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Brasil
Em pleno ABC Paulista, palco de conquistas operárias e da esquerda, conhecemos a trajetória decadente de um pequeno burguês em TRANSE – Ato 1, estrelado por Salloma Salomão e escrito e dirigido por Marcio Castro. O espetáculo tem uma temporada no Sesc Belenzinho entre 3 de outubro e 3 de novembro.
A peça foi lida em um ciclo de leituras dramáticas e publicada em livro em 2018 e 2019, na capital e região do ABC – a obra, inclusive, foi distribuída nas cidades angolanas de Luanda, Cazenga e Benguela por meio do intercâmbio cultural Brasil/Angola –Projeto Raízes. Em 2024, o projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo de Santo André e fez uma abertura de processo nesta cidade.
A montagem faz parte do Projeto TRANSE, que também conta com um Ateliê Aberto de Criação, no qual os artistas revelam aspectos do processo criativo ao longo de quatro oficinas de direção e dramaturgia, cenografia, figurino e dramaturgias musicais. As atividades ocorrem no Sesc Belenzinho no mesmo período em que a peça fica em cartaz por lá.
A trama narra a história de Ricardo, um pequeno burguês decadente de Santo André, herdeiro de diretores da General Electric. Ao levar um tiro, o personagem revive em flashback sua ignóbil vida. A covardia e mesquinhez desse homem são desnudadas a partir de imagens e lembranças reais de movimentos de esquerda e de imagens de Paulo Martins, personagem do filme ‘Terra em Transe’ (1967), de Glauber Rocha.
Em cena, Ricardo é visto através de uma janela, uma grande estrutura cênica móvel que gira no palco ao longo do espetáculo sugerindo mudanças de perspectiva e ângulos, além de provocar o voyeurismo do espectador. Permeado por um narrador disparador de cenas e contrarregras, que seriam seus empregados (e que agem também como fantasmas de sua cabeça), a montagem conta com uma trilha sonora tocada ao vivo, que favorece esse transe do protagonista. “A estrutura técnica do trabalho é erigida por meio de refletores expostos em tripés, sistemas de som aparentes e a presença dos técnicos de frente para o público. A cenografia é modificada pelos contrarregras composta pela própria equipe de trabalho (diretores de arte, figurinista, diretor, iluminadora, músico, técnicos de som e luz), oferecendo novos prismas sobre Ricardo, modificando os planos pelo qual podemos assistir o homem em sua rota de morte (frontal, lateral, panorâmica), tal como se constrói a fotografia de um filme, fortalecendo a ideia do voyeur, figura conceito no trabalho, que atravessa a peça. Tudo é visto pelo público”, revela o diretor Marcio Castro.
A encenação ainda conta com luzes e projeções de imagens vindas de bazucas poéticas, objetos como lunetas feitas de tubos telefônicos e lentes, e com um figurino monocromático criado a partir de upcycling de uniformes reais de operários da região do ABC paulista.
A cena é atravessada por escritos, diários, projeções de imagens de filmes, gravadores e fitas cassete. E o personagem central se divide em encontrar as suas memórias inscritas nestes suportes e relembrar sua vida em um contexto inebriante, construído pela ambiência musical que atravessa a perspectiva do sonho e pesadelo. “A presença de Salloma Salomão universaliza a interpretação de um personagem branco de classe média por uma pessoa negra. É uma provocação à indesejada prática hegemônica de atores brancos interpretarem personagens diversos, enquanto aos pretos relegam-se apenas figuras secundárias ou subservientes”, reflete Castro sobre a escolha do ator.
