáticos de direitos humanos por práticas autoritárias em transições políticas — e introduz uma nova teoria: a problemática da justiça de transição aplicada no Direito Privado, para propor a sua resolução ao caso.

Em 15 de novembro de 1889, um golpe militar depôs o Imperador Dom Pedro II, dando início ao conturbado período de transição política da Monarquia para a República. No contexto de consolidação do novo regime, a Família Imperial do Brasil foi extirpada de seus direitos políticos e banida do território nacional. Entretanto, as mudanças ocorridas na esfera política a afetaram diretamente em sua esfera privada, por meio, por exemplo, de uma série de expropriações.

Uma dessas expropriações — a tomada do então Palácio Isabel, hoje Palácio Guanabara e atual sede do Governo Estadual do Rio de Janeiro, pelos militares republicanos, em 1894 — continua, passado mais de um século, a opor membros da Dinastia deposta ao Estado Brasileiro em um dos litígios mais curiosos e antigos no Judiciário.

O livro conta, ainda, com prefácio do Prof. Dr. Dimitri Dimoulis, da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.

A obra pode ser adquirida por meio da loja virtual www.lumenjuris.com.br.

Guilherme de Faria Nicastro | Bacharel em Direito pela FGV Direito SP – Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, com formação complementar em Relações Internacionais pela FGV CPDOC – Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas. Advogado na área de Infraestrutura e Project Finance no escritório Machado Meyer Advogados.

Serviço:

O Caso do Palácio Guanabara

Autor: Guilherme de Faria Nicastro

Editora: Lumen Juris

Páginas: 316

Valor: R$80

ISBN: 9786555105582

Para adquirir o exemplar: https://lumenjuris.com.br/direito-constitucional/caso-do-palacio-guanabara-o-2021-2951/p.

Motorhomes: setor registra aumento de vendas na pandemia

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Engaje! Comunicação.

Com o home office cada vez mais em alta no Brasil, muitos começam a pensar em novas formas de trabalhar. Principalmente, o que amam viajar e que sentiram uma enorme sensação de encarceramento domiciliar. Por isso, os veículos recreativos, mais conhecidos como motorhomes, viraram uma tendência que veio para ficar no país. Além de confortáveis e democráticos, podendo se adaptar a vários bolsos, são uma ótima opção para quem deseja desbravar o mundo com segurança e sofisticação. Afinal, é uma casa sobre quatro rodas, com todos os utensílios de uma residência comum: cama, mesa, banheiro, chuveiro (com água quente), internet. E com o diferencial de não ter local fixo – ou seja, dá para fazer o home office de qualquer lugar.

Quem comprova a alta na procura é a Estrella Mobil Motorhomes, fábrica localizada em Santa Branca, no interior de São Paulo, que produz veículos recreativos personalizados desde 2017 e teve seu ápice ano passado, quando o número de vendas aumentou 80%. “A pandemia foi apenas um facilitador para o aumento da procura dos motorhomes aqui na fábrica. Muitas pessoas tinham o sonho de ter um destes veículos, mas pensavam ser algo impossível de acontecer. Achavam que não cabiam no bolso ou acreditavam que as obrigações na cidade não permitiriam desfrutar bem do veículo. De 2020 para cá, essa visão começou a mudar e nosso negócio decolou”, explica Julio Lemos, um dos fundadores da empresa.

Segundo um levantamento realizado pela empresa no início do ano, houve uma forte mudança no perfil de viajantes de motorhome ao longo dos anos: enquanto em 2018 os aposentados lideravam o ranking com 80%, em 2021, pessoas mais jovens que começaram a trabalhar de forma remota já eram 35% do total de vendas na fábrica. “Percebemos que essa mudança no perfil tem muito ver com o novo estilo de vida do brasileiro: com a pandemia, as pessoas perceberam que é possível trabalhar estando em qualquer lugar, seja dentro ou fora de um escritório, à beira da praia ou no pé da serra. Hoje, unir o útil ao agradável é o que faz os motorhomes serem tão procurados no Brasil”.

O grande diferencial para os que aderem aos veículos recreativos e precisam trabalhar remotamente é a possibilidade de recarregamento de independência energética para os clientes, já que todos os carros são equipados com tecnologias avançadas que permitem que a energia dure por longos percursos.

Lançamentos para os trabalhadores viajantes | A Estrella Mobil lança no mercado dois novos modelos de motorhomes: o primeiro é o Comet, montado em chassi Citroen Jumpy. Com tração dianteira e movido a Diesel, pode chegar a 17km/l. É leve e tem capacidade para até quatro pessoas. Além disso, possui sistema de aquecimento boiler, que funciona tanto na rede elétrica, quanto em sistema a gás, que pode ser abastecido sempre e permite acesso a água quente dentro do motorhome. O novo modelo também é composto por duas placas solares de 100 W, que garantem maior autonomia de energia durante as viagens. Já a parte interna é produzida com courvin náutico, que melhora a acústica dentro do veículo.

O outro lançamento é o Capela, motorhome com carroceria fabricada em Divinycell. Montado em chassi Mercedes-Benz Sprinter ou Iveco Daily, tem baixo peso e alta resistência. Os tamanhos totais variam entre 6m a 7,2m. Seu design segue os padrões utilizados na Europa.

Fibromialgia: doença afeta saúde física e mental, mas pode ser controlada

São Paulo, por Kleber Patricio

Crédito da foto: diana.grytsku/Freepik.

