Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
A Pinacoteca de São Paulo divulga a aguardada experiência virtual em 360º da mega exposição OSGEMEOS: Segredos. O tour, gratuito e disponível no site do museu em 19 de abril, garante a todos no Brasil e exterior a possibilidade de navegar pelos mais de 1000 itens do rico imaginário dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo e 10 espaços dedicados à mostra (7 salas expositivas, octógono, hall e pátio).
O tour online também representa a possibilidade de acesso a uma das exposições mais concorridas do país. Além da visita virtual, o site do museu também traz uma entrevista exclusiva com o curador da mostra e diretor-geral da Pinacoteca, Jochen Volz, que comenta sobre os êxitos e desafios do processo de montagem.
Outros materiais complementares já estavam disponíveis para o público antes deste lançamento, como a visita guiada conduzida pelos próprios artistas para o público escolar, alunos e professores. Lançada em 21 de janeiro, já foi vista por mais de 32 mil pessoas nos canais da Pinacoteca. Veja aqui.
OSGEMEOS: Segredos | Liderando a retomada das atividades culturais em São Paulo após sete meses de fechamento, a mostra foi inaugurada em 15 de outubro de 2020 e, desde então, é um sucesso de público e crítica. Operando com restrições de atendimento e adotando todos os protocolos de higiene e segurança devido à pandemia, mais de 90 mil pessoas já visitaram presencialmente OSGEMEOS: Segredos até março deste ano, quando o museu foi fechado para atender as determinações do Plano São Paulo para combate da Covid-19.
A mostra tem patrocínio de Bradesco, Samsung, Grupo Boticário, IRB Brasil RE, Iguatemi São Paulo, GOL Linhas Aéreas, escritório Mattos Filho, Allergan, Cielo, Comgás e Havaianas. Este tour foi realizado com o apoio da Bloomberg, empresa líder em tecnologia financeira global, por meio de seu programa de filantropia corporativa e sem uso de leis de incentivo.
Serviço:
Tour Virtual OSGEMEOS: Segredos e entrevista com Jochen Volz
Site da Pinacoteca de São Paulo: http://www.pinacoteca.org.br/tourvirtualosgemeos/.
Ópera sempre sugere um espetáculo grandioso num palco, com orquestra, cantores, cenários e iluminação. Mas com a pandemia, que obrigou o distanciamento social, os artistas tiveram que se reinventar. Foi o que fez o coletivo Ocupação Lírica de Teatro Itinerante que, proibido de circular pelo Estado, encarou o desafio de adaptar seu projeto ao formato digital com a gravação para as plataformas virtuais da ópera cômica La Serva Padrona, de J. B. Pergolesi. A montagem estreia no sábado, 24 de abril, no Youtube da companhia e segue em temporada até 30 de abril, sempre às 20h, com acesso gratuito.
O diretor artístico da companhia, Felipe Venâncio, responsável pela nova concepção, conta que redesenhou a ópera para a nova versão. “A ideia era gravar tudo no palco, com cenário mais reduzido para facilitar a circulação. Mas, com o avanço dos casos de Covid-19, achamos arriscado juntar numa sala os músicos, regente, cantores e diretor e então redesenhei a ópera. A proposta é a mesma, mas mudou o jeito de fazer e a cenografia virou digital”, informa. “E como o cenário é bem específico, de rococó barroco, a montagem acabou se transformando num desenho animado com pessoas reais”. Nesse processo, além do rococó barroco e da Commedia dell’arte, a adaptação introduziu referências de filmes de animação como Roger Rabbit, Pipa-Pau, desenhos como Looney Tunes e até jogos de videogame, como Street Fighter.
“Sentimos a necessidade de flertar com novas linguagens, musicais, teatrais e mídias. Além de ressignificar o repertório antigo tradicional operístico e de experimentar coisas novas de compositores contemporâneos”, afirma Venâncio. A gravação foi feita com fundo e móveis cobertos de verde para permitir depois a interferência gráfica da designer de animação.