Sobre o Memorial de Conflitos
Para a temporada no SESC, a equipe traz uma proposta de composição no espaço cênico: Um ‘Memorial de Conflitos’. Trata-se de uma instalação com elementos que buscam proporcionar uma imersão dos espectadores logo ao entrarem na sala, onde irão se deparar com elementos que trazem a sensação de uma fábrica e, também, da casa de Ricardo, o protagonista da peça. Nessa instalação, além dos objetos cenográficos que remetem à indústria e seus patrimônios de exploração e controle dos operários (chapeiras e relógios de ponto, bandejas de refeitórios e placas alusivas à sinalização de perigos iminentes), também teremos a presença de reproduções de materiais referentes à lutas operárias, como faixas e cartazes de mobilização à época, fotos de momentos históricos, além de registros de luta contra a ditadura e pela redemocratização do país. Além disso, as oficinas do ateliê aberto serão desenvolvidas nesse espaço, em consonância com a experiência do projeto ‘Cenas Centrífugas’ realizada no Sesc Santo André no ano de 2019, que teve a presença tanto de Júlio Dojscar como de Marcio Castro.
Assim como a criação deste espetáculo se deu numa estrutura de ateliê aberto, tanto o público do espetáculo como das oficinas poderá vivenciar a experiência de imersão entre essas duas instâncias, a do espetáculo e das oficinas: experimentar a construção de um figurino e testá-la no espaço cênico. A música criada na oficina de dramaturgias sonoras ecoando pelo espaço cênico de representação, entre outras múltiplas possibilidades. Por fim, busca-se modificar a orientação da plateia/palco, aproximar a arquibancada do proscênio, aumentar em altura e largura a janela, assim como as tapadeiras de fundo, que também são telas de projeção. O recorte da luz criado por Camila Andrade também trará a ocupação do espaço ao evidenciar os refletores como elementos cênicos manipulados durante a cena pelos contrarregras.
Concluindo, ainda que o núcleo da cena esteja focado essencialmente numa sala de estar configurada como cenário de gabinete, tem todo um entorno que evidencia o backstage de uma gravação de um filme, algo que se aproxima do expediente do cinema e do teatro épico.
Sobre o Ateliê Aberto de Criação
Você já viu uma peça de teatro pelo lado de dentro? Antes da cortina se abrir e, do escuro, surgirem as luzes do palco, existe um elaborado processo criativo desenvolvido por artistas de áreas diversas, como o audiovisual, a música, a performatividade e a dramaticidade. As perguntas ‘Como se monta um espetáculo? Como se chega a uma cena final? Quem faz o quê no teatro? De onde vem essa trilha sonora?’ são reflexões que movimentam e impulsionam este ateliê. “Ao fazermos um paralelo com a ideia fabril e de divisão do trabalho, observar o processo seria mostrar cada uma das seções em que os trabalhadores exercem separadamente sua função para a formação de um produto final. Porém, no teatro, é tudo junto. Todas as funções se tocam, se transformam umas às outras, conversam. O trabalhador artista tem noção total do valor da sua função para a obra total. E a ideia de termos um Ateliê Aberto de Criação é permitir aos fruidores experimentar esse processo”, explica o diretor.
As oficinas do Projeto Transe têm como base o espetáculo TRANSE – ATO 1, apresentado como estreia no Sesc Belenzinho. Com o intuito de fortalecer a experiência de criação das obras pelos fruidores, o Ateliê aberto de criação propõe desvelar as diversas práticas artísticas desenvolvidas para o ensaio e montagem do espetáculo. Dentre essas vertentes, a pesquisa de interpretação, de dramaturgia, direção de arte, cenografia, figurinos, projeções analógicas, criações musicais e dramaturgias do som. Pegando de empréstimo o que Patrice Pavis – professor e pesquisador em semiologia no teatro – denominou de ‘desmontagem’, a ideia é descortinar os bastidores e permitir que as pessoas tenham contato com aquilo que antecede a obra.
Ficha Técnica
Concepção do Projeto: Marcio Castro
Direção e Dramaturgia: Marcio Castro
Atuação: Salloma Salomão
Direção de Arte: Julio Dojcsar
Cenografia: Julio Dojcsar e Cauê Maia
Projeções Analógicas e Bazucas Poéticas: Cauê Maia
Figurinos: Renata Régis
Direção Musical: Adonai de Assis
Dramaturgia Sonora: Adonai de Assis e Salloma Salomão
Iluminação: Camila Andrade
Contrarregras – Operários: Julio Dojcsar, Renata Régis, Cauê Maia, Marcio Castro e Adonai de Assis
Design Gráfico: Murilo Thaveira
Direção de Produção e Produção Executiva: Ana Zumas
Sinopse | Santo André – ABC, palco de conquistas operárias históricas. A obra narra a história de Ricardo, um pequeno burguês decadente da cidade, herdeiro de diretores da General Electric, que ao levar um tiro revive em flashback sua ignóbil vida.
