Sucen, que monitorava o comportamento do inseto no Estado, foi extinta em 2020 e seus laboratórios, até hoje, não foram incluídos na organização administrativa do Estado, comprometendo pesquisas e controle de doenças
São Paulo
De modo a promover a conservação do meio ambiente e da biodiversidade, a PRETATERRA, iniciativa brasileira que se dedica à disseminação de sistemas agroflorestais regenerativos pelo mundo, participa do desenvolvimento do Projeto Mutum-de-penacho, que está sendo realizado na porção paulista da área de influência do reservatório da Usina Hidrelétrica Água Vermelha (UHE-AGV), localizada no noroeste do estado, em parceria com a SAVE Brasil (Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil), organização da sociedade civil de interesse público, e com a AES Brasil, responsável pela Usina.
O projeto tem como objetivo o monitoramento e a conservação da avifauna regional, o engajamento da comunidade local e a pesquisa. Um levantamento realizado na área de entorno da Usina detectou a diminuição da população da ave mutum-de-penacho (Crax fasciolata), uma espécie ameaçada de extinção, e também de outras espécies da mesma família, causados por significativos impactos negativos ao ecossistema, como perda de habitat natural, fragmentação, incêndios acidentais e caça.
A partir de análises florísticas, fitossociológicas e ecológicas realizadas em 25 remanescentes florestais da região, a PRETATERRA irá elaborar um documento com os resultados apurados e indicações de áreas prioritárias para a conservação. “Na primeira fase do projeto, fizemos um extenso estudo sobre a vegetação da região, estabelecendo uma lista de espécies arbóreas de ocorrência regional e um levantamento histórico sobre o uso do solo e o desmatamento na região para determinar a condição atual dos fragmentos da área de estudo quanto ao seu estágio de regeneração e conservação”, explica o engenheiro florestal e um dos fundadores da PRETATERRA, Valter Ziantoni.
O conhecimento das espécies vegetais de uma região é a base para estudos científicos, manejo ambiental e administração de recursos, podendo ser acessados de maneira qualitativa e quantitativa. “O levantamento florístico tem como objetivo inventariar e identificar as famílias e espécies botânicas que ocorrem na região estudada. Adicionalmente, a investigação fitossociológica fornece dados estatísticos para a compreensão da dinâmica das espécies na comunidade vegetal de interesse”, esclarece a doutora em botânica e responsável técnica pelo Projeto, Mariana Saka. No Projeto Mutum-de-penacho, esses levantamentos foram realizados por meio da medição e identificação de indivíduos em campo, a fim de obter indicadores ecológicos que permitam classificar o estágio de conservação de cada fragmento e, com isso, recomendar estratégias para o manejo desses habitats.
“Com os dados levantados em campo, estamos trabalhando no Plano de Manejo da Paisagem e Fragmentos Florestais que vai apontar as principais ações estratégicas para a restauração da paisagem a partir do panorama dos remanescentes florestais e das áreas de restauração selecionadas, indicando áreas prioritárias para reflorestamento e conectividade de fragmentos, inclusive por meio de sistemas agroflorestais, tornando o ecossistema mais biodiverso, atrativo e propício para a fauna silvestre, principalmente o mutum-de-penacho”, complementa a engenheira florestal e também fundadora da PRETATERRA, Paula Costa.
(Fonte: Agência Press Voice)
Enquanto permanece fechado em respeito às medidas de contenção da Covid-19, o Instituto Inhotim resolveu ampliar a oferta de visitas mediadas virtuais. O objetivo das experiências digitais é potencializar o acesso, o desenvolvimento de conteúdos e a construção do conhecimento. Oferecidas por meio do programa Inhotim para Todxs, as atividades estão disponíveis em duas modalidades: as livres e para grupos agendados.
A primeira visita livre será no feriado de Tiradentes, dia 21 de abril, às 16h, pelo Google Meet (http://inhotim.info/InhotimParaTodxs). No tema Artistas e Paisagens Brasileiras, os educadores do Inhotim vão abordar os artistas brasileiros presentes no acervo de arte contemporânea do museu – um dos mais importantes do mundo. Haverá um recorte especial para as mulheres; além, é claro, da integração das obras com a natureza.
Não é necessário se inscrever, mas é recomendado salvar o link e anotar o evento na agenda, pois as vagas são limitadas. Fique atento às redes sociais (YouTube, Facebook, Instagram) do Inhotim para saber quando serão as próximas visitas livres.
Visitas virtuais para grupos | Para participar das visitas em grupo é preciso fazer uma inscrição pelo formulário disponível no site do Inhotim. Você pode juntar uma turma da escola, faculdade, família e amigos, entre outros, desde que o grupo tenha a partir de dez pessoas. Assim como nas ações educativas presenciais, a iniciativa parte dos acervos botânico, artístico e histórico-cultural do Inhotim. São quatro roteiros à disposição:
Visita Panorâmica – Um convite a uma visão geral do Inhotim, abordando aspectos diversos de seus acervos.
Artistas e Paisagens Brasileiras – Conheça os artistas brasileiros em exposição no Inhotim, com destaque para as mulheres e a natureza presente no Jardim Botânico.
Som e Sentido – Explore as possibilidades sonoras do Inhotim; seja nas obras onde o som exerce um papel fundamental para a composição dos trabalhos ou nas paisagens naturais.