A montagem mistura a música barroca do século 18 com a Commedia Dell’arte por meio das visualidades e da interpretação. “Pretendemos, dessa maneira, revisitar os aspectos populares dessa arte nomeada como erudita”, diz o diretor. O espetáculo traz a ópera completa em idioma original, instrumentação reduzida e com tradução em libras em todas as apresentações.
La Serva Padrona conta a história de um rico solteirão e uma empregada que sonha em se tornar patroa e trama para se casar com o patrão. Escrita por Giovanni Battista Pergolesi em 1733, a ópera bufa faz uma inversão irônica de valores ao apresentar um patrão, Uberto, que é oprimido pela sua criada Serpina a tal ponto que pensa em arranjar uma esposa para se livrar dela. Serpina, então, convence o outro criado, Vespone, a dar um golpe no patrão para ela se tornar a patroa de fato. A trama mostra a esperteza das pessoas do povo triunfando sobre a avareza da burguesia, em uma divertida sátira social.
Venâncio conta que este espetáculo havia sido montado em 2019 com a Orquestra Sinfônica de Indaiatuba, os cantores do Ópera Estúdio Unicamp (OEU) e ele como diretor convidado. Esta nova versão remota foi gravada com equipe reduzida, em separado com cada integrante, apenas com a presença do diretor, e editada durante o isolamento social. “Aproveitamos para acrescentar novas referências e buscar uma linguagem que se situasse mais como ópera digital, teatro digital ou videoteatro”, explica Venâncio. O acompanhamento musical é feito por um quarteto de cordas e um cravista. A produção foi contemplada pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) do governo do Estado, com recursos da Lei Aldir Blanc.
Segundo Venâncio, a proposta da Ocupação Lírica é fomentar a cultura local, formar público, estimular e colaborar com a formação de jovens cantores/atores e apresentar a produção do interior paulista. Ele cita que esse gênero de espetáculo ainda é pouco difundido fora dos grandes centros.
O coletivo | A Ocupação Lírica de Teatro Itinerante é composta por Leandro Cavini, Lara Ramos, Presto Kowask e Felipe Venâncio. Os dois primeiros formados em Música e os dois últimos, em Artes Cênicas pela Unicamp. Os quatro já haviam trabalhado juntos em outros espetáculos como parte do Ópera Estúdio Unicamp e, após a apresentação da segunda temporada de Gianni Schicchi, de Puccini, em 2019, resolveram formar a Ocupação. As principais expectativas eram a possibilidade de pesquisar novas linguagens e abordagens dentro do gênero e realizar circulações pelo interior do estado de São Paulo.
Em 2020, o grupo tinha um projeto audacioso de circulação pelo Estado de duas óperas bufas produzidas em parceria com o Ópera Estúdio Unicamp (OEU). Com o fechamento dos teatros, foi preciso buscar alternativas dentro do universo virtual. “Como nossos próprios meios de criação estavam bastante limitados, recorremos a três espetáculos que havíamos montado ainda como parte do OEU”, diz Venâncio. Primeiro, foi feita uma versão compacta, de 15 minutos, da opereta O Morcego, de Strauss, rebatizada de O Morcego na quarentena — um brinde virtual. Depois, o grupo enviou a gravação de Gianni Schicchi feita com a Orquestra Sinfônica da Unicamp, em 2019, para o festival Arte como Respiro, do Itaú Cultural. E agora, como Ocupação Lírica de Teatro Itinerante, estreia seu primeiro projeto solo, a nova roupagem de La Serva Padrona, de Pergolesi.
Curiosidades
– La Serva Padrona fez muito sucesso em sua época e é considerada um dos primeiros grandes exemplos de ópera bufa (cômica). Escrita inicialmente como um intermezzo – uma peça leve para ser apresentada durante os intervalos de uma ópera mais longa e séria –, a obra logo ganhou sua independência e passou a ser apresentada de modo autônomo.