Serviço:
TRANSE – Ato 1
Temporada: 3 de outubro a 3 de novembro | sextas e aos sábados, às 20h e, domingos e feriados, às 18h30; quintas 3 e 31/10 excepcionalmente às 20h – Nos dias 6 e 27/10 não haverá apresentações devido ao 1º e 2º turno das eleições
Sesc Belenzinho – Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15 (credencial plena)
Venda online em sescsp.org.br
Classificação: 16 anos
Duração: 120 minutos
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Confira abaixo a programação das oficinas do Ateliê Aberto de Criação:
Oficina Dramaturgia, História e Interpretação Teatral, com Marcio Castro
Descrição: O intuito desta oficina é, por meio de atividades práticas, desenvolver um percurso de pesquisa em seus encontros que reverberem na relação dos participantes com suas perspectivas históricas pessoais e coletivas e o quanto essa relação pode estar presente em suas elaborações estéticas. Cada encontro trará como foco um aspecto de desenvolvimento. E a obra TRANSE aparece como material a ser destrinchado pelo coletivo como deflagrador inicial, para posteriormente se desenvolver em práticas individuais e coletivas dos participantes. TRANSE é um disparador que se coloca como material a ser estudado, criticado e reelaborado, inclusive.
Quando: 9 e 11 de outubro, das 14h às 17h
Inscrições: Entrega de senhas 30 minutos antes no local
Oficina Cenografia – Inventando o espaço, com Julio Dojcsar e Cauê Maia
Descrição: Poesias urbanas nas práticas da redução de danos. Depois de passar por longo período em uma zona de guerra humana, como potencializar o espaço de cena para dar conta de histórias de vida? Nesta oficina, vamos desconstruir o processo de desenvolvimento do espetáculo TRANSE – Ato 1, apresentando conceitos de encenação e compartilhando técnicas utilizadas.
Quando: 16 e 18 de outubro, das 14h às 17h
Inscrições: Entrega de senhas 30 minutos antes no local
Oficina Figurinos, reconstrução e ‘roupa de trabalho’ na cena, com Régis Soares
Descrição: Pensando que uniformes são peças de roupas padronizadas, que visam facilitar a identificação de um grupo, Renata Régis no figurino de TRANSE – Ato 1 desconstrói este objetivo. O uniforme da metalurgia, usado pelos contrarregras, se funde aos ternos e a pinturas, criando um terceiro vestir único, que carrega uma identidade e um objetivo claro da despadronização. Sendo assim, a oficina propõe que os uniformes tradicionais da metalurgia na cor cinza sejam customizados com pinturas com stencil por cada participante com o objetivo de mudar a visão de padronização e identificação para qual foi criado, tornando-os únicos e com identidade. Ela também propõe a costura de ecobags no mesmo tecido dos uniformes – tecido brim em tons de cinza, onde também haverá customização com pinturas em stencil. Os participantes poderão levar seus uniformes e bolsas para casa.
Quando: 23 e 25 de outubro, das 14h às 17h
Inscrições: Entrega de senhas 30 minutos antes no local
Oficina Dramaturgias Musicais, com Salloma Salomão e Adonai Assis
Descrição: Oficina de dramaturgia musical para cena autoral. Uma construção musical que esteja organicamente relacionada à elaboração cênica coletiva. Os objetos fônicos são aqueles disponibilizados pelos executantes, quais sejam: voz, flauta e tecnologias do disco físico e música digital, samplers e estética de discotecagem. Ruídos, barulhos de máquinas e sonoridades vindas de simulacros. Salloma vem da cena musical surgida de bandas de garagem dos anos 1980 e Adonai criado nas faixas de estética musical do Hip Hop, samba e música eletrônica. Vertentes de música negra que se encontram para pensar uma dramaturgia musical para uma cena autoral.
