Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
Com o objetivo de oferecer a oportunidade de aproveitar a quarentena no conforto de casa para aprender um pouco mais sobre os prazeres da harmonização de vinhos e comidas e interagir com as pessoas, o Bellini Ristorante, de Campinas – da Rede Vitória Hotéis – e a importadora e distribuidora de vinhos Vinci formataram um evento exclusivamente online, em que os participantes vão receber em casa quatro tipos de vinhos e cinco mini pratos para uma degustação acompanhada de palestra e bate-papo.
O jantar Amici e Vini acontecerá no próximo dia 30 de abril, uma sexta-feira, a partir das 20h, por meio do Zoom, para um seleto grupo de 25 pessoas. Para esta degustação harmonizada – a primeira em parceria entre os dois estabelecimentos neste formato –, a somellier da Vinci selecionou 4 vinhos em garrafas de 100 ml para harmonizar com cardápio elaborado pelo Bellini com quatro mini degustações e uma sobremesa. os participantes irão receber todos os itens em suas casas.
Para esta experiência, as harmonizações selecionadas pela chef Cristina Róseo e pela sommelier da Vinci Laura Wortmann foram: Queijo Boursin, figo e mel de Bracatinga (para acompanhar, o vinho ETC Branco Arinto, Roupeiro e Antão Vaz); Fatia de Atum selada com crosta de ervas e redução de Aceto Balsâmico (acompanhada do vinho Le Palombier Rosé – Malbec); Gnocchi de mandioquinha com ragu de cogumelos variados (servido com Chianti – Sangiovesi) e as Polpetinhas da casa recheadas e servidas com molho de tomate e queijo parmesão (acompanhadas de La Posta Armando Bornarda). E, para finalizar, uma sobremesa: Mousse de Chocolate 70% com tartar de morango e pimenta preta.
Segundo Cristina Róseo, o jantar online foi pensando dentro da nova realidade imposta pelo isolamento social e devido às restrições de abertura dos restaurantes. “Acreditamos que será um evento diferente, divertido e ao mesmo tempo com muito conhecimento e troca de experiências sobre sabores e aromas das bebidas com as variações dos pratos”, explica ela. “Sem falar na oportunidade de reunir clientes e amantes da boa gastronomia e de vinho, bastante privados com o isolamento, para um evento único e com possibilidade de interagir com pessoas remotamente”, conclui.
Serviço:
Jantar harmonizado Amici e Vini
Data: 30 de abril
Horário: 20h
Quatro tipos de vinho (100 ml cada) e cinco minidegustações (quatro pratos salgados e uma sobremesa)
Palestra com a chef Cristina Roseo (Bellini Ristorante) e a sommelier Laura Wortmann (Vinci)
Investimento: R$195,00 mais frete
Reservas: (19) 99266-3049.
O Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS/SP) exibe a exposição Corpo e Alma, do artista plástico João Trevisan, sob curadoria de Simon Watson. Composta por trabalhos com técnicas e suportes diferenciados, a exposição apresenta 28 obras criadas nos três últimos anos, com uma seleção de pinturas a óleo, esculturas em madeira talhada e ferro bruto e uma vídeo-performance, registrada em local próximo ao estúdio do artista em Brasília. “Trevisan cria pinturas e esculturas que são meditações de fisicalidade, buscando criar um espaço que ofereça uma profunda contemplação ao público”, define o curador. João Trevisan: Corpo e Alma é a primeira mostra individual institucional do artista e a primeira exposição do projeto LUZ Contemporânea.
A exposição, instalada no sentido horário, começa com os primeiros trabalhos do período – pinturas tão pequenas como livros de orações – e finaliza com os mais recentes – pinturas com dimensões semelhantes a murais. Intercaladas às telas, estão as esculturas. Para João Trevisan, o processo de pintura se assemelha a uma meditação profunda e inclui percorrer, varrer a superfície de cada trabalho mais de 500 vezes até atingir brilho polido. A cor preta, intensa, exibida na série de pinturas Intervalo, lhes concede uma qualidade meditativa que parece aludir não só à noite, mas ao cosmos como um todo. “Essas são pinturas que, devido à sua tonalidade densa e escura, pedem vários minutos de observação intensa para simplesmente capturá-las. Elas exemplificam o que podemos chamar de “slow art”, recriando em um idioma secular as condições de contemplação que são comuns nas práticas espirituais. Para alguns, a pintura pode até sugerir orações noturnas”, define Simon Watson.