– La Serva Padrona foi o estopim da Querela dos Bufões, em agosto de 1752, quando a trupe itinerante italiana de Eustachio Bambini a apresentou em Paris, na Académie Royale de Musique, futura Ópera de Paris. Ali foi travada uma guerra entre os aristocratas, que defendiam a tradição lírica francesa, e os intelectuais, que defendiam o estilo buffo italiano. A polêmica ultrapassou o terreno da música e levou a uma discussão de ideias estéticas, culturais, filosóficas e até políticas. Os aristocratas defendiam a complexidade da harmonia e ornamentação da música francesa e combatiam o que consideravam música de entretenimento, enquanto os intelectuais atacavam a retórica dos temas mitológicos que pouco diziam ao público burguês emergente e defendiam a simplicidade e naturalidade da ópera italiana. Tudo isso provocado pelo sucesso de La Serva Padrona.
FICHA TÉCNICA
Felipe Venâncio – Direção Cênica, Concepção e Gestor de Produção
Presto Kowask – Desenho e Operação de Iluminação e Gestor de Produção
Isabela Siscari – Direção Musical
Leandro Cavini – Cantor-ator
Helen Tormina – Cantora-atriz
Gabriel Pangonis – Ator
Lara Ramos – Produtora Executiva
Gabriela Madureira – Edição de Vídeo e Designer de animação
Tiago Amarante – Assessor de Mídias Sociais
Willian Donizetti – Captador e Editor de Áudio
Heitor Coelho – Assistente de Direção Cênica
Alvaro Peterlevitz – Violinista – violino I
Alfredo Rezende – Violinista – violino II
Jonas Goes – Violista
Fábio Belluco – Violoncelista
Osny Fonseca – Cravista.
Serviço:
La Serva Padrona, de Pergolesi
De 24 a 30/4, às 20h
No Youtube da companhia: https://linktr.ee/ocupacaolirica.
Acesso gratuito. Todas as apresentações terão interpretação em libras.
Para celebrar o aniversário de 20 anos do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, o Programa CCBB Educativo – Arte e Educação realiza duas visitas especiais e virtuais que convidam o público a dialogar sobre o centro histórico, o contexto de formação da capital paulista (triângulo histórico) e como um centro cultural pode valorizar o passado ao mesmo tempo em que promove ações no presente. Os encontros acontecem no dia 21 de abril, quarta-feira, às 13h e às 16h30. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site.
O edifício do CCBB São Paulo, construído em 1808, com o propósito da criação do Banco do Brasil, está localizado na esquina da Rua Álvares Penteado com a Rua da Quitanda, no coração da cidade. A instalação e manutenção do CCBB em um prédio em pleno Centro histórico da capital paulistana refletem a preocupação com a revitalização da área, que abriga um inestimável patrimônio arquitetônico fundamental para a preservação da memória da principal metrópole da América Latina.
Nesses encontros virtuais, o público será convidado a refletir sobre a importância do CCBB São Paulo para a revitalização da área central da cidade com a sua modernização urbana e investimentos na cultura. Entre as curiosidades, os navegantes poderão conhecer o vitral do 3º andar, que permite uma visão geral do prédio e de seus detalhes; os balcões, que eram usados para atendimento aos clientes do banco, foram adaptados e agora podem ser vistos na livraria, na cafeteria e na bilheteria.
Já no subsolo, está o cofre fabricado na França no início do século passado que tem seu interior e portas inteiramente preservados. No térreo, o átrio central conserva o piso original e mosaico feito com técnica italiana. A insígnia do BB pode ser vista também no gradil de ferro fundido do mezanino e do 1º andar. No início do século XX, o acesso ao cofre do subsolo era feito exclusivamente pelo “elevador pantográfico”. “Esta é uma programação incrível para educadores e escolas, pois é uma oportunidade de conhecer mais sobre a rica história do CCBB, que se conecta com a história do banco e seu desenvolvimento, desde o início das atividades do Banco do Brasil. Em 2001 foram iniciadas as atividades do Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, com o objetivo de formar novos públicos, democratizar o acesso e contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura”, comemora Cláudio Mattos, gerente geral do CCBB São Paulo.