Não é à toa que, no dia 12 de maio, foi instituída uma data específica para a conscientização da fibromialgia, doença caracterizada por queixas de dores musculoesquelética difusas e persistentes. Estima-se que a doença acometa em torno de 4% da população mundial, incidindo principalmente em mulheres entre 35 e 44 anos e sedentárias. Os homens, no entanto, também podem ter a condição. No Brasil, cerca de 4,8 milhões de pessoas possuem fibromialgia, mas apenas 2,5% dos pacientes recebem tratamento adequado.

Quem possui fibromialgia costuma sentir dores musculares fortes em diferentes regiões do corpo, além de fadiga crônica, sensação de formigamento nas mãos e nos pés, enxaqueca, rigidez muscular, dor após qualquer esforço físico e anormalidades no sono. Pesquisas também indicam os efeitos à saúde mental da doença, inclusive questões acentuadas durante a pandemia e o isolamento social.

“Muitas vezes desacreditados por se queixarem de dor sem outros sintomas aparentes, os pacientes sofrem preconceito de familiares, amigos ou por colegas de trabalho – um gatilho para quadros depressivos, ansiedade, deficiência de memória e desatenção. Estudos clínicos  apontam o aumento de estresse na vida dessas pessoas, inclusive se multiplicando na pandemia”, alerta o Dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião, médico da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Hospital Israelita Albert Einstein. “Uma vez que os sintomas são similares aos de outras doenças, como tendinite, ou à prática inadequada e intensa de exercícios, a fibromialgia nem sempre é diagnosticada e tratada como o esperado”, complementa o neurocirurgião.

O médico explica, ainda, que consultar neurocirurgião funcional ou um neurologista pode ser valioso para o tratamento. “A fibromialgia é uma doença que envolve, entre outras coisas, uma alteração nos centros do cérebro de percepção dolorosa. O paciente possui, portanto, uma sensação aumentada à dor. Embora hoje a fibromialgia seja tratada por especialidades como reumatologia e medicina da dor, ela é, também, um problema de origem neurológica”, conclui.

Embora ainda não tenha cura, há tratamentos promissores para controlar os sintomas da fibromialgia. Alongamentos, exercícios físicos de baixa intensidade e o uso de medicações apropriadas, como os analgésicos, por exemplo, são opções eficazes, bem como a acupuntura. Mas o ideal é procurar ajuda médica para obter um tratamento personalizado e condizente com as necessidades de cada paciente.

Com transposição do São Francisco, espécie de peixe invasora prolifera em bacia do rio Paraíba do Norte

Paraíba, por Kleber Patricio

Espécie Moenkhausia costae. Foto: Pesquisadores/Arquivo.

Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em parceria com as universidades federais do Rio Grande do Norte e da Paraíba relatam a proliferação de uma nova espécie de peixe na bacia do rio Paraíba do Norte, vinda do canal do rio São Francisco. Identificada pela primeira vez na região pelos pesquisadores após a transposição do rio, a espécie de peixe Moenkhausia costae, popularmente conhecida como tetra fortuna, pode provocar um desequilíbrio no ecossistema da região ao competir com outras espécies de peixes nativas. O estudo está publicado na edição de maio da revista Biota Neotropica.

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores compararam a composição e frequência relativa de espécies de peixes do açude Poções usando dados coletados antes e depois da transposição do rio São Francisco. Localizado no município de Monteiro, na Paraíba, esse açude foi o primeiro da bacia do rio Paraíba do Norte a receber águas da transposição do rio São Francisco, em março de 2017. Foram feitas coletas de peixes em julho e novembro de 2016, antes da transposição, e em julho de 2018 e janeiro de 2020, depois da transposição do rio.

Conduzido pelo Governo Federal, o projeto de transposição do rio São Francisco envolveu a construção de mais de 700 quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos ao longo do território de quatro Estados do Nordeste brasileiro – Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte – para o desvio das águas do rio São Francisco. As obras iniciaram em 2007 e, por atrasos, têm o término previsto para 2022.

De acordo com o pesquisador Telton Ramos, autor do estudo, os peixes da bacia do rio Paraíba do Norte já vinham sendo monitorados há alguns anos pelos autores do trabalho, mesmo antes das obras de transposição do rio. “O açude Poções é monitorado há muitos anos pela equipe do Laboratório de Ecologia Aquática da Universidade Estadual da Paraíba que nunca havia registrado a piaba Moenkhausia costae, explica Ramos.

Os pesquisadores localizaram a espécie pela primeira vez em 2018 em coleta de cinco peixes durante o período chuvoso. Em uma segunda coleta pós-transposição, em janeiro de 2020, foram coletados 36 peixes da espécie em período de seca. “Nessa amostragem, a Moenkhausia costae foi a terceira espécie mais abundante, o que nos levou a inferir que a espécie está se proliferando no açude”, destacou o pesquisador.

A transposição de rios em regiões secas ao redor do mundo tem ocorrido bastante, principalmente devido à alta demanda por água doce. Porém, estes grandes empreendimentos representam, também, uma ameaça à biodiversidade aquática das regiões ao provocarem um desequilíbrio na fauna nativa. “A introdução de espécies exóticas é considerada uma das maiores causas de perda de biodiversidade nativa em todo o mundo, levando muitas populações à extinção”, enfatiza Ramos. A proliferação da piaba no novo ambiente pode levar à competição da espécie com as espécies de peixes nativas.

Para Ramos, o estudo serve de alerta para futuras transposições de rios. “É necessário muito cuidado em projetos transposição para que situações como essa não ocorram com frequência. O projeto da transposição do rio São Francisco previa diversas barreiras que, em tese, impediriam a passagem de peixes pelos canais, mas pelo jeito, não foram suficientes”, explica.

(Fonte: Agência Bori)