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Saint Laurent lança vídeo da coleção Women’s Summer21

Paris, França, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação/Saint Laurent.

A Saint Laurent acaba de lançar um novo vídeo para apresentar sua coleção Women’s Summer21. O filme marca a terceira parte do début global da coleção, que chega às lojas coordenada com esse lançamento.

Termina o jantar. Um garçom solitário observa os hóspedes procurarem por Charlotte. O eco de seus sussurros se multiplicam. Anthony Vaccarello escolheu Jim Jarmusch para orquestrar um balé idílico e surreal, seguindo regras próprias. Misteriosa e evasive, Charlotte fica desaparecendo e reaparecendo. Emaranhado até criar uma espécie de vertigem, Espaço e tempo rodam lindamente. Para a eternidade.

Direção de arte: Anthony Vaccarello

Diretor: Jim Jarmusch

Talentos:

Charlotte Gainsbourg

Indya Moore

Julianne Moore

Chloë Sevigny

Leo Reilly

Música:

Remainder – escrita por Sarah Lipstate – executada por Noveller – cortesia de Ba Da Bing Records

Anemone  – escrita por Anton Newcombe – executada por The Brian Jonestown Massacre – publicada pela Warp Publishing – cortesia de A Recordings.

Festival exibe curtas brasileiros que discutem a pandemia de Covid-19

São Paulo, por Kleber Patricio

Isolamento e Pandemia, Cinema de Causa, Processos de Criação e A União Faz o Filme: estes são os temas dos programas do Kinolab Tela Digital, festival que acontece de forma online e gratuita de 21 a 25 de abril e é dedicado a curtas-metragens brasileiros. O objetivo é dar visibilidade a filmes realizados principalmente por pessoas egressas de comunidades periféricas, cidades pequenas no interior do país e aldeias indígenas. Procura-se, assim, estimular a comunicação entre realizadores com vocação empreendedora, coletivos e iniciativas audiovisuais organizadas e engajadas na transformação da sociedade a partir do audiovisual criativo.

Foram selecionadas 20 produções finalizadas em 2020 e 2021, representando os estados da Bahia, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. As obras ficam disponíveis a partir das 20h00 do dia 21/4 até o final do evento (25/4).

Os filmes concorrem a uma premiação no valor de R$3.000,00 (três mil reais) para até três destaques do evento, escolhidos entre os filmes, cineastas, atores/atrizes ou iniciativas audiovisuais coletivas. Uma seleção de destaques da programação ganha exibição na programação do 32º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, a ser realizado em agosto de 2021.

Cena de “Janelas Daqui”, que faz parte da programação do festival. Imagem: divulgação.

O programa Isolamento e Pandemia traz um conjunto de filmes produzidos dentro do contexto da pandemia sanitária da Covid-19, que, influenciando tanto forma como temática, atua como elemento criativo decisivo na concepção destes curtas-metragens. Na programação, estão Temporal (de Maíra Campos e Michel Ramos, MG), Inês (Ricardo Vaz Martins, RJ), O Tempo Dilatou (André Moura Lopes e Marco Rudolf, CE), Despoético (Natália Grego, SP), Mulheres em Quarentena (Bárbara Tavares, RJ) e Alternativas Felizes para Quando o Sol Não Vem (Juliana Santana, SP).

Já o programa Cinema de Causa é dedicado a filmes produzidos dentro de um espírito de engajamento, remetendo a temas sensíveis e que promovam um mundo mais justo, solidário e plural. Estão incluídas quatro produções: Equilíbrio (de Olinda Muniz Silva Wanderley, BA), Janelas Daqui (Luciano Vidigal, RJ), Seremos Ouvidas (Larissa Nepomuceno Moreira, PR) e Aonde Vão os Pés (Débora Zanatta, PR).

Em Processos de Criação estão obras de ficção e documentários criativos que constroem e investigam de diferentes formas os seus personagens protagonistas. Fazem parte do programa Santa (de David Personagem/Coletivo Luneta Vermelha, SP), Mandayaki e Takino (Dadyma Juruna e Yariato Juruna, MT), Iluminar (Rafael Assunção/Coletivo Mosca Frita, SP), Três Dias Com Ele (Rodolfo Groppo Martim/Fractal Plataforma Artística, SP), Dois (Guilherme Jardim e Vinícius Fockiss, MG) e Procreare (Alice Stamato, SP).