As esculturas são construídas a partir de peças de ferro descartadas – parafusos, porcas, sucata etc. – e dormentes de madeira encontrados em pátios ferroviários. A qualidade bruta dessas esculturas parece remeter ao sec. XIX, quando os trens de carga percorriam a rede ferroviária do Brasil. Em destaque, estão grandes vigas de madeira conectadas por dobradiças de ferro, uma pilha organizada em forma de leque de grandes parafusos industriais e uma pilha de placas de ferro – todas com uma sensual pátina de ferrugem avermelhada que ecoa as superfícies das pinturas próximas.
Como destaque, temos a escultura instalação site-specific de João Trevisan no jardim interno do MAS/SP, sobre a qual ele diz: “Gosto de pensar nas sete esculturas dispostas de forma ordenada no pátio como sete corpos apontando em direção ao céu; como se estivesse de pé e pedindo permissão para estar naquele lugar monástico”.
Vários aspectos da técnica de João Trevisan se juntam na performance de vídeo de seis minutos da exposição, Caminhar para acender. Em um devaneio de uma performance que parece falar poeticamente sobre o material de origem das pinturas do artista, Trevisan é visto primeiro em um trilho de ferrovia, ‘lutando’ com um enorme pedaço de madeira e em seguida, carregando-o no ombro colina acima, onde, ao anoitecer, ele o queima. Para aqueles que se lembram de ouvir trens distantes, essa vídeo-performance atinge diretamente a memória. Mas a obra possui força própria para seduzir a todos. Instalado no Museu de Arte Sacra, ecoa pelos corredores repletos de artefatos do barroco brasileiro e ícones religiosos, para nos lembrar da luta humana e dos anseios espirituais.
A exposição está concentrada nos trabalhos que o artista desenvolveu recentemente durante o período onde pintura e escultura foram executadas simultaneamente. Ao conceber e conceituar essa exposição, Simon Watson buscou inspiração nas comemorações de aniversário de 50 anos da Rothko Chapel (Houston, TX, USA) esperando que a mensagem transmitida por João Trevisan: Corpo e Alma seja de profunda meditação e tranquilidade.
Projeto LUZ Contemporânea | Idealizado pelo curador Simon Watson, LUZ Contemporânea é composto por 12 exposições – individuais e/ou coletivas – de artistas contemporâneos a serem desenvolvidas em parceria com o Museu de Arte Sacra de São Paulo, onde temas diversos oferecerão propostas e desafios aos artistas convidados buscando diálogo conceitual e material com obras do acervo da instituição ou não. Cada mostra é única em seu próprio universo.
Serviço:
Exposição Corpo e Alma
Artista: João Trevisan
Curadoria: Simon Watson
Abertura: 24 de abril de 2021, às 11h
Duração: de 20 de abril a 20 de junho de 2021
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS/SP
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo/SP (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)
Tel.: (11) 3326-5393 – informações adicionais
Horários: De terça-feira a domingo, das 11 às 17h (entrada permitida até as 16h).
Em Revolução das Plantas, o botânico italiano e professor Stefano Mancuso mostra que a capacidade das plantas de aprender, memorizar e se comunicar podem inspirar um novo modelo de sociedade, além de influenciar o futuro da tecnologia, da ecologia e dos sistemas políticos. Com base nesse conceito e inspirada no cenário político mundial, além de questões ligadas às mudanças climáticas, a artista Tatiana Guimarães criou o espetáculo com o mesmo nome do livro de Mancuso, Revolução das Plantas, que traz animação e dança contemporânea em uma montagem de audiovisual a ser exibida nos dias 25, 26 e 27 de abril, às 16 e 19 horas.