Redes sociais CCBB São Paulo: Facebook: ccbbsp | Twitter/ @ccbb_sp | Instagram/ccbbsp.
A 3ª edição do Programa Cinematographos de Estudos de Cinema da Casa Guilherme de Almeida está com as inscrições abertas até o dia 25 de abril para o processo seletivo. Por meio do link (clique aqui) se encontram as orientações para participar da seleção. O programa formativo online possibilita que pessoas interessadas de todo o país ampliem seus conhecimentos na área de cinema por meio de aulas e oficinas dinâmicas, além de desenvolver sua consciência crítica em relação às produções cinematográficas. Para integrar a turma, não é necessária uma familiaridade prévia com a área. A Casa Guilherme de Almeida faz parte da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerenciada pela Poiesis. Confira o teaser aqui.
Em 2020, frequentaram o Programa Cinematographos pessoas do Estado de São Paulo e de outros diferentes estados brasileiros; entre eles, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná.
Realizado pelo Núcleo Cinematographos da Casa Guilherme de Almeida, o Programa Cinematographos de Estudos de Cinema ocorre entre maio e setembro de 2021 por meio de dois eixos. O primeiro é formado por aulas de teoria e história do cinema, que transitam por diferentes contextos, temas e épocas; o segundo, voltado a aspectos práticos, traz workshops intensivos de desenvolvimento de roteiro, produção executiva, direção de arte, fotografia, composição de trilha sonora, montagem e edição de filme – além de atividades envolvendo a crítica cinematográfica –, que contribuem para a prática de textos e materiais críticos sobre cinema.
Eixo teórico:
História do Cinema
Aulas do módulo 1 às terças-feiras, 4 de maio a 29 de junho, das 19h às 21h (em frequência semanal).
Aulas do módulo 2 às terças-feiras, 3 de agosto a 28 de setembro, das 19h às 21h (em frequência semanal).
Teorias do cinema
Aulas do módulo 1 às quintas-feiras, 6 de maio a 1º de julho, das 19h às 21h (frequência semanal).
Aulas do módulo 2 às quintas-feiras, 5 de agosto a 23 de setembro, das 19h às 21h (frequência semanal).
Eixo prático:
Workshops temáticos
Encontros aos sábados (dois por mês) – 12 e 26 de junho, 3 e 17 de julho, 7 e 21 de agosto e 18 de setembro, das 10h às 13h.
A taxa única de matrícula é de R$250,00. Cinco bolsas integrais serão concedidas para candidatos(as) selecionados(as) no processo seletivo que declararem baixa renda por meio de formulário a ser solicitado pelo e-mail contato@casaguilhermedealmeida.org.br.
Entre os docentes da 3ª edição do Programa, estão Ana Rita Bueno – cenógrafa e diretora de arte há mais de 35 anos, com participação em projetos internacionais, como produções para RAI, na Itália e na direção de arte de longas como Se Deus Vier que Venha Armado, de Luis Dantas, e A Memória Que me Contam de Lucia Murat; Donny Correia – escritor, doutor em estética e história da arte pela USP, crítico de cinema e professor de História e Linguagem do Cinema em instituições como SESC, AIC e FMU; Franthiesco Ballerini – jornalista, doutorando em Comunicação Social e escritor de livros, entre eles Diário de Bollywood – Curiosidades e Segredos da Maior Indústria de Cinema do Mundo e Cinema Brasileiro no Século 21; Juliana Garzillo – produtora audiovisual, atualmente trabalhando em produções da Netflix e doutoranda em Processos Audiovisuais na ECA-USP; Luís Villaça – diretor de fotografia e documentarista desde 2002, mestre em Audiovisual pela ECA-USP, trabalhando para produtoras e emissoras de TV como HBO Latin America, e professor de cinematografia na Unifesp e Instituto Catitu – Formação Audiovisual Indígena, entre outras instituições. O corpo docente completo do programa formativo também está disponível neste link.