Cores e Formas – Recomendada para crianças, aborda o acervo com uma linguagem lúdica baseada nas cores, formas e sons dos espaços do Instituto.
O programa Inhotim para Todxs é patrocinado via lei Federal pela Localiza e pela Unimed.
Estão abertas as inscrições para a décima primeira edição da Virada Sustentável SP, que será realizada entre os dias 2 e 22 de setembro, em diferentes locais da região metropolitana de São Paulo. Os interessados podem se inscrever até o dia 31/5 no site http://www.viradasustentavel.org.br.
Nesta primeira fase, o edital recebe apenas propostas de adesão (sem financiamento direto) de atividades, atrações, palestras e ações para integrar a programação do evento, sob a aprovação da curadoria da Virada Sustentável.
Para participar, as iniciativas precisam ter um ou mais conteúdo relacionado aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) , que tratam de temas como consumo consciente, água, energias renováveis, biodiversidade, mudanças climáticas, mobilidade urbana, cidadania, inclusão social, entre outros. Não serão aceitos projetos de cunho partidário ou religioso ou que estimulem qualquer tipo de discriminação de função de raça, credo ou condição social.
Em razão das dúvidas associadas à pandemia, a Virada Sustentável manterá o modelo híbrido adotado no ano passado, composto por intervenções urbanas (instalações artísticas, projeções, performances, grafites etc.) que não gerem multidão, ações de impacto midiático e uma série de painéis e debates online com grandes nomes da sustentabilidade, locais e estrangeiros. “Ainda com a incerteza do cenário de setembro, estamos planejando nossa programação de uma maneira que não promova aglomeração de público”, conta André Palhano, idealizador da Virada Sustentável, acrescentando que o mote do evento este ano estará diretamente relacionado ao modo como reconstruiremos a vida em sociedade após os impactos da pandemia.
Em 2020, apesar da pandemia, a programação da Virada Sustentável impactou cerca de 8 milhões de pessoas, com a realização de quase 100 atrações e mais de 60 intervenções urbanas, gerando cerca de 1,4 mil empregos temporários.
Período de inscrição: de 14/04 a 31/05
Mais informações: http://www.viradasustentavel.org.br.
Nesta sexta-feira (16/4), o Estação Livre coloca em pauta Paraisópolis, a segunda maior favela da cidade de São Paulo. Na edição, as manifestações culturais na comunidade, a gestão de Covid-19, a prática do rugby e o massacre no Baile da DZ7. Com apresentação de Cris Guterres, o novo programa da TV Cultura vai ao ar às 22h.
O Estação Livre também recebe Elizandra Cerqueira, empreendedora social e fundadora da Mãos de Maria Brasil – negócio de impacto social que tem a missão de dar autonomia econômica para as mulheres periféricas, e Kelly Silva, mãe preta periférica que atua há 19 anos em projeto de geração de renda, em especial com mulheres em situação de vulnerabilidade.
A reportagem do programa vai até Paraisópolis para entender como está a situação da comunidade neste segundo momento de pandemia. A favela, pertencente ao distrito de Vila Andrade, na zona sul paulistana, é exemplo positivo da gestão da Covid-19.
Mostrando também outra realidade local, o programa fala sobre o massacre no Baile da DZ7, tradicional baile funk que reúne milhares de pessoas na comunidade. Na madrugada de 1º de dezembro de 2019, nove jovens, entre 14 e 23 anos, morreram pisoteados após a Polícia Militar entrar no local.
O programa finaliza a edição apresentando as diferentes manifestações culturais dentro de Paraisópolis: ballet, orquestra, batalha de MCs e projeto Geração Portela, que promove a educação por meio da música. Além disso, mostra a prática do rugby, esporte que é visto como elitizado, mas que forma campeões na comunidade.
Entre esquadros, prisões e invisibilidade racial, o documentário Eu pareço suspeito? traz à tona o preconceito e o racismo que negros sofrem diariamente pela polícia no país. Com objetivo de mostrar essa realidade ao público, o diretor da trama relata acontecimentos sobre momentos da história do Brasil no qual o estereótipo negro foi considerado suspeito. Para ilustrar o tema, o diretor da produção aborda a história de um jovem que foi considerado criminoso e morto pela polícia pelo simples fato de ser negro.
Com duração de 27 minutos, o curta documentário revela mortes e prisões decretadas às pessoas inocentes. Traz à tona o sequestro da cultura de pessoas negras com o tráfico e escravização. A produção deixa a mensagem de que o fruto dessa diáspora é a criação das periferias, em que negros foram deixados desamparados pelo Estado totalmente marginalizados pela sociedade, mas que é nesse lugar que negros se constituem enquanto cidadãos, pensando, debatendo; no entanto, nesse mesmo ambiente, negros são mortos e agredidos todos os dias pela polícia.
Dirigido por Thiago Fernandes, o filme recebe coprodução da SPCine e da Prefeitura de São Paulo. A produção está disponível na plataforma de streaming TodesPlay , voltada para exibição de conteúdo identitário, dando prioridade a produções audiovisuais negras, LBGTQ+ e indígenas. O curta também está disponível com legenda em inglês. A classificação indicativa do documentário é de 16 anos.
Serviço:
Onde assistir: http://todesplay.com.br
Assinatura: R$6,90 nos primeiros 10 meses
R$18 – plano trimestral
R$72 – plano anual.