Revolução das Plantas é uma parceria entre o Núcleo Micromovimentos Dança & Cinema e a plataforma LabExperimental. O Núcleo trabalha na intersecção entre as linguagens da dança e do audiovisual, já tendo sido premiado em editais como ProAC e Prêmio Klauss Vianna.
Primeiro trabalho criado por Tatiana para o público infanto-juvenil, o filme-dança parte da mesma ideia central do livro: precisamos achar uma nova maneira de nos relacionarmos com o planeta, por meio de relações mais horizontais, quebrando-se estruturas preestabelecidas de poder. Assim como nos trabalhos anteriores, Tatiana abre um forte diálogo entre a dança e o audiovisual, aqui fazendo uso de animações que se intercalam com a movimentação. Além disso, a artista traz uma crítica política muito grande, outra forte característica em seus projetos. “De maneira poética e lúdica, mexo com a consciência das crianças e pré-adolescentes para um tema urgente e crucial para a continuidade do planeta: é preciso repensar a nossa relação como sociedade, rever modelos e estruturas”, explica Tatiana.
Em cena, um coturno vai destruindo as plantas, que, mesmo assim, resistem e recriam a si mesmas por outros meios, buscando novos caminhos de sobrevivência. Revolução das Plantas mostra que o potencial para a solução dos problemas que nos afligem está na natureza, com seres vivos capazes de resistir a eventos catastróficos e de se adaptarem com rapidez às mudanças ambientais, devido a autonomia energética ligada a uma arquitetura cooperativa, distribuída, sem centro de comando.
Apesar de não poder interagir com o público, Tatiana nutre expectativas da relação das crianças com o que verão em cena. “A criança traz uma resposta muito mais imediata e pura ao espetáculo, sem passar pelo racional e focado na emoção. A relação é mais próxima e diferente do que acontece em montagens adultas. Uma pena que essa montagem acontece on-line e não possa estar perto para presenciar essa interação”, afirma a artista.
Tatiana Guimarães, bailarina e uma das diretoras do Núcleo Micromovimentos Dança & Cinema, é graduada em cinema pela Universidade Anhembi Morumbi. Trabalhou com reconhecidos(as) artistas da dança de SP, como Sandro Borelli, Miriam Druwe e João Andreazzi e com diretores(as) de teatro e cinema, como João Miguel, Guilherme Leme e Cristiane Paoli Quito. Desenvolveu vídeocenários para o Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho, para a Cia Druw e para o Corpo Estável de Jundiaí. Dirigiu as videodanças Piso Verde e Amarelo para Uma Lógica Branca (Mostra Internacional de Vídeodança de SP/2011) e Espaços Anônimos (Mostra de Vídeodança do Festival de Bourgogne, em 2013; parte do acervo permanente da Médiathèque du Centre National de la Dans, na França, e parte da Mostra de Vídeodanças Brasileiras do Teatro de Freiburg, na Alemanha, em 2018.
Publicou artigos em revistas relacionadas aos temas de processos artísticos, pedagógicos e políticos, como a Revista Urbânia, promovida pela Bienal de Artes. É artista-orientadora e agente cultural desde 2006. Trabalhou no Programa Vocacional da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo de 2007 até 2016, sendo coordenadora de equipe interlinguagens por três anos. Desde 2015, faz assessoria para livros didáticos de arte nas áreas de dança e cinema para editora IBEP.
Em 2013, fundou junto à cineasta Andrea Mendonça, o Núcleo Micromovimentos Dança&Cinema, que já se apresentou nas ruas das cinco regiões de São Paulo e do interior, em locais como Praça das Artes e Centro de Referência da Dança e em festivais, como o Festival Latino Americano de Dança.
O Labexperimental é um grupo de intervenção criativa que atua em várias cidades do Brasil, principalmente em ambientes educacionais, culturais e de mediação. Pautado no debate da cultura de rede, seus projetos focam em quatro eixos temáticos: Modelos de Organização, Ocupação de Espaço Público, Mídia Livre e Remixologia. O coletivo também já foi premiado por editais como ProAC.