O Programa Cinematographos de Estudos de Cinema surgiu da experiência do Núcleo Cinematographos da Casa Guilherme de Almeida com cursos, palestras, oficinas e exibições comentadas de filmes e documentários, realizados desde 2011. As demais datas, como a de divulgação do processo seletivo e a de início das aulas, estão no final do release (no Serviço).
Acesse a aba de programação do site e conheça mais atividades online do museu. A agenda do local também pode ser acompanhada pelo Instagram, Facebook e Twitter.
Serviço:
3ª edição do Programa Cinematographos de Estudos de Cinema
Cronograma de matrícula e do processo seletivo:
Prazo para a inscrição: até 25/4/2021
Pelo site do museu – clique aqui – onde a ficha de inscrição está disponível para download e que deve ser enviada, junto com a carta de intenção e currículo, para o e-mail contato@casaguilhermedealmeida.org.br.
Única taxa é a de matrícula, válida para todo o Programa: R$250,00
Cinco bolsas integrais para candidatos que declararem baixa renda por meio do formulário a ser solicitado pelo e-mail contato@casaguilhermedealmeida.org.br.
6/5/2021 – Divulgação do resultado do processo seletivo. Pessoas escolhidas serão informadas por e-mail.
18/5/2021- Previsão do início das aulas.
Aulas pelo Zoom e Moodle.
Casa Guilherme de Almeida | Anexo: Rua Cardoso de Almeida, 1943 – Sumaré, São Paulo/SP | Tel.: (11) 3673-1883 | 3803-8525
Acessibilidade: rampa de acesso, elevador, piso podotátil e banheiro adaptado; videoguia em Libras e réplicas táteis.
Programação gratuita.
Devido à fase emergencial da pandemia, a instituição está fechada atualmente, seguindo as recomendações do Plano São Paulo para conter a disseminação de Covid-19. A programação segue on-line, via canais virtuais do museu, e disponível pelos sites do museu e da Poiesis.
Sobre a Casa Guilherme de Almeida | Inaugurada em 1979, a Casa Guilherme de Almeida, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo gerenciada pela Poiesis, está instalada na residência onde viveu o poeta, tradutor, jornalista e advogado paulista Guilherme de Almeida (1890-1969), um dos mentores do movimento modernista brasileiro. Seu acervo é constituído por uma significativa coleção de obras, gravuras, desenhos, esculturas e pinturas, em grande parte oferecidas ao poeta pelos principais artistas do modernismo brasileiro, como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Emiliano Di Cavalcanti, Lasar Segall e Victor Brecheret. Hoje, o museu oferece uma série de atividades gratuitas relacionadas a todas as áreas de atuação de Guilherme de Almeida e da literatura traduzida ao cinema, passando pelo jornalismo e pelo teatro. Trata-se da primeira instituição não acadêmica a manter um Centro de Estudos de Tradução Literária no país.
No dia 8 de maio, às 20h (19h em Manaus), acontece o festival Amazônia Queer, que tem o propósito de celebrar a expressão e liberdade artística LGBTQIA+ na Amazônia e apoiar a comunidade durante a pandemia de Covid-19.
O evento será gratuito e transmitido pelo canal Alter do Som no Youtube. As atividades do festival incluem uma mostra competitiva LGBTQIA+ com premiação em dinheiro, shows e o Fundo Amazônia Queer, uma iniciativa para arrecadar recursos para apoiar pessoas em situação de vulnerabilidade social. Com o Amazônia Queer, a produtora e selo musical Alter do Som pretende apoiar a comunidade LGBTQIA+ da Amazônia não apenas financeiramente, mas também emocionalmente, criando um evento alegre, divertido e acolhedor. “É importante as pessoas saberem que não estão sozinhas. Existe uma rede de apoio forte na Amazônia. Juntes podemos combater o preconceito e passar por esse momento tão difícil”, completa Teresa Harari, idealizadora do evento.