Cena de “25 anos sem asfalto”, que está na programação do Kinolab Tela Digital. Imagem: divulgação.

Filmes que são resultado de empenho e esforço conjunto de grupos e iniciativas audiovisuais coletivas são destaque do programa A União Faz o Filme. Nele, estão os títulos 25 Anos Sem Asfalto (de Fabiola Andrade, SP), Banzo (Rafael Luan, CE), O Prazer de Matar Insetos (Leonardo Martinelli, RJ) e Sanatrio (Leonardo Rodrigues, SP).

O Kinolab Tela Digital promove ainda uma série de webnários que discute temas relacionados à economia criativa dentro do setor audiovisual. Os temas, palestrantes e datas são os seguintes:

21/4, às 19h00Audiovisual e Engajamento, com as cineastas Thatiane Almeida e Graciela Guarani | Em um cenário cada vez mais politizado e complexo, o webnário propõe uma reflexão sobre obras audiovisuais engajadas nas mais diversas causas, além das formas e ideias que as atravessam.

22/4, às 19h00Economia Criativa e Realização Audiovisual, com a produtora cinematográfica Minom Pinho e o cineasta JC – João Carlos | O webnário pretende tecer um panorama do empreendedorismo audiovisual e da economia criativa dentro do setor tendo em vista a transformação da sociedade a partir do audiovisual criativo.

23/4, às 19h00Promoção e Gestão de Projetos de Baixo Orçamento, com o cineasta e produtor Cavi Borges e o produtor cinematográfico Jacson Dias | As incertezas do setor audiovisual nos tempos atuais ampliam a necessidade de se pensar um projeto audiovisual de forma otimizada e eficiente. Como gerenciar e promover um projeto de baixo orçamento?

24/4, às 19h00Iniciativas de Produção Audiovisual Coletiva, com o diretor Asaph Luccas (do coletivo audiovisual paulista Gleba do Pêssego) e o produtor Thiago Macêdo Correia (da produtora mineira Filmes de Plástico) | Por todo o Brasil, multiplicam-se cada vez mais os coletivos audiovisuais. Como surge a ideia da formação de um coletivo? E como fortalecê-lo para que se consolide em uma iniciativa efetiva e contínua?

Os filmes e os webnários podem ser acessados pelo endereço www.kinoforum.org.br.

O Kinolab Tela Digital é uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e Associação Cultural Kinoforum. O evento foi viabilizado por meio do Edital ProAC Expresso / Lei Aldir Blanc nº 40/2020.

Serviço:

Kinolab Tela Digital

de 21 a 25 de abril de 2021

online e gratuito

www.kinoforum.org.br

Redes sociais:

www.instagram.com/curtakinoforum

www.facebook.com/kinoforum

www.twitter.com/Kinoforum.

Realização:

Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e Associação Cultural Kinoforum.

Evento viabilizado por meio do Edital ProAC Expresso / Lei Aldir Blanc nº 40/2020

DADOS DOS FILMES

Programa Isolamento e Pandemia

Temporal – Maíra Campos e Michel Ramos (Brasil/MG, 2020, 8 min) | Ser mulher é um estado de devir. Amar uma, um estado de estar. E ser uma amando outra é tornar-se potência.

Inês – Ricardo Vaz Martins (Brasil/RJ, 2021, 4 min) | Durante a pandemia, um homem – confinado em seu apartamento – vê de sua janela seus vizinhos sumirem misteriosamente ao longo dos meses.

O Tempo Dilatou – André Moura Lopes e Marco Rudolf (Brasil/CE, 2021, 15 min) | Com mais de 70 anos, a aposentada Clara está imersa em seu isolamento social durante a pandemia de Covid-19. Em seu fluxo de consciência, tons pessoais e políticos pontuam suas reflexões solitárias.

Despoético – Natália Grego (Brasil/SP, 2021, 2 min) | Um retrato experimental do sentimento vivenciado pela autora na pandemia. Uma animação sobre tudo aquilo que não tem nome.