Quando: 30 de outubro e 1º de novembro, das 14h às 17h
Inscrições: Entrega de senhas 30 minutos antes no local
Estacionamento:
De terça a sábado, das 9h às 21h; domingos e feriados, das 9h às 18h
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$8,00 a primeira hora e R$3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$17,00 a primeira hora e R$4,00 por hora adicional
Transporte Público: Metrô Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)
Sesc Belenzinho nas redes: Facebook | Instagram | YouTube.
(Fonte: Com Priscila Dias/Sesc Belenzinho)
A artista visual Cristina Jacob apresenta a mostra ‘Cor em Deságue’ no Canteiro – Campo de Produção em Arte Contemporânea, na Vila Madalena, em São Paulo. Com curadoria e texto crítico de Mario Gioia, a exposição – que é a segunda solo da artista – conta com cerca de 20 obras, entre pinturas recentes (óleo, água-óleo e diluente, óleo minerais e carvão sobre tela) e aquarelas (papel nanquim/grafite, aquarela/carvão) em médio e grande formato, onde explora a questão pictórica, a natureza e um expressionismo tardio.
Cristina Jacob nasceu em Lins/SP. Vive e trabalha em São Paulo/SP. Estudou artes na Escola Rudolf Steiner, de São Paulo e Inglaterra, em 1979; Chateau beau-cèdre, Montreux, CA, em 1982/83 e Psicologia na Universidade Mackenzie, São Paulo, em 2001. Sua formação livre inclui a Mentoria e acompanhamento de produção com Elias Muradi, em 2022; curso de aquarela, em 2020 e curso de pintura, em 2017-22, todos na Gare Cultural, em São Paulo/SP.
Teve uma solo intitulada ‘Sinais’, com curadoria Elias Muradi, em 2022, e participou de duas coletivas com produção dos alunos em 2019 e 2018, todos na Gare Cultural, em São Paulo/SP. www.cristinajacob.com.br
Sobre o curador
Mario Gioia nasceu em 1974, em São Paulo/SP, onde vive e trabalha. Curador independente e crítico de arte, é graduado pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo). Foi crítico convidado de 2013 a 2015 do Programa de Exposições do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e fez, na mesma instituição, parte do grupo de críticos do Programa de Fotografia 2012.
Em 2015, no CCSP, fez a curadoria de ‘Ter Lugar para Ser’, coletiva com 12 artistas sobre as relações entre arquitetura e artes visuais. Em 2011, passou a integrar o grupo de críticos do Paço das Artes, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de Exercícios Cosmopolíticos (2023), de Gustavo Torrezan, Luz Vermelha (2015), de Fabio Flaks, Black Market (2012), de Paulo Almeida, e A Riscar (2011), de Daniela Seixas, além de Ateliê Fidalga no Paço das Artes (2010). Em 2019, iniciou o projeto Perímetros no Adelina Instituto, em SP, dedicado a artistas ainda sem mostras individuais na cidade, que contou com cinco exposições solo de artistas de BA, DF, RS e interior de SP. Em 2016, a mostra Topofilias, com sua curadoria, no Margs (Museu de Arte do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, foi contemplada com o 10º Prêmio Açorianos, categoria desenho. Na feira ArtLima 2017 (Peru), assinou a curadoria da seção especial CAP Brasil, intitulada Sul-Sur, e fez o texto crítico de Territórios forjados (Sketch Galería, 2016), em Bogotá (Colômbia).
Em 2018, assinou a seção curatorial dedicada ao Brasil na feira Pinta (Miami, EUA) e a curadoria de Esquinas que me atravessam, de Rodrigo Sassi (CCBB-SP). Já fez a curadoria de mostras em cidades como Brasília (Decifrações, Espaço Ecco, 2014), Porto Alegre (Fulgor na Noite, Galeria Mamute, 2022), Rio de Janeiro (Histórias Naturais, Caixa Cultural, 2014) e Salvador (Fragmentos de um discurso pictórico, Roberto Alban Galeria, 2017), entre outras. É colaborador de periódicos como Arte al Día.
