Organização aposta em lideranças jovens para transformar pequenas comunidades
Santa Catarina
Por meio do projeto #JHSPONLINE, a Japan House São Paulo apresenta diariamente em suas redes sociais conteúdo diverso e curiosidades sobre o Japão de hoje com o objetivo de ampliar o conhecimento do público interessado no tema. Entre 9 e 16 de abril, a programação destaca o Dia Mundial da Astronomia com algumas atividades da Semana Espacial Brasil-Japão, o design de embalagens e o ato de embalar, a expressividade por meio do Shodō, o podcast sobre gastronomia e os Jogos Olímpicos, entre outras.
Iniciando a programação no dia 9, às 17h, acontece o evento Conhecendo Embalagens – Designs Contemporâneos do Japão, que abordará como as embalagens japonesas são cativantes tanto por sua estética quanto por sua funcionalidade, além da apresentação de alguns designs de produtos do país, sua evolução e as transformações de técnicas tradicionais na criação destas embalagens.
Em comemoração ao Dia Mundial da Astronomia, a instituição cultural realiza a Semana Espacial Brasil-Japão e, no dia 10, a oficina Pencil Rocket – O foguete japonês promove um mini workshop – por meio de vídeo – com a artista Estéfi Machado para ensinar as crianças a fazer seu próprio foguete, inspirados pelo Pencil Rocket, o primeiro foguete japonês pós-guerra que possuía apenas 23 cm de altura e 200 gramas, facilitando a sua utilização e velocidade.
No mesmo dia, a instituição divulga o artigo Dia do Ekiben; palavra japonesa conhecida como uma combinação das palavras eki, que significa “estação” e ben (diminutivo de bentô, a palavra usada para as marmitas). Criado em 1885, o Ekiben é uma refeição embalada em caixas de bentô vendidas nas estações de trem de todo o Japão e que passou a fazer parte dos costumes dos viajantes. Uma ótima opção para aqueles que viajam no Shinkansen – trem-bala capaz de operar em velocidades de 320 km/h – para vivenciar a cultura local e tornar a experiência ainda mais completa por meio da comida.
Ainda dentro da Semana Especial Brasil-Japão, a instituição apresenta no dia 11, às 11hs, a ilustração animada Princesa Kaguya e a Lua. Nela, o ilustrador Daniel Kondo, conhecido pela publicação de livros infantis que passam mensagens inspiradoras e criativas, e a cantora e compositora Carol Naine, juntos, irão contar a tradicional lenda japonesa sobre a princesa Kaguya, uma garota que diz ser de Tsuki-no-Miyako (A Capital da Lua). Datada do século X, é considerada uma das primeiras narrativas do Japão, quando a exploração espacial era uma realidade distante. Ainda muito presente nos dias de hoje, o conto foi associado à Selene, sonda espacial de órbita lunar da JAXA, carinhosamente apelidada de Kaguya pelo povo japonês.
Ressaltando a importância do Shodō na cultura e arte japonesa, no dia 12, a Japan House São Paulo apresenta o artigo DŌ: o caminho de Shoko Kanazawa – Kami. A exposição de Shoko Kanazawa, em cartas na Japan House São Paulo, traz uma série de mensagens a partir da arte do Shodō desenvolvida pela artista. Nesse texto falaremos mais sobre as noções de kami, seus potentes significados e sua relação estreita com os elementos da natureza.
Lançada recentemente, a segunda temporada do podcast da Japan House São Paulo destaca a riqueza e diversidade da gastronomia japonesa. O sexto episódio, em 13/4, trará a temática das infusões como chás e caldos para o preparo de algumas receitas. Com episódios lançados semanalmente, às terças-feiras, o programa é apresentado por Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da instituição; Luiz Américo Camargo, jornalista, consultor gastronômico e curador do evento Taste of São Paulo e Thiago Bañares, chef do Tan Tan Noodle Bar, Ototo e Kotori.
Para marcar os 100 dias para o início dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, a Japan House São Paulo apresenta a minissérie JHSPONLINE – Especial Tóquio, com vídeos mostrando como a cidade japonesa se encontra três meses antes de receber este grande evento esportivo. A estreia acontece no dia 14 de abril, às 11hs, no canal de YouTube da instituição, com um episódio que destaca as instalações usadas em 1964, incluindo o Estádio Olímpico de Tóquio, projetado por Kengo Kuma, o mesmo arquiteto da Japan House São Paulo, que trabalhou em parceria com os brasileiros da FGMF Arquitetos, em São Paulo. A minissérie será apresentada pela influencer Piti Koshimura – que vive em Tóquio – e vai explorar as principais áreas de cidades trazendo dicas e curiosidades ligadas aos Jogos.