Mulheres em Quarentena – Bárbara Tavares (Brasil/RJ, 2020, 5 min) | Um retrato íntimo e pessoal de mulheres em quarentena devido à pandemia de Covid-19. Um mergulho nas suas dúvidas, fraquezas e fortalezas. Uma imersão na força da vida sob o olhar feminino.

Alternativas Felizes para Quando o Sol Não Vem – Juliana Santana (Brasil/SP, 2020, 6 min) | Com medo diante da pandemia, uma mulher idosa relata o que sente sobre a saudade, refletindo sobre a vida e sua trajetória de luta, revendo memórias em fotografias arquivadas, tentando analisar seu luto e o sentimento da perda.

Programa Cinema de Causa

Equilíbrio – Olinda Muniz Silva Wanderley (Brasil/BA, 2020, 11 min) | O discurso da Kaapora, entidade espiritual indígena, norteia a discussão crítica quanto à relação destrutiva de nossa civilização com o único planeta conhecido que tem suporte para a vida e do qual nós mesmos dependemos para continuar nossa existência enquanto espécie.

Janelas Daqui – Luciano Vidigal (Brasil/RJ, 2020, 15 min) | Através de suas janelas, moradores relatam críticas, poesias e reflexões sobre a pandemia de Covid-19 na favela do Vidigal.

Seremos Ouvidas – Larissa Nepomuceno Moreira (Brasil/PR, 2020, 13 min) | Como existir em uma estrutura sexista e ouvinte? Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas com realidade diferentes, compartilham suas lutas e trajetórias no movimento feminista surdo.

Aonde Vão os Pés – Débora Zanatta (Brasil/PR, 2020, 14 min) | Ela percorre os caminhos da adolescência com coragem para viver seus desejos. E no encontro com o inesperado se põe a correr, confiante em seus próprios pés.

Programa Processos de Criação

Santa – David Personagem/Coletivo Luneta Vermelha (Brasil/SP, 2021, 10 min) | Santa é o apelido jocoso dado a Helena do Santos. Uma mulher misteriosa que vive trancada em casa, presa a suas idiossincrasias religiosas. Um documentarista se aproxima para descobrir a verdadeira história de Santa.

Mandayaki e Takino – Dadyma Juruna e Yariato Juruna (Brasil/MT, 2020, 10 min) | Yariato e Dadyma filmam seus filhos em uma aldeia yudjá, na Terra Indígena Xingu. Um olhar compartilhado de um momento da vida doméstica que mostra que existe futuro possível sendo indígena no Brasil, desde que suas terras não sejam queimadas, pilhadas e invadidas.

Iluminar – Rafael Assunção/Coletivo Mosca Frita (Brasil/SP, 2020, 4 min) | O sol e meus sentimentos, a vida que entra pela janela e a saudade que me afoga.

Três Dias Com Ele – Rodolfo Groppo Martim/Fractal Plataforma Artística (Brasil/SP, 2021, 5 min) | Rodolfo convida seu pai, Wilson, para fazerem um filme juntos e, a partir desse contato, tecem memórias e visões sobre paternidade e masculinidades.

Dois – Guilherme Jardim e Vinícius Fockiss (Brasil/MG, 2021, 10 min) | Bernardo e Luix buscam aproximação afetiva durante o período de distanciamento social. Em meio ao caos, tentam descobrir outras formas de amar.

Procreare – Alice Stamato (Brasil/SP, 2020, 15 min) | Vinicius é um cara casado que decide viajar para uma praia distante para descansar alguns dias. Chegando lá, ele conhece Janaína, uma misteriosa mulher que tem outros planos para ele.

Programa A União Faz o Filme

25 Anos Sem Asfalto – Fabiola Andrade (Brasil/SP, 2021, 15 min) | Rose se empenha para garantir a Pedro um futuro melhor do que uma vida confinada entre as ruas de terra do bairro e o asfalto da cidade, quando um acontecimento inesperado a fará se conectar ao cotidiano de pequenas aventuras do filho.