FICHA TÉCNICA
Direção cênica e performance: Tatiana Guimarães, do Núcleo Micromovimentos Dança & Cinema
Direção audiovisual e edição: Andrea Mendonça, do Núcleo Micromovimentos Dança & Cinema
Parceria em Ação Cultural: Labexperiemental
Demais colaboradores
Representação jurídica: Cooperativa Paulista de Teatro
Figurino: Valdy Lopes Jr
Desenho sonoro e performance: Kuki Stolarski
Desenho de luz e performance: Lucia Chedieck
Desenho para compor vídeocenário e animações para filme: Pedro Felício
Filmagem: Alex Costa
Produção: Iolanda Sinatra.
Serviço:
Revolução das Plantas
Estreia: 25 de abril, às 16 horas
Temporada – De 25 a 27 de abril, às 16 e 19 horas
Espetáculo gravado – duração: 30 minutos
Exibição pelo Zoom: http://us02web.zoom.us/j/84436923593
Livre.
O que antes era chamado de histeria coletiva, possessão coletiva e outros termos, agora é aprofundado pelo psicoterapeuta junguiano Leonardo Torres em seu livro Contágio Psíquico: a loucura das massas e suas reverberações na mídia. O autor, que também é Doutor em comunicação e cultura e especialista em psicologia junguiana, parte da afirmação de que a humanidade nunca foi inteiramente lúcida. “O ser humano é o único animal que chora de felicidade; ri de ódio; diz ‘eu te amo’ sem amar; diz ‘eu não me importo’ importando-se demasiadamente”, explica.
O livro é um tratado sobre a loucura coletiva desde a Idade Média até o século XXI e que elucida, pelo viés da psicologia, antropologia e dos estudos da comunicação, fenômenos como o levante do nazifacismo, o negacionismo e outros que eclodiram recentemente. Mas não somente isso: para Leonardo Torres, trazendo estudos da Neurociência, o contágio psíquico ocorre a todo momento, variando seu nível de impacto. Por exemplo: o contágio pode ocorrer desde indivíduos bocejando até casos graves de violência, como nos linchamentos.
O autor mergulha na história da humanidade e na sua necessidade de pertencimento para entender como grupos, sociedades e nações, fisicamente ou on-line, contagiam entre si emoções, sentimentos e pensamentos, promovendo comportamentos absurdos: de danças coletivas que levam à morte, freiras miando para a lua, linchamentos em plena atualidade, desmaios coletivos e muitos outros.
“Com a paixão de quem se entrega ao seu objetivo, o autor nos oferece uma reflexão provocativa e bem construída, fruto do duro trabalho de pesquisa, aliado a uma intuição afinada. Enfim, um livro generoso que faz valer o tempo que a ele dedicamos”, comenta Malena Contrera, Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e líder do Grupo de Pesquisa Estudos do Imaginário pela Universidade Paulista.
Sobre o livro:
Título: Contágio Psíquico: a loucura das massas e suas reverberações na mídia
Autor: Leonardo Torres, Psicoterapeuta Junguiano, Doutor em Comunicação e Cultura e Especialista em Psicologia Junguiana
Editora: Eleva Cultural
Número de páginas: 256
Onde encontrar? Na plataforma Amazon e também no site https://www.elevacultural.com
Preço: De R$65,00 por R$55,00 (promoção de lançamento).
O plástico pós-consumo disposto nos mares inadequadamente pelo homem será abordado no 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP), que acontece no dia 8 de junho de 2021, pelo Professor do Instituto Oceanográfico da USP – Universidade de São Paulo, Alexander Turra. O evento terá a presença online de palestrantes nacionais e internacionais que contarão suas experiências sobre a matéria-prima e já está com as inscrições abertas de forma gratuita.
Para o presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, “o CBP é o evento referência para a mídia, poder público e sociedade em geral que anseiam por informações corretas e científicas. Por este motivo, os conteúdos apresentados são criteriosamente escolhidos a fim de elucidar assuntos importantes, bem como mostrar as iniciativas do setor sobre os caminhos e soluções fundamentais que o plástico pode trazer”, explica.
O evento, que acontece de maneira bianual, é promovido pelo Instituto SustenPlást e tem como objetivo debater a importância e a relação da sociedade com os plásticos. As informações completas estão sendo divulgadas pelo site cbplastico.com.br.