As inscrições para a mostra competitiva vão do dia 15 ao 26 de abril. Pode se inscrever qualquer um da comunidade LGBTQIA+ da Amazônia, maior de 18 anos, enviando um vídeo-performance de até 2 minutos. Mais informações e formulário de inscrição no link bit.ly/inscriçaoAQ.
Jurados irão escolher as 10 melhores performances, que serão transmitidas no dia 8 de maio. No júri, estão as cantoras Priscila Castro, Márcia Novo, Lia Sophia, o coreógrafo Fabrício Bezerra, o artista e influenciador Adriano Borboleta e o artista plástico Nilson Coelho. O público será responsável por eleger a/o vencedor/a ao vivo. As premiações do primeiro, segundo e terceiro lugar vão de R$300 a R$1000.
No dia do festival, acontecem os shows do multiartista santareno RAWI e da Drag, DJ e performer Samu Cnt. RAWI apresenta seu trabalho autoral Facão Que Abre Os Caminhos, que trata da vivência queer na Amazônia. Já Samu traz um set com mix de brasilidade e pc music, valorizando artistas paraenses e da comunidade LGBTQIA+.
O Fundo Amazônia Queer será lançado no dia 20 de abril com o objetivo de arrecadar doações para a comunidade LGBTQIA+ na Amazônia durante a pandemia. Entre as iniciativas apoiadas, estão a Coletiva TRANS de Santarém, Casa Miga, ONG Olivia, Associação de Travestis e Transexuais do Acre, Associação Orquídeas LGBTI+, Coletivo Sapato Preto Amazônida e Coletivo Amazônico LesBiTrans. Para doar: bit.ly/fundoamazoniaqueer.
Para acompanhar o festival, siga @alterdosom no Facebook, Instagram ou YouTube. Você ainda pode se inscrever na lista de transmissão por e-mail ou Whatsapp (bit.ly/amazoniaqueer).
O Amazônia Queer é um projeto selecionado pelo Edital Culturas Populares – Lei Aldir Blanc 2020, com o apoio da Fidesa, Secult/Governo do Estado e da Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo do Governo Federal.
A situação da comunidade LGBTQIA+s na Amazônia | A pandemia atinge LGBTQIA+s em todo o país e intensifica problemas já enfrentados por gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, intersexuais e por outras pessoas com distintas orientações sexuais e expressões de gênero. A pesquisa Diagnóstico LGBT+ na pandemia, realizada pelo coletivo #VoteLGBT em parceria com a Box1824, mostra um impacto significativo da pandemia na saúde mental e financeira da comunidade.
Doenças como depressão e ansiedade manifestam-se mais agressivamente entre a população LGBTQIA+, decorrentes do convívio frequente com diversas formas de opressão. As medidas de isolamento social significam, muitas vezes, afastar-se da sua rede de apoio e pode até aumentar a convivência com um ambiente marcado pelo preconceito. Para muitos da comunidade LGBTQIA+, a casa e o seio da família nem sempre significam segurança.
Somam-se a isso os desafios da região Norte no enfrentamento à pandemia. Dificuldades logísticas e carência de infraestrutura são alguns dos motivos que contribuem para a rápida proliferação do vírus na região e geram ainda mais ansiedade na população.
Serviço:
Festival Amazônia Queer
8 de maio, 20h (19h em Manaus)
Canal Alter do Som no Youtube
Inscrições para a mostra competitiva, com prêmios de até R$1.000 (de 15 a 26 de abril): bit.ly/inscriçaoAQ
Fundo Amazônia Queer: https://benfeitoria.com/fundo-amazonia-queer-ogq