Banzo – Rafael Luan (Brasil/CE, 2020, 15 min) | Joana vive uma vida pacata na periferia de Fortaleza até que recebe a notícia do assassinato do filho pela polícia militar. Ela então reinventa seu cotidiano na grande cidade, entre a solidão e a saudade.

O Prazer de Matar Insetos – Leonardo Martinelli (Brasil/RJ, 2021, 10 min) | Em um futuro próximo, a crise climática atinge um ponto irreversível. Uma freira e um padre se encontram para conversar sobre o desaparecimento dos insetos.

Sanatrio – Leonardo Rodrigues (Brasil/SP, 2020, 15 min) | Um trio de mulheres de meia idade que residem em um hospital psiquiátrico anseia sua liberdade para viver uma nova etapa.

Contação online do projeto ‘Teatro na Mesa’ aborda virtude da generosidade

Campinas, por Kleber Patricio

Pelo segundo ano consecutivo, a Embaixadores da Prevenção se utiliza das artes cênicas e do ambiente virtual para inspirar e disseminar virtudes por meio do projeto Teatro na Mesa. No seu processo de formar uma nova geração de pessoas que pense, sinta e faça o seu melhor, o trabalho da ONG com as virtudes referencia o que é positivo para a formação do caráter e o desenvolvimento do ser. No segundo vídeo do projeto, a generosidade é a virtude da vez.

“Tivemos uma resposta muito positiva no ano passado para o formato online, por isso este ano reformulamos o projeto para apresentar novas e mais histórias que abordam diferentes virtudes e expandem o conceito delas para nosso público”, comenta o coordenador cultural do projeto, Eduardo Virgílio. “Entendemos que a linguagem artística tem um profundo poder de sensibilizar e aguçar a consciência, por isso usamos a contação de história, que nos permite ainda estimular a criança para a imaginação e a criatividade, além de ampliar sua percepção, entendimento e aplicação prática da virtude”, completa.

A nova história já está disponível em todas as plataformas da ONG. Na oportunidade, o público é apresentado à contação inspirada no livro Dona Ôla, dos irmãos Grimm. “A generosidade é a virtude de quem compartilha bens materiais e emocionais por bondade. É o famoso oferecer sem receber nada em troca, um ato desinteressado no que tange o retorno. Uma das maiores e melhores formas de demonstrar amor, amizade e respeito ao próximo”, conclui Eduardo.

O projeto é realizado pelo termo de fomento 165/2020, assinado pela Embaixadores da Prevenção em conjunto com a Secretaria da Cultura de Campinas por meio do Fmdca-Cmdca, fomentado pelo PMC/Fmdca/Smasdh com fontes de recurso municipal.

Virtude da Vez: Generosidade | O segundo vídeo do Teatro na Mesa conta a história Dona Ôla, cujo conto está no livro Os Contos de Grimm, dos Irmãos Grimm. A peça convida à reflexão da virtude da generosidade: (1) qualidade de generoso; (2) virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem; magnanimidade.

De maneira leve e divertida, a contação apresenta a história de uma viúva e suas duas filhas. Enquanto uma delas ajuda e se preocupa com o próximo, a outra é mais parecida com a mãe e dá mais valor aos bens materiais. Em determinado momento a irmã boa é “transportada” para uma realidade mais afetiva e ensolarada, mas ainda assim ela sente falta de casa. Sutil e muito delicada, a peça convida à reflexão do nosso papel no mundo enquanto pessoas benevolentes.

O vídeo é o segundo de uma série de 16 contações baseadas na literatura universal que serão publicados gratuitamente na íntegra nas redes sociais da ONG, que já disponibilizou o primeiro vídeo, Medo de Nada, só Amor nas versões com Libras e Audiodescrição.

Sobre a Embaixadores da Prevenção | Idealizada por Sandra Sahd, a organização social foi fundada em Campinas em 2011. Nesta primeira década, já atendeu mais de 18 mil pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos por meio de atividades e projetos artístico-culturais que despertam e difundem o tema das virtudes no ser humano com apoio de recursos federais (Lei de Incentivo à Cultura) e municipais (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente via Cmdca). Seu objetivo é contribuir para a formação de uma nova geração de pessoas que transforme o mundo através do sentir, pensar e fazer melhor. Até 2017, todas as ações eram realizadas em creches e instituições sem fins lucrativos da RMC (Região Metropolitana de Campinas); em 2018, a entidade passou a atender também escolas estaduais da cidade. Para conhecer mais sobre a organização social, acesse o site www.embaixadoresdaprevencao.com.br.