Sobre o Canteiro – Campo de Produção em Arte Contemporânea
Com o início das suas atividades em agosto de 2022, o Canteiro é um espaço cultural gerido pelo artista Ivan Padovani e tem sua atuação voltada para a ampliação de iniciativas autônomas de produção e circulação de arte contemporânea na cidade de São Paulo.
O Canteiro conta com seis ateliês, sala de exposições, residência artística e promove ações formativas em artes visuais. Também abriga um estúdio multimídia de 65 metros quadrados que sedia projetos de exibição de vídeo arte, instalações sonoras e performances.
Seu espaço expositivo guarda uma forte identidade arquitetônica, o que faz dele um contexto propício para criação de site specifics, promovendo projetos que fogem da passividade de um cubo branco.
Atualmente os artistas com ateliês no Canteiro são: Ana Clara Muner, Davide Mari, Guta Galli, Ivan Padovani, Mariana Guardani, Mariana Vieira, Thiago Navas e Yohannah Oliveira. https://canteiro.art.br
Serviço:
Mostra Cor em Deságue de Cristina Jacob
Curadoria e texto crítico: Mario Gioia
O quê: pinturas e aquarelas
Visitação: até 5 de outubro de 2024, 14h às 19h – no dia 5/10, portas abertas; outros dias recebendo a portas fechadas
Local: Canteiro – Campo de Produção em Arte Contemporânea – Rua Purpurina, 434 – Vila Madalena – São Paulo – SP
Entrada gratuita
Redes sociais:
Cristina Jacob @cristinasimeirajacob
Mario Gioia @mariogioia
Canteiro @canteiro___.
(Fonte: Com Erico Marmiroli/Marmiroli Comunicação)
A mais antiga instituição pública de ensino de dança clássica do país, a tradicional Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (EEDMO), vai abrir suas inscrições de novos alunos para o ano de 2025 no período de 14 a 30 de outubro deste ano. A Escola tem o ensino gratuito e durante seus nove anos de curso, o aluno terá acesso a aulas práticas e teóricas até a sua formação. Responsável por revelar grandes nomes da Dança, a EEDMO dá a oportunidade a esses jovens bailarinos de seguirem a carreira profissional, tanto ingressando em renomadas companhias, como a do Theatro Municipal do RJ, quanto seguirem a carreira acadêmica.
Durante o processo seletivo, a criança ou jovem serão avaliados por suas aptidões técnicas, físicas e artísticas, começando assim o grande sonho de se tornar um profissional da dança. Juliana Valadão, Primeira Bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, formada pela EEDMO, fala da importância da Escola em sua vida. “Ser formada pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa é um grande privilégio. Tive professores maravilhosos, que me ensinaram tudo e me prepararam para entrar em qualquer companhia profissional do mundo. Aprendi sobre ballet, aprendi a ter disciplina, pontualidade, sobre agir com profissionalismo e respeito. Respeito aos profissionais e principalmente à arte. E a arte mudou a minha vida”, conclui Juliana Valadão.
Hélio Bejani, diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, destaca: “A Escola Estadual de Dança Maria Olenewa é uma instituição quase centenária que vem, ao longo desses anos, aprimorando seus ensinamentos e acompanhando a evolução dos tempos sempre mantendo o pensamento e o propósito da Mestra Maria Olenewa de transformar a EEDMO num celeiro de bailarinos para atender, principalmente, ao Ballet do Theatro Municipal. Importante destacar que, juntamente com um ensino de excelência em ballet clássico, estamos, acima de tudo, preparando e formando novos cidadãos. Nossa equipe de educadores, extremamente capacitada, tem o compromisso de transformar vidas através da arte.”