Por fim, o Educativo apresenta no dia 16, às 17hs, o Evento: Conhecendo DŌ: O Caminho de Shoko Kanazawa, neste encontro online, será mostrado está arte da caligráfica japonesa, Shodō, que é uma prática que expressa o coração da artista por meio do traço da escrita dos ideogramas. Também será abordada toda a trajetória da jovem calígrafa Shoko Kanazawa, que por ter síndrome de Down encontrou na arte uma maneira de transmitir suas mensagens de amor e esperança.
Confira abaixo a programação completa entre 9/4 a 16/4:
Evento: Conhecendo Embalagens – Designs Contemporâneos do Japão
Quando: 9 de abril (sexta-feira), às 17h
Onde: Zoom
Link de acesso: http://bit.ly/EmbalagensOn.
Oficina Pencil Rocket: o foguete japonês
Quando: 10 de abril (sábado), às 11h
Onde: Canal do YouTube da Japan House São Paulo
Participação: livre e gratuita.
Artigo: Dia do Ekiben
Quando: 10 de abril (sábado)
Onde: Mídias sociais da Japan House São Paulo.
Ilustração Princesa Kaguya e a Lua
Quando: 11 de abril, às 11h
Onde: Canal do YouTube da Japan House São Paulo
Participação: livre e gratuita.
Artigo: DŌ: O Caminho de Shoko Kanazawa – Kami
Quando: 12 de abril (segunda-feira)
Onde: Redes sociais da Japan House São Paulo.
Sexto Episódio – Podcast Japan House São Paulo (Gastronomia)
Quando: 13 de abril (terça-feira)
Onde: https://www.japanhousesp.com.br/podcast/.
Minissérie JHSPONLINE – Especial Tóquio
Quando: 14 de abril (quarta-feira), às 11h
Onde: Canal do YouTube da Japan House São Paulo.
Evento: Conhecendo DŌ: O Caminho de Shoko Kanazawa
Quando: 16 de abril (sexta-feira), às 17h
Onde: Zoom
Link de acesso: http://bit.ly/KanazawaOn.
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A partir do dia 15 de abril, a Casa das Rosas inaugura sua nova exposição virtual, intitulada Clip-poemas para Augusto de Campos, em homenagem ao 90º aniversário do aniversário do poeta que continua sendo celebrado com esta exposição.
Composta por 10 poemas animados, realizados por poetas como Ana Aly, Anderson Gomes, André Vallias, Arthur Lungov, Daniel Minchoni, Guilherme Gontijo Flores e Daniel Kondo, Gil Jorge, Julio Mendonça, Lucio Agra e Patrícia Lino, a exposição será apresentada no Instagram da Casa das Rosas com duas publicações de vídeo por semana.
Além de apresentar os trabalhos de poetas contemporâneos, a intenção da mostra é homenagear Augusto de Campos. Também conhecido no Instagram como Poetamenos, dedicou uma parte importante da sua carreira no desenvolvimento da poesia “verbivocovisual”, expressão colhida do escritor James Joyce que consiste em explorar a poesia em sua dimensão semântica, sonora e visual. Um dos primeiros exemplos deste tipo de trabalho poético é a série de poemas Poetamenos, de 1952. Em sua obra, Augusto investiga diversos formatos e suportes, que incluem painéis eletrônicos, holografias e animações digitais, como acontece com os clip-poemas. “Augusto de Campos é um poeta cuja obra sempre refletiu – quando não antecipou – as transformações técnicas na linguagem introduzidas pelos novos meios tecnológicos. Uma das mais importantes antecipações de Augusto foram os clip-poemas, que ele começou a realizar nos anos 90 e que são vídeos com palavras em animação gráfica digital, muitas vezes associadas a gravações sonoras. Esta mostra reúne alguns clip-poemas ou poemas animados criados por outros poetas em homenagem a Augusto”, afirma Julio Mendonça, coordenador do Centro de Referência Haroldo de Campos da Casa das Rosas e um dos poetas da mostra.
Serviço:
Exposição Clip-poemas para Augusto de campos
Ações virtuais: a partir de 15 de abril, no Instagram da Casa das Rosas
Artistas: Ana Aly, Anderson Gomes, André Vallias, Arthur Lungov, Daniel Minchoni, Guilherme Gontijo Flores e Daniel Kondo, Gil Jorge, Julio Mendonça, Lucio Agra e Patrícia Lino
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37 – Paraíso – São Paulo/SP (próximo à estação Brigadeiro do metrô)
Telefone: (11) 3285-6986 | 3288-9447
Funcionamento: de quarta a sábado, das 12h às 16h, mediante agendamento prévio
Convênio com o estacionamento Parkimetro: Alameda Santos, 74 (exceto domingos e feriados)
Acessibilidade: rampa de acesso, elevador e videoguia em libras
Durante o isolamento social devido à Covid-19, a programação está sendo realizada de forma virtual e pode ser conferida em http://www.casadasrosas.org.br e http://poiesis.org.br/maiscultura/.