Serviço:

Teatro na Mesa • Vídeo 2 • Dona Ôla!

Disponível em: https://youtu.be/4kogWRxNjf0.

“Convenção de Itu” completa 148 anos

Itu, por Kleber Patricio

Fachada do Museu Republicano “Convenção de Itu”. Foto: Hélio Nobre.

Em 18 de abril de 1873, às 17h, em um sobrado localizado na cidade de Itu, aconteceu uma importante reunião entre políticos e proprietários de fazendas de café que deu início à campanha republicana no país e às bases para a fundação do Partido Republicano Paulista. De acordo com alguns historiadores, mais de 133 pessoas de 16 cidades paulistas, incluindo a capital, participaram desse encontro, chamado de Convenção Republicana de Itu.

Após exatos 50 anos, a casa erguida nas décadas iniciais do século 19 que serviu como residência da Família Prado foi transformada em museu, o Museu Republicano Convenção de Itu, uma extensão do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP). “Além do movimento republicano e da primeira fase da República brasileira, o acervo trata também da história de Itu e região”, explica a Profa. Dra. Maria Aparecida de Menezes Borrego, supervisora do MRCI.

Do encontro de 1873, o MRCI guarda o Livro de Ata da Convenção e, de seus participantes, uma coleção de pinturas encomendadas pelo diretor do Museu, Afonso Taunay. Algumas delas produzidas por artistas como Oscar Pereira da Silva, Tarsila do Amaral e Henrique Manzo. “As reproduções em tela foram baseadas em fotos cedidas por familiares dos convencionais”, conta a supervisora. No entanto, nem todas as famílias tinham ou enviaram as imagens; por isso, a coleção é formada por 116 quadros, que são expostos no Museu em revezamento.

Mas, fechado há um ano devido à pandemia de Covid-19, o MRCI pode ser visitado virtualmente por meio do link https://vila360.com.br/tour/mrciusp.html — a novidade foi lançada em 15 de novembro do ano passado, em homenagem à Proclamação da República. Para todas as exposições em cartaz, a plataforma oferece recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual ou auditiva, recursos de audiodescrição e também descrição do conteúdo em espanhol e inglês.

Sobá: iguaria de Campo Grande (MS) exige muita experiência e tempo para o seu preparo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Prato tradicional de Campo Grande (MS), o sobá não é rápido e nem fácil de fazer – “Pelo contrário, é uma iguaria que exige experiência, tempo e habilidade no seu preparo”, explica a chef Vanessa Carvalho, que comanda o restaurante especializado nessa culinária Sim Sobá, instalado na capital paulista. O sobá é composto por cinco componentes básicos: uma proteína (carne bovina, carne suína, frango ou shimeji), omelete, macarrão, cebolinha e um caldo com temperos. Confira, basicamente, como cada um deles é elaborado:

Proteínas | Entre as carnes, são utilizadas alcatra (carne bovina), filé mignon suíno e peito de frango. Tudo é comprado em peças, filetado pela chef, separado e porcionado em 120 gramas, que são colocados em saquinhos plásticos selados. Tudo isso leva pelo menos duas horas de trabalho para atender em torno de 50 sobás. Elas são cozidas na hora, com diversos temperos (secretos, claro), como o shoyu, levando entre dois e três minutos para ficarem no ponto. Nos sabores de frango ou suíno, a preparação é finalizada com óleo de gergelim. Enquanto isso, outro funcionário vai montando o prato do sobá com os demais ingredientes. A proteína chega por último.