Serviço:
Amadança promove inscrições para o processo seletivo EEDMO 2025
Período de inscrições: 14 a 30 de outubro de 2024
Moças e rapazes com idade entre 8 e 21 anos
Documentos necessários:
2 fotos 3 x 4
Certidão de Nascimento (Xerox)
Atestado Médico (Original)
Atestado de Escolaridade (Original)
Comprovante de Residência (Xerox)
Taxa de inscrição: R$50,00 (pagamento da taxa de inscrição do preliminar ao pré-técnico via PIX – Associação dos Amigos da Escola de Dança Maria Olenewa – PIX (CNPJ): 29.411.618/0001-26)
Endereço: Avenida Almirante Barroso, nº 14 – 3º andar
Prédio Anexo do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Atendimento de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 16h
Para mais informações, acesse o Instagram da EEDMO (@mariaolenewa).
(Fonte: Com Claudia Tisato/Assessoria de imprensa TMRJ)
A cidade de Pains, localizada no Centro-Oeste de Minas Gerais, a cerca de 217 km de Belo Horizonte, está no centro de uma polêmica ambiental que envolve a mineradora Gecal. Uma investigação exclusiva revela fatos alarmantes sobre a atuação da empresa, que incluem a poluição do ar, ameaças a cavernas e possíveis irregularidades em procedimentos ambientais.
O ar em Pains está visivelmente carregado de partículas. De acordo com denúncias recebidas, a Gecal emite uma quantidade preocupante de poluentes, seja por meio de suas chaminés ou pelas movimentações em seus pátios. As imagens capturadas durante a investigação mostram claramente as emissões de particulados se espalhando pela região e tingindo a vegetação de uma cor acinzentada, o que pode comprometer todo o ecossistema local.
Distante apenas 4 km do centro urbano, essa poluição pode afetar diretamente a saúde dos moradores. O incômodo é evidente, como relatam os habitantes da cidade, que convivem diariamente com o pó que se acumula sobre suas casas, jardins e ruas.
Ameaça às cavernas
Pains é internacionalmente conhecida por suas cavernas, que são verdadeiros tesouros geológicos e arqueológicos. No entanto, de acordo com a investigação, há grutas localizadas no perímetro da mineradora e não há informações públicas sobre os cuidados necessários para preservar essas formações.
A falta de controle de particulados pode causar danos irreversíveis às estruturas das cavernas, tanto na bioespeleologia quanto na geoespeleologia. Além disso, a drenagem da água nas dependências da mineradora tem sido alvo de denúncias, que indicam que o sistema é insuficiente, permitindo que partículas de calcário sejam transportadas para os cursos d’água da região, que alimentam afluentes da bacia do Rio São Francisco.
Enquanto gravava uma reportagem na cidade, a equipe foi abordada por moradores que denunciaram a supressão de cavernas pela Gecal sem os devidos estudos de impacto ambiental. A gravidade das denúncias motivou a produção a iniciar uma investigação mais aprofundada. Imagens de satélite, disponíveis ao público, comprovam que uma cavidade de alta relevância teria sido suprimida, o que é uma violação grave das leis ambientais.
Pedra do Cálice em risco
Outro ponto crítico da investigação envolve a Pedra do Cálice, um monumento natural e cartão-postal da cidade de Pains. Esse patrimônio, tombado pelo município, corre o risco de desaparecer devido às atividades de mineração da Gecal. Na primeira vez em que a equipe esteve na região, foi impedida de registrar imagens do local, o que levanta questionamentos sobre a transparência das operações da mineradora. Assista à reportagem que mostra a equipe sendo impedida de registrar o monumento natural.
Questionamentos sobre licenciamento ambiental
A polêmica envolvendo a Pedra do Cálice e as cavernas suprimidas chegou à Câmara Municipal de Pains. Durante uma reunião convocada por um vereador, a secretária municipal de Meio Ambiente, Ana Luisa Silva Rodrigues, e um representante da Gecal estiveram presentes para discutir as questões ambientais relacionadas à mineradora. O licenciamento de novos empreendimentos na cidade está nas mãos do município, o que levanta ainda mais questionamentos sobre a atuação das autoridades locais.
Comissão pede paralisação das atividades
Em agosto, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais solicitou a paralisação imediata das atividades da Gecal em Pains. O pedido foi encaminhado à Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Pains e à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais. A comissão também solicitou a suspensão dos efeitos do licenciamento até que todas as questões pendentes sejam devidamente analisadas pelos órgãos competentes.
Falta de resposta
Procuradas pela equipe para comentar as informações apresentadas nesta reportagem, a Gecal e a Secretaria de Meio Ambiente de Pains, até o fechamento desta matéria, não se manifestaram.
Bastidores da Mineração
O quadro Bastidores da Mineração integra o Programa André Show, exibido aos sábados na TV Band Minas, e se estabelece como uma referência para os interessados no setor mineral. Com um canal exclusivo no YouTube, o quadro se dedica a explorar os fatos, notícias e curiosidades do segmento da mineração, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. A iniciativa busca informar e engajar o público com conteúdo relevante sobre um dos setores mais importantes da economia, trazendo especialistas e reportagens especiais que destacam as inovações, desafios e impactos da mineração no mundo contemporâneo. Confira a reportagem veiculada no quadro Bastidores da Mineração.
(Fonte: Com Heberton Lopes/Grupo Balo)
O papel da escola na formação de cidadãos críticos e ativos é essencial para o bom funcionamento da sociedade. Afinal, as crianças de hoje estão se preparando para se tornarem os cidadãos adultos de amanhã e boa parte dessa preparação se dá no ambiente escolar.
Valorizar a profissão pedagógica é crucial nesse contexto. Segundo o OECD (Programme for International Student Assessment), os professores são o fator intraescolar que mais impacta a aprendizagem dos alunos, transformando a educação brasileira. Além disso, são os principais implementadores das políticas públicas formuladas para gerar impacto nas salas de aula.
A formação de um bom cidadão dentro do espaço educacional público é um processo que inclui a educação em valores, o desenvolvimento de habilidades sociais e a participação ativa. As escolas públicas desempenham um papel vital ao integrar essas práticas em seu currículo incentivando a reflexão ética, o respeito às diferenças e o engajamento cívico. Professores capacitados e valorizados são essenciais para implementar essas estratégias, tornando a educação um agente transformador na construção de uma sociedade mais justa e ética.
Com o objetivo de combater a corrupção e tornar a nova geração mais justa, honesta e íntegra, a APP Brasil (Associação de Profissionais de Propaganda), em parceria com o Projeto NaMoral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), lançou o prêmio de comunicação NaMoral – Jovens Talentos.
A premiação é destinada à criação de peças para redes sociais e produtos com fins publicitários e pedagógicos que promovam integridade, ética, cidadania e valores fundamentais para a prevenção primária à corrupção. Com o tema ‘Esperto mesmo é ser honesto’, o prêmio busca incentivar a produção de campanhas que enfatizem a intolerância à corrupção e à impunidade, destacando a integridade como uma necessidade primordial para a sociedade brasileira. Podem se inscrever jovens universitários regularmente matriculados em uma instituição de ensino superior e jovens formados entre 2022 e 2024.
Sobre o Na Moral | O NaMoral é um projeto nacional de educação para a integridade criado pelo MPDFT para difundir o conceito de cidadania plena, o valor da integridade e colaborar na formação de cidadãos responsáveis. Por meio de metodologias ativas, participa da formação de crianças e jovens para a integridade destacando a importância de suas escolhas individuais e seu papel no bem estar social na construção de uma sociedade mais justa, equânime e solidária.
Sobre a APP Brasil | Fundada em 29 de setembro de 1937 como Associação Paulista de Propaganda e rebatizada como Associação de Profissionais de Propaganda em 1989, a APP Brasil ajuda a fazer da propaganda uma das atividades profissionais de maior expressividade em nosso país oferecendo preciosas colaborações técnicas, profissionalizantes e de desenvolvimento ético da profissão.
(Fonte: Com Pamela Barbosa/Agência ERA)