Sobre a Casa das Rosas | A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos é um museu dedicado à poesia, à literatura, à cultura e à preservação do acervo bibliográfico do poeta paulistano Haroldo de Campos, um dos criadores do movimento da poesia concreta na década de 1950. Localizado em uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista, o espaço realiza intensa programação de atividades gratuitas, como oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, exposições, apresentações literárias e musicais, saraus, lançamentos de livros, performances e apresentações teatrais. O museu está instalado em um imponente casarão construído em 1935 pelo escritório Ramos de Azevedo, que na época já tinha projetado e executado importantes edifícios na cidade, como a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal e o Mercado Público de São Paulo.
A cada dia mais perto de sua reabertura, o Museu do Ipiranga pretende trazer um prenúncio do que o público irá encontrar em 2022 com o lançamento da série audiovisual Encontro com Acervos. Realizados durante a pandemia, os vídeos trazem alguns objetos que estarão em destaque nas novas exposições. Por meio de entrevistas com historiadores, além de recursos gráficos, fotos e documentos de arquivo, a obra apresenta de forma lúdica e didática peças que falam de diferentes contextos históricos do Brasil. Complementando o conteúdo, os vídeos trazem informações sobre as obras de reforma e ampliação do prédio histórico.
No primeiro episódio, lançado no dia 31 de março, o historiador José Rogério Beier apresenta “o computador compacto mais antigo do mundo”: o astrolábio. Este exemplar de bronze, pertencente ao século 19, reunia funções como precisar a localização geográfica a partir das estrelas, definir a hora e intervalos de tempo, bem como medidas, tanto para alturas quanto profundidades. Em 2022, o astrolábio será exibido na exposição Territórios em Disputa, com uma cópia em resina disponível para manuseio do público, contribuindo para a acessibilidade da mostra. Assista aqui.
Sempre às quartas-feiras, às 18h, a série traz ainda episódios sobre uma chocadeira movida a querosene de 1923 e o que ela traz de informação sobre os interiores domésticos deste período, diferentes peças de louça da primeira metade do século 20 e um pouco da história desta indústria no Brasil e uma moldura em madeira de 1904, usada no retrato fotográfico em tamanho natural de Santos Dumont para a Exposição Universal em St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos. O objeto nos revela informações tanto sobre a história de vida do inventor quanto sobre a política externa do país na época.
Criada em 2017, a série de palestras Encontro com Acervos acontecia mensalmente no auditório do Museu e apresentava as diferentes linhas de pesquisas realizadas no acervo do Museu do Ipiranga. Com um público assíduo e transmissão via USP TV, os encontros presenciais ampliavam o conhecimento sobre os acervos, contribuindo para a disseminação da produção acadêmica da instituição. Agora, em sua primeira versão digital, a série tem produção da AWA Criativa e pós-produção da Criollo Filmes.
PROGRAMAÇÃO
Encontro com Acervos
Sempre às quartas-feiras, às 18h, via YouTube
Já disponíveis:
31/3 – Episódio 1: Astrolábio, com José Rogério Beier
7/4 – Episódio 2: Chocadeira, com Maria Eugênia Ferreira Gomes
Inéditos:
14/4 – Episódio 3: Louças, com José Hermes Martins Pereira
21/4 – Episódio 4: Moldura, com Rogério Ricciluca Matiello Félix
Museu do Ipiranga – USP | Fechado desde 2013, o Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São Paulo e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura. A gestão do Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação de Apoio à USP (FUSP). As obras se iniciaram em outubro de 2019 e a expectativa é de que seja o museu seja reaberto em setembro de 2022 para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Para mais informações sobre o restauro, acesse o site museudoipiranga2022.org.br.
O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.
As obras do Novo Museu do Ipiranga são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura. Patrocinadores e parceiros: Bndes, Fundação Banco do Brasil, Vale, Bradesco, Caterpillar, Comgás, CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, EDP, EMS, Itaú, Sabesp, Banco Safra, Honda, Postos Ipiranga, Pinheiro Neto Advogados e Atlas Schindler.
No dia 22 de abril, data em que se comemora o Dia Mundial da Terra, o Festival EcoBrasil de Arte e Cinema Ambiental (EcoBrasilFest) apresenta gratuitamente 28 títulos que têm como tema o meio ambiente e, direta ou indiretamente, sustentabilidade. Além de filmes nacionais, produções dos Estados Unidos, Itália, Alemanha, Venezuela, Portugal e Hungria, entre outros países, fazem parte da programação.
Vozes da Amazônia, de Aurora Cinemato (Brasil); The Water Dancers, de Daniel Ndevu (África do Sul); Spirits I’ve called, de Chiara Sambuchi (Alemanha), Mt. Suswa – Life in a volcano, de Oliver Goerzl (Alemanha); Sob a Pata do Boi, de Marcio Isensse e Sá (Brasil) e Sky Islands: a time travel in the Andes Mountain, de Catalina Giraldo (Holanda), são alguns dos 28 títulos selecionados pela organização que poderão ser conferidos gratuitamente no site oficial do evento: http://www.ecobrasilfest.com.br.
Para João Pasquale, um dos responsáveis pela organização, o EcoBrasilFest acontece em um momento crucial. “O festival pretende ser uma vitrine para essas produções e chamar a atenção para os problemas que estão levando à destruição do nosso planeta para, de alguma forma, nos inspirar na busca por um mundo ambiental e socialmente mais justo”, afirma Pasquale.
Para reforçar o debate, ele conta que durante o festival também serão realizadas lives diárias sobre temas diversos relacionados à preservação do meio ambiente com a participação de convidados especiais, como o diplomata e ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e representantes de ONGs como Greenpeace, Fundação Amazônia Sustentável e SOS Mata Atlântica.
Todos os filmes ficarão disponíveis na plataforma até 28 de abril para serem assistidos a qualquer momento. A transmissão das lives será também pelo site oficial do EcoBrasilFest, sempre às 20h, com exceção da de domingo, dia 25 de abril, que será às 16h. Lá também está a programação completa desses encontros, com os dias, horários, temas e convidados.
Até alguns anos atrás, filmes com realidades distópicas e mundos destruídos por epidemias eram roteiros que chamavam a atenção – mas e agora, que o inimaginável se tornou real, como será o cinema pós pandêmico?
É evidente que o Covid-19 alterou para sempre a forma como a sétima arte é produzida e entregue. O avanço das plataformas de streaming ganhou um passo gigantesco em cima das clássicas salas de cinema, uma vez que os espectadores parecem ter abraçado de vez a versão pandêmica de produção audiovisual, como por exemplo o longa Host. Gravado por videochamada, o filme de terror produzido por Rob Savage tem 57 minutos e surgiu justamente por conta do tédio do confinamento. Savage convidou seus amigos para uma reunião on-line para checar um barulho no sótão de sua casa, mas tudo se tratava de uma pegadinha que, além de assustar a todos, viralizou no Twitter.
A questão é que o isolamento definitivamente alterou tudo, desde o comportamento do consumidor até os modelos tradicionais de negócios. Antes, os filmes eram disponibilizados em sequências que rodavam a engrenagem de incentivo e lucro da indústria, das telonas à exclusividade de plataformas até canais abertos. Obviamente, uma grande porcentagem deixou de faturar, já que, apenas no Brasil em 2020, os números apontam que 99% da população consumiu conteúdo em vídeo em telas e dispositivos como TV, redes sociais, plataformas de streaming, lives e até videochamadas, segundo estudo da Kantar IBOPE Media.
O streaming pago apresentou um crescimento de 58%. A grande pergunta é: o que esperar do cinema pós-pandêmico? Grandes estúdios como Warner Bros e Disney têm aproveitado a oportunidade para testar produções originais com lançamentos digitais. O momento pode se tornar um caminho de reinvenção para o cinema, novos nomes podem surgir com técnicas bastante avançadas que já são utilizadas há muito tempo, mas não ganhavam espaço na indústria cinematográfica por diversos motivos.
Como cineasta, eu trabalho com realidade virtual, parte do entretenimento que também tem conquistado seu espaço desde o isolamento social, e é possível apresentar a mesma imersão do cinema em telas de aparelhos celulares, por exemplo. Na minha produção NanoEden, primeiro projeto de longa metragem em 3D, desenvolvi um novo estilo de roteiro que não é dividido por cenas, mas, sim, por diferentes quadrantes da esfera de 360 graus.
Focar neste novo meio de comunicação como uso narrativo para contar histórias ressalta que a pandemia também se tornou uma súplica para o valor acima do lucro. Produções independentes ou, como no caso de Host, com investimentos menores, não significam anular blockbuster da Marvel, por exemplo. Estamos falando de entregas múltiplas. Se o público enxerga qualidade, a indústria não precisará se preocupar com lucro. O streaming é a prova disso; com ou sem pandemia, as plataformas já eram um sucesso.
Sobre o cineasta: O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o futuro do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil; no Comic-Con, recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou o prêmio de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.