Omelete | Cada prato de sobá vem com 40 gramas de omelete, elaborada com cerca de 1,5 ovo, sal e maisena. Aqui, o maior desafio é preparar a omelete no ponto exato: bem fininha e naquele tom amarelo claro tentador. A omelete sai pronta da frigideira em peças únicas, que são enroladas com cuidado e, a seguir, fatiadas. Esse trabalho leva em torno de uma hora para 50 pratos e é realizado na própria sexta-feira, durante o dia, para atender os clientes durante todo o final de semana. A omelete não pode ser congelada, nem dura até a outra semana em caso de sobras.

A produção da massa.

Cebolinha | A cebolinha é lavada, cortada nas extremidades e colocada em pé para secar e, também, para escorrer o caule interno. No final, ela fica bem seca, o que garante um sabor mais agradável, mais frescor e durabilidade superior. Depois de secas, são fatiadas finamente. Esse trabalho leva cerca de uma hora e acontece também na sexta-feira para atender a demanda de todo o final de semana. Cada prato tem 15 gramas de cebolinha.

Macarrão | É a parte mais complicada, pois o autêntico Sobá à Moda de Campo Grande é feito com uma massa especial, caseira, diferente da que conhecemos na culinária italiana. Normalmente, a massa é elaborada entre quarta-feira à noite e quinta-feira de manhã. A massa feita numa semana não serve para a próxima semana e não pode ser congelada. Para preparar sua massa, a chef Vanessa utiliza farinha, ovo, sal, água e dois segredinhos especiais que ela prefere não revelar. Quando isso vira uma massa compacta, ela é cortada em fatias grossas que, então, são passadas no cilindro e depois por um cortador manual (que só é vendido em Campo Grande), de onde saem já no formato final, em tiras finas e achatadas. Esse produto é colocado então em um “varal” culinário, para não estragar o formato grudando uma na outra, e logo é cozido numa panela com água e sal durante 5 a 7 minutos. Depois de escorrido, vai para o resfriamento imediatamente para que a massa não continue cozinhando com seu próprio calor e, em seguida, como as proteínas, é porcionada e embalada. Cada sobá vem com 200 gramas de massa. Para se planejar para servir 50 sobás, Vanessa precisa produzir 10 kg de macarrão, portanto – o que significa cerca de 5 horas de trabalho, no mínimo.

A chef Vanessa Carvalho.

Caldo de ossobuco | Boa parte do sabor maravilhoso do sobá vem do caldo de ossobuco preparado pela chef. Cada sobá leva 350 ml deste caldo, que é entregue separado para o cliente colocar dentro do prato somente na hora de consumir. O caldo dá sabor e também aquece o prato (se o caldo estiver frio, pode ser aquecido no forno de micro-ondas antes). O caldo é preparado com ossobuco e aparas das carnes bovinas e suínas e do frango. Essas carnes são cozidas por horas para perderem toda a sua gordura; depois, são acrescidos itens como caldo de mocotó, temperos especiais de Mato Grosso do Sul (secretos), shoyu e hondashi (tempero japonês tradicional). A carne derrete e vira um caldo maravilhoso, mas leva tempo. São dois dias, ou cerca e 16 horas no total, para preparar o caldo de ossobuco.

Delivery

O restaurante funciona de sexta-feira a domingo, todas as semanas, das 18h às 22h, pelos serviços delivery e take away. A casa conta com serviço próprio de entregas. Os pedidos podem ser feitos nos telefones abaixo. Se o cliente preferir, ele pode fazer seu pedido pelas plataformas iFood e Rappi, mas os preços serão um pouco superiores nestes aplicativos.

Cardápio:

Sobá Bovino – R$40,00

Sobá Suíno – R$36,00

Sobá de Frango – R$34,00

Sobá de Shimeji – R$44,00

Sobá Vegetariano (Shimeji) – R$44,00 (caldo de legumes)

Sobá Vegano (Shimeji) – R$46,00 (caldo de legumes, massa sem ovos e sem omelete)

Serviço:

Restaurante Sim Sobá

Rua Zacarias de Góes, 1770 – São Paulo/SP

Fone: (11) 2892-0527

Fone/Whatsapp: (11) 98696-5212

Funcionamento: todas as sextas, sábados e domingos

Horário: das 18h às 22h

Pedidos pelos telefones ou pelas plataformas iFood e